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- Educação escolar indígena no estado de Roraima: perturbação da linguagem, o repensar as funções executivas, linguagem oral e escritaPublication . Santos, Judith Alves dos; Alves, Ana Paula AntunesConsiderando a diversidade cultural e linguística que existe no Brasil, a presente investigação visa compreender como se processa a diferenciação pedagógica junto a turmas frequentadas, majoritariamente, por estudantes pertencentes ao Estado de Roraima (Amazônia). Pretende-se compreender como se promovem atividades inclusivas junto a estudantes de culturas diferentes e como os docentes interpretam as questões relacionadas com o desenvolvimento das funções executivas na linguagem oral e na escrita das crianças. A presente investigação, intitulada “Educação Escolar Indígena no Estado de Roraima”, busca compreender a diferenciação pedagógica, refletir e esclarecer como as estratégias pedagógicas podem facilitar a aprendizagem da linguagem oral e escrita, por meio de dinâmicas relacionadas com as funções executivas. Esta investigação tem como objetivo geral: analisar e entender como as crianças indígenas se apropriam da linguagem oral e escrita por meio de estratégias relacionadas com as funções executivas. O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória/descritiva, articulando metodologias qualitativas e quantitativas. Considerou-se uma abordagem mista, considerando que esta proporciona resultados significativos e concede uma melhor compreensão do fenômeno em estudo. Este tipo de abordagem permite ao pesquisador uma visão mais ampla do cotidiano escolar e, por meio da narrativa produzida, apoiar estudos futuros sobre essa realidade. A pesquisa foi desenvolvida com 20 professores que estavam a lecionar junto da população indígena, do município de Boa Vista, Roraima, no qual houve a observação do território, o registro e a entrevista aos participantes. Desta investigação, conclui-se que a diferenciação pedagógica é fundamental para respeitar a diversidade de culturas e etnias existentes nas escolas brasileiras. Estas ações contribuem para diminuir as diferenças e construir mecanismos pedagógicos que possibilitem um diálogo intercultural. Quanto às funções executivas, estas indicam que essas habilidades cognitivas são essenciais para o sucesso acadêmico das crianças indígenas. As funções executivas incluem processos como atenção seletiva, memória de trabalho, planejamento, tomada de decisão, inibição de respostas automáticas, resolução de problemas e auto-monitoramento. A sua promoção pode potencializar a capacidade deles em gerenciar suas próprias aprendizagens, desenvolver habilidades de leitura e escrita de maneira mais eficaz e integrar conhecimentos de suas culturas nativas com os conteúdos curriculares.
- Porphyromonas gingivalis e Fusobacterium nucleatum na oncogénese oral e progressão tumoral: revisão sistemáticaPublication . Seroto, Cristiana Andreia Capela; Silveira, Augusta; Sequeira, TeresaA patologia oncológica da cavidade oral continua a ser objeto de estudo para a comunidade científica, quer pelo impacto significativo que tem na qualidade de vida dos pacientes e seus cuidadores, quer pelo impacto que causa na saúde pública. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a doença oncológica é a 2ª causa de morte em Portugal, sendo que o cancro da cavidade oral e faringe tem uma taxa de incidência de 16,7% e uma taxa de mortalidade se reflete em aproximadamente 50% dos casos. A doença periodontal é uma das condições infeciosas mais prevalentes do mundo, afetando entre 25% e 40% da população adulta. Esta patologia está associada frequentemente à presença das bactérias Porphyromonas gingivalis e Fusobacterium nucleatum. Esta patologia é uma consequência das interações complexas entre estes microorganismos e seus produtos, desencadeando uma resposta inflamatória do hospedeiro, conduzindo à destruição de tecidos e associada cada vez mais nos estudos, à oncogénese oral e progressão tumoral. Pretende-se estudar o envolvimento das bactérias Porphyromonas gingivalis e Fusobacterium nucleatum na oncogénese oral e progressão tumoral de forma a melhor compreender como influenciam a fisiopatologia do cancro da cavidade oral. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura em que foram utilizadas as diretrizes Cochrane, bem como uma a estratégia de pesquisa sistematizada através do diagrama de análise Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analysis e baseada nos critérios Population, Intervention, Comparison, Outcome. A pesquisa bibliográfica desta revisão sistemática abrangeu 4 bases de dados eletrónicas - B On, Science Direct, Pub Med, Cochrane library - e incluiu também consulta de literatura cinzenta (teses de mestrado, atas de eventos científicos, organizações mundiais). Foram selecionados artigos disponíveis entre 2013 e 2023 para leitura completa. São vários os mecanismos que explicam a associação entre as bactérias Porphyromonas gingivalis e Fusobacterium nucleatum e a oncogénese oral e progressão tumoral. Estas bactérias podem promover a proliferação celular, ao modularem diversas vias de sinalização. Estas bactérias facilitam também a invasão celular, permitindo a disseminação das células cancerígenas. Outro mecanismo importante é a indução de inflamação crónica, onde a resposta inflamatória prolongada cria um ambiente favorável à progressão tumoral. Citocinas pró-inflamatórias como a interleucina-6 e a interleucina-8 têm papéis fundamentais no processo inflamatório, promovendo a proliferação celular, invasão e metástase. A evasão imunológica é um mecanismo adicional pelo qual as células cancerígenas evitam a deteção e destruição pelo sistema imunitário. A Porphyromonas gingivalis e Fusobacterium nucleatum contribuem para este processo ao modularem a resposta imunitária do hospedeiro, criando um ambiente que favorece a sobrevivência e a disseminação das células cancerígenas. Esta revisão sistemática destaca a complexa interação entre a inflamação crónica induzida por bactérias periodontais e a oncogénese oral. Os resultados sublinham a necessidade de futuras investigações para aprofundar a compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos e desenvolver abordagens terapêuticas eficazes. A identificação precoce e o tratamento direcionado da inflamação crónica, assim como a modulação do microbioma oral, podem ser estratégias promissoras para melhorar os resultados clínicos dos pacientes com cancro oral, evidenciando a importância das medidas preventivas em oncologia oral.