FCS (DCF) - Licenciaturas
Permanent URI for this collection
Browse
Recent Submissions
- Estudo dos hábitos alimentares e a sua influência nos valores de IMC, tensão arterial, glicose, colesterol e triglicerídeos numa população adultaPublication . Guimarães, Isabel Alexandra da Silva; Silva, RaquelFoi a partir da década de 90 que os hábitos alimentares dos portugueses se foram alterando: à subida do rendimento das famílias, juntou-se a difusão das grandes superfícies comerciais, a democratização do fast-food e a invasão do mercado com novos produtos europeus. A par disto, o número crescente de mulheres trabalhadoras e a flexibilização de horários de trabalho deram também uma ajuda a esta vaga de mudança, que se reflecte na nossa saúde. A alimentação dos portugueses que era caracteristicamente uma alimentação do tipo mediterrâneo, com um consumo adequado de peixe, azeite, vinho tinto e hortícolas, modificou-se e segundo a última Balança Alimentar Portuguesa (BAP, 2008), que retrata os consumos alimentares per capita dos portugueses, estamos a consumir cada vez mais calorias, com crescimento acentuado dos produtos de origem animal. Neste sentido, achei pertinente, desenvolver um estudo onde pudesse relacionar os hábitos alimentares dos portugueses, com os valores de IMC, tensão arterial, glicose, colesterol e triglicerídeos. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa e qualitativa, no qual foi aplicado um questionário, a 50 utentes que frequentaram a farmácia Ascensão, em Ermesinde, e consequente medição dos diversos parâmetros para os quais esta monografia se encontra direccionada. Através da análise dos dados recolhidos posso concluir que estamos perante uma população de risco para o aparecimento de diversas patologias, nomeadamente de risco cardiovascular, uma vez a amostra analisada era uma população com excesso de peso (26,29 ± 3,5), com valores de tensão arterial sistólica elevada 146,96 ±17,44, assim como, os valores de glicose, 116,36 ±25,38 mg/dl, colesterol, 214,12 ± 59,33 mg/dl e triglicerídeos e 217,08 ± 61,35 mg/dl.
- Os medicamentos genéricos em PortugalPublication . Novo, Catarina Coutinho de Almeida Vieira; Capela, João Paulo SoaresCom a presente monografia pretende-se descrever alguns dos muitos aspectos relacionados com os medicamentos genéricos (MG), nomeadamente em Portugal. Optou-se por definir uma série de conceitos, entre eles, o de medicamento genérico, preço de referência (PR) e comparticipação de medicamentos genéricos. São ainda abordados aspectos históricos. Discutem-se resultados obtidos por estudos de investigação comprovativos da qualidade destes medicamentos. Avalia-se o consumo de medicamentos genéricos em Portugal, tentando-se descrever e entender todos os factores inerentes a esse crescimento. Refere-se, ainda, o consumo de medicamentos genéricos, num contexto europeu, dando-se maior relevância a países onde este mercado é mais significativo, como a Alemanha e o Reino Unido, a Espanha, a Itália e a França. Do presente trabalho, pode-se retirar que Portugal precisou de inúmeras alterações na legislação para a implementação dos medicamentos genéricos no mercado, entre elas a introdução da prescrição por denominação comum internacional (DCI) e do preço de referência (PR), e a alteração do regime de formação de preços. Quanto ao consumo destes medicamentos, as quotas de mercado atingiram níveis expressivos de participação. Assim sendo, até Abril de 2011 a quota de mercado de vendas, a preço de venda a público (PVP), era de 19,14% e a quota de mercado de vendas, em volume (número de embalagens), à mesma data, era de 21,01%. Conclui-se que o mercado português apresenta características para rápida expansão dos genéricos, no entanto ainda se encontra bastante distanciado das quotas de mercado de países como a Alemanha ou o Reino Unido. Novas alterações à legislação, campanhas junto da população e, ainda, maior intervenção dos profissionais de saúde poderão aumentar a quota de genéricos em Portugal.
- Desenvolvimento de uma formulação líquida à base de lactoferrina encapsulada em nanoemulsões múltiplas com propriedades antimicrobianas para aplicações em higiene oralPublication . Costa, Carla Isabel Dias da; Balcão, Victor M.; Matos, CarlaA lactoferrina, proteína originalmente isolada a partir do leite, desde cedo captou o interesse de muitos investigadores, dada a grande variedade de potenciais (e reais) aplicações que apresenta. Trata-se de uma glicoproteína monomérica com peso molecular aproximado de 80 kDa, constituída por 703 resíduos de aminoácidos, com capacidade para se ligar ao ferro. Aparentemente, é a subfracção do soro de leite mais documentada relativamente aos seus efeitos anti-virais, anti-microbianos, anti-cancerígenos e imuno-moduladores/estimuladores. Pertence à família das proteínas transferrinas e permite controlar os níveis de ferro nos fluidos biológicos corporais, uma vez que sequestra e solubiliza iões férricos. No presente trabalho de investigação cientifica, pretendeu-se encapsular a lactoferrina (a partir de um extracto comercial purificado) em nanovesículas lipídicas, assegurando-se a estabilização estrutural e funcional da sua estrutura tridimensional. Para tal, recorreu-se ao método das emulsões múltiplas, formulando-se e optimizando-se uma emulsão água-em-óleo-em-água. Durante todo o período de armazenamento da nanoemulsão optimizada, a lactoferrina encapsulada não se deteriorou, o que comprova a eficácia do processo de encapsulação. As nanovesículas lipídicas preparadas nas condições ideais foram empregues com sucesso em ensaios antimicrobianos laboratoriais.
- Ensinamos saúde?Publication . Sá, Ana Catarina Lamas Correia de; Silva, CláudiaA saúde é um tema que a todos diz respeito sobretudo aos profissionais da área. Ensinar saúde passa não só pela transmissão de conhecimentos como também por incutir a necessidade de adoptar comportamentos preventivos e saudáveis para com a saúde de cada um. A monografia aqui apresentada está dividida em duas partes, uma de revisão bibliográfica e outra de investigação científica. Os dados recolhidos têm por objectivo concluir acerca da mudança de atitude em relação aos comportamentos para com a saúde de alunos a frequentar um curso na área das ciências da saúde. Utilizou-se uma amostra de 147 alunos distribuídos pelo 1° (n=86) e 5° (n=61) anos de escolaridade do curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade Fernando Pessoa. A recolha de dados foi realizada através de um questionário aplicado a cada um dos referidos anos lectivos. A análise estatística foi realizada utilizando os testes de Qui-quadrado (com correcção de Yates) e a Prova Exacta de Fisher, considerando-se diferenças significativas para valores de p<0,05. O estudo encontrou diferenças significativas entre os dois grupos estudados nomeadamente no que se refere ao IMC, ao consumo tabágico, à frequência da automedicação e a alguns alimentos e bebidas ingeridos. A realização deste estudo contribuiu para um maior conhecimento em relação às diferenças, expectáveis ou não, entre a percepção de saúde no início de um percurso académico e no fim do mesmo.
- Acne: caracterização e tratamentoPublication . Domingues, Cristina Alexandra; Oliveira, RitaA acne é uma das patologias mais frequentes da adolescência. É de conhecimento comum o quanto os jovens sofrem pelas indesejáveis "borbulhas" que os acompanham nesta fase da vida. Assim, decidiu-se fazer uma revisão bibliográfica sobre este tema, pela sua importância e impacto físico, psíquico e social, constituindo uma temática não só do âmbito da Dermatologia mas transversal a muitas outras áreas. Como o tema é a acne, é importante fazer uma abordagem que inclua a fisiologia da glândula sebácea e a etiopatologia da acne de forma a mellhor compreender as estratégias terapêuticas existentes para esta patologia. A queratinização e comedogénese, o aumento da produção sebácea pela glândula sebácea, a proliferação bacteriana, principalmente por P.acnes, e a resposta imune e inflamatória são os quatro factores principais associados ao desenvolvimento da acne. O tratamento da acne procura controlar estes factores. Fez-se também uma classificação clínica da acne e suas variantes. No tratamento tópico, referiu-se os principais intervenientes não orais, sendo os mais frequentemente utilizados os retinóides tópicos, os hidroxiácidos, antibióticos tópicos, peróxido de benzoilo, ácido azelaico e niacinamida. A terapia tópica é utilizada muitas vezes em associação com a terapia oral ou isoladamente em casos com gravidade ligeira. No tratamento oral, desenvolveu-se com mais pormenor os medicamentos referenciados mais frequentemente e mais actuais. São abordados fármacos orais de elevada utilidade no controlo desta patologia como é o caso da isotretinoína, antibióticos orais e a terapia hormonal. Como terapia adjuvante podem ser utilizados outros procedimentos como é o caso dos peelings químicos, fototerapia, microdermoabrasão ou o uso de múltiplos cosméticos existentes no mercado. Estes devem ser interpretados como uma terapia adjuvante e não como terapia isolada para a acne.
- Anfotericina B, Cetoconazol, Itraconazol e Fluconazol - uso terapêutico e efeito sobre o sistema imunePublication . Veloso, Marta Isabel Paiva Pereira; Cerqueira, FátimaA realização deste trabalho tem como objectivo o estudo do efeito imunomodulador do polieno anfotericina B e dos azóis cetoconazol itraconazol e fluconazol, numa tentativa de compreender como é que a sua actividade sobre o sistema imunológico pode, ou não, influenciar o sistema imunológico. Os resultados obtidos a partir do estudo da actividade dos antifúngicos azólicos (fluconazol, cetoconazol e itraconazol) sobre os linfócitos T, demonstraram que alguns azóis estão envolvidos na mediação de actividades imunossupressivas da função das células T in vitro. O itraconazol é o fármaco com efeito supressor mais forte, enquanto que o fluconazol não causa inibição do Multi-Level Cell (MLC). A imunopotenciação selectiva pela anfotericina B ao nível da resposta humoral, depende dos antigénios das células T e, além disso, evidências de efeitos preferenciais dos linfócitos T em suspensão, também indicam que uma subpopulação de células T é importante para a expressão dos efeitos adjuvantes. Os efeitos sobre a resposta proliferativa ao nível do antigénio in vitro, sugerem que os linfócitos T são responsáveis pela resposta reforçada por sensibilidade de contacto, induzida pela anfotericina B. A principal conclusão tirada deste trabalho é que no caso de indivíduos imunodeprimidos sujeitos a terapêuticas de tratamento ou profilaxia com os fármacos — itraconazol, fluconazol cetoconazol e anfotericina B — em estudo, deve haver um rigoroso critério de escolha do fármaco a administrar, uma vez que o risco de diminuição de proliferação de linfócitos é um dos efeitos adversos que se poderá manifestar e que em nada irá ser favorável ao aumento das defesas no indivíduo a tratar.
- Edulcorantes (artificiais e naturais) - impacto na obesidade e Diabetes MellitusPublication . Catarino, Helena Aurora Vaz; Silva, CláudiaA alimentação é extremamente influente no metabolismo humano, no entanto é geralmente mal utilizada no controlo de um grande número de patologias, entre as quais se incluem a Diabetes Mellittus e a obesidade. A obesidade e a diabetes são patologias de prevalência elevada e de expressão crescente em Portugal. É aconselhável que indivíduos que sofrem destas patologias devem ter um plano de alimentação especial rigoroso onde se deverão evitar a ingestão dos açúcares simples e sobrecarga energética. O sabor doce tem bastante importância para o ser humano, pois consiste num dos quatro sabores primários. Os indivíduos com as patologias acima indicadas, devem evitar o consumo de açúcares como a sacarose, glicose e frutose. Como alternativa podem utilizar na sua alimentação os edulcorantes, para ajustarem a sua alimentação às patologias em questão, sem se privarem do prazer do sabor doce. Existem vários edulcorantes disponíveis no mercado, no entanto a sua utilização é muitas vezes excessiva e errónea, o que pode ser prejudicial para a saúde. Este estudo tem como objectivos, fazer um trabalho de revisão sobre os principais edulcorantes artificiais e naturais presentes no mercado português, através da caracterização pormenorizada dos mesmos e expor a utilização destes em casos especiais como a diabetes e a obesidade, de modo a contribuir para uma maior compreensão, esclarecimento e divulgação destas substâncias e do seu possível impacto na saúde pública.
- Avaliação ecotoxicológica e histopatológica dos efeitos do cloreto de benzalcónio no peixe mosquito (Gambusia holbrooki) após exposição agudaPublication . Gonçalves, Annie da Silva; Nunes, Bruno; Correia, Alberto TeodoricoA poluição antropogénica de natureza química tem vindo a aumentar de forma considerável. A acção mais importante que os poluentes poderão exercer serão contribuir para o desenvolvimento de efeitos tóxicos, que pode decorrer da sua capacidade de interagir de forma deletéria com os sistemas biológicos. Os detergentes são compostos de origem antropogénica amplamente disseminados a nível ambiental, o que conduz à possibilidade de exercer alterações fisiológicas em organismos expostos. De forma a avaliar os riscos que os xenobióticos de origem antropogénica poderão colocar às espécies aquáticas, têm-se recorrido a biomarcadores, já que a alteração de qualquer mecanismo ou via fisiológica/metabólical/comportamental de um organismo exposto pode indicar o modo e a extensão de actuação do contaminante ambiental. No presente estudo recorreu-se ao uso da acetilcolinesterase e marcadores histológicos como biomarcadores, de forma a fazer uma avaliação ecotoxicológica dos efeitos do cloreto de benzalcónio no peixe mosquito (Gambusia holbrooki) após exposição aguda. Não foram observadas alterações significativas a nível da actividade colinesterásica nem histopatológica após exposição aguda do peixe mosquito, o que leva a questionar a utilização destas ferramentas em estudos ecotoxicológicos envolvendo detergentes.
- Avaliação da actividade antifúngica de óleos essenciais em leveduras do género CandidaPublication . Vieira, Sandra Cristina Barbosa; Cerqueira, FátimaO trabalho apresentado é justificado pelo aparecimento de resistências aos antifúngicos disponíveis comercialmente e também à necessidade de procura de novos agentes antifúngicos, nomeadamente entre os compostos naturais (Pinto et al., 2006; Saikia et al., 2001). Na medicina tradicional, o uso de óleos essenciais deve-se principalmente às suas propriedades como anti-sépticos, agentes antimicrobianos (nomeadamente como antifúngicos), entre outras actividades (Galarraga et al., 2008; Saikia et al., 2001). Nesse sentido foi testada a actividade de sete óleos essenciais contra Candida albicans e C. glabrata. (Cerqueira et al., 2008; Anexo1) Estes fungos são responsáveis por micoses superficiais e sistémicas, pelo que necessitam de novas opções terapêuticas para o seu tratamento. A actividade antifúngica dos óleos essenciais foi testada por determinação da Concentração Mínima Inibitória (CMI) usando o método das microdiluições em agar Sabouraud. Os resultados preliminares demonstram que os óleos essenciais de cravo-da-índia e o de tomilho têm uma actividade antifúngica potente contra os fungos testados. Os restantes óleos essenciais testados, nomeadamente lavanda, hortelã-pimenta, eucalipto, amêndoas doces e árvore do chá não apresentam actividade antifúngica. A sensibilidade destes fungos aos agentes antifúngicos comerciais (Anfotericina B e Itraconazol) foi também testada, uma vez que as espécies testadas foram isoladas de amostras clínicas. A principal conclusão tirada deste trabalho é a de que os óleos essenciais podem ser boas alternativas terapêuticas para o tratamento de candidoses superficiais e que a sensibilidade de outros fungos a estes compostos deve ser testada e também devem ser identificados outros compostos naturais activos.
- Obesidade infantil: que importância para os farmacêuticosPublication . Silva, Jenny Carolina Nunes da; Silva, CláudiaA obesidade infantil tem vindo a ser considerada uma epidemia, pois apresenta uma elevada frequência na sociedade, com tendência a aumentar cada vez mais. No nosso país atinge já 31,6% das crianças entre os 7 e os 9 anos. É importante travar este crescimento, assim sendo, a chave para combater esta epidemia baseia-se essencialmente na prevenção precoce. Neste sentido, esta monografia pretende fazer uma revisão bibliográfica utilizando artigos científicos, documentos oficiais e livros publicados a partir do ano 2000. A obesidade infantil é uma doença que resulta de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético, e que tem como consequência um aumento de peso acompanhado de um aumento da quantidade de tecido adiposo. Existem inúmeros factores de risco que podem conduzir à obesidade e que são importantes conhecer e compreender para se poder actuar na prevenção e tratamento desta doença. Para prevenir esta patologia é essencial educar a população para a aquisição de hábitos alimentares saudáveis e sensibilizá-la para a importância da prática regular de exercício físico. É fundamental o desenvolvimento de cada vez mais e melhores estratégias de prevenção a nível nacional, regional e local, sendo essenciais as campanhas de sensibilização. É certo que já existem algumas campanhas a nível nacional e internacional que visam travar o aumento da prevalência desta doença, contudo ainda há um grande caminho a percorrer. Estamos, sem dúvida perante um caso de saúde pública, pois se a obesidade infantil não for tratada poderá tornar-se uma patologia que acompanha o indivíduo ao longo da vida e cuja gravidade poderá evoluir. Além das conhecidas consequências negativas que comprometem o desenvolvimento físico e emocional das crianças, existem ainda inúmeras doenças associadas a esta patologia, tais como hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes mellitus tipo 2, entre outras, que podem colocar em risco a saúde do indivíduo. Quando isso acontece, existe a necessidade de as combater conjuntamente com a obesidade, e quando a intervenção dietética e nutricional acompanhada de exercício físico não se mostram suficientes é necessário recorrer ao tratamento farmacológico, e daí a importância do farmacêutico no aconselhamento e acompanhamento do utente. Tudo isto acarreta elevados custos para o indivíduo em particular e para a sociedade em geral, mais uma vez, falamos de interesse público para um problema de saúde pública.