Escola Superior de Saúde
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Browsing Escola Superior de Saúde by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais"
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- Alfabetização e letramento da criança com deficiência visual: um estudo crítico e colaborativo junto às professoras da classe comum e do atendimento especializadoPublication . Rodrigues, Rosinete dos Santos; Costa, AnaEste trabalho teve como teve como pergunta de partida em que medida a formação conjunta com professores da classe comum e do atendimento especializado possibilita uma melhor compreensão do processo de alfabetização e letramento da criança com deficiência visual? Assim sendo o objetivo geral foi o de analisar se a formação conjunta com professores da classe comum e do atendimento especializado possibilita uma melhor compreensão do processo de alfabetização e letramento da criança com deficiência visual. Teve embasamento na teoria Sócio Histórica de Vygotsky, por possibilitar a partir de seus conceitos uma melhor compreensão, por parte das professoras, sobre o processo de inclusão e construção do conhecimento pela criança com deficiência visual. O método de abordagem foi a pesquisa-ação, as informações foram obtidas através do grupo de formação, os encontros ocorreram de forma presencial, em uma escola do município e de forma remota, através de disponibilização de vídeos e grupo de whatsapp, além de entrevistas semi-estruturadas, equestionário, que foram gravadas em MP4. Participaram da pesquisa 09 professoras, sendo 03 da classe comum e 06 do atendimento especializado, que possuíam alunos com deficiência visual em suas salas de aula. Os resultados foram organizados em quatro categorias, as análises se deram à luz da teoria Sócio Histórica de Vygotsky. Na primeira, “Interlocuções do grupo”, as professoras disseram sobre sua formação, e o papel que lhes está sendo delegado nesse processo de escolarização da criança com def. visual; na segunda, “Construção da escola inclusiva” analiso as concepções das professoras sobre a escola inclusiva e as mudanças necessárias para a sua construção; na terceira, “Alfabetização e Letramento” a análise se faz sobre a reação das professoras ao saberem que terão crianças com deficiência visual em suas classes e as concepções e práticas docentes no ensino da escrita e leitura dessas crianças; a quarta categoria, “Apoio colaborativo no processo de inclusão” foi jogado luz sobre os relatos que abordaram as possibilidades e impossibilidades para uma ação pedagógica colaborativa.Com base na análise dos dados, os resultados apontaram que os desafios para a alfabetização e letramento da criança com deficiência visual, demandam grandes mudanças que perpassam desde: construção e melhorias no espaço físico da escola, adequação das salas de aula e disponibilização de recursos didáticos pedagógicos, até a oferta de cursos de formação inicial e formação continuada, com subsídios teóricos e práticos que lhes possibilitem compreender e intervir no processo de ensino das crianças com deficiência visual. Mudar esse cenário é uma premissa imperativa para que, na esteira dessas mudanças, possamos continuar abrindo espaços de formação e diálogo sobre métodos e estratégias de ensino.
- Análise quantitativa e a perceção do doente sobre a fonação e deglutição no cancro da orofaringePublication . Vieira, Daniela de Oliveira; Monteiro, Eurico; Dinis-Ribeiro, MárioO cancro de cabeça e pescoço é o quinto mais comum entre todas as localizações, tendo o da orofaringe, na hipotética associação com a infeção por Vírus do Papiloma Humano (HPV) uma expressão crescente. Para os tumores com esta localização e com comprovada associação com o HPV o tratamento não cirúrgico é preferencial. O impacto da quimioradioterapia na deglutição e voz tem vindo a ser descrito, contudo a relação entre as medidas objetivas de avaliação da fonação e da deglutição e a perceção do doente ainda é controversa. Assim, o principal objetivo foi compreender qual a relação entre as medidas quantitativas e a perceção do doente com cancro da orofaringe, submetido a tratamento com radio e/ou quimioterapia. Para ajudar a melhor caracterizar este impacto realizou-se uma revisão sistemática, em agosto de 2020 (capítulo II), acerca do estado da arte englobando todas as publicações que incluíssem estudos sobre a temática acima mencionada. Foram selecionados 25 estudos, mas apenas um deles abordava a área da fonação, sendo os restantes sobre a deglutição. Os métodos de avaliação objetiva selecionados foram essencialmente dois, a videoendoscopia da deglutição e a videofluoroscopia da deglutição, mas os procedimentos para a sua realização e a multiplicidade de questionários utilizados não permitiram a realização de uma correta meta-análise, tornando-se por esta razão desafiante a comparação de resultados. Foi, contudo, possível compilar três principais focos: 1) as medidas fisiológicas; 2) as habilidades oromotoras; e 3) os aspetos relacionados com a segurança na deglutição, aspetos que comprovadamente melhor se correlacionavam com a perceção auto-reportada pelos doentes. Seguidamente, conduziu-se uma análise qualitativa (capítulo III), com recurso à técnica de entrevista semi-estruturada, dirigida a doentes (Instituto Português de Oncologia do Porto), otorrinolaringologistas (de diferentes hospitais portugueses) e terapeutas da fala Análise quantitativa e a perceção do doente sobre a fonação e deglutição no cancro da orofaringe (de diferentes hospitais portugueses) com experiência no tratamento e no acompanhamento de doentes com este tipo de patologia. Das entrevistas emergiram dois temas principais: a deglutição e a voz. No que à deglutição diz respeito, aspetos como seleção dos alimentos, o tempo da refeição, o prazer com a alimentação, o desejo de comer, a restrição de contactos sociais e familiares, o receio e a incerteza, bem como a presença de sintomas relacionados com disfagia evidenciaram ter um impacto negativo na qualidade de vida (QdV). No que se refere à voz, as alterações qualitativas, a diminuição da eficácia comunicativa e o número de interações a nível social, laboral e familiar, bem como as dificuldades sentidas, por não se conseguirem fazer compreender pelo recetor, especialmente em locais ruidosos ou ao telefone, foram os aspetos mais notórios. Os dados obtidos foram semelhantes entre os três grupos (doentes, otorrinolaringologistas e terapeutas da fala), ou seja, os profissionais de saúde manifestaram ter conhecimento sobre as principais sequelas, mas não em termos de intensidade e da experiência de viver com disfagia e disfonia. Prosseguiu-se depois com um estudo transversal (capítulo IV) numa coorte de 38 doentes oncológicos, do Instituto Português de Oncologia do Porto, tratados com quimioradioterapia, com intenção curativa e livres de doença há pelo menos um ano, a fim de caracterizar a perceção auto-reportada pelos doentes e a sua relação com os dados sociodemográficos e clínicos. Os resultados dos questionários demonstraram alterações tanto na QdV geral, como na QdV relacionada com a disfagia e/ou a disfonia, sendo que quando utilizados instrumentos específicos para sintomas, as alterações funcionais foram mais evidentes. Não foram, contudo, encontradas correlações consistentes entre os dados auto-reportados e as variáveis sociodemográficas e clínicas. Apesar disso, este estudo permitiu compreender que mesmo quando a quimioradioterapia não é dirigida à região laríngea, observou-se um claro comprometimento nas funções de fonação e deglutição em que este órgão está envolvido. No final do documento fez-se uma análise mais detalhada da relação entre a avaliação objetiva e subjetiva. Para tal foi realizado um estudo transversal (capítulo V), com 38 doentes, do Instituto Português de Oncologia do Porto, submetidos a quimioradioterapia por tumores da orofaringe, tendo todos sido submetidos a avaliação endoscópica da deglutição e responderam a três questionários (EORTC-C30, EORTC-HN43 e SWALQOL). A disfagia revelou-se uma sequela relevante e por isso, de suma importância quando analisadas as sequelas do tratamento destes doentes. A presença de resíduos para Análise quantitativa e a perceção do doente sobre a fonação e deglutição no cancro da orofaringe todas as consistências ingeridas, indiciaram ineficácia dos mecanismos de limpeza faringolaríngea, associada a múltiplas deglutições por bolus e a maior risco de aspiração. O aumento da viscosidade teve impacto no aumento dos resíduos. Apesar dos achados, a tosse foi um sintoma pouco frequente. Observou-se também um tempo de resposta faríngea aumentado e uma diminuição do tempo de encerramento das vias aéreas inferiores. Encontraram-se correlações entre o resultado global do HN43 e as variáveis de segurança e de eficiência da deglutição. Para as variáveis fisiológicas não foram encontradas correlações. Relativamente ao questionário SWAL-QOL, apesar de identificar alterações da deglutição não foi possível constatar um padrão de correlações com os dados da videoendoscopia da deglutição. O resultado global do C30 e do HN43 relacionaram-se com as variáveis de segurança. Para as variáveis de eficiência algumas das escalas dos três questionários mostraram correlações significativas. Apesar da inconsistência destas correlações, tanto a avaliação objetiva como subjetiva indicaram alteração da função de deglutição. A mesma coorte de doentes (capítulo VI), do Instituto Português de Oncologia do Porto, foi sujeita a avaliação vocal, por meio de análise acústica, avaliação áudio-percetiva com classificação pela GRBAS e análise da ressonância, bem como através do VHI-9i. Os dados recolhidos evidenciaram perturbação vocal, indicativa de disfonia. Contudo, apenas os doentes com incapacidade severa medida pelo VHI-9i obtiveram valores de índice de severidade de disfonia indicativos de perturbação. De uma forma global, os doentes que realizaram quimioradioterapia por cancro da orofaringe apresentaram shimmer superior a 3% e jitter superior a 1% e tempo máximo de fonação inferior a 10 segundos. Os valores de F0 também se mostraram alterados. O tempo após tratamento e a realização de terapia da fala tiveram um impacto positivo nos resultados. Os valores de análise acústica, mesmo após um período considerado longo mantiveram-se perturbados. As medidas de intensidade e de ruído (HNR) não foram eficazes na deteção de disfonia, mas pela análise dos resultados de índice de severidade de disfonia mais de 10% dos participantes no presente estudo têm disfonia. A avaliação com a GRBAS identificou mais de 31% de alterações, bem como na análise da ressonância. O VHI-9i identificou 50% de participantes com incapacidade vocal, contudo na correlação com os dados objetivos, as avaliações parecem mostrar dados distintos, mas complementares. Concluiu-se que apesar das inconsistências entre a avaliação objetiva e subjetiva, observada na revisão sistemática, alguns parâmetros fisiológicos, biomecânicos e de Análise quantitativa e a perceção do doente sobre a fonação e deglutição no cancro da orofaringe segurança evidenciaram uma relação com a perceção do doente. Quer os doentes, quer os profissionais de saúde (terapeutas e otorrinolaringologistas) reportaram sequelas funcionais na fonação e na deglutição semelhantes. Os questionários de avaliação da perceção permitiram recolher estes dados, facilitando a monitorização e uma ação preventiva no tratamento destes doentes. Dos dados recolhidos da amostra estudada observou-se pobre correlação entre as medidas objetivas e subjetivas da deglutição e da fonação.
- Competências de comunicação do fisioterapeuta: do ensino à prática clínicaPublication . Santos, Leonor Duarte Almeida; Meneses, Rute; Couto, GermanoO processo terapêutico requer do fisioterapeuta competências para além das do domínio técnico, especificamente as competências de comunicação clínica/em saúde. Na presença de uma perturbação da linguagem o sucesso comunicativo fica particularmente dependente da capacidade do fisioterapeuta se adaptar e adotar a melhor estratégia a utilizar. Sabendo-se que estão em contínuo desenvolvimento desde a fase inicial de formação, é premente a introdução do seu ensino na aprendizagem pré-graduada. Os objetivos desta tese de doutoramento são, identificar que competências de comunicação devem ser ensinadas/treinadas nos estudantes de fisioterapia, perceber se os programas/planos de estudo do curso de fisioterapia das IES português focam o ensino/treino destas competências e avaliar e comparar CCC/S, pré e pós implementação de um programa de formação em alunos de fisioterapia. O projeto foi desenvolvido em três etapas: a primeira a base da intervenção, com a realização de dois estudos de revisão da literatura; uma revisão sistemática para levantamento do estado de conhecimento sobre o ensino/treino de CCC/S, em programas dirigidos a profissionais e estudantes de saúde e uma revisão integrativa para levantamento do estado de conhecimento sobre quais as CCC/S do fisioterapeuta; na segunda etapa, para desenvolvimento da intervenção, realizaram-se dois estudos de análise de conteúdo, um Estudo e-Delphi e um Estudo de Análise Comparativa Documental, cujos resultados serviram de suporte para a elaboração do programa a implementar; na terceira etapa, com a elaboração e implementação do programa de ensino/treino em CCC/S dirigido a estudantes em pré-graduação em fisioterapia, desenvolveu-se um Estudo Quasi-experimental Longitudinal. No global verificou-se um aumento da empatia cognitiva e diminuição da empatia afetiva; um aumento em ambas as subescalas da PPOS, mas com diferenças quanto ao sexo e ao ano de formação dos alunos. O presente projeto contribuiu com a listagem das CCC/S centrais na formação base dos fisioterapeutas, validadas por consenso de um painel de peritos nacionais; construção de um plano formação em CCC/S, no ensino pré-graduado em fisioterapia, que promova a uniformização do seu ensino em Portugal; e a criação de uma formação em formato e-learning, ajustada às necessidades e desafios da transformação digital no ensino superior.
- As competências de comunicação dos fisioterapeutas na intervenção com idosos com afasiaPublication . Queirós, Sílvia Cristina Monteiro; Meneses, Rute; Couto, GermanoIntrodução: Os indivíduos idosos (e não só) com afasia apresentam menor acessibilidade comunicativa, sendo essencial a preparação dos profissionais de saúde que os acompanham, onde se incluem os fisioterapeutas, para um apoio adicional e de suporte neste contexto específico. Os objetivos da presente dissertação são perceber quais as competências de comunicação importantes a desenvolver nos fisioterapeutas, no contexto da afasia e de seguida desenvolver, implementar e avaliar a eficácia de um programa online de treino de competências de comunicação para fisioterapeutas na intervenção com idosos com afasia (PhysioComm Training Program). Método: O projeto foi desenvolvido em três fases: a primeira de fundamentação teórica, com a realização de quatro estudos de revisão teórica, a segunda de apoio e análise de conteúdo, onde se inclui um Estudo Delphi e um Estudo de Análise Comparativa Documental, e a terceira fase, onde se desenvolveu um Estudo do tipo Proof of Concept, para implementar e avaliar a eficácia do programa PhysioComm Training Program. Resultados: As fases de revisão teórica e de análise de conteúdo permitiram identificar como competências importantes a desenvolver a empatia e os cuidados centrados no paciente. O estudo Proof of Concept foi implementado em fisioterapeutas, distribuídos aleatoriamente e de forma sequencial em dois grupos, intervenção (n=7) e comparação (n=5), sendo avaliadas as competências de empatia, através do Índice de Reatividade Interpessoal e os cuidados centrados no paciente, utilizando a Patient Practitioner Orientation Scale, em três momentos de avaliação (pré-intervenção, pós-intervenção e um mês de follow-up), associado ainda à avaliação da satisfação dos participantes com a intervenção. O treino foi desenvolvido em formato e-learning (síncrono e assíncrono) de caráter teórico- prático, com a carga horária total de 12 horas. O programa melhorou as competências de empatia e cuidados centrados ao doente, no domínio do sharing, dos fisioterapeutas. Conclusão: O projeto demonstrou ser eficaz para o desenvolvimento e implementação de um programa de treino específico para melhorar as competências de comunicação dos fisioterapeutas, no contexto da intervenção com idosos com afasia. O PhysioComm Training Program revelou-se eficaz para a melhoria das competências de empatia e para o domínio do Sharing.
- Compreensão leitora: um estudo de caso com alunos do ensino presencial com mediação tecnológica no estado do AmazonasPublication . Santos, Lúcia Regina Silva dos; Costa, AnaA presente tese tem como objetivo geral, avaliar através do Método Cloze o nível da compreensão leitora dos estudantes que participam da metodologia Ensino Presencial com Mediação Tecnológica–EPMT, no Estado do Amazonas, ofertado pela Secretaria de Estado de Educação do Amazonas, através do Centro de Mídias de Educação do Amazonas – CEMEAM, item pontuado como fragilidade pelos docentes e pedagogos (as) que atuam no CEMEAM. Em todo percurso da pesquisa e coleta de dados, a realidade geográfica e logística de acesso ao ambiente escolar foi levada em consideração, pois consequentemente interferem diretamente no ensino aprendizagem desse público. Foram avaliados na primeira etapa de coleta 53 estudantes com idade entre 17 e 47 anos, na segunda etapa por diversos fatores (enchentes dos rios, trabalho fora do município e transporte), somente 29 estudantes participaram com idade entre 18 e 47 anos. Os materiais utilizados: levantamento bibliográfico, aplicação de questionários com questões abertas e múltipla escolha, entrevistas, questionários comportamentais referente à antes - durante e pós leitura, Teste Cloze, tabulação dos resultados, Oficina de Leitura e tabulação dos resutados pós oficina de leitura. Na primeira etapa de aplicação do teste Cloze, 22% dos participantes segundo a classificação de Bormuth (1968), encontravam-se no nível FRUSTRAÇÃO, indicando que o leitor conseguiu retirar poucas informações da leitura e, consequentemente, obteve pouco êxito na compreensão. Após primeiro diagnostico, ações pedagógicas foram elaboradas objetivando elaborar ações pautadas nos resultados da aplicação do teste Cloze. A elaboração de uma Oficina de Leitura, nos foi mais viável respeitando a realidade geográfica que envolvia o estudo, os resultados após execução da Oficina nos indicaram que, nenhum participante se encontrava no nível FRUSTRAÇÂO. Percebemos que os resultados a partir da aplicação do teste Cloze e tabulação dos dados, possibilitava ao mediador da ação, desenvolver atividades pontuais na(s) fragilidade(s) detectadas que afetam diretamente a compreensão leitora dos participantes, os resultados foram promissores para a continuidade de futuras ações.
- Comunicação com o doente em consulta remota: construção de instrumento de avaliaçãoPublication . Abreu, Thais Titonel; Silva, Isabel; Aguiar, Carolina Villa NovaNos últimos anos, o campo da saúde tem passado por uma transformação significativa devido aos avanços tecnológicos, especialmente no que se refere às consultas remotas. Assim, a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes ocorre além das paredes dos consultórios, permitindo interações virtuais que visam fornecer cuidados de saúde eficazes e acessíveis. Essa mudança apresenta desafios únicos que precisam ser cuidadosamente avaliados, a fim de promover uma boa prática na área da saúde, a exemplo da qualidade da comunicação dos estudantes e profissionais de saúde com o paciente. Esta tese tem como objetivo construir e determinar a qualidade de um instrumento educacional de avaliação da comunicação entre estudantes/profissionais de saúde e pacientes durante consultas remotas síncronas, realizadas por vídeo interação. O referido estudo é composto por uma introdução, três artigos complementares e uma conclusão geral. Na introdução, ocorre uma revisão narrativa sobre a natureza e os processos da comunicação. Em seguida, o primeiro artigo analisou instrumentos de avaliação da comunicação do estudante/ profissional de saúde com o paciente, elaborados e/ ou validados para o Brasil e concluiu, mediante estudo de 9 artigos, que o pais carece de tais instrumentos com boas propriedades. O segundo estudo verificou 15 investigações e pontuou que o processo de ensino- aprendizagem da competência comunicativa é facilitado por recursos variados de ensino, empregados por profissional capacitado, e com realização de feedback estruturado verbal baseado em um instrumento validado e fornecido por paciente simulado. O último artigo representa o objetivo da tese e constatou que o questionário elaborado, composto por 3 dimensões e 11 itens, possui validade, confiabilidade, sensibilidade e praticidade. A conclusão geral da tese aborda brevemente desde os achados da introdução até os do último artigo, além de contextualizar o período de elaboração de todo trabalho desenvolvido.
- A contribuição do teatro pedagógico para o desenvolvimento da comunicação e da criatividade do aluno: uma investigação com educadores e pais do Ensino Fundamental em uma escola na cidade de Barueri, São Paulo, BrasilPublication . Lavezzo, Elaine; Silva, IsabelEsta tese investiga o impacto do teatro pedagógico para potencializar o desenvolvimento de habilidades e competências consideradas muito importantes para a formação do cidadão do século XXI, tais como a criatividade e a comunicação, entre outras. O objetivo geral da investigação é apresentar a contribuição do teatro pedagógico como ferramenta educacional inovadora, que pode ser utilizada em diferentes cenários educacionais. Para contracenar com o objetivo geral, esta tese está dividida em quatro artigos, articulados em dois estudos teóricos e dois estudos empíricos. O primeiro artigo apresenta uma revisão sistemática da literatura para dialogar com o objetivo específico que é: identificar a contribuição do teatro pedagógico para potencializar a comunicação e a criatividade. A primeira revisão sistemática da literatura mostra a abrangência do teatro como importante instrumento pedagógico para potencializar a criatividade e a comunicação de crianças e jovens no mundo. O segundo artigo também utiliza como metodologia a revisão sistemática da literatura para atender ao segundo objetivo específico que é: identificar a contribuição do teatro pedagógico para o desenvolvimento da linguagem. Os estudos que integram o segundo artigo atestam que a intervenção baseada no teatro pode promover a comunicação tanto por meio da interação social, como por meio do uso de técnicas de leitura dramática. O terceiro artigo mostra como se estrutura a metodologia do Teatro do Método Pedagógico Holístico na prática escolar e, por meio de um estudo empírico realizado em uma escola particular da cidade de Barueri, busca atender ao terceiro objetivo específico que é: apresentar o Teatro do Método Pedagógico Holístico e sua contribuição para o desenvolvimento de habilidades comunicacionais, criativas, colaborativas e socioemocionais. O quarto artigo apresenta o estudo empírico realizado com os familiares dos alunos busca atender ao quarto objetivo específico que é: verificar a percepção dos educadores e familiares a respeito da proposta do Teatro do Modelo Pedagógico Holístico para o desenvolvimento de habilidades de comunicação, a criatividade, o engajamento, a flexibilidade, o pensamento crítico, o trabalho colaborativo e o respeito às diferenças. No 3º e 4º capítulos, os estudos exploratórios, de carácter transversal e com adoção de métodos mistos, qualitativos e quantitativos, concluem que o Teatro Pedagógico do Método Holístico é considerado uma ferramenta eficaz para a melhora da comunicação e criatividade dos alunos, além de promover o trabalho colaborativo, o pensamento crítico, o engajamento e as competências socioemocionais.
- Educação escolar indígena no estado de Roraima: perturbação da linguagem, o repensar as funções executivas, linguagem oral e escritaPublication . Santos, Judith Alves dos; Alves, Ana Paula AntunesConsiderando a diversidade cultural e linguística que existe no Brasil, a presente investigação visa compreender como se processa a diferenciação pedagógica junto a turmas frequentadas, majoritariamente, por estudantes pertencentes ao Estado de Roraima (Amazônia). Pretende-se compreender como se promovem atividades inclusivas junto a estudantes de culturas diferentes e como os docentes interpretam as questões relacionadas com o desenvolvimento das funções executivas na linguagem oral e na escrita das crianças. A presente investigação, intitulada “Educação Escolar Indígena no Estado de Roraima”, busca compreender a diferenciação pedagógica, refletir e esclarecer como as estratégias pedagógicas podem facilitar a aprendizagem da linguagem oral e escrita, por meio de dinâmicas relacionadas com as funções executivas. Esta investigação tem como objetivo geral: analisar e entender como as crianças indígenas se apropriam da linguagem oral e escrita por meio de estratégias relacionadas com as funções executivas. O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória/descritiva, articulando metodologias qualitativas e quantitativas. Considerou-se uma abordagem mista, considerando que esta proporciona resultados significativos e concede uma melhor compreensão do fenômeno em estudo. Este tipo de abordagem permite ao pesquisador uma visão mais ampla do cotidiano escolar e, por meio da narrativa produzida, apoiar estudos futuros sobre essa realidade. A pesquisa foi desenvolvida com 20 professores que estavam a lecionar junto da população indígena, do município de Boa Vista, Roraima, no qual houve a observação do território, o registro e a entrevista aos participantes. Desta investigação, conclui-se que a diferenciação pedagógica é fundamental para respeitar a diversidade de culturas e etnias existentes nas escolas brasileiras. Estas ações contribuem para diminuir as diferenças e construir mecanismos pedagógicos que possibilitem um diálogo intercultural. Quanto às funções executivas, estas indicam que essas habilidades cognitivas são essenciais para o sucesso acadêmico das crianças indígenas. As funções executivas incluem processos como atenção seletiva, memória de trabalho, planejamento, tomada de decisão, inibição de respostas automáticas, resolução de problemas e auto-monitoramento. A sua promoção pode potencializar a capacidade deles em gerenciar suas próprias aprendizagens, desenvolver habilidades de leitura e escrita de maneira mais eficaz e integrar conhecimentos de suas culturas nativas com os conteúdos curriculares.
- Educação especial e inclusiva: percepção da equipe de educação sobre os serviços de colaboração na educação básica no município de São João de Pirabas-PAPublication . Santos, Renato Mendes dos; Costa, AnaEsta investigação tem a intencionalidade em conhecer a percepção da equipe de profissionais que atuam no atendimento inclusivo a pessoas com necessidades educativas especiais com intuito em compreender o grau dos serviços colaborativos na Educação Básica em relação à Educação Especial e Inclusiva, no que tange a oferta dos serviços especializados nas salas de recursos multifuncionais (SRMF), no centro de atendimento educacional especializados (CAEE) e as práticas pedagógicas do Ensino Regular da rede municipal de São João de Pirabas, região nordeste do Estado do Pará. E assim, fez-se seguinte indagação: qual a percepção dos docentes, dos mediadores e dos técnicos especializados em relação à Educação Especial e Inclusiva no Município de São João de Pirabas-PA quanto aos serviços colaborativos de intervenção que promovam a adequação do Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos Necessidades Educativas Especiais (NEEs) e às suas necessidades, no sentido de otimizar as suas potencialidades? A partir deste questionamento, aplicou-se o método de investigações empíricas, levantamentos bibliográficos, a pesquisa caracterizou-se no formato quantitativa e qualitativa com natureza explicativa e descritiva, e na coleta aplicou-se questionários abertos e entrevistas semiestruturadas. Participaram nesta investigação os docentes do Ensino Regular do meio urbano, os técnicos do CAEE, os especialistas das SRMF e os mediadores em turmas regulares. Acredita-se que um dos maiores desafios da sociedade contemporânea dentro das ações de cada esfera é conduzir a educação especial na perspectiva da inclusão com civilidade, cidadania e humanismo, e ao mesmo tempo, contribuir para a civilização, de acordo com a perspectiva evolucionista, uma vez que a sociedade encontra-se no estágio avançado da cientificidade, das capacidades intelectivas do pensar humano, das curiosidades e das descobertas, o que não deve perder de vista a importância do ser humano, protagonizador e possuidor de direitos. Nesse sentido, a Educação Especial brasileira, na perspectiva da Educação Inclusiva no século XXI, configura-se tanto pela reformulação do sistema educacional no que tange à adequação política, pedagógica e estrutural, quanto pela mudança dos paradigmas que permeiam as ações de tais políticas. Contudo, este estudo tem o objetivo de analisar a percepção dos docentes, mediadores e técnicos especializados em relação à Educação Especial e Inclusiva no município de São João de Pirabas-Pa. Os resultados apresentados demonstram que o apoio pedagógico ofertado pelo CAEE, SRMF não são suficientes, os recursos pedagógicos inclusivos são insuficientes, o apoio familiar não é efetivado totalmente, diante de inúmeros problemas expostos no que tange a abrangência do quantitativo de alunos especiais regularmente na rede municipal. Há experiências exitosas, quanto ao apoio pedagógico que se configura insuficiente, contudo os resultados expostos nesta pesquisa, não se configura com exatidão as reais causas da não efetivação do processo inclusivo, uma vez que a rede municipal demanda de locais especializados, equipe profissional especializada, acesso ao ensino regular a todas as pessoas com deficiências. E por essas razões, a pesquisa apresentará indicações sugestivas de práticas exitosas quanto às intervenções colaborativas na educação dos alunos com necessidades educativas especiais com intuito de colaborar com as ações inclusivas na educação básica do referido município.
- Entre gestos e falas: comunicação entre profissionais/acadêmicos da saúde e gestantes/mães surdasPublication . Maffei, Alexsandra Machado; Meneses, Rute; Teixeira, ZéliaEstudos noutros países indicam que a comunicação entre profissionais da saúde e surdos tende a ser estabelecida com dificuldade e, na tentativa de saná-la, os profissionais lançam mão de estratégias calcadas na comunicação que lhes é habitual – linguagem verbal. A escrita e a leitura labial não são compreendidas facilmente pelos surdos não oralizados. Uma má comunicação pode levar a problemas no diagnóstico e tratamento e afastar os surdos dos cuidados da saúde. Em Portugal, há um déficit de pesquisas sobre essa temática. A primeira parte, desta tese de doutoramento, é o enquadramento teórico composto por dois capítulos de revisão de literatura. O primeiro, uma revisão sistemática, identificou, as barreiras presentes na comunicação entre profissionais da saúde e surdos. O segundo, uma revisão integrativa, analisou a atenção dada às gestantes surdas pela Psicologia. A segunda parte, empírica, contempla três capítulos. O objetivo do primeiro (capítulo 3) foi identificar o nível de conhecimento e abertura entre profissionais (n=28), professores (n=13) e estudantes (n=15) da saúde para recorrer às alternativas de comunicação com surdos. O segundo (capítulo 4) teve como objetivo identificar a percepção das gestantes/mães surdas (n=19) quanto à comunicação com os/as profissionais da saúde, em Portugal. O terceiro (capítulo 5) averiguou como os/as profissionais (n=28), professores (n=13) e estudantes (n=15) da saúde percebem o processo de comunicação com surdos, nomeadamente em termos de dificuldades e estratégias por eles/as utilizadas para facilitar a comunicação. Esta investigação revelou a existência de barreiras na comunicação (capítulos 1, 4 e 5) tanto na percepção dos/as profissionais/acadêmicos (capítulo 5), quanto das gestantes/mães surdas (capítulo 4). O número reduzido de estudos indicam a necessidade de dar atenção e fornecer orientações em saúde às gestantes/mães surdas, pela Psicologia (capítulo 2) e também por outras áreas da saúde (capítulos 1, 3 e 5). Existe aceitação para o uso de recursos tecnológicos (capítulo 3). Urge o investimento em formação, tanto entre os/as acadêmico/as quanto entre os/as profissionais que atuam no contexto clínico (capítulos 1, 3, 4 e 5) com o propósito de ultrapassar as barreiras e recorrer a estratégias inclusivas e voltadas à cultura Surda.
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