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FCHS (DCPC) - Dissertações de Mestrado

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  • A atividade de docência e transtorno do espectro do autismo em ensino regular: percepção dos desafios e possibilidades
    Publication . Baulies, Margareth Camanho Bastos; Alves, Ana Paula Antunes
    Este trabalho teve como premissa a discussão do papel do docente aplicado à disseminação do conhecimento em turmas onde haja alunos com necessidades especiais, dando ênfase ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Foi tida em consideração a intensidade de apresentação, bem como os possíveis comprometimentos de linguagem ou do comportamento que porventura sejam apresentados. A condição patológica que pressupõe comprometimento do sistema psicomotor e comportamental indica, em tese, haver um problema no cérebro humano. A percepção de sinais e sentidos deverá ser objeto de constante estudo, visando compor bases sólidas para definição das habilidades cerebrais, suas possíveis limitações e a importância de compor uma atmosfera favorável, que venha conferir autoconfiança, contribuindo para que fortaleça a discussão de assuntos apresentados em sala de aula, respeitando o tempo de resposta a cada estímulo, entendendo que desafios propostos virão gerar subsídios para superar as dificuldades do cotidiano, sendo de fundamental importância para tornar-se um adulto preparado as grandes questões que se impuserem. A formação de um corpo docente conhecedor para lidar com cenários desta natureza, passa, necessariamente, por um processo de formação, onde bases sólidas possam ser apresentadas, enfatizando a importância de estabelecer relação professor-aluno de forma solidária, participativa, questionadora, estimulando o compromisso cognitivo e inserção no contexto, processo de fundamental importância tanto para a socialização quanto para discussão e esclarecimento dos assuntos abordados, propriamente ditos, favorecendo a obtenção do conhecimento. Este trabalho constitui-se tema de interesse no estabelecimento de conceitos e propostas para aplicação em instituição de ensino, especificamente para alunos do ensino fundamental apresentando quadro de autismo, considerando situações específicas relativas aos cuidados dispensados, com a presença ou não de mediadores, visando fortalecer os processos envolvidos no trabalho de disseminação do conhecimento; ênfase às dificuldades geradas e possíveis soluções aplicadas para casos específicos. Ressalta-se a importância de um ambiente colaborativo e atuação conjunta de profissionais multidisciplinares, viabilizando uma condição natural favorável à obtenção do conhecimento, estabelecendo canais para contribuir para fixação de conceitos e melhora no processo de socialização. É apresentado estudo de caso para discussão sobre a inclusão de aluno do ensino regular diagnosticado com Transtorno do Espectro do Autista (TEA), com questionamento direcionado ao docente para melhor compreensão do quadro educacional.
  • A conciliação entre a vida profissional das mães e a dedicação a seus filhos com incapacidade intelectual
    Publication . Reimão, Andréa Fraga; Saavedra, Luísa
    Quando nasce uma criança com deficiência, é necessária a (re)idealização do filho para que os pais possam lidar com as suas limitações e atender às suas dúvidas, resultando em uma adaptação parental adequada ao filho real. Ao longo dos séculos, as mulheres foram estimuladas e ensinadas a cuidar de um bebê e da família. Durante muito tempo o papel feminino era ser a base da família em relação à parte da funcionalidade da casa e na educação dos filhos. Este estudo tem como principal objetivo: compreender os processos e desafios enfrentados pelas mães de crianças com incapacidade intelectual que necessitam de cuidados especiais, e como conciliam as suas atuações profissionais com a dedicação aos seus filhos. Pretendemos também perceber a importância da aceitação e inclusão das mães e dos seus filhos com necessidades especiais perante a sociedade. O motivo para a escolha desse tema é a compreensão de como as mães se envolvem no processo de reabilitação dos seus filhos, como enfrentam as fragilidades apresentadas durante as suas vivências, como desenvolvem as suas lutas diárias e como fazem o desenvolvimento de práticas que possibilitem uma melhor qualidade nas relações. Para tanto, realizar-se-á uma pesquisa qualitativa descritiva com a utilização de entrevistas semiestruturadas. Participarão deste estudo 6 mães de filhos com incapacidade intelectual que possuem vida profissional ativa. Os dados coletados serão analisados e discutidos com base na literatura atual da área pertinente ao assunto abordado. Pretende-se, assim, trazer à luz as vivências e desafios enfrentados e a possibilidade de despertar um olhar mais atento da sociedade e das políticas públicas sobre esta problemática.
  • O papel dos educadores na promoção da resiliência na infância: um estudo sobre intervenção precoce e educação inclusiva
    Publication . Barbosa, Ana Carla Pinto Gouveia; Alves, Ana Paula Antunes
    Este estudo teve como objetivo compreender o papel dos educadores de infância na promoção da resiliência infantil, considerando o contexto da educação inclusiva e da intervenção precoce. Para isso, foi realizada uma abordagem teórica sobre educação inclusiva, o seu desenvolvimento em Portugal, o papel da intervenção precoce e sua relação com a inclusão. Adicionalmente, explorou-se a estrutura do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI) e o funcionamento das Equipas Locais de Intervenção (ELI). Seguindo essa linha de investigação, o estudo também analisou a construção social do educador de infância, destacando a sua evolução histórica e a forma como as questões de género influenciam essa profissão. Foi evidenciado que, apesar da crescente valorização da educação infantil, os educadores ainda enfrentam desafios relacionados com a desvalorização da sua profissão, especialmente quando comparados a outros níveis de ensino. No aprofundamento teórico, abordou-se o conceito de inteligência emocional e sua evolução ao longo do tempo, relacionando-o com a resiliência infantil. A literatura demonstra que a inteligência emocional favorece a autorregulação emocional, a empatia e o desenvolvimento de habilidades sociais, fatores essenciais para a promoção da resiliência. Assim, estabeleceu-se uma relação entre esses conceitos, evidenciando como educadores emocionalmente preparados podem contribuir para o fortalecimento da resiliência das crianças. Para responder à questão central da investigação, foram realizadas entrevistas com educadoras de infância e educadoras técnicas em intervenção precoce, cujas narrativas forneceram uma visão detalhada sobre os desafios da profissão e a importância das relações afetivas na educação infantil. Os resultados demonstram que, embora os educadores tenham um papel fundamental no desenvolvimento emocional e social das crianças, ainda enfrentam dificuldades relacionadas com a formação, a implementação de práticas inclusivas e a valorização profissional. A pesquisa também destacou que a inclusão não depende apenas da legislação existente, mas da sua efetiva implementação, garantindo que os educadores tenham suporte adequado para desempenhar suas funções. A formação contínua revelou-se essencial para que os educadores consigam trabalhar de forma eficaz com crianças em diversos contextos, adaptando estratégias e promovendo um ambiente mais inclusivo. Diante dessas conclusões, sugere-se que futuras investigações ampliem a amostra e incluam a perspetiva de cuidadores e famílias, a fim de compreender de que forma a relação entre educadores e responsáveis pode contribuir para o fortalecimento da resiliência infantil. Além disso, recomenda-se a análise do impacto de formações específicas em inteligência emocional e resiliência na prática pedagógica dos educadores. Espera-se que este estudo contribua para a valorização do educador de infância e para a criação de políticas educacionais que fortaleçam a sua formação e o seu reconhecimento, promovendo práticas mais eficazes na educação inclusiva e na intervenção precoce.
  • O papel da psicologia e da psiquiatria na prevenção da descompensação psicótica em adolescentes e jovens adultos: uma apreciação dos especialistas
    Publication . Pires, Luís Dias da Silva Vihemba; Matos, Marta
    O presente trabalho interroga as possibilidades de prevenção da psicose em adolescentes e jovens adultos, dada a incidência grave e desorganizadora desse tipo de estado na vida do indivíduo e da sua comunidade. Mais concretamente, pretende-se investigar o papel da Psicologia e Psiquiatria, e da comunidade como um todo, na prevenção da descompensação psicótica em adolescentes e jovens adultos. O estudo empírico constitui um estudo exploratório alicerçado numa metodologia qualitativa, de forma a proporcionar uma compreensão aprofundada do problema. O objetivo principal é investigar a perceção de psicólogos e psiquiatras quanto às possibilidades de prevenir a descompensação psicótica em adolescentes e jovens adultos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com uma amostra de 5 psicólogas, 3 psiquiatras e 2 internos na especialidade de Psiquiatria. A análise qualitativa de conteúdo permitiu a identificação de temas e representações diversas no discurso dos participantes. Os resultados revelaram que a maioria dos participantes considera possível prevenir a descompensação psicótica através da combinação de psicoterapia, psicofarmacologia e apoio familiar e comunitário. Além disso, a coordenação interdisciplinar entre profissionais da Psicologia, da Psiquiatria e de outras áreas, como a Educação, é percebida como fundamental para um atendimento eficaz. Ademais, foi salientada a importância de um olhar atento dos familiares para os sinais de alerta que indicam necessidade de enquadramento do jovem em serviços de saúde mental especializados. Contudo, obstáculos como a falta de recursos humanos no SNS, o estigma e a falta de literacia em saúde mental, nomeadamente em relação a estados psicóticos, constituem dificuldades que motivaram, da parte dos participantes, sugestões de melhoria de intervenção em contexto familiar, clínico, comunitário e societal. Concluiu-se que uma abordagem preventiva integrada não só pode melhorar a qualidade de vida dos jovens em risco de descompensação psicótica, como também reduzir o sofrimento pessoal e familiar, bem como os custos associados aos cuidados em saúde mental desta população. As conclusões do estudo sugeriram a necessidade de implementação de políticas públicas que promovam a colaboração interdisciplinar e o desenvolvimento de programas de prevenção com um foco na consciencialização da comunidade e sociedade para a psicopatologia psicótica, assim como a descentralização e facilitação do acesso a serviços especializados de saúde mental e integração dos mesmos em estruturas comunitárias como escolas e universidades.
  • Violência sexual: uma análise de comentários online a partir da notícia de uma jovem portuguesa violada no Porto (Portugal)
    Publication . Gando, Miguel Calueio; Santos, Luís
    Em 2023, a APAV registou um aumento de 30% nos casos de violência sexual contra crianças e jovens, tendo sido contabilizadas um total de 1760 denúncias. Este aumento pode refletir uma maior conscientização do problema ou, pelo contrário, um crescimento da incidência de casos. Salienta-se, por isso, a importância de estudar a violência sexual no seu contexto legal e jurídico (que leis aplicar para punir o agressor ou para salvaguardar a vítima), mas também examinar os discursos socialmente construídos, de forma a identificar crenças culturais que se manifestam em relação a este tipo específico de crime. Considerando que a internet se apresenta hoje como uma das principais plataformas de produção, divulgação e discussão de informação, e à luz das novas potencialidades que as redes sociais apresentam (anonimato, maior liberdade de discurso), o presente estudo procura analisar os discursos reverberados na secção de comentários do Jornal “Público” e na sua respetiva página do Facebook, a propósito de uma notícia de uma jovem portuguesa violada no grande Porto – Portugal. O tratamento e interpretação dos dados recolhidos, apoiados na análise temática, permitiu identificar cinco temas: Justiça e política; Sentimento do utilizador; Caracterização do violador; Caracterização da vítima e crítica à notícia. No geral, os comentários analisados sugerem a indignação do utilizador face ao conteúdo da notícia e a alusão à necessidade de medidas mais justas e punitivas.
  • O otimismo e a autoeficácia dos professores do 2º e 3º ciclos face aos alunos com perturbações do domínio cognitivo: um estudo no distrito de Leiria
    Publication . Chainho, Marieta de Sousa; Coelho, Fátima
    A Educação Inclusiva assenta os seus principais princípios no direito à educação, direito definido na Declaração Universal dos Direitos do Homem na convenção dos Direitos da Criança e, posteriormente, ratificada na convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Pretende-se que a educação seja um direito de todos e para todos e não apenas uma miragem refletida em documentos, pretende-se passar da ideologia à ação e colocar em prática os pressupostos de uma escola verdadeiramente inclusiva. Neste sentido, os alunos com necessidades especiais carecem de uma maior atenção e disponibilidade, por parte dos vários agentes educativos, para que possam usufruir de uma escola verdadeiramente inclusiva. Baseado na literatura existente, definiu-se para este estudo como objetivo geral compreender a relação existente entre otimismo e a autoeficácia do professor e se efetivamente impactam a referenciação de alunos com necessidades especiais para as equipas de educação especial. Este estudo foi implementado no distrito de Leiria, com professores do 2º e 3º ciclos do ensino básico. Foram inquiridos 40 professores. Os dados foram recolhidos através de duas escalas: uma de otimismo e outra de autoeficácia. Concluiu-se que os professores mais otimistas e autoeficazes referenciam menos alunos para as equipas de educação especial e que se sentem capazes de motivar os seus alunos para as tarefas escolares, mesmo as mais complexas.
  • O ajustamento psicológico em doentes com insuficiência renal crónica: sua influência na perceção da dor, qualidade de vida e ajustamento diádico
    Publication . Araújo, Pedro Miguel Almeida; Barata, Nuno
    A insuficiência renal crónica e o tratamento dialítico provocam alterações significativas na dinâmica diária do doente renal crónico, comprometendo e limitando a sua condição física e psicológica, com repercussões pessoais, familiares e sociais. Neste sentido, o estudo teve como objetivo principal a influência do ajustamento psicológico na perceção de dor, na perceção da qualidade de vida e na perceção do ajustamento diádico do paciente com insuficiência renal crónica. A amostra é constituída por 60 participantes portadores de insuficiência renal crónica, os quais foram selecionados no Serviço de Nefrologia do Hospital São João do Porto. A duração do estudo foi de 11 meses (47 semanas). Salienta-se, desde já, que a amostra é não probabilística, sendo do tipo de amostragem por seleção racional. Trata-se assim de um estudo transversal de caráter descritivo, exploratório e correlacional, com o objetivo de contribuir para uma maior compreensão da importância do ajustamento psicológico na perceção de dor, qualidade de vida e ajuste diádico das pessoas portadoras de insuficiência renal crónica. Foi utilizado um questionário sociodemográfico e clínico, a HADS, o BPI, o Whoqol-Bref e a DAS. Os resultados demonstram que o ajustamento psicológico tem uma relação direta com uma maior perceção de qualidade de vida e ajustamento diádico e uma relação negativa com a dor. Conclui-se que a presença de sintomatologia psicológica promove uma menor qualidade de vida e ajustamento diádico e uma maior perceção de dor.
  • Formação docente e os desafios para uma educação socioemocional no contexto da educação inclusiva no ensino superior
    Publication . Jesus, Mirlenísia Monteiro de; Coelho, Fátima
    A educação constitui um dos componentes importantes para o processo de formação do professor, bem como um contributo para o desenvolvimento das competências cognitivas, intelectuais e socioemocionais destes e dos educandos. Esta investigação teve como objetivo geral compreender a relação entre a formação docente e a educação socioemocional no que diz respeito aos seus contributos e desafios no âmbito da educação inclusiva. A abordagem quantitativa descritiva de pesquisa permitiu inquirir, por meio de questionário, 32 professores que lecionam numa Instituição de Ensino Superior (IES) do Estado do Maranhão. Concluiu-se que os participantes da pesquisa compreendem o quanto é importante a formação continuada, especialmente em relação à inclusão na educação e às questões socioemocionais. No entanto, a grande maioria dos inquiridos afirma que a formação docente não foi suficiente para proporcionar a mediação dos processos de aprendizagem em sala de aula e que, realmente, é importante a inclusão de conteúdos relacionados com a educação emocional na formação inicial dos professores. Em relação aos desafios da formação docente para a educação socioemocional, no contexto da educação inclusiva, há uma distribuição mais igualitária, sendo que há tantos professores que afirmam ter dificuldade de relacionar teoria e prática para mediar os processos de aprendizagem e desenvolvimento das emoções dos alunos com Necessidades Especiais, como os que respondem ter dificuldade na elaboração do plano de trabalho que contemple ações para o desenvolvimento e potencialização da educação socioemocional inclusiva. Conclui-se ainda que a grande maioria dos inquiridos atribui uma grande importância ao facto de estes alunos poderem ter a oportunidade de fazer uma graduação no ensino superior.
  • A prática do professor na elaboração de um plano educacional individualizado (PEI) para alunos em sala de aula inclusiva, no Rio de Janeiro
    Publication . Santos, Jaciara Candido dos; Coelho, Fátima
    Esta pesquisa está relacionada com a importância do professor de ensino médio elaborar o Plano Educacional Individualizado (PEI) para alunos com desenvolvimento atípico, contribuindo para o trabalho de inclusão e para o planeamento de ações individualizadas, garantindo a todos os estudantes uma educação de qualidade que atenda às singularidades dos alunos de uma sala de aula inclusiva. O objetivo geral deste trabalho é mensurar e analisar como e em que medida os professores realizam a elaboração do PEI, identificando possíveis dificuldades ou necessidades na sua utilização em sala de aula inclusiva. Participaram 32 docentes, que responderam a um questionário. Os resultados obtidos destacaram as principais barreiras na implementação do PEI e os benefícios observados na aprendizagem e na participação dos alunos com deficiência. Concluiu-se que, embora muitos docentes possuam conhecimento teórico sobre o PEI e reconheçam a sua importância no processo inclusivo, a implementação prática enfrenta obstáculos. Entre os desafios apontados estão a falta de formação específica e contínua para a elaboração e aplicação do PEI. A lacuna entre o conhecimento teórico e a prática manifesta-se no número de professores que não se sentem preparados para adaptar o currículo às necessidades individuais dos alunos. Os docentes reforçam a necessidade de regulamentação através de políticas públicas e programas de formação contínua, que os apoiem na implementação eficaz do PEI, assegurando uma educação verdadeiramente inclusiva e de qualidade.
  • Autoconfiança e ansiedade em bailarinos de competição praticantes de hiphop
    Publication . Gonçalves, Ana Isabel Cordeiro; Silva, Isabel
    A ansiedade e a autoconfiança desempenham papéis cruciais na prática de competição em dança, podendo influenciar diretamente o desempenho dos dançarinos. A relação entre estas duas emoções e a performance é complexa, pois ambas podem ajudar ou prejudicar o desempenho, dependendo de como são geridas pelos dançarinos. A ansiedade é uma reação natural diante de situações que envolvem exposição e avaliação, como competições de dança. Já a autoconfiança é um dos pilares fundamentais para o sucesso em competições, uma vez que os bailarinos que acreditam nas suas capacidades tendem a ter um desempenho superior. A necessidade de compreender a relação entre a ansiedade e a autoconfiança, num grupo específico (bailarinos de hiphop), tornou-se importante como objetivo deste estudo, uma vez que este grupo não tem sido amplamente investigado. Este estudo procura oferecer mais informações nesta área, explorando como estes dois fatores interagem e influenciam o comportamento dos dançarinos. A dissertação está organizada numa introdução geral, seguida de dois artigos científicos. O primeiro artigo apresenta uma revisão sistemática da literatura, analisando informações sobre a temática em estudo. Conclui-se que, enquanto a ansiedade e a autoconfiança têm sido amplamente estudadas no desporto, na dança, especialmente no hiphop, estas variáveis têm recebido pouca atenção. O segundo artigo apresenta um estudo empírico que analisou a relação entre os fatores em estudo, nomeadamente se uma autoconfiança elevada está associada a níveis mais baixos de ansiedade. Foram também analisados fatores como o número de anos de experiência, os fatores individuais de ansiedade e os sentimentos durante a competição. Os resultados indicam que a ansiedade e a autoconfiança estão inter-relacionadas. Dançarinos com mais anos de experiência em competições tendem a apresentar níveis mais baixos de ansiedade. Além disso, a pressão exercida pelo professor/coreógrafo compromete o sucesso na performance, sendo o medo de falhar a principal fonte de ansiedade nas competições. O estudo foi realizado com 42 participantes praticantes de hiphop, com idades entre os 18 e os 32 anos (M = 24,35). Concluiu-se que níveis mais elevados de ansiedade estão associados a níveis mais baixos de autoconfiança e vice-versa, evidenciando a relação entre estes dois fatores.