FCHS (DCPC) - Dissertações de Mestrado
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- O acesso dos alunos com transtorno do desenvolvimento intelectual ou físico ao ensino superiorPublication . Lobo, Edson Valdo Ferreira; Coelho, FátimaNo Brasil, a inclusão dos alunos com transtornos do desenvolvimento intelectual ou físico está prevista desde a educação básica ao ensino superior, buscando todos os segmentos garantir a educação para todos. O presente trabalho de investigação tem como objetivo geral compreender quais são as condições de acesso dos alunos com necessidades educativas especiais, provenientes de transtornos do desenvolvimento intelectual ou físico, sejam pedagógicas ou físicas, nas instituições de ensino superior. Trata-se de um Estudo de Caso, cuja pesquisa ocorreu em um Instituto de Ensino Superior do Estado do Maranhão/Brasil. Participaram desta pesquisa, vinte e quatro professores de um Instituto de Ensino Superior e vinte e dois alunos com transtorno do desenvolvimento intelectual ou físico que estudam nesta instituição de ensino superior. Utilizou-se como instrumento de recolha de dados duas entrevistas estruturadas. Conclui-se que a maioria dos professores do ensino superior possuem pouca ou nenhuma experiência no processo de inclusão e também não possuem formação que contemple o aprofundamento de temáticas relacionadas com a área. Concluiu-se ainda que o processo de acesso dos alunos com transtornos do desenvolvimento intelectual ou físico ao Ensino Superior, depende das adaptações da estrutura física da instituição e o planejamento pedagógico das disciplinas, pois é segundo os professores uma oportunidade de garantir, a efetivação da inclusão. Também foi referida como dificuldade, a seleção dos alunos ao ingresso ao curso superior. Para os participantes é importante organizar uma estrutura para selecionar e receber os alunos, isso incluí também os testes, as provas adaptadas e a estrutura física.
- Agressividade e comportamentos de risco na escola inclusiva: fatores determinantes e estratégias de resposta - um estudo de caso em escolas TEIPPublication . Anunciação, Natércia de Sintra; Ventura, TerezaEste estudo pretendeu constituir um contributo na identificação dos comportamentos de risco na escola inclusiva e reconhecimento dos fatores determinantes e estratégias de resposta aplicadas em escolas TEIP. Aplicando o conceito de Escola para Todos, acredita-se que este trabalho foi relevante na procura de caminhos que poderão levar a Escola a praticar um ensino verdadeiramente inclusivo. O trabalho desenvolveu-se segundo uma metodologia mista, com triangulação de resultados das duas vias. Os dados derivam de um questionário dirigido aos professores do 1º Ciclo a lecionar em escolas problemáticas, frequentadas por alunos que manifestam alguns problemas a nível relacional e comportamental, integradas no programa TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária). Segundo os resultados apurados confirmou-se que as atitudes dos professores estão ligadas ao comportamento de risco das crianças na escola, mas também o ambiente familiar desestruturado e agressivo, a afetividade do aluno afetada, a falta de competências no professor, a falta de planificação de aulas atrativas, com objetivos construtivos, as deficientes condições dos espaços exteriores, o reduzido número de profissionais, falta de apoio aos alunos com dificuldades, a fraca oferta sociocultural e a falta de relações personalizadas são outros fatores que promovem comportamentos e risco no espaço escolar. Os entrevistados concordam com a implementação do programa TEIP e demonstram que aplicam estratégias com o objectivo de prevenir em vez de remediar, com recurso ao castigo, no entanto, consideram importante receber formação nesta área.
- Alunos com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) e Bullying em contexto escolarPublication . Barros, Cecília Georgina Domingues Gonçalves; Marinho, SusanaEste trabalho foi realizado no âmbito do Mestrado em Ciências da Educação – Educação Especial da UFP. Neste estudo, abordou-se a problemática atual do fenómeno do Bullying em contexto escolar, associado a jovens com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA), nomeadamente Autismo de Funcionamento Elevado (AFE) vulgarmente designado Perturbação de Asperger. Considerando as suas características e a revisão da literatura, estes alunos parecem estar expostos a maior risco de vitimação pelos pares. É, assim, essencial refletir sobre estratégias preventivas e reabilitativas face a esta problemática, para que sejam adaptadas aos jovens com PEA (AFE) e favoreçam a sua inclusão ao nível do contexto global escolar. Para delinear uma intervenção realizou-se um estudo empírico, com metodologia qualitativa, utilizando a técnica da entrevista. Este estudo foi realizado numa Escola Básica e Secundária da região do Minho, numa turma do 3ºciclo (9ºano) que integra um aluno com PEA (AFE) e, previamente sinalizado pela Direção do Agrupamento, como envolvido no fenómeno do Bullying. Entrevistou-se os diferentes elementos da comunidade escolar que lidam diretamente com a turma participante no estudo e a problemática em questão: Adjunto do Diretor da escola, Docente/Diretor de Turma, Psicólogo, Professor de Educação Especial, Assistente Operacional, pais, e alunos, incluindo o aluno com PEA. Procurou-se ainda informação complementar sobre a temática junto do Presidente da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger. Os resultados encontrados indicam que os diferentes participantes têm conhecimento/consciencialização do Bullying e da especificidade das PEA (AFE), demonstrando ter experiência com este tipo de situações, nas quais adotam um papel interventivo de forma cooperativa, exceto no caso dos colegas de turma que não têm perceção da especificidade destes alunos. Concluiu-se também a opinião comum de todos os participantes sobre o maior risco de vitimação de Bullying dos alunos com PEA (AFE). Verificou-se que as estratégias preventivas e reabilitativas implementadas na escola em estudo têm a ver essencialmente com a realização de reuniões e ações de formação com os vários elementos da comunidade educativa.
- Análise das adaptações curriculares na educação física na inclusão do aluno com necessidades educativas especiais na rede municipal de ensino fundamental I em Pedra Branca do Amaparí-Ap/BrasilPublication . Ribeiro, Marcione Araújo; Silva, RaquelNo intuito de contribuir para a problematização da educação em uma perspectiva incluisva, a presente dissertação teve como objetivo procurar conhecer e analisar a prática pedagógica inclusiva experimentada pelos professores de Educação Física em Escolas do Município de Pedra Branca do Amapari. Como procedimento metodológico foi utilizada uma entrevista semi-estruturada através de um questionário feito no aplicativo Google Forms e enviados por e-mail aos 13 aprofessores participantes da pesquisa, procurando abranger o que determina o Plano Curricular do Estado do Amapá, bem como o Referencial Curricular do Estado. O questionário aplicado abordava cinco domínios, o primeiro abordava o tema inclusão (Questões 1, 2, 3, 7), o segundo abordava o tema a formação do profissional (Questões 4, 5, 6), o terceiro abordava o tema aulas práticas (Questões 8, 9, 10, 11), o quarto abordava o tema aulas téoricas (Questões 12, 13, 14, 15, 16 e 17) e o último dominio inqueria sobre a Proposta Curricular do Estado do Amapá (Questões 20, 21). A análise dos dados obtidos mostraram que apesar de respaldada pela Política Nacional de Educação Especial da Perspectiva da Educação Inclusiva, o Currículo para se por em práticas metodologias voltadas para os alunos com necessidades educativas especiais se mostra obscuro. Os dados obtidos ainda destacam que, apesar da existência de documentos normativos de ordem Federal e Estadual que determinam um conjunto de ações operacionais visando a inclusão escolar com qualidade para alunos com necessidades educativas especiais, os profissionais de Educação Física ainda moldados pelo habtus das condições precárias inseridas em sua formação e atuação docente, possuem ciência da falta de recursos, entretanto, a maioria não assumem uma postura crítica que confrontem essa realidade. Além disso, a proposta do trabalho buscou deixar uma reflexão aos professores participantes, oportunizando uma rica oportunidade para reverem suas metodologias com relação aos alunos com necessidades educativas especiais, fazendo com que eles se apropiem de teorias educacionais que poderão contribuir na elaboração de suas aulas.
- A aplicabilidade da legislação brasileira de inclusão escolar, para alunos com deficiência, nas escolas de ensino fundamental, nos municípios de Santana e Serra do Navio, no estado do AmapáPublication . Lobato, Zélia Maria Amaral; Ramalho, JoaquimMesmo dentre os avanços na elaboração do ordenamento jurídico brasileiro, verifica-se ainda algumas dificuldades quando se trata da efetiva aplicabilidade. Esta pesquisa é voltada para a legislação que regulamenta a Educação Inclusiva no Brasil, bem como sua aplicabilidade. Delimitar-se-á às Escolas de Ensino Fundamental localizadas nos Municípios de Santana e Serra do Navio, no Estado do Amapá, ao Norte do Brasil. Para fins de efetiva aplicabilidade desse ordenamento, esta pesquisa sugere uma investigação nas Unidades de Ensino dos Municípios supracitados, bem como junto às famílias desses educandos, através de entrevistas com professores, supervisores, diretores, famílias e os próprios alunos, respeitadas as limitações de cada um. Daí se extrai a problemática deste trabalho: Existe coerência entre a legislação e sua aplicabilidade? De acordo com esta proposta, os alunos com deficiência serão verdadeiramente protegidos pela eficácia do ordenamento. Assim, o objetivo geral a que se propõe a Dissertação a seguir desenvolvida será o de verificar como se constitui a exigência jurídica quando se trata de suprir as necessidades dos alunos com deficiência, bem como atenuar as desigualdades existentes. Lamentavelmente, algumas das propostas de proteção a esses educandos nem sempre são bem vistas como qualquer outra que vise atenuar as desigualdades sociais. Dentre os diversos métodos de abordagem, foi feito opção pela metodologia quantitativa, ao verificar instrumentos como questionários, visitas às instituições de ensino. Considerando os dados da pesquisa verificou-se incoerência parcial entre a previsão legal e sua efetiva aplicabilidade, o que será demonstrado quando da análise de dados. Os participantes terão assegurados a confidencialidade e segurança emocional, bem como a reciprocidade da investigação.
- Aplicação do modelo son-rise na educação pré-escolar : implementação de um programa na área da linguagem /comunicação - estudo de casoPublication . Alves, Dorinda Raquel Teixeira; Saavedra, LuísaO Son-Rise Program® (SRP) é uma metodologia de intervenção com pessoas com autismo que privilegia a relação em detrimento do tratamento, tendo por base os seus princípios orientadores. Segundo o Centro de Tratamento do Autismo da América, esta metodologia tem inúmeros casos de sucesso e há cada vez mais pais a procurá-lo para aprender e aplicar este programa. Tendo sido criado de pais para pais, os estudos existentes, na sua maioria, centram-se no contexto familiar. Com base no sucesso deste programa e devido à pouca informação existente sobre a sua aplicação em meio escolar, Mota (2014) desenvolveu um estudo neste sentido com uma criança de dez anos numa turma de ensino estruturado. Dado os seus resultados positivos no desenvolvimento da criança, torna-se pertinente prosseguir esta investigação inovadora e levá-la até ao contexto da Educação Pré-Escolar, desenvolvendo uma investigação com o intuito de verificar quais os benefícios desta abordagem no desenvolvimento da comunicação na criança com Perturbações do Espetro do Autismo (PEA) e a sua compatibilidade com as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE). Deste modo, optou-se por realizar um estudo de caso centrado numa criança em idade pré-escolar com diagnóstico clínico de PEA, que frequenta uma sala de Educação Pré-Escolar, à qual o investigador pretendeu implementar o SRP, recorrendo às tabelas de desenvolvimento deste programa adotadas de Mota (2014). Os resultados obtidos apresentam uma evolução progressiva na criança na sua comunicação/ linguagem, crescendo de uma linguagem verbal e não-verbal, sobretudo no âmbito instrumental, para uma linguagem mais social.
- A aprendizagem acadêmica estruturada em domínios da leitura, escrita e aritmética para alunos com dificuldades na aprendizagemPublication . Mello, Marisa de Lourdes dos Santos de; Coelho, FátimaCom o presente estudo pretende-se analisar se estruturar a aprendizagem de alunos com dificuldades seguindo a estrutura linguística da Língua Portuguesa e do Raciocínio Lógico Matemático, através de metodologias que permitam analisar e intervir no aprendizado de estudantes que frequentam a rede regular de ensino do município de Fraiburgo, estado de Santa Catarina – Brasil. Participaram 20 alunos. Para avaliação foi utilizado o Teste de Desempenho Escolar que possibilitou personalizar o programa de intervenção definindo as necessidades e habilidades de cada participante. Os programas Pnalexia Plus e Pensamento Lógico foram utilizados na intervenção por três meses, pelo menos duas vezes por semana e ao término deste período os alunos foram reavaliados. Os participantes tiveram evolução, concluindo que a aprendizagem estruturada realmente melhora o aprendizado por permitir seguir a estrutura como base do trabalho, onde o aluno avança de acordo com a própria evolução. O professor tem uma base para seguir planejando os conteúdos e adaptando as atividades numa sequência lógica e previsível. Verificou-se ainda que a integração sensorial, a possibilidade de utilizar material concreto e a repetição dos exercícios permite a fixação duradoura na memória. Os alunos aprenderam que podem recorrer a memória sensorial quando necessitarem ler ou escrever, utilizando a rota léxica, gráfica e fonológica. Com raciocínio lógico os exercícios seguem o sistema decimal onde cada conceito aprendido é pré-requisito para o que vem depois, o que não expõe o aluno a conteúdos ainda não dominados e proporciona atividades que consiga desenvolver com autonomia e independência.
- A aprendizagem de LIBRAS, como primeira língua para crianças com implante coclear: um facilitador no desenvolvimento da escrita e da oralidade na visão de professores e paisPublication . Ferreira, André Neri de Barros; Freitas, Susana VazO diagnóstico de uma deficiência auditiva não é fácil para a família, contudo, é necessário que ela tome decisões rápidas para uma intervenção, e com isso, surge a possibilidade do implante coclear, que é uma prótese auditiva para pacientes que tiveram perdas servas da audição. Para os especialistas, quanto mais cedo o diagnóstico melhor é o planeamento da cirurgia que é indicada para a criança, antes dos quatro anos. Diante disso, esta investigação teve como objetivo geral analisar se o ensino da língua gestual (ou de sinais), como primeira língua, promove a melhoria das condições de aprendizagem da escrita e a oralidade de crianças com implante coclear, em contexto de alfabetização. Os específicos são: 1. Apresentar o contexto do ensino de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para crianças com implante coclear. 2. Identificar os desafios enfrentados pelas crianças com implante coclear no contexto escolar para a aprendizagem da escrita. 3. Relacionar a aprendizagem de LIBRAS, como primeira língua, como condição para a melhoria da aprendizagem de crianças com implante coclear. 4. Identificar elementos que atestem o desenvolvimento da escrita e da oralidade de crianças com implante coclear que tiveram LIBRAS como primeira língua. E, face a estes objetivos, surgiu a seguinte pergunta de partida: Será que na visão dos professores e dos pais, as crianças com implante coclear desenvolvem com maior facilidade a aprendizagem da escrita e da oralidade quando aprendem LIBRAS como primeira língua? Para responder utilizou-se como metodologia a pesquisa exploratória com um cariz qualitativo. Participaram pais e familiares de crianças que possuem implante coclear. Como instrumento de recolha de dados utilizaram-se dois tipos de questionários, um para os educadores e outro para os familiares. A dissertação foi estruturada em duas partes: O Enquadramento Teórico e o Estudo Empírico. A parte do Enquadramento Teórico foi dividida em dois capítulos: o primeiro vem contextualizar o bilinguismo e a surdez e, o segundo discorre sobre o implante coclear; a fala do surdo; a fala com o implante; a visão dos educadores e os fatores comprometedores do processo de aprendizagem. A segunda parte da dissertação trata-se do Estudo Empírico, que apresenta os objetivos, os participantes, o procedimento de colheita dos dados. A última parte analisa e discute os resultados. Espera-se fomentar a discussão sobre a aprendizagem de LIBRAS para os implantados e a discussão na área educacional e da saúde sobre a educação especial aos implantados e a melhora do processo de inclusão.
- Aprendizagem inclusiva da matemática: formação do professor para o trabalho com a inclusão no ensino fundamental IIPublication . Silva, Ailton Carvalho; Coelho, FátimaEste estudo objetivou analisar as formações inicial e continuada dos professores de Matemática do Ensino Fundamental II, bem como as metodologias utilizadas pelos profissionais em classes inclusivas, nas escolas públicas estaduais do estado de São Paulo. A partir de uma questão de investigação, delineou-se o objetivo geral, cuja proposta é analisar as formações, inicial e continuada dos professores de Matemática do Ensino Fundamental II, bem como as metodologias de ensino utilizadas por esses profissionais em classes inclusivas, nas escolas públicas estaduais do estado de São Paulo. Optou-se por uma pesquisa de natureza quantitativa, cujo instrumento utilizado para a recolha de dados foi o inquérito por questionário, e o tratamento das informações obtidas foi feito através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0 para Windows. Foram inquiridos 33 Professores. Concluiu-se que os professores têm consciência da lacuna existente em sua formação inicial, no que se refere aos professores conhecimentos e práticas pedagógicas sobre a educação inclusiva. Constatou-se ainda que os profissionais não se neguem à formação continuada, porém, precisam de tempo e espaço adequados para a efetivação dessa formação. Observou-se também que há uma preocupação latente, por parte dos professores, quanto à ausência de profissionais especialistas nas escolas, bem como a baixa participação das famílias dos alunos com deficiência. Em linhas gerais, os professores sugerem como medida prioritária para a superação das eventuais dificuldades que surgem no cotidiano escolar, à capacitação dos profissionais para o trabalho com alunos com deficiência.
- Arte-educação como elemento de inclusão escolar para ensinar e aprender língua portuguesaPublication . Trasferetti, Vera Lucia; Coelho, FátimaO presente trabalho de investigação objetivou conhecer a percepção de professores e alunos sobre a utilização de linguagens artísticas no ensino de Língua Portuguesa. Participaram da pesquisa três classes de quarto ano do ensino fundamental de uma escola brasileira e suas respectivas professoras. Para exemplificar a abordagem, foi elaborado e aplicado em sala de aula um programa de intervenção pedagógica. Como instrumento de recolha de dados, foram utilizados: (i) entrevistas com as professoras realizadas antes e depois da aplicação do programa e (ii) um grupo focal com alunos representantes das classes. As entrevistas com as professoras revelaram que, em suas perspectivas, o desenvolvimento dos conteúdos de Língua Portuguesa por meio da arte-educação não apenas beneficia a aprendizagem como amplia o universo expressivo e aproxima os alunos de conteúdos significativos do componente curricular. A análise das conversas com o grupo focal de alunos evidenciou que, com o programa de intervenção, as aulas ficaram mais divertidas e desafiadoras. Além disso, a ocupação dos espaços da escola, como a sala de artes e os corredores para exposição dos trabalhos, assim como o emprego de materiais específicos das linguagens artísticas foram pontos positivos e o trabalho em grupo favoreceu a dinâmica das aulas. Na perspectiva dos alunos, houve participação de todos, melhora na aprendizagem, melhora no desempenho e proporcionou maior liberdade de expressão. No que concerne à inclusão escolar, professores e alunos concordam que a arte-educação como estratégia de ensino na área de Língua Portuguesa favoreceu a inclusão de todos, independentemente das diferenças e dificuldades individuais, e seus recursos mostraram-se acessíveis, tanto para os professores que sentiram mais liberdade para trabalhar como para os alunos que, mais descontraídos, se soltaram e interagiram entre si.