Escola Superior de Saúde
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Browsing Escola Superior de Saúde by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Médicas"
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- Abordagem baseada nas rotinas: perceção dos terapeutas da falaPublication . Aradas, Ana Carolina Martins dos Santos de Carvalho; Maia, Fátima; Manso, M. ConceiçãoA Abordagem Baseada nas rotinas é preconizada na intervenção precoce, pois valoriza as rotinas das crianças nos contextos naturais e com os cuidadores de maior afeto, sendo também as Práticas Centradas na Família um pilar desta abordagem. Esta investigação procurou auscultar os Terapeutas da Fala (TF) portugueses sobre a Abordagem Baseada nas Rotinas, recolhendo a sua perceção sobre a mesma e indagando se a utilizam na sua prática profissional. Para a operacionalização destes objetivos formularam-se 5 questões que envolveram os graus de importância e frequência na prática profissional dos TF, bem como a identificação de fatores facilitadores e barreira à sua implementação e vantagens e desvantagem neste tipo de intervenção. Estes Terapeutas também foram questionados sobre quais as estratégias que consideram pertinentes para a implementação desta abordagem. Para obtenção das respostas desenvolveu-se um estudo com desenho quantitativo recorrendo-se à aplicação de um questionário divulgado online, tendo sido salvaguardadas questões éticas, não esquecendo o anonimato dos intervenientes e a confidencialidade das informações recolhidas. Os dados foram recolhidos entre os meses de novembro e dezembro do ano transato, sendo a amostra constituída por 55 Terapeutas da Fala que responderam ao questionário. Os dados foram tratados com recurso à estatística inferencial através do Statistical Package for the Social Sciences e técnicas de análise de conteúdo para as respostas semiabertas. Após estas duas análises - quantitativa e qualitativa – conclui-se que os Terapeutas consideram muito importante a Abordagem Baseada nas Rotinas, embora apresentem alguma dificuldade em a executar de uma forma regular na sua prática profissional. Também foram encontrados alguns fatores facilitadores e fatores barreira, que poderão justificar as dificuldades sentidas na sua implantação. Por fim, foram destacadas vantagens e desvantagens, bem como algumas estratégias que são reconhecidas e implementadas pelos TF no âmbito desta Abordagem.
- Alfabetização e letramento da criança com deficiência visual: um estudo crítico e colaborativo junto às professoras da classe comum e do atendimento especializadoPublication . Rodrigues, Rosinete dos Santos; Costa, AnaEste trabalho teve como teve como pergunta de partida em que medida a formação conjunta com professores da classe comum e do atendimento especializado possibilita uma melhor compreensão do processo de alfabetização e letramento da criança com deficiência visual? Assim sendo o objetivo geral foi o de analisar se a formação conjunta com professores da classe comum e do atendimento especializado possibilita uma melhor compreensão do processo de alfabetização e letramento da criança com deficiência visual. Teve embasamento na teoria Sócio Histórica de Vygotsky, por possibilitar a partir de seus conceitos uma melhor compreensão, por parte das professoras, sobre o processo de inclusão e construção do conhecimento pela criança com deficiência visual. O método de abordagem foi a pesquisa-ação, as informações foram obtidas através do grupo de formação, os encontros ocorreram de forma presencial, em uma escola do município e de forma remota, através de disponibilização de vídeos e grupo de whatsapp, além de entrevistas semi-estruturadas, equestionário, que foram gravadas em MP4. Participaram da pesquisa 09 professoras, sendo 03 da classe comum e 06 do atendimento especializado, que possuíam alunos com deficiência visual em suas salas de aula. Os resultados foram organizados em quatro categorias, as análises se deram à luz da teoria Sócio Histórica de Vygotsky. Na primeira, “Interlocuções do grupo”, as professoras disseram sobre sua formação, e o papel que lhes está sendo delegado nesse processo de escolarização da criança com def. visual; na segunda, “Construção da escola inclusiva” analiso as concepções das professoras sobre a escola inclusiva e as mudanças necessárias para a sua construção; na terceira, “Alfabetização e Letramento” a análise se faz sobre a reação das professoras ao saberem que terão crianças com deficiência visual em suas classes e as concepções e práticas docentes no ensino da escrita e leitura dessas crianças; a quarta categoria, “Apoio colaborativo no processo de inclusão” foi jogado luz sobre os relatos que abordaram as possibilidades e impossibilidades para uma ação pedagógica colaborativa.Com base na análise dos dados, os resultados apontaram que os desafios para a alfabetização e letramento da criança com deficiência visual, demandam grandes mudanças que perpassam desde: construção e melhorias no espaço físico da escola, adequação das salas de aula e disponibilização de recursos didáticos pedagógicos, até a oferta de cursos de formação inicial e formação continuada, com subsídios teóricos e práticos que lhes possibilitem compreender e intervir no processo de ensino das crianças com deficiência visual. Mudar esse cenário é uma premissa imperativa para que, na esteira dessas mudanças, possamos continuar abrindo espaços de formação e diálogo sobre métodos e estratégias de ensino.
- Análise baropodométrica do apoio plantar em idosos e sua relação com as quedas: estudo comparativo entre idosos institucionalizados e não institucionalizadosPublication . Puzzi, Paula Cristina Manzano; Cervaens, Mariana; Araújo, RomeuO presente estudo teve como principal objetivo a descrição, a análise e a comparação de parâmetros relacionados com o apoio plantar em idosos, através do método da baropodometria eletrónica, que oferece a avaliação das variáveis temporais e espaciais na postura estática e na marcha. Ademais, teve a finalidade de medir e comparar a distribuição da pressão plantar num grupo de idosos, institucionalizados e não institucionalizados, com e sem historial de quedas nos últimos 12 meses, para verificar se há um padrão comum ou divergente de apoio plantar, aspetos biomecânicos e diferenças significativas na marcha entre estes dois grupos e sua relação com a ocorrência de quedas. A amostra foi composta por 160 idosos, 80 institucionalizados e 80 não institucionalizados, onde foi realizado um levantamento das variáveis sociodemográficas como: idade, género, o índice de massa corporal (IMC), a ocorrência de quedas nos últimos 12 meses, a existência de patologias e a prática de atividade física. Foram analisadas, através da plataforma de pressão, a distribuição das pressões plantares, os picos de pressão plantar média e máxima, área de superfície plantar e a largura da base de sustentação na postura estática e, relativamente às variáveis temporais na postura dinâmica, foram avaliadas a duração do passo e o tempo de contato plantar, no momento da fase de apoio e propulsão da marcha. Foi analisada a correlação destas variáveis com a ocorrência de quedas. Foram identificados maiores valores de pressão média e máxima, na postura estática e dinâmica, nos idosos não institucionalizados. Na comparação entre os grupos, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em grande parte das variáveis na postura estática, especialmente aumento da largura da base (p=0,048) e, na postura dinâmica, a duração do passo e do tempo de contato do pé no solo (p=0,000) foram maiores nos idosos institucionalizados. O avançar da idade, o aumento na duração do passo e do tempo de contato do pé no solo, bem como a diminuição dos valores das pressões plantares apresentaram correlação com a ocorrência de quedas na amostra total de idosos, especialmente nos idosos institucionalizados. Entretanto, as variáveis índice de massa corporal e largura da base de sustentação não influenciaram na ocorrência de quedas na amostra total de idosos. Estes resultados demonstram a importância da análise do apoio plantar em idosos, pois alterações na distribuição das pressões plantares podem constituir um fator de risco para quedas.
- Análise quantitativa e a perceção do doente sobre a fonação e deglutição no cancro da orofaringePublication . Vieira, Daniela de Oliveira; Monteiro, Eurico; Dinis-Ribeiro, MárioO cancro de cabeça e pescoço é o quinto mais comum entre todas as localizações, tendo o da orofaringe, na hipotética associação com a infeção por Vírus do Papiloma Humano (HPV) uma expressão crescente. Para os tumores com esta localização e com comprovada associação com o HPV o tratamento não cirúrgico é preferencial. O impacto da quimioradioterapia na deglutição e voz tem vindo a ser descrito, contudo a relação entre as medidas objetivas de avaliação da fonação e da deglutição e a perceção do doente ainda é controversa. Assim, o principal objetivo foi compreender qual a relação entre as medidas quantitativas e a perceção do doente com cancro da orofaringe, submetido a tratamento com radio e/ou quimioterapia. Para ajudar a melhor caracterizar este impacto realizou-se uma revisão sistemática, em agosto de 2020 (capítulo II), acerca do estado da arte englobando todas as publicações que incluíssem estudos sobre a temática acima mencionada. Foram selecionados 25 estudos, mas apenas um deles abordava a área da fonação, sendo os restantes sobre a deglutição. Os métodos de avaliação objetiva selecionados foram essencialmente dois, a videoendoscopia da deglutição e a videofluoroscopia da deglutição, mas os procedimentos para a sua realização e a multiplicidade de questionários utilizados não permitiram a realização de uma correta meta-análise, tornando-se por esta razão desafiante a comparação de resultados. Foi, contudo, possível compilar três principais focos: 1) as medidas fisiológicas; 2) as habilidades oromotoras; e 3) os aspetos relacionados com a segurança na deglutição, aspetos que comprovadamente melhor se correlacionavam com a perceção auto-reportada pelos doentes. Seguidamente, conduziu-se uma análise qualitativa (capítulo III), com recurso à técnica de entrevista semi-estruturada, dirigida a doentes (Instituto Português de Oncologia do Porto), otorrinolaringologistas (de diferentes hospitais portugueses) e terapeutas da fala Análise quantitativa e a perceção do doente sobre a fonação e deglutição no cancro da orofaringe (de diferentes hospitais portugueses) com experiência no tratamento e no acompanhamento de doentes com este tipo de patologia. Das entrevistas emergiram dois temas principais: a deglutição e a voz. No que à deglutição diz respeito, aspetos como seleção dos alimentos, o tempo da refeição, o prazer com a alimentação, o desejo de comer, a restrição de contactos sociais e familiares, o receio e a incerteza, bem como a presença de sintomas relacionados com disfagia evidenciaram ter um impacto negativo na qualidade de vida (QdV). No que se refere à voz, as alterações qualitativas, a diminuição da eficácia comunicativa e o número de interações a nível social, laboral e familiar, bem como as dificuldades sentidas, por não se conseguirem fazer compreender pelo recetor, especialmente em locais ruidosos ou ao telefone, foram os aspetos mais notórios. Os dados obtidos foram semelhantes entre os três grupos (doentes, otorrinolaringologistas e terapeutas da fala), ou seja, os profissionais de saúde manifestaram ter conhecimento sobre as principais sequelas, mas não em termos de intensidade e da experiência de viver com disfagia e disfonia. Prosseguiu-se depois com um estudo transversal (capítulo IV) numa coorte de 38 doentes oncológicos, do Instituto Português de Oncologia do Porto, tratados com quimioradioterapia, com intenção curativa e livres de doença há pelo menos um ano, a fim de caracterizar a perceção auto-reportada pelos doentes e a sua relação com os dados sociodemográficos e clínicos. Os resultados dos questionários demonstraram alterações tanto na QdV geral, como na QdV relacionada com a disfagia e/ou a disfonia, sendo que quando utilizados instrumentos específicos para sintomas, as alterações funcionais foram mais evidentes. Não foram, contudo, encontradas correlações consistentes entre os dados auto-reportados e as variáveis sociodemográficas e clínicas. Apesar disso, este estudo permitiu compreender que mesmo quando a quimioradioterapia não é dirigida à região laríngea, observou-se um claro comprometimento nas funções de fonação e deglutição em que este órgão está envolvido. No final do documento fez-se uma análise mais detalhada da relação entre a avaliação objetiva e subjetiva. Para tal foi realizado um estudo transversal (capítulo V), com 38 doentes, do Instituto Português de Oncologia do Porto, submetidos a quimioradioterapia por tumores da orofaringe, tendo todos sido submetidos a avaliação endoscópica da deglutição e responderam a três questionários (EORTC-C30, EORTC-HN43 e SWALQOL). A disfagia revelou-se uma sequela relevante e por isso, de suma importância quando analisadas as sequelas do tratamento destes doentes. A presença de resíduos para Análise quantitativa e a perceção do doente sobre a fonação e deglutição no cancro da orofaringe todas as consistências ingeridas, indiciaram ineficácia dos mecanismos de limpeza faringolaríngea, associada a múltiplas deglutições por bolus e a maior risco de aspiração. O aumento da viscosidade teve impacto no aumento dos resíduos. Apesar dos achados, a tosse foi um sintoma pouco frequente. Observou-se também um tempo de resposta faríngea aumentado e uma diminuição do tempo de encerramento das vias aéreas inferiores. Encontraram-se correlações entre o resultado global do HN43 e as variáveis de segurança e de eficiência da deglutição. Para as variáveis fisiológicas não foram encontradas correlações. Relativamente ao questionário SWAL-QOL, apesar de identificar alterações da deglutição não foi possível constatar um padrão de correlações com os dados da videoendoscopia da deglutição. O resultado global do C30 e do HN43 relacionaram-se com as variáveis de segurança. Para as variáveis de eficiência algumas das escalas dos três questionários mostraram correlações significativas. Apesar da inconsistência destas correlações, tanto a avaliação objetiva como subjetiva indicaram alteração da função de deglutição. A mesma coorte de doentes (capítulo VI), do Instituto Português de Oncologia do Porto, foi sujeita a avaliação vocal, por meio de análise acústica, avaliação áudio-percetiva com classificação pela GRBAS e análise da ressonância, bem como através do VHI-9i. Os dados recolhidos evidenciaram perturbação vocal, indicativa de disfonia. Contudo, apenas os doentes com incapacidade severa medida pelo VHI-9i obtiveram valores de índice de severidade de disfonia indicativos de perturbação. De uma forma global, os doentes que realizaram quimioradioterapia por cancro da orofaringe apresentaram shimmer superior a 3% e jitter superior a 1% e tempo máximo de fonação inferior a 10 segundos. Os valores de F0 também se mostraram alterados. O tempo após tratamento e a realização de terapia da fala tiveram um impacto positivo nos resultados. Os valores de análise acústica, mesmo após um período considerado longo mantiveram-se perturbados. As medidas de intensidade e de ruído (HNR) não foram eficazes na deteção de disfonia, mas pela análise dos resultados de índice de severidade de disfonia mais de 10% dos participantes no presente estudo têm disfonia. A avaliação com a GRBAS identificou mais de 31% de alterações, bem como na análise da ressonância. O VHI-9i identificou 50% de participantes com incapacidade vocal, contudo na correlação com os dados objetivos, as avaliações parecem mostrar dados distintos, mas complementares. Concluiu-se que apesar das inconsistências entre a avaliação objetiva e subjetiva, observada na revisão sistemática, alguns parâmetros fisiológicos, biomecânicos e de Análise quantitativa e a perceção do doente sobre a fonação e deglutição no cancro da orofaringe segurança evidenciaram uma relação com a perceção do doente. Quer os doentes, quer os profissionais de saúde (terapeutas e otorrinolaringologistas) reportaram sequelas funcionais na fonação e na deglutição semelhantes. Os questionários de avaliação da perceção permitiram recolher estes dados, facilitando a monitorização e uma ação preventiva no tratamento destes doentes. Dos dados recolhidos da amostra estudada observou-se pobre correlação entre as medidas objetivas e subjetivas da deglutição e da fonação.
- Avaliação da qualidade de vida e da autopercepção corporal em mulheres com câncer de mama submetidas à reconstrução mamáriaPublication . Fuga, Fernanda Michel; Festas, ClarindaO câncer de mama compõe-se de 22% dos casos novos verificados a cada ano, configurando o segundo tipo de doença mais frequente entre as mulheres. O tratamento para esse tipo de enfermidade, bem como os sintomas apresentados, provocam alterações psicológicas nas mulheres, afetando a dimensão da auto-imagem do dado existencial do ser. Logo, a escolha pela reconstrução mamária tem mostrado uma adaptação da imagem que cada mulher produz de si, e isso concorre para restabelecer o equilíbrio psicológico que é afetado, diante do diagnóstico e da perda da mama. A fisioterapia é essencial tanto na preparação, quanto após a intervenção cirúrgica das pacientes, tendo como premissa a recuperação das suas funções e também, no restabelecimento da sua autoimagem corporal, podendo minimizar os efeitos adversos da reconstrução mamária. Nesse ínterim, em uma forma transversal prospectiva, este estudo teve como objetivo, avaliar a qualidade de vida e da autopercepção corporal em pacientes com câncer de mama submetidas à reconstrução mamária, relacionando a qualidade de vida com a realização ou não da fisioterapia, após o processo da intervenção cirúrgica. Como resultados, observou-se a existência de correlações entre a IC - Imagem Corporal e os domínios da qualidade de vida, com uma correlação moderada significativa apenas no domínio psicológico e que correspondeu à melhor imagem corporal da paciente. Quanto à imagem corporal, todas as pacientes demonstraram um índice satisfatório na escala corporal. Quando comparado à execução ou não da fisioterapia apresentaram igual comportamento para quem fez e para aquelas que não realizaram fisioterapia. Na verificação de quem fez ou não fisioterapia, a satisfação foi superior no grupo que fez, e a insatisfação foi menor nesse grupo do que naquele que não realizou fisioterapia.
- Caracterização da utilização da comunicação aumentativa e alternativa por terapeutas da fala com crianças e jovens com perturbação do espectro do autismoPublication . Lorga, Catarina Sampaio e; Peixoto, Vânia; Costa, AnaA Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) é caracterizada, entre outras questões, pela perturbação da comunicação e da linguagem, que afetam a participação e integração nas atividades e contextos de vida diária e, por isso, estas pessoas beneficiam com a intervenção baseada em estratégias e sistemas de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA). Considerando as áreas de atuação do Terapeuta da Fala (TF), este profissional faz parte da equipa interdisciplinar responsável pela avaliação e implementação da CAA e, por isso, interessou-nos conhecer a forma como os Terapeutas da Fala em Portugal usam a CAA na intervenção com Pessoas com PEA. Para conhecer e caracterizar a utilização da CAA com crianças e jovens com PEA realizou-se um estudo quantitativo, com um desenho descritivo, a partir de um questionário de auto-preenchimento construído pela investigadora e divulgado online, para os TF’s portugueses que trabalharam ou trabalham com a população mencionada. Os resultados demonstraram que ainda prevalecem alguns mitos relativamente à CAA, nomeadamente quanto ao momento da sua introdução. Esta é utilizada maioritariamente com o objetivo de aumentar a funcionalidade comunicativa e a compreensão e expressão da linguagem, através de sistemas de baixa tecnologia compostos por gestos e signos pictográficos. No processo de avaliação e implementação, prevalece o contexto clínico como o mais frequente, com inclusão da família quer na tomada de decisão quer na participação ao longo de todo o processo. Verificou-se a existência de algumas dificuldades na utilização da CAA como a não aceitação por parte da família e o tempo que exige na preparação de materiais e deslocações a contextos.
- Competências de comunicação do fisioterapeuta: do ensino à prática clínicaPublication . Santos, Leonor Duarte Almeida; Meneses, Rute; Couto, GermanoO processo terapêutico requer do fisioterapeuta competências para além das do domínio técnico, especificamente as competências de comunicação clínica/em saúde. Na presença de uma perturbação da linguagem o sucesso comunicativo fica particularmente dependente da capacidade do fisioterapeuta se adaptar e adotar a melhor estratégia a utilizar. Sabendo-se que estão em contínuo desenvolvimento desde a fase inicial de formação, é premente a introdução do seu ensino na aprendizagem pré-graduada. Os objetivos desta tese de doutoramento são, identificar que competências de comunicação devem ser ensinadas/treinadas nos estudantes de fisioterapia, perceber se os programas/planos de estudo do curso de fisioterapia das IES português focam o ensino/treino destas competências e avaliar e comparar CCC/S, pré e pós implementação de um programa de formação em alunos de fisioterapia. O projeto foi desenvolvido em três etapas: a primeira a base da intervenção, com a realização de dois estudos de revisão da literatura; uma revisão sistemática para levantamento do estado de conhecimento sobre o ensino/treino de CCC/S, em programas dirigidos a profissionais e estudantes de saúde e uma revisão integrativa para levantamento do estado de conhecimento sobre quais as CCC/S do fisioterapeuta; na segunda etapa, para desenvolvimento da intervenção, realizaram-se dois estudos de análise de conteúdo, um Estudo e-Delphi e um Estudo de Análise Comparativa Documental, cujos resultados serviram de suporte para a elaboração do programa a implementar; na terceira etapa, com a elaboração e implementação do programa de ensino/treino em CCC/S dirigido a estudantes em pré-graduação em fisioterapia, desenvolveu-se um Estudo Quasi-experimental Longitudinal. No global verificou-se um aumento da empatia cognitiva e diminuição da empatia afetiva; um aumento em ambas as subescalas da PPOS, mas com diferenças quanto ao sexo e ao ano de formação dos alunos. O presente projeto contribuiu com a listagem das CCC/S centrais na formação base dos fisioterapeutas, validadas por consenso de um painel de peritos nacionais; construção de um plano formação em CCC/S, no ensino pré-graduado em fisioterapia, que promova a uniformização do seu ensino em Portugal; e a criação de uma formação em formato e-learning, ajustada às necessidades e desafios da transformação digital no ensino superior.
- As competências de comunicação dos fisioterapeutas na intervenção com idosos com afasiaPublication . Queirós, Sílvia Cristina Monteiro; Meneses, Rute; Couto, GermanoIntrodução: Os indivíduos idosos (e não só) com afasia apresentam menor acessibilidade comunicativa, sendo essencial a preparação dos profissionais de saúde que os acompanham, onde se incluem os fisioterapeutas, para um apoio adicional e de suporte neste contexto específico. Os objetivos da presente dissertação são perceber quais as competências de comunicação importantes a desenvolver nos fisioterapeutas, no contexto da afasia e de seguida desenvolver, implementar e avaliar a eficácia de um programa online de treino de competências de comunicação para fisioterapeutas na intervenção com idosos com afasia (PhysioComm Training Program). Método: O projeto foi desenvolvido em três fases: a primeira de fundamentação teórica, com a realização de quatro estudos de revisão teórica, a segunda de apoio e análise de conteúdo, onde se inclui um Estudo Delphi e um Estudo de Análise Comparativa Documental, e a terceira fase, onde se desenvolveu um Estudo do tipo Proof of Concept, para implementar e avaliar a eficácia do programa PhysioComm Training Program. Resultados: As fases de revisão teórica e de análise de conteúdo permitiram identificar como competências importantes a desenvolver a empatia e os cuidados centrados no paciente. O estudo Proof of Concept foi implementado em fisioterapeutas, distribuídos aleatoriamente e de forma sequencial em dois grupos, intervenção (n=7) e comparação (n=5), sendo avaliadas as competências de empatia, através do Índice de Reatividade Interpessoal e os cuidados centrados no paciente, utilizando a Patient Practitioner Orientation Scale, em três momentos de avaliação (pré-intervenção, pós-intervenção e um mês de follow-up), associado ainda à avaliação da satisfação dos participantes com a intervenção. O treino foi desenvolvido em formato e-learning (síncrono e assíncrono) de caráter teórico- prático, com a carga horária total de 12 horas. O programa melhorou as competências de empatia e cuidados centrados ao doente, no domínio do sharing, dos fisioterapeutas. Conclusão: O projeto demonstrou ser eficaz para o desenvolvimento e implementação de um programa de treino específico para melhorar as competências de comunicação dos fisioterapeutas, no contexto da intervenção com idosos com afasia. O PhysioComm Training Program revelou-se eficaz para a melhoria das competências de empatia e para o domínio do Sharing.
- Compreensão leitora: um estudo de caso com alunos do ensino presencial com mediação tecnológica no estado do AmazonasPublication . Santos, Lúcia Regina Silva dos; Costa, AnaA presente tese tem como objetivo geral, avaliar através do Método Cloze o nível da compreensão leitora dos estudantes que participam da metodologia Ensino Presencial com Mediação Tecnológica–EPMT, no Estado do Amazonas, ofertado pela Secretaria de Estado de Educação do Amazonas, através do Centro de Mídias de Educação do Amazonas – CEMEAM, item pontuado como fragilidade pelos docentes e pedagogos (as) que atuam no CEMEAM. Em todo percurso da pesquisa e coleta de dados, a realidade geográfica e logística de acesso ao ambiente escolar foi levada em consideração, pois consequentemente interferem diretamente no ensino aprendizagem desse público. Foram avaliados na primeira etapa de coleta 53 estudantes com idade entre 17 e 47 anos, na segunda etapa por diversos fatores (enchentes dos rios, trabalho fora do município e transporte), somente 29 estudantes participaram com idade entre 18 e 47 anos. Os materiais utilizados: levantamento bibliográfico, aplicação de questionários com questões abertas e múltipla escolha, entrevistas, questionários comportamentais referente à antes - durante e pós leitura, Teste Cloze, tabulação dos resultados, Oficina de Leitura e tabulação dos resutados pós oficina de leitura. Na primeira etapa de aplicação do teste Cloze, 22% dos participantes segundo a classificação de Bormuth (1968), encontravam-se no nível FRUSTRAÇÃO, indicando que o leitor conseguiu retirar poucas informações da leitura e, consequentemente, obteve pouco êxito na compreensão. Após primeiro diagnostico, ações pedagógicas foram elaboradas objetivando elaborar ações pautadas nos resultados da aplicação do teste Cloze. A elaboração de uma Oficina de Leitura, nos foi mais viável respeitando a realidade geográfica que envolvia o estudo, os resultados após execução da Oficina nos indicaram que, nenhum participante se encontrava no nível FRUSTRAÇÂO. Percebemos que os resultados a partir da aplicação do teste Cloze e tabulação dos dados, possibilitava ao mediador da ação, desenvolver atividades pontuais na(s) fragilidade(s) detectadas que afetam diretamente a compreensão leitora dos participantes, os resultados foram promissores para a continuidade de futuras ações.
- Comunicação com o doente em consulta remota: construção de instrumento de avaliaçãoPublication . Abreu, Thais Titonel; Silva, Isabel; Aguiar, Carolina Villa NovaNos últimos anos, o campo da saúde tem passado por uma transformação significativa devido aos avanços tecnológicos, especialmente no que se refere às consultas remotas. Assim, a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes ocorre além das paredes dos consultórios, permitindo interações virtuais que visam fornecer cuidados de saúde eficazes e acessíveis. Essa mudança apresenta desafios únicos que precisam ser cuidadosamente avaliados, a fim de promover uma boa prática na área da saúde, a exemplo da qualidade da comunicação dos estudantes e profissionais de saúde com o paciente. Esta tese tem como objetivo construir e determinar a qualidade de um instrumento educacional de avaliação da comunicação entre estudantes/profissionais de saúde e pacientes durante consultas remotas síncronas, realizadas por vídeo interação. O referido estudo é composto por uma introdução, três artigos complementares e uma conclusão geral. Na introdução, ocorre uma revisão narrativa sobre a natureza e os processos da comunicação. Em seguida, o primeiro artigo analisou instrumentos de avaliação da comunicação do estudante/ profissional de saúde com o paciente, elaborados e/ ou validados para o Brasil e concluiu, mediante estudo de 9 artigos, que o pais carece de tais instrumentos com boas propriedades. O segundo estudo verificou 15 investigações e pontuou que o processo de ensino- aprendizagem da competência comunicativa é facilitado por recursos variados de ensino, empregados por profissional capacitado, e com realização de feedback estruturado verbal baseado em um instrumento validado e fornecido por paciente simulado. O último artigo representa o objetivo da tese e constatou que o questionário elaborado, composto por 3 dimensões e 11 itens, possui validade, confiabilidade, sensibilidade e praticidade. A conclusão geral da tese aborda brevemente desde os achados da introdução até os do último artigo, além de contextualizar o período de elaboração de todo trabalho desenvolvido.