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FCHS (DCPC) - Dissertações de Mestrado

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  • Perceções de psicólogos sobre os conflitos com pais e crianças com a perturbação do espectro autista
    Publication . Rodrigues, Cátia Sofia Preda; Cunha, Pedro
    A prática profissional da psicologia no acompanhamento de crianças com PEA e seus respetivos pais pode ser bastante desafiadora devido às características inerentes da perturbação, o que pode comprometer a saúde mental e física dos profissionais. Desta forma, este estudo apresenta como principal objetivo através da perceção de psicólogos, perceber quais são os desafios mais comuns ao longo das suas práticas profissionais, explorando também quais são as estratégias de gestão dos conflitos e autocuidado adotadas. A investigação seguiu o método qualitativo com recurso à técnica da entrevista semiestruturada, com base num guião de entrevista composto por questões abertas organizadas em quatro unidades de análise, concebido para a recolha de dados. Participaram nesta investigação oito psicólogas, sendo uma do contexto escolar e sete do contexto clínico, com idades compreendidas entre os 25 e os 42 anos e experiências profissionais entre 1 e 17 anos. A análise dos dados foi realizada de acordo com o modelo de análise temática proposto por Braun e Clarke (2006). Os resultados comprovaram a complexidade da intervenção com estas crianças em que são enfrentados desafios no âmbito comportamental e emocional das mesmas, que se repercutem negativamente na saúde mental e física das profissionais. Para além das dificuldades evidenciadas em lidar com estas crianças, foi identificada também uma falta de envolvimento entre os contextos de escola e casa, que determinada outra dificuldade significativa no processo de intervenção. No relacionamento com os pais, foram igualmente encontrados desafios, onde se destacaram resistências à aceitação do diagnóstico, expectativas e perceções inadequadas sobre a intervenção e dificuldades de continuidade do trabalho em casa. No entanto, as participantes revelam ter estratégias eficazes de gestão de conflitos no acompanhamento da criança e com os pais, bem como estratégias de autocuidado, demonstrando a importância que atribuem ao bem-estar pessoal para assegurar uma prática profissional de qualidade.
  • Impacto dos jogos digitais na memória de curto prazo dos estudantes universitários
    Publication . Oliveira, Lara Pinto; Barata, Nuno
    O presente estudo tem como objetivo perceber o impacto dos jogos digitais na memória de curto prazo dos estudantes universitários. Com o aumento da presença dos jogos digitais no quotidiano dos jovens adultos, tornou-se pertinente perceber de que forma é que essa exposição influência as capacidades cognitivas, como a memória. Além disso, tentou-se compreender se existem diferenças desse impacto entre os géneros masculino e feminino. Este estudo foi devidamente aprovado pela Comissão de Ética da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa, assegurando a conformidade com as normas éticas e científicas da investigação académica. O estudo foi realizado no âmbito de um projeto de investigação mais alargado, coordenado pelo Professor Doutor Nuno Cravo Barata na Universidade Fernando Pessoa. Todas estas fases de pesquisa foram conduzidas num ambiente laboratorial controlado, garantindo a validade e fiabilidade dos resultados recolhidos. Os participantes foram distribuídos por dois grupos, um composto pelo género masculino e o outro pelo género feminino, consoante o grau do uso dos jogos digitais, e avaliados pelas tarefas de memória de curto prazo baseadas nos subtestes de Span de Dígitos Direto, Span de Dígitos Indireto e Span Verbal. Posteriormente, os resultados obtidos serão comparados e relacionados estatisticamente entre ambos os grupos (género masculino e feminino) relativamente à memória de curto prazo. A amostra é composta por 80 estudantes universitários, com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos (M= 20,50; DP= 2.01), dos quais 48.8% (N= 39) são do género masculino e 51.2% (N= 41) do género feminino. Os dados recolhidos dos questionários foram organizados e analisados através do IBM© SPSS® Statistics vs. 29.0 (IBM Corp. released 2022, Armonk, NY, USA: IBM Corp.). Os resultados deste estudo demonstram que as estudantes de género feminino apresentaram, de forma geral, um desempenho cognitivo maior do que o género masculino, mais concretamente no estímulo de Span de Dígitos Direto, na qual a diferença foi estatisticamente significativa (p =0,001). Verificou-se também que os participantes que respondiam mais rápido obtinham bons resultados nos testes de memória. No futuro, este estudo contribui para um melhor entendimento do impacto dos jogos digitais nas funções cognitivas, nomeadamente a memória de curto prazo, sublinhando ao mesmo tempo a complexidade desta relação e a necessidade de abordagens multidimensionais na investigação científica contemporânea.
  • Tipos de videojogos e a sua influência na memória de trabalho de estudantes universitários
    Publication . Fernandes, Ana Raquel do Nascimento; Barata, Nuno
    Estudos recentes mostram que a Memória de Trabalho (MT) pode ser influenciada por diversos fatores. Um desses fatores pode ser o uso de videojogos, podendo estar associado a ganhos cognitivos e melhor desempenho da MT. Neste sentido, foi desenvolvido um estudo experimental com o objetivo de avaliar a influência que diferentes tipos de videojogos têm na MT de estudantes universitários, procurando-se comparar 3 grupos de estudantes que jogam diferentes géneros de videojogos: Ação, RPG e Estratégia. A hipótese principal orientadora do estudo foi: o grupo de estudantes que joga jogos de Estratégia tem melhores resultados no teste de MT do que os restantes grupos. Para isto, foi utilizado um questionário inicial para recolha da amostra e recolha de dados sociodemográficos e relativos aos hábitos de jogo, sendo que a amostra é composta por 42 estudantes, 23 do género masculino e 19 do feminino, com idades entre os 18 e os 25 anos. Seguidamente, agendou-se o teste presencial, desenvolvido no SuperLab 5, para avaliar o desempenho da MT dos participantes. Verificou-se que jogadores de jogos de Estratégia apresentaram Tempos de reação menores, assim como Duração da experiência menor, com taxas de acerto maiores em todos os estímulos, comparativamente aos jogadores de Ação e RPG, o que indica um desempenho da MT superior. Espera-se que este estudo venha a contribuir para a construção de outros estudos científicos mais robustos, bem como ajudar a combater a estigmatização dos videojogos.
  • Entre riscos psicossociais e o bem-estar psicológico: uma investigação-ação na divisão de turismo da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia
    Publication . Encarnação, Rita Alexandre da; Barros, Carla
    A presente dissertação descreve um estudo desenvolvido no âmbito de uma abordagem de investigação-ação, com o objetivo de compreender os riscos psicossociais e a saúde psicológica no trabalho, com vista à implementação de uma intervenção promotora de bem-estar. O estudo foi centrado na Divisão de Turismo da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e seguiu três etapas: diagnóstico, intervenção e avaliação/reflexão, permitindo uma abordagem participativa e orientada para a mudança. Para a recolha e análise de dados, foi utilizada uma metodologia mista, que combinou instrumentos quantitativos (Copenhagen Psychosocial Questionnaire - COPSOQ e Escala de Conflitos Intragrupais - ECIG) com instrumentos qualitativos (entrevistas semiestruturadas de carácter individual), proporcionando uma análise aprofundada dos fatores de risco e proteção no contexto organizacional. Os resultados evidenciaram que os principais fatores de risco incluem exigências cognitivas e emocionais, falta de autonomia e previsibilidade, bem como dificuldades na comunicação interna. Com base nestes dados, foi implementada uma intervenção composta por sessões psicoeducativas orientadas para o reforço das competências de comunicação, gestão de conflitos e planeamento, contribuindo para a melhoria tanto do clima organizacional como do bem-estar e da saúde psicológica dos trabalhadores. Estes resultados reforçam a importância de uma abordagem integrada e participativa na promoção de ambientes de trabalho saudáveis e sustentáveis.
  • Effectiveness of virtual reality as a therapeutic intervention in eating disorders: a systematic review with meta-analysis
    Publication . Zenha, Ricardo Teles; Fernandes, Carina
    Eating disorders are serious mental health conditions that affect the way people think and feel about food, body image, and themselves. These disorders can be difficult to treat, and many individuals face challenges even after receiving traditional therapy. In recent years, Virtual Reality (VR) has been explored as a new tool to support psychological treatment in a more interactive and engaging way. This thesis aims to examine whether VR can be beneficial in the treatment of eating disorders. A systematic review of the scientific literature was conducted, along with a meta-analysis. Fourteen studies were included in the review, and three provided results suitable for statistical analysis. The findings indicated that incorporating VR into therapy can lead to positive outcomes and may enhance certain aspects of treatment when compared to traditional methods alone. The meta-analysis revealed statistically significant effects of VR interventions in reducing binge eating behaviours (Hedges’ g = -0.81, 95% CI [-1.48, -0.14], p = .017) and improving body satisfaction (Hedges’ g = -0.82, 95% CI [-1.38, -0.26], p = .004), both with low to moderate heterogeneity. In contrast, no significant effect was found for purging behaviours (Hedges’ g = 0.78, 95% CI [-2.39, 3.95], p = .630), and heterogeneity in this outcome was high. These results suggest that VR may serve as a valuable adjunct to conventional therapy, particularly in addressing binge eating and body image dissatisfaction. Taken together, the evidence points to the potential of VR as an innovative and promising complement to existing treatment approaches for eating disorders. Nevertheless, further research is required to establish standardized VR protocols and evaluate their long-term effectiveness across more diverse populations. It may open new avenues to support individuals through more modern and immersive therapeutic experiences.
  • Quando a proteção falha: a persistência da violência contra mulheres após medidas protetivas em São Paulo (2024)
    Publication . Jardim, Nazaré Lima; Pinto, António Paulo Vieira; Trindade, Jorge
    A presente dissertação analisa a ineficácia das medidas protetivas de urgência em casos de violência de gênero ocorridos no estado de São Paulo durante o ano de 2024. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e documental que teve como base a análise de 300 decisões judiciais relacionadas ao descumprimento de medidas previstas na Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). O estudo objetiva compreender por que a violência persiste mesmo após a intervenção do sistema de justiça, considerando variáveis como o tipo de violência praticada, o vínculo entre vítima e agressor, a reincidência e a resposta institucional diante das violações. Os resultados revelam que 87% dos agressores possuíam vínculos afetivos com as vítimas, indicando o caráter relacional e contínuo da violência doméstica. Verificou-se ainda que a ausência de fiscalização eficiente, o monitoramento precário das medidas e a desarticulação entre os órgãos da rede de proteção contribuem para a repetição dos atos violentos, que em muitos casos evoluem para formas extremas como tentativa de homicídio e feminicídio consumado. Observou-se a banalização institucional de condutas como ameaça, perseguição e violação de domicílio, tratadas com pouca gravidade, mesmo quando reincidentes. A pesquisa conclui que a efetividade das medidas protetivas de urgência não depende apenas de sua previsão legal ou concessão formal, mas sim de uma atuação articulada entre os diversos setores da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, com alocação de recursos adequados, responsabilização célere e efetiva dos agressores, estratégias preventivas sustentadas e ações que levem em conta a complexidade estrutural do fenômeno.
  • Framing, mitos e opiniões: influência na credibilidade de vítimas de violência sexual
    Publication . Mateus, Sara Daniela Moura; Sani, Ana Isabel
    O presente estudo originou de uma inquietação fundamental: como é que a forma como os media retratam casos de violência sexual e os mitos de violação afetam a credibilidade que atribuímos às vítimas? Para responder a esta pergunta, a investigação desenvolveu-se em duas vertentes que se complementam: uma revisão sistemática da literatura e um estudo empírico com jovens portugueses. Na primeira parte, foi realizada uma revisão sistemática de 14 estudos publicados entre 2015 e 2025, que analisaram o impacto do framing e dos mitos de violação na perceção da credibilidade das vítimas. Os resultados revelaram que os discursos mediáticos, sobretudo em contextos digitais, operam como filtros interpretativos que reforçam estereótipos de género, descredibilizam as vítimas e humanizam os agressores. Elementos como o consumo de álcool pela vítima, o tempo demorado até à denuncia, ou a ausência de resistência física foram fatores frequentemente associados a atribuição de menor credibilidade. Além disso, observou-se uma clara assimetria moral que penaliza comportamentos femininos fora das normas tradicionais e favorece agressores com elevado estatuto social. Também os homens vítimas enfrentam descrédito acentuado, fruto de mitos específicos associados à masculinidade hegemónica. Na segunda parte, foi desenvolvido um estudo empírico, com 131 jovens adultos portugueses. Foi utilizada uma metodologia quantitativa com componentes qualitativas, através da aplicação de um questionário online contruído com base na literatura. Os participantes foram expostos a diferentes versões de um cenário de violência sexual, manipulando variáveis como o género da vítima, a presença de mitos e comentários. O questionário foi construído de raiz, sendo divido em duas partes com respostas fechas e uma questão aberta para cada vítima, uma feminina e uma masculina. Os resultados demonstraram uma tendência generalizada de apoio às vítimas, contrariando a literatura mais pessimista sobre a aceitação dos mitos de violação. No entanto, este apoio revelou-se ambivalente: persistem formas subtis de dúvida e questionamento da vítima, como o consumo de álcool, o tempo até à denúncia ou a falta de existência de força física. Esta culpabilização subtil sugere que os mitos de violação evoluíram para formas menos explícitas, mas ainda presentas. A análise de género evidenciou que as participantes femininas mostraram níveis mais elevados de perceção de credibilidade na vítima, em contraste com os homens, que se revelaram mais reticentes, sobretudo no caso da vítima feminina. Conclui-se que, apesar de haver indícios de mudança e maior sensibilização, as estruturas cognitivas subjacentes aos mitos de violação continuam presentes, exigindo estratégias de intervenção mais profunda e culturalmente contextualizadas.
  • Expressão da agressividade nos adeptos de futebol: cenários de visionamento e pertença a claques
    Publication . Pereira, Diogo Alexandre Oliveira; Seabra, Daniel; Fernandes, Ângela
    A presente investigação centra-se na expressão da agressividade nos adeptos de futebol, procurar explorar as diferenças nos níveis de agressividade basal entre indivíduos pertencentes a claques e não pertencentes, bem como analisar de que forma os diferentes contextos de visionamento, casa, cafés/bares e estádio, podem influenciar essa expressão. A investigação procurou, assim, contribuir para um melhor entendimento dos fatores individuais, sociais e situacionais que influenciam os comportamentos agressivos associados ao fenómeno do futebol, um cenário onde a emoção coletiva interage com elementos identitários e contextuais. A amostra incluiu 210 participantes, maioritariamente homens, com idades compreendidas entre os 18 e os 59 anos. Os dados forma recolhidos por meio da aplicação de um questionário sociodemográfico e de um instrumento padronizado de avaliação da agressividade, designadamente Buss-Perry Aggression Questionnaire. Os participantes foram também categorizados segundo a tipologia de classes sociais de Goldthorpe, permitindo uma análise mais detalhada da diversidade socioeconómica e do perfil profissional dos adeptos. Os resultados revelaram diferenças estatisticamente significativas entre os indivíduos pertencentes a claques e os não pertencentes, com os primeiros a apresentarem níveis mais elevados de agressividade, sobretudo ao nível da agressão física e raiva. Com isto, reforça-se a ideia de que o fator de pertença a claque pode atuar como potenciador da expressão da agressividade. No que diz respeito aos contextos de visionamento, foi registada uma associação significativa entre os contextos em que os jogos são assistidos e os níveis de agressividade reportados. Participantes que demonstraram tendência em assistir aos jogos em cafés ou bares apresentaram valores mais elevados de agressividade do que aqueles que assistem os jogos em casa. Assim, considera-se que o ambiente social, nomeadamente os espaços públicos podem estimular a propensão a comportamentos agressivos. Embora o visionamento em estádios não tenha revelado níveis significativamente mais altos do que em cafés/bares, apresentou níveis mais elevados do que o visionamento em casa. A análise das correlações indicou ainda que determinadas variáveis sociodemográficas, como o sexo, também podem influenciar a expressão da agressividade, sendo os homens a demonstrar valores mais elevados em quase todas as dimensões avaliadas. Em suma, os dados sugerem que tanto a pertença a claques como o local de visionamento dos jogos são fatores relevantes na expressão da agressividade entre adeptos. Estes resultados apontam para a importância do desenvolvimento de estratégias de intervenção ajustadas a diferentes realidades contextuais e grupais, promovendo uma vivência mais segura e saudável do desporto.
  • A participação de crianças e jovens refugiados e migrantes no processo de acolhimento residencial
    Publication . Pereira, Leonor Bastos; Sani, Ana Isabel
    Este estudo explora a participação de crianças refugiadas e migrantes em instituições de acolhimento residencial, analisando desafios e melhores práticas. Mais de metade da população de refugiados é constituída por crianças. Antes de mais, são crianças e requerem uma atenção especial. Enquanto refugiadas, estão particularmente em risco devido à incerteza e às perturbações sem precedentes que continuam a moldar as suas vidas. Enfrentam ameaças à sua segurança e bem-estar significativamente maiores do que a maioria das crianças. A natureza abrupta e frequentemente violenta das situações de emergência, a rutura dos sistemas de apoio familiar e comunitário e a grave falta de recursos com que se depara a maioria dos refugiados tem um impacto profundo no seu bem-estar físico e psicológico. De acordo com o artigo 12.º da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (1989), “as crianças têm o direito de participar em todas as decisões que as afetem, sendo as suas opiniões ‘devidamente ponderadas’ de acordo com a sua idade e maturidade”. Permitir que os refugiados recuperem o controlo sobre as suas vidas é fundamental. Através da participação, podem influenciar as decisões que os afetam, o que, por sua vez, tem um impacto positivo na sua autoestima. Utilizando uma abordagem qualitativa, este estudo recolheu dados através de entrevistas semi-estruturadas com académicos e profissionais de casas de acolhimento. Embora a participação seja reconhecida como um direito, a sua implementação enfrenta barreiras estruturais, culturais e institucionais.
  • O impacto do bullying nos praticantes de futebol: dos 10 aos 15 anos
    Publication . Coimbra, Mariana Filipa Guedes; Costa, Ana
    Ao longo dos anos, têm surgido cada vez mais estudos sobre o tema do bullying (Almeida et al, 2008; Olweus, 2010; OPP, 2022). Os contextos onde ocorre interação social entre indivíduos são propícios para a manifestação de incidentes de bullying e além do ambiente escolar, o contexto desportivo representa outro cenário no qual muitas crianças e adolescentes dedicam uma quantidade significativa do seu tempo (Vaz et al, 2022). O bullying no ambiente desportivo tem-se tornado um tema de preocupação crescente entre os pesquisadores pois o bem-estar emocional e autoestima dos jovens atletas está diretamente ligado com o seu desempenho (Marracho et al, 2021). O presente estudo tem como principal objetivo verificar a incidência do bullying no contexto desportivo, tendo como base uma pergunta de partida: qual será o impacto do bullying no contexto desportivo nos diferentes escalões? Participaram deste estudo 67 atletas do sexo masculino com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos (M=12,16; DP=1,620), abrangendo 4 escalões de competição e turmas de futebol de uma escola do grande Porto. O instrumento utilizado foi um questionário (Costa & Calobra, s/d) constituído por 28 perguntas, com o intuito de recolher informações sobre e frequência e duração dos comportamentos do bullying, os intervenientes envolvidos, o tipo de agressão mais frequente, assim como os locais e contextos onde estes ocorrem. Verificou-se uma incidência do bullying no contexto desportivo sendo que a maioria dos atletas que afirmaram conhecer alguém que já foi vítima de bullying são do escalão de Sub 13, que compreende idades entre os 11 e os 13 anos e que existiu abandono desportivo devido ao bullying. O local mais frequente para ocorre episódios de bullying é no campo durante dos treinos sendo o tipo de bullying mais comum o verbal. Os agressores maioritariamente são atletas mais velhos e da mesma equipa que as vítimas.