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- Pneumonias adquiridas na comunidadePublication . Miranda, Fátima Cristina da Silva; Machado, ElisabeteA pneumonia adquirida na comunidade (PAC) define-se como uma inflamação aguda do parênquima pulmonar de origem infeciosa e adquirida fora do ambiente hospitalar. Streptococcus pneumoniae é reconhecido em todo mundo como o principal agente patogénico desta patologia, independentemente da idade. Porém, agentes patogénicos como Mycoplasma pneumoniae, Legionella spp., Chlamydophila spp. e vírus respiratórios como o vírus Influenza também representam patogénicos importantes. O desenvolvimento de PAC depende de fatores associados aos agentes patogénicos e ao hospedeiro. A predisposição para o desenvolvimento de pneumonia é maior em indivíduos que apresentam um ou mais fatores de risco associados ao estilo de vida e/ou comorbilidades. O diagnóstico clínico da PAC baseia-se na presença de manifestações clínicas compatíveis com uma PAC e confirmado pela demonstração de um infiltrado na radiografia ao tórax, com ou sem dados microbiológicos. Contudo, estão disponíveis na prática clínica outros exames complementares de diagnóstico para auxiliar o mesmo. A escolha do local de tratamento é um dos pontos mais importante na gestão desta doença sendo, para tal, necessário avaliar a sua gravidade através de ferramentas válidas (ex: CURB-65 e PSI). Estão disponíveis vários testes microbiológicos para a identificação da etiologia infeciosa. No entanto, os resultados não estão disponíveis em tempo suficientemente útil para se tomar uma decisão clínica ponderada, por isso o tratamento inicial para a maioria dos doentes permanece empírico. Existem várias Clinical Practice Guidelines que abordam a gestão da PAC em adultos imunocompetentes, e que recomendam os antibióticos a serem utilizados no tratamento empírico. A prevenção engloba medidas gerais e específicas como a vacinação contra S. pneumoniae e o vírus Influenza.
- Células estaminais na regeneração da pele: aplicações terapêuticas e cosméticasPublication . Barata, Rita Carolina Azevedo Morais; Silva, Ana CatarinaTendo em conta a capacidade que as células estaminais têm para se autorrenovar e diferenciar em vários tipos de células, a sua utilização torna-se interessante, sobretudo ao nível terapêutico. Nesse sentido, as células estaminais têm sido testadas na cicatrização de feridas derivadas da exposição ao calor e à radiação, bem como em úlceras diabéticas. A segurança e a eficácia da utilização destas células têm sido provadas, nos últimos anos, por vários investigadores. Estas são capazes de aumentar a reepitelização e a neovascularização e reduzir a formação das cicatrizes, sem provocar respostas inflamatórias ou imunológicas. Também na área da cosmética foi demonstrado o potencial destas células, dada a sua capacidade para retardar o processo natural de envelhecimento cutâneo, através da proteção das células estaminais autólogas e estimulação da sua proliferação.
- Tratamento de suporte em pacientes com implantes endo-ósseosPublication . Conroy, Carmen; Santos, Patrícia AlmeidaObjetivo: Avaliar a importância que o estabelecimento de protocolos de tratamento de suporte peri-implantar assume no sucesso dos implantes endo-ósseos a longo prazo. Materiais e métodos: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, no período compreendido entre abril e agosto de 2018, recorrendo à base de dados MEDLINE/PubMed. Apenas foram incluídas meta-análises e revisões sistemáticas, baseadas em estudos em humanos e publicadas nos últimos 10 anos, em português, inglês ou espanhol. A pesquisa resultou num total de 7 artigos. Resultados: A incidência de doenças peri-implantares é significativamente maior em pacientes não incluídos em terapia de suporte. Conclusões: A inclusão do paciente reabilitado com implantes endo-ósseos na fase de suporte peri-implantar, com uma frequência de consultas devidamente adaptada às condicionantes individuais de cada paciente, torna-se absolutamente relevante para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento atempado de complicações biológicas, o que se irá inevitavelmente refletir na manutenção do sucesso terapêutico a longo prazo.
- Diabetes Mellitus e doença periodontalPublication . Sosa Cárdenas, María GabrielaA diabetes mellitus é uma doença crónica metabólica cada vez mais prevalente, caracterizada pelo excesso de glicose no sangue. Para além das suas complicações clássicas e impacto a nível sistémico, tem vindo também a ser associada à ocorrência da doença periodontal, sendo esta apontada como a sexta complicação da diabetes. A doença periodontal caracteriza-se pelo conjunto de condições inflamatórias crónicas que causam inflamação gengival, destruição do tecido periodontal e perda óssea alveolar, podendo traduzir-se em perda dentária. A relação entre a diabetes mellitus e a doença periodontal tem vindo a ser investigada. Vários autores concluíram que a diabetes mellitus é um fator de risco para o desenvolvimento da doença periodontal. Por outro lado, também a doença periodontal, quando presente, pode agravar o controlo glicémico nestes doentes. Dada a influência bidirecional entre as duas patologias, é importante que as equipas médicas conheçam esta relação, potenciando a prevenção, mas também a monitorização de possíveis complicações.
- Agentes terapêuticos do VIHPublication . Leite, Daniela de Lurdes Neves Resende; Soares, SandraO Síndrome da Imunodeficiência Humana (SIDA) afeta actualmente 36.7 milhões de pessoas sendo um problema de saúde pública de escala mundial. O agente causador desta patologia é o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) um vírus da família Retroviridae, que tem como principal alvo de infeção os linfócitos CD4+ induzindo de uma forma progressiva a destruição do sistema imunológico tornando o paciente vulnerável a doenças oportunistas e podendo levar à morte. Desde 2008 a terapia antirretroviral tem proporcionado uma maior longevidade e qualidade de vida aos doentes infetados dividindo-se estes compostos em: Inibidores da Transcriptase Reversa (RT), Inibidores da Protease (IP), Inibidores de Fusão (IF), Inibidores da Integrase (II) e Inibidores de Co-recetores (CRIs). A introdução da Terapêutica antirretroviral de alta eficácia ou Highly Active Antiretroviral Therapy (HAART), veio prolongar o tempo de vida dos infetados, consistindo na combinação de pelo menos três (ou mais) fármacos anti-VIH que não curando a infeção pelo vírus VIH, suprimem a sua replicação. O desenvolvimento de resistências à terapia antirretroviral levou, mais tarde, ao desenvolvimento de estratégias terapêuticas complementares nomeadamente a imunoterapia. Esta pode recorrer ao uso de citoquinas como o IFN- α , IFN-β e IL-16, ao uso de células como os linfócitos Natural Killer (NK) e ao uso de anticorpos. Futuramente o desenvolvimento de combinações de imunoterapia e vacinação terapêutica podem ser novas estratégias para a supressão da replicação viral. É de extrema importância a implementação de programas que envolvam a prevenção da SIDA mas também a assistência contínua aos pacientes infetados de VIH não só pelo médico de família mas também pelo próprio farmacêutico.
- Transplante de microbiota fecalPublication . Cêrca, Inês Duarte Almeida; Barata, PedroO Transplante de Microbiota Fecal consiste na transferência de material fecal de um dador saudável para um recetor doente com o objetivo de restaurar uma microflora intestinal disbiótica, provocada pelo uso de antibióticos ou outras perturbações do microbioma. A principal indicação para a utilização do Transplante de Microbiota Fecal é a infeção recorrente por Clostridium difficile e foi demonstrada uma elevada eficácia na erradicação desta infeção e dos sintomas a ela associados. Existem outras patologias, gastrointestinais ou não, passíveis de serem tratadas através do Transplante de Microbiota Fecal. Contudo, é necessário comprovar o seu potencial terapêutico e realizar estudos aprofundados para confirmar a utilização deste método no tratamento dessas doenças. O Transplante de Microbiota Fecal pode ser administrado através do trato gastrointestinal superior (sonda nasogástrica, nasoduodenal, esofagogastroduodenoscopia ou cápsulas orais) ou do trato gastrointestinal inferior (colonoscopia, sigmoidoscopia ou enema de retenção). No entanto, deve-se ter em conta os riscos e benefícios de cada via de administração, bem como, e não menos importante, o estado de saúde do doente. Não existe ainda um consenso no que diz respeito à regulamentação legislativa do Transplante de Microbiota Fecal. No entanto, consideram-se duas possibilidades para o classificar: como um medicamento biológico ou como um tecido humano. Esta última incentiva e promove a pesquisa e garante a segurança do procedimento, uma vez que é exigida a todos os tecidos humanos destinados a serem transplantados a triagem completa das amostras e o controlo dos registos. Porém, a Food and Drug Administration considera o Transplante de Microbiota Fecal um produto biológico e classificou-o como um medicamento experimental.