Faculdade de Ciências da Saúde
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Browsing Faculdade de Ciências da Saúde by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Médicas::Medicina Básica"
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- Abordagem terapêutica da DPOC: nova estratégiaPublication . Tando, Adélia Helena Camba; Gonçalves, SérgioA Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma patologia que tem sido considerada como sendo um problema de saúde a nível mundial devido a sua elevada prevalência, morbilidade e mortalidade. A contínua exposição aos vários fatores de risco bem como às comorbilidades associadas estão na base do desenvolvimento da doença. A DPOC apresenta um grande impacto a nível social, físico e psicológico desencadeando deste modo, mudanças na qualidade de vida dos doentes. Esta revisão bibliográfica visa ilustrar os vários fármacos disponíveis no mercado para o tratamento da DPOC, bem como apresentar novas estratégias e alternativas que têm vindo a surgir ao longo dos tempos. A cessação tabágica é a única medida que reduz efetivamente a progressão da doença e aumenta a sobrevida dos doentes. A terapia farmacológica é capaz de reduzir os sintomas, exacerbações e complicações da doença. É capaz também de reduzir hospitalizações e custos associados aos internamentos, bem como melhorar a qualidade de vida dos doentes. A deteção precoce da doença e tratamento imediato das exacerbações são essenciais para garantir os melhores resultados e para reduzir o impacto da DPOC na vida dos doentes.
- Ácidos orgânicos como promotores de crescimento na produção animalPublication . Araújo, Sara Alexandra Silva; Lopes, Carla Martins; Oliveira, RitaCom a proibição do uso de antibióticos para fins não terapêuticos surgiu a necessidade de procurar novos métodos potenciadores da produção de proteína animal. Os ácidos orgânicos surgem como alternativas aos promotores de crescimento convencionais, uma vez que exercem uma ação antimicrobiana, através da diminuição do pH, promovendo uma melhoria na digestibilidade da proteína, aumento das secreções pancreáticas e efeitos tróficos na mucosa intestinal. Assim, a presente revisão sistemática foi realizada com o objetivo de avaliar o efeito dos ácidos orgânicos no desempenho de crescimento de aves e mamíferos de produção. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Pubmed, Web of Science e Scielo entre os meses de outubro de 2020 e abril de 2021. No total 47 estudos cumpriram os critérios de elegibilidade definidos de acordo com a temática em análise Os parâmetros utilizados para comparar os diversos estudos foram o consumo de ração, ganho de peso corporal e taxa de conversão alimentar. No geral, os ácidos orgânicos provaram ser uma estratégia alimentar promissora na indústria pecuária. As associações de ácidos orgânicos mostraram ser mais vantajosas do que o uso do ácido orgânico isoladamente. Na maioria dos estudos, os efeitos dos ácidos orgânicos ficaram aquém dos efeitos dos antibióticos. A falta de consistência na demonstração de evidência do benefício dos ácidos orgânicos pode estar relacionada com variáveis não controladas, como o baixo desafio sanitário nas experiências, a capacidade tampão de ingredientes presentes na dieta, a heterogeneidade da microbiota intestinal e a utilização de outro tipo de agentes antimicrobianos que não os antibióticos nos estudos, podendo conduzir a conclusões não sustentadas sobre os aditivos em estudo. Em conclusão, com base na qualidade dos estudos é possível aferir com evidência científica moderada, um impacto positivo dos ácidos orgânicos no desempenho de crescimento de animais de produção.
- Adverse effects of the drugs methylphenidate, atomoxetine and lisdexamfetamine reported to the European Pharmacovigilance SystemPublication . Motete, Mpho; Capela, João Paulo Soares; Silva, Ana MartaAttention deficit hyperactivity disorder (ADHD) is a common condition affecting both children and adults. In Portugal, three primary medications—methylphenidate, atomoxetine, and lisdexamfetamine—are approved for ADHD treatment, with methylphenidate being the most widely prescribed since 2003. This study aims to investigate the adverse effects of these medications as reported in the European Pharmacovigilance System (EPS) over the past decade. The study begins by reviewing the pharmacology, clinical applications, and efficacy of each drug based on clinical trials, providing context for their widespread use. It then analyses EPS data on adverse drug reactions (ADRs) was recorded from 2013 to 2024, focusing on age, gender, and geographical differences among the affected populations. Results indicate that ADRs vary significantly across demographics, with methylphenidate showing the highest number of reported cases, particularly among younger patients, while lisdexamfetamine and atomoxetine demonstrate distinct adverse profiles. Males report higher ADRs with methylphenidate and atomoxetine, while females exhibit more ADRs with lisdexamfetamine, suggesting potential gender-related differences. Additionally, nervous system and psychiatric disorders are the most reported ADRs across all three drugs, with cardiovascular issues appearing more frequently in adults and older populations. This study’s findings underscore the importance of demographic-specific monitoring, revealing patterns that can inform safer prescribing practices and support personalized treatment strategies for ADHD. By expanding on pharmacovigilance data across diverse populations, the study aims to enhance understanding of these medications' safety profiles and contribute to improved management and outcomes for individuals with ADHD.
- Agentes terapêuticos do VIHPublication . Leite, Daniela de Lurdes Neves Resende; Soares, SandraO Síndrome da Imunodeficiência Humana (SIDA) afeta actualmente 36.7 milhões de pessoas sendo um problema de saúde pública de escala mundial. O agente causador desta patologia é o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) um vírus da família Retroviridae, que tem como principal alvo de infeção os linfócitos CD4+ induzindo de uma forma progressiva a destruição do sistema imunológico tornando o paciente vulnerável a doenças oportunistas e podendo levar à morte. Desde 2008 a terapia antirretroviral tem proporcionado uma maior longevidade e qualidade de vida aos doentes infetados dividindo-se estes compostos em: Inibidores da Transcriptase Reversa (RT), Inibidores da Protease (IP), Inibidores de Fusão (IF), Inibidores da Integrase (II) e Inibidores de Co-recetores (CRIs). A introdução da Terapêutica antirretroviral de alta eficácia ou Highly Active Antiretroviral Therapy (HAART), veio prolongar o tempo de vida dos infetados, consistindo na combinação de pelo menos três (ou mais) fármacos anti-VIH que não curando a infeção pelo vírus VIH, suprimem a sua replicação. O desenvolvimento de resistências à terapia antirretroviral levou, mais tarde, ao desenvolvimento de estratégias terapêuticas complementares nomeadamente a imunoterapia. Esta pode recorrer ao uso de citoquinas como o IFN- α , IFN-β e IL-16, ao uso de células como os linfócitos Natural Killer (NK) e ao uso de anticorpos. Futuramente o desenvolvimento de combinações de imunoterapia e vacinação terapêutica podem ser novas estratégias para a supressão da replicação viral. É de extrema importância a implementação de programas que envolvam a prevenção da SIDA mas também a assistência contínua aos pacientes infetados de VIH não só pelo médico de família mas também pelo próprio farmacêutico.
- Alergénios e modo de rotulagemPublication . Cruz, João Paulo Pinto; Ferreira da Vinha, AnaA prevalência das alergias alimentares tem vindo a aumentar consideravelmente nos últimos 20 anos e os motivos não são ainda muito claros. Os alergénios alimentares são essencialmente proteínas que se encontram distribuídas por vários tipos de alimentos, e que podem desencadear reações imunomediadas por IgE, desenvolvendo sintomas inflamatórios de moderados a severos, numa questão de minutos. Das várias reações alérgicas possíveis, a anafilática é a mais temida, uma vez que envolve todos os sistemas e pode conduzir à morte. Este constitui um dos maiores motivos de ansiedade e de perda de qualidade de vida por parte dos indivíduos que padecem de alergias alimentares. Atualmente, o único tratamento considerado eficaz é a evicção, isto é, o indivíduo portador de determinada alergia deverá evitar o alimento ao qual é alérgico e todos o que derivarem deste. Um dos problemas da evicção é que não funciona no caso de alergénios ocultos, muitas vezes presentes nos alimentos processados. A rotulagem dos alimentos vem no sentido de colmatar esta falha, identificando possíveis alergénios presentes e alertando para a contaminação cruzada, através da indicação de “Contém”. A atual diretiva comunitária já implementada, obriga à descrição de todos os principais alergénios (atualmente 12) , mesmo os que se encontram sob a forma de aditivos para que a informação se torne mais clara para o consumidor. Pretendeu-se traçar um perfil de pessoas com alergias alimentares, bem como estudar os hábitos e opiniões acerca da rotulagem. As alergias alimentares mais prevalentes foram relativamente a leite e a mariscos, sendo que no primeiro caso algumas seriam apenas intolerâncias alimentares confundidas com alergias. A rotulagem apresenta-se abaixo das expectativas para a maioria das pessoas com alergias alimentares, que consideram ainda ser escassa a variedade de alimentos sem alergénios.
- Alergia à proteína do leite de vaca - diagnóstico e intervençãoPublication . Oliveira, José Carlos AbreuAs alergias alimentares são, hoje em dia, um crescente motivo de preocupação, pois estão cada vez mais presentes no nosso quotidiano e expressam-se cada vez com mais frequência. Apesar de se manifestarem em diversas faixas etárias, tem-se verificado uma maior incidência na população infantil, desde o nascimento. O leite de vaca, sendo um dos alimentos mais utilizados na dieta humana, é dos que apresenta um potencial alergénico maior devido à presença de β-lactoglobulina, proteína esta diferente da caseína presente no leite materno. Atingindo cerca de 6% da população infantil, a alergia à proteína do leite de vaca, que pode manifestar-se ainda no primeiro ano de vida, é já considerada uma doença de infância. Sendo precocemente identificada e controlada, a alergia não acarreta consequências para o desenvolvimento saudável da criança. A alergia manifesta-se maioritariamente por sintomas gastrointestinais e cutâneos, sendo que pode afetar as vias respiratórias com mais intensidade nos primeiros episódios alérgicos. O desenvolvimento de alergia á proteína do leite de vaca pode ser influenciado por diversos fatores, sendo um deles a genética familiar, o historial de alergias alimentares ou respiratórias, atopias de pele, entre outras. Manter o aleitamento materno entre os 4 e os 6 meses de vida pode ajudar a prevenir o seu desenvolvimento. Quando existem impedimentos a essa medida, recomenda-se a utilização de fórmulas extensamente hidrolisadas ou hipoalergénicas. Sendo uma patologia há muito descrita, até à presente data, poucos são os estudos ou conclusões, não se encontrando ainda disponível uma cura para a alergia à proteína do leite de vaca. Existem tratamentos e medidas a adotar que melhoram a qualidade de vida das pessoas afetadas, tais como fórmulas de substituição, dietas de eliminação, tratamentos de emergência ou controlo de sintomas. Estima-se que 80% das crianças recuperem e/ou adquiram tolerância até ao terceiro ano de vida.
- Alergias a alimentos ou a derivados usados como excipientes em medicamentosPublication . Gonçalves, Liliana Alexandra Alves; Ferreira da Vinha, Ana; Silva, Carla Sousa eAditivos químicos têm como principal objetivo melhorar os produtos industrializados, como fármacos, conferindo-lhes cor, aroma, textura, conservação, entre outros. Os aditivos utilizados na indústria farmacêutica são denominados excipientes, completando a massa ou o volume especificado no medicamento. São considerados substâncias inativas, uma vez que não apresentam propriedades curativas ou preventivas de doenças ou dos seus sintomas. No âmbito deste trabalho, foi realizado uma revisão bibliográfica sobre os excipientes naturais e sintéticos mais usados na indústria farmacêutica, agrupando-os mediante a sua função específica. Assim, foi feita uma breve descrição sobre alguns dos excipientes mais utilizados nas formulações farmacêuticas, nomeadamente os antioxidantes, os corantes, os edulcorantes e os conservantes, que visam garantir a conservação do produto em condições viáveis. Uma vez que os excipientes são considerados substâncias inativas, são vistos como inofensivos para a saúde. No entanto, é cada vez mais evidente que os excipientes não são sempre inertes e podem apresentar riscos para o desenvolvimento de reações alérgicas, podendo promover alterações mais prejudiciais. As reações alérgicas associadas aos excipientes são consideradas raras, visto que são incorporadas baixas concentrações destes em formulações farmacêuticas, tendo surgido, no entanto, diversos casos associados aos diferentes excipientes anteriormente referidos. Dependendo do excipiente e da sensibilidade do indivíduo, as alergias podem originar dermatites de contacto, prurido, urticária, edema, reações anafiláticas, entre outros. É importante salientar que o excesso de aditivos pode originar problemas de saúde, normalmente em indivíduos suscetíveis e na população pediátrica, sendo necessário aplicar cuidados adicionais que promovam uma maior vigilância e orientação no uso de medicamentos.
- Alterações bioquímicas em miopatias metabólicasPublication . Santos, Paula Cristina Oliveira da Costa; Leal, Fernanda; Cardoso, Inês LopesAs miopatias metabólicas são doenças hereditárias causadas por deficiências enzimáticas que afetam o metabolismo dos hidratos de carbono e dos lípidos. Estas moléculas têm um papel fundamental na produção e armazenamento de energia e, por esta razão, todas estas deficiências comprometem o sistema energético do músculo. De um modo geral, observa- se alteração na síntese, transporte ou degradação de uma substância. Têm sido identificadas várias doenças genéticas no metabolismo dos hidratos de carbono, em particular as glicogenoses (distúrbios no armazenamento do glicogénio). Este trabalho aborda as glicogenoses mais comuns, como por exemplo, a doença de Von Gierke, a doença de Cori, a doença de Pompe e a doença de McArdle. Aborda também as doenças associadas ao metabolismo dos lípidos, como por exemplo a deficiência da enzima carnitina palmitoiltransferase II (CPTII), a doença de armazenamento de lípidos neutros (NLSD) e a deficiência múltipla das Acil-CoA desidrogenases (MADD). São descritas as deficiências que ocorrem nas vias metabólicas assim como o diagnóstico e possíveis estratégias terapêuticas.
- Alterações bioquímicas nas doenças infeciosasPublication . Borderie, Léa Camille; Leal, Fernanda; Cardoso, Inês LopesNesta dissertação pretende-se perceber e identificar as principais alterações bioquímicas que ocorrem nas doenças infeciosas, nomeadamente na COVID-19, SIDA, tuberculose, infeções com Helicobacter pylori, Tinea corporis e toxoplasmose. Nesse sentido, foi alvo de análise o reconhecimento dos possíveis marcadores bioquímicos de cada doença, sendo realçada a forma como os mesmos podem ser utilizados no diagnóstico. Adicionalmente, foram identificados os tratamentos e fármacos empregues em cada patologia, bem como apresentadas as moléculas que se encontram disponíveis no mercado. Foi realizada uma revisão bibliográfica com o intuito de análise do estado atual em termos de conhecimento nesta área, reconhecendo as lacunas existentes e percebendo de que forma a ciência está a evoluir no desenvolvimento do tema. Assim, identificaram-se as alterações e os marcadores bioquímicos mais utilizados para o diagnóstico das doenças infeciosas. A proteína C reativa, interleucina-6, a procalcitonina, a lactato desidrogenase, os eletrolíticos, a urease e as imunoglobulinas integram alguns dos mais importantes. Concluiu-se que os biomarcadores, pelas potencialidades identificadas, devem ser utilizados na prática clínica e constituir parte integrante do diagnóstico das várias patologias. Entre as potencialidades são realçadas a capacidade para identificação de riscos e propensão para a ocorrência de uma doença, a capacidade para estratificar doentes e identificar a gravidade e/ou progressão de uma determinada patologia, previsão do prognóstico e aptidão para a monitorização de um determinado tratamento.
- Alterações histológicas em brânquias de Oncorhynchus mykiss após exposição crónica a concentrações ambientalmente realistas de nanopartículas de dióxido de cérioPublication . Marques, Joana Filipa Silva; Correia, Alberto TeodoricoNos dias de hoje, as atividades de investigação, inovação e desenvolvimento em nanopartículas (NPs) metálicas têm levado a grandes avanços tecnológicos. Daqui, resultou uma transferência de tecnologia para os diferentes sectores de atividade humana, permitindo que atualmente as nanopartículas de dióxido de cério (NPs de CeCO2), por exemplo, sejam fortemente utilizadas na indústria para a produção de painéis solares e fotovoltaicos, em bombas aerificadoras para colocar em aquários domésticos, nos aparelhos para detetar fuga de gás e como aditivos de combustível. Contudo, poucos são os estudos existentes que avaliam a toxicidade ambiental das nanopartículas metálicas no compartimento aquático, em particular das NPs de CeCO2. Neste âmbito realizou-se uma exposição crónica (com a duração de 28 dias) da espécie Oncorhynchus mykiss (n.v. truta arco-íris) a três concentrações crescentes de NPs de CeCO2 (0,1 μg/L, 0,01 μg/L e 0,001 μg/L), incluindo um grupo controlo, e aferiu-se a sua toxicidade em termos de danos tecidulares produzidos ao nível das brânquias. Na avaliação histopatológica podemos referir que os indivíduos expostos a NPs de CeCO2 apresentaram alterações muito marcadas nas brânquias, como por exemplo aneurismas, levantamento epitelial, hipertrofia, edema intercelular, hiperplasia, fusão das lamelas secundárias e necrose. A análise semi-quantitativa permitiu ainda demonstrar claramente a existência uma relação dose-efeito observando-se diferenças significativas no índice patológico branquial entre as diversas concentrações testadas e o grupo controlo. Os resultados obtidos indicam que as NPs de CeO2 causam danos marcados no tecido branquial de O. mykiss em concentrações sub-letais, embora ambientalmente relevantes. Este efeito deletério no tecido branquial poderá ser traduzido pela perda de algumas das suas reconhecidas funções fisiológicas com consequências óbvias para os indivíduos.