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- Alergénios e modo de rotulagemPublication . Cruz, João Paulo Pinto; Ferreira da Vinha, AnaA prevalência das alergias alimentares tem vindo a aumentar consideravelmente nos últimos 20 anos e os motivos não são ainda muito claros. Os alergénios alimentares são essencialmente proteínas que se encontram distribuídas por vários tipos de alimentos, e que podem desencadear reações imunomediadas por IgE, desenvolvendo sintomas inflamatórios de moderados a severos, numa questão de minutos. Das várias reações alérgicas possíveis, a anafilática é a mais temida, uma vez que envolve todos os sistemas e pode conduzir à morte. Este constitui um dos maiores motivos de ansiedade e de perda de qualidade de vida por parte dos indivíduos que padecem de alergias alimentares. Atualmente, o único tratamento considerado eficaz é a evicção, isto é, o indivíduo portador de determinada alergia deverá evitar o alimento ao qual é alérgico e todos o que derivarem deste. Um dos problemas da evicção é que não funciona no caso de alergénios ocultos, muitas vezes presentes nos alimentos processados. A rotulagem dos alimentos vem no sentido de colmatar esta falha, identificando possíveis alergénios presentes e alertando para a contaminação cruzada, através da indicação de “Contém”. A atual diretiva comunitária já implementada, obriga à descrição de todos os principais alergénios (atualmente 12) , mesmo os que se encontram sob a forma de aditivos para que a informação se torne mais clara para o consumidor. Pretendeu-se traçar um perfil de pessoas com alergias alimentares, bem como estudar os hábitos e opiniões acerca da rotulagem. As alergias alimentares mais prevalentes foram relativamente a leite e a mariscos, sendo que no primeiro caso algumas seriam apenas intolerâncias alimentares confundidas com alergias. A rotulagem apresenta-se abaixo das expectativas para a maioria das pessoas com alergias alimentares, que consideram ainda ser escassa a variedade de alimentos sem alergénios.
- Manifestações orais associadas ao consumo da droga de abuso MDMAPublication . Oliveira, Mafalda Nuñez Teixeira de; Guimarães, Maria InêsO uso para fins ou meios festivos de lazer da droga ilícita MDMA, também chamado de Ecstasy ou Moly, tem vindo a aumentar drasticamente em Portugal e no Mundo. Esta situação desafia os profissionais de saúde para vários parâmetros na saúde oral e geral. O objetivo desta dissertação visa avaliar e descrever as lesões e patologias na cavidade oral que estão relacionadas com o consumo da substância ilícita MDMA. As consequências para a cavidade oral podem ser a xerostomia, o bruxismo, as cáries rampantes, a doença periodontal, o desgaste e a erosão dentária, e as lesões dos tecidos moles. Os indivíduos consumidores podem apresentar carências nutricionais e um estímulo aumentado à dor. A gestão do prognóstico e o tratamento realizado aos consumidores de MDMA, pois afeta vários órgãos e sistemas no corpo humano, requer uma abordagem multidisciplinar que inclui educação, prevenção e tratamento integrados. Esta revisão bibliográfica teve com base artigos publicados em revistas científicos e monografias disponíveis em vários motores de busca. As palavras-chave usadas foram: “ecstasy”, “MDMA”, “oral manifestations”, “oral health”, “substance abuse”, ”overdose treatment”, “xerostomia” e “methamenfetamine” e a sua conjugação. As situações orais, perante as mais prevalentes comorbidades patogénicas relacionadas com o MDMA e outras dependências ilícitas, necessitam de mais atenção e reforço em relação à prática clínica e aos serviços de saúde. Uma das dificuldades para o tratamento correto destes indivíduos é a falta de informação sobre o assunto referente à prática na clínica dentária. A omissão sobre o consumo por parte do paciente bem como de uma recaída no uso, apresentam dúvidas sobre o fator em causa ou até mesmo no diagnóstico. São, muitas vezes, os Médicos Dentistas os primeiros a terem a oportunidade de diagnosticar o aparecimento de possíveis alterações surgidas em virtude do consumo de MDMA.
- Técnicas e sistemas de desobturação canalar no retratamento endodôntico não cirúrgicoPublication . Almeida, Ana Sofia Morgado Pinto Fonseca e; Martins, Luís FrançaNa prática clínica, a diversidade de instrumentos manuais, rotatórios ou reciprocantes, dificulta a seleção do sistema a aplicar no retratamento dentário não cirúrgico. O presente trabalho teve como objetivo comparar diferentes instrumentos quanto a diferentes parâmetros: capacidade de remoção de Gutta-Percha (GP), extrusão apical de detritos, fratura de instrumentos, e ocorrência de iatrogenias. Neste trabalho foram utilizadas 111 publicações posteriores a 2011, obtidas via PubMed e Science Direct. A análise da bibliografia indica que, independentemente do sistema, não é possível remover todo o material obturador das paredes radiculares, sendo esta tarefa dificultada em canais curvos e na área apical. Verifica-se que a remoção de GP melhora no sentido: limas H, ProTaper, e Mtwo. O sistema Reciproc foi associado a melhores desempenhos e a menores tempo de trabalho, do que os sistemas de rotação contínua. Nenhum dos instrumentos analisados é capaz de evitar a extrusão apical de detritos na totalidade. Apesar de resultados dispares, a maioria dos estudos assume que o sistema Reciproc provoca menor extrusão apical de detritos. Em Endodontia, as duas principais causas da fratura de instrumentos são a fadiga cíclica e a torsão. A maioria dos estudos concordam que o movimento reciprocante, como o do Reciproc, aumenta a resistência à fractura e a resistência à torsão, mantendo a anatomia original do canal. Relativamente à produção de perfurações e fracturas radiculares, a superioridade dos instrumentos NiTi relativamente às limas manuais não foi clara. De acordo com a literatura, o sistema Reciproc, constituído por liga de NiTi M-Wire, está associado a menos eventos iatrogénicos. Finalmente, conclui-se que futuros estudos seriam benéficos para esclarecer o potencial dos diferentes sistemas estudados.