FCHS (DCEC) - Dissertações de Mestrado
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Browsing FCHS (DCEC) - Dissertações de Mestrado by advisor "Alves, Maria da Piedade Gonçalves Lopes"
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- Administração das escolas: órgão de gestão unipessoal ou colegial?Publication . Marques, Hermínio Alexandre Ribeiro da Cunha; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesO presente estudo centra-se na temática das políticas de administração escolar da escola pública portuguesa, particularmente na problemática da gestão executiva da escola, que poderá ser promovida através de um órgão colegial ou, como se verifica atualmente, através de um órgão unipessoal, tendo como objetivo conhecer a visão dos professores e diretores sobre este assunto. Começamos, na primeira parte desta dissertação, por introduzir conceitos gerais de administração, com enfoque na administração escolar. Num ponto dedicado à teoria das administrações, apresentamos um conjunto de modelos de organização que julgamos serem identificáveis na atual direção e gestão das escolas. Esta análise será ainda conjugada com a revisão teórica da evolução dos modelos de administração escolar, desde os finais da década de 40 do século passado até o atual regime jurídico da autonomia, administração e gestão das escolas, implementado pelo DL n.º 75/2008, na sua redação atual. Neste contexto ainda, damos destaque à Lei de Bases do Sistema Educativo, instruída em 1986, e às garantias dadas pela Constituição da República Portuguesa (CRP), aprovada no dia 25 de abril de 1976. Dada a existência de uma relação intrínseca entre democracia e educação, o nosso estudo alicerça-se no ideário da "gestão democrática da escola", no que tange à participação da comunidade educativa alargada. Numa segunda parte deste trabalho, apresentamos um enquadramento empírico que visa buscar uma resposta para a pergunta colocada inicialmente: Qual o modelo de gestão escolar que melhor se adequa ao sistema educativo português – o unipessoal ou o colegial? Para o efeito, utilizamos o método de pesquisa explicativa, assente na recolha de dados efetuada com base num inquérito por questionário online, destinado a docentes e a diretores. O tratamento estatístico dos dados permitiu-nos chegar a conclusões sobre a importância da colegialidade nos órgãos de administração escolar e à definição de um conjunto de sugestões relacionadas com os limites materiais para a elaboração ou revisão legislativa do regime jurídico da autonomia, administração e gestão das escolas. Como sugestões de futuras investigações, apontámos a questão da descentralização (e não desconcentração) da administração escolar.
- Avaliação na Organização EscolarPublication . Cruz, Maria Bernadete Costa; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesEsta pesquisa foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José de Alencar, Localizada na Cidade de Santarém, Estado do Pará/Brasil, a qual se objetivou compreender a avaliação como suporte e instrumento para um redirecionamento do processo ensino/aprendizagem nos demais níveis educacionais. Trilhou-se duplo caminho no decorrer da pesquisa, sendo que o primeiro foi a consulta bibliográfica abordando a temática Avaliação na Organização Escolar. O segundo momento ocorreu com a coleta de dados, através da aplicação de questionários a docentes, discentes e gestor educacional, utilizou-se uma análise qualitativa e participativa, levando aà reflexão sobre as diferentes percepções dos entrevistados. Constatou-se durante a pesquisa que a avaliação no âmbito educacional é puramente somativa, apresentando as multifacetas e dimensões dentro do processo avaliativo, utilizada para fim classificatório, atendendo às exigências do sistema vigente, tendo como principal instrumento de aplicação a prova propriamente dita. O presente trabalho apresenta algumas reflexões para que professores, gestores e alunos possam repensar o sentido real da avaliação como uma prática pedagógica, encarando-a como um instrumento primordial na busca de acertos e o aperfeiçoamento dos procedimentos de ensino e avaliação no âmbito educacional, desmistificando o dilema que a envolve.
- As diferentes dimensões do exercício do cargo de Director de Turma numa escola TEIPPublication . Nunes, Pedro Miguel Martinho; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesO Director de Turma ocupa uma posição importante nas estruturas de coordenação educativa da escola, desdobrando a sua intervenção numa diversidade de funções. O cargo de Director de Turma assume uma particular relevância no que diz respeito ao acompanhamento do processo educativo dos jovens que frequentam as escolas portuguesas do 2º e 3ºciclo, o mesmo acontecendo no 1º ciclo do ensino básico, onde o professor titular de turma é, ao mesmo tempo, Director de Turma. O Agrupamento de Escolas de Souselo está inserido num meio rural, onde o desemprego atinge índices muito elevados, levando muitos adultos a procurarem trabalho noutros países. Os alunos são, regra geral, deixados aos cuidados dos avós, alguns dos quais com muita idade e pouca escolaridade, ou, em muitos casos, sem nenhuma, que não lhes podem prestar o acompanhamento desejado. Assim, cabe ao Agrupamento a necessidade de lhes dar um maior acompanhamento e de envolver os alunos na escola, de identificar os constrangimentos e criar formas de os superar ou, pelo menos, de os atenuar. O projecto que nos propomos implementar surgiu da necessidade de encontrarmos respostas mais eficazes para os problemas com que nos debatemos. É neste contexto que a inclusão do Agrupamento de Escolas de Souselo num Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP), se constitui como uma medida de política educativa para promover o sucesso educativo de todos os alunos e, em particular, das crianças e jovens que se encontram em risco de exclusão social e escolar. Fizemos, numa primeira fase, a avaliação interna do Agrupamento no que concerne ao sucesso escolar no 2º e 3º ciclo, através da análise da taxa de sucesso, por ano de escolaridade, a todas as disciplinas. Foi feita a comparação com o mesmo período do ano lectivo anterior e a análise comparativa dos resultados da avaliação interna e externa, às disciplinas sujeitas a exame nacional, em ambos os ciclos. Verificámos que a avaliação interna apresenta sempre resultados mais positivos. Assim, face aos resultados obtidos, elaborámos o projecto no sentido de contribuirmos para a melhoria dos resultados dos alunos com vista ao sucesso educativo dos mesmos.
- O discurso do texto publicitário na escola pública e privadaPublication . Marques, Andrea Giovana Pereira; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesOs textos produzidos em nossa sociedade são tão variados que as pessoas interagem incessantemente. Frente a essa diversidade, escolheu-se abordar um gênero de grande circulação na esfera social: a propaganda, e analisar os efeitos do discurso publicitário na formação crítica dos alunos do 3º ano do Ensino Médio na escola pública Rodoval Borges Silva e na escola privada Grupo Perspectivas Construtivas, localizadas no município de Santana, com o intuito de elucidar o debate teórico que suscita a questão dos métodos tradicionais de ensino com novas formas de conhecimento, visto que a propaganda está presente por meio de inúmeros portadores, seja na mídia impressa (jornais, revistas, cartazes, prospectos, folhetos), seja na eletrônica (cinema, televisão, internet). Além disso, para que fosse melhor entendido o contexto, foi importante verificar, de que maneira as instituições de ensino em conjunto com os docentes organizavam-se e trabalhavam a formação de leitores proficientes, no sentido de dinamizar e incrementar as aulas de língua portuguesa em situações reais de comunicação e usos sociais. Sob esse ponto de vista, diante dos questionamentos suscitados, através de nosso estudo comparativo mediante a temática – O discurso publicitário na escola pública e privada – constatamos (através de análise de entrevistas feitas às diretoras, professores e pedagogos e pela aplicação de questionários a alunos) que o gênero propagandístico não é inserido no currículo formal como uma produção cultural e os professores que utilizam o discurso publicitário são de forma individualizada em que predominam os aspectos formais da linguagem, nas escolas participantes de nossa dissertação. Dessa forma, o objetivo de trabalhar com este gênero foi o de verificar de que maneira os alunos estavam se relacionando com a diversidade linguística do mundo moderno e qual o posicionamento crítico nas relações de poder e ideologias presentes no mesmo. Nesse aspecto, os alunos da rede privada por terem mais contato com textos publicitários, em alguns momentos, tiveram uma postura mais crítica e proficiente com base nos questionários propostos. Além disso, pretende-se com este trabalho, possibilidades de transformar a pedagogia apenas tradicional em uma pedagogia da dinâmica social, proporcionando a superação de leituras superficiais e lineares e colaborar com pesquisas pertinentes à área de ensino aprendizagem, bem como reiterar as ideias de uma nova forma de conceber e trabalhar a linguagem em sala de aula. No sentido de sensibilizar os professores, para este tipo de texto, planificou-se um Workshop para cada escola.
- A escolha de uma escola secundária: fatores que condicionam a tomada de decisão pelas famíliasPublication . Ribeiro, Pedro Miguel da Costa; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesA família e a escola são os principais contextos de desenvolvimento humano e a sua interação é determinante para a qualidade do ensino e da aprendizagem. De entre as diversas estratégias educativas, a escolha da escola tem merecido uma grande atenção por parte das famílias. Esta investigação traduz-se num estudo empírico que envolveu Encarregados de Educação de alunos matriculados no décimo ano de escolaridade, nas três escolas secundárias da cidade de Viseu (Alves Martins, Emídio Navarro e Viriato). Através de um inquérito por questionário, aplicado no final do ano letivo 2016-17, foi possível conhecer (i) as fontes de informação a que as famílias recorrem acerca das escolas, para poderem fazer as opções de escolha, (ii) os aspetos que os Encarregados de Educação mais valorizam na seleção da escola, bem como os mais desfavoráveis, (iii) o grau de satisfação das famílias relativamente à qualidade da educação e (iv) as expetativas que têm em termos dos resultados e das competências a atingir pelos educandos no final do ensino secundário. Tendo como principal objetivo compreender as racionalidades que estão na base da seleção da escola por parte dos decisores – normalmente, os Encarregados de Educação – pretendeu-se identificar as causas associadas ao decréscimo do número de alunos na Escola Secundária Viriato e elaborar um projeto de intervenção cuja aplicação possa elevar o grau de satisfação dos Encarregados de Educação relativamente àquele estabelecimento de ensino, tornando-o, também, numa primeira prioridade de escolha para as famílias na sua área de influência. Os resultados obtidos permitem-nos constatar que os inquiridos usam, principalmente, fontes informais de conhecimento sobre as escolas, como é o caso da sua própria experiência, a opinião de familiares, amigos ou de outros pais. Identificaram-se pontos em comum no processo de seleção da escola, tais como a importância da sua localização e da rede de transportes e as intenções de escolha do grupo de amigos. Já a indisciplina, a falta de cumprimento de regras, o mau ambiente na zona envolvente e a má fama de uma escola são aspetos que podem evitar a escolha da mesma. Um dado que emergiu como significativo foi a possibilidade de existir diferenciação de públicos escolares entre as três escolas secundárias e haver estratégias seletivas de escolha.
- A Importância da Música na Motivação do Aluno: Projeto: "Formar para Melhor Ensinar"Publication . Lima, Marioneide Vieira; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesA presente pesquisa faz uma análise sobre o reconhecimento da necessidade da Música na Escola, levando em consideração o caráter interdisciplinar, lúdico e as restantes propriedades da música, capazes de promover cada vez mais sinapses, fato este comprovado pela Neurociência, em que o aluno passa a estar mais motivado, através da constante e percetível ativação de diversas áreas cerebrais distintas das áreas específicas do tratamento da informação musical. O ponto de partida para esta pesquisa foi a Lei 11.769/08 do Governo Federal Brasileiro que trata da obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, a partir deste momento, houve grandes perspetivas e projetos direcionados ao retorno da música à sala de aula, focalizando a atenção para a melhor organização dos espaços, nomeadamente, estruturas, materiais e pessoal, de forma a garantir o sucesso do ensino através da música. Tendo em conta a implementação desta lei, houve a necessidade de analisar na prática, os benefícios da música na aprendizagem, bem como a formação do docente para esta atividade. Deste modo, fez-se o enquadramento teórico com base nos conhecimentos já existentes sobre políticas educativas públicas e o ensino artístico, especificamente a presença da Música no currículo escolar. Este enquadramento serviu de base para a realização de um estudo no município de Coelho Neto no Maranhão – Brasil, com base na temática: ―A Importância da Música na Motivação do Aluno‖, que demonstrou a falta de preparação dos docentes no que concerne à música. Assim, esta investigação-ação levou-nos à elaboração do Projeto ―Formar para melhor ensinar‖, no sentido de ajudar os professores a superar esta lacuna. Este projeto será implementado no próximo ano letivo.
- Multiculturalismo: diversidade cultural na escolaPublication . Romero, Patricia Elizabeth Benitez; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesA sociedade, nos últimos anos, tem sido objeto de muitas mudanças o que tem levado ao aparecimento de novas realidades educativas e, ao mesmo tempo, tem desencadeado um acréscimo de exigências feitas aos professores e à escola. A globalização e a crise financeira mundial recente têm levado a novos desafios e a novos paradigmas. A temática deste estudo teve como proposta investigar o multiculturalismo na escola. Para tanto, utilizamos a prática educacional de professores e gestores de uma escola. A nossa pergunta de partida: “Como incluir crianças de nacionalidades, culturas e religiões diferentes na escola?” O objetivo geral do estudo foi demonstrar que o educador/gestor, através da sua vivência e formação é capaz de considerar a inclusão do aluno de nacionalidade, cultura e religiosidade diferentes na escola, visando seu desenvolvimento e aprendizado. A pesquisa-ação foi a metodologia usada para levantamento de dados. Embora a escola brasileira seja um dos espaços mais ricos de construção da cidadania e acesso ao conhecimento sistematizado, além de construção de identidade social e cultural, para alunos em contextos multiculturais, nem sempre acontece. Os resultados apontam que os professores ainda sentem dificuldades para abordar o multiculturalismo, existindo poucos momentos de diálogo com as famílias, além de ser limitada a troca de experiências, entre professores, acerca dos alunos. Face aos dados obtidos, propomos um Plano de Formação para Professores, coordenado por nós, que passa pelas áreas: os desafios da inclusão multicultural, estratégias de troca de experiências e o espaço como terceiro educador. No sentido de fortalecer o vinculo entre famílias e a escola apresentamos algumas atividades que contribuam para fortalecer a relação Escola /família, pois é necessário criar nas famílias um conceito positivo da escola.
- Oficina de Panificação: educação para ética e cidadania em uma perspectiva de educação não-formalPublication . Lopes, Paulo Cesar Silva; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesEm meio às diversas transformações que a sociedade moderna tem passado, a educação e os sujeitos envolvidos no processo educacional, estão sendo chamados a enfrentar os desafios gerados a partir da globalização, das crises econômicas, dos avanços tecnológicos e do crescimento da pobreza. Nos últimos anos, temos observado o nascimento de diversos pensamentos, propostas, projetos e iniciativas que se alicerçam na necessidade de revisão de antigas concepções educacionais. A pedagogia proposta por Paulo Freire tão difundida na América Latina; as Conferências Internacionais de Educação de Adultos promovidas pela UNESCO; a concepção de “Aprendizagem ao longo da vida”; a valorização de novas modalidades de ensino como a educação não-formal e os quatro pilares norteadores da educação no século XXI propostos pelo Relatório elaborado por Jacques Delors (Aprender a ser, Aprender a fazer, Aprender a conhecer, Aprender a viver juntos), de forma geral, sintetizam as diversas iniciativas a nível mundial de promoção da educação tendo em vistas os desafios atuais. Neste trabalho, pesquisamos a Oficina de Panificação promovida pela ONG Casa de Apoio à Criança Carente de Contagem. A Oficina de Panificação é uma proposta educacional que pretende articular formação ética, cidadã e profissional por meio da educação não-formal, com o intuito de complementar a educação formal e promover a inclusão de jovens em situação de risco social. Elegemos como método de pesquisa a ser adotado no percurso de elaboração deste trabalho, a abordagem qualitativa. Os principais instrumentos para coleta de dados foram entrevistas abertas e a observação periférica. O objetivo da pesquisa foi analisar as características e os possíveis contributos deste tipo de educação de cunho social e não-formal. Por fim, concluímos que na prática sócio-educativa da Oficina de Panificação da Casa de Apoio de Contagem, encontramos elementos significativos como: a promoção da cidadania, da ética e de ações empreendedoras que nos autoriza considera-la uma alternativa educativa diferenciada, atual e viável ao contexto na qual esta inserida.
- A participação dos alunos no Governo da Escola Pública: potencialidades e limitesPublication . Simões, Ilda Gama; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesO presente estudo centra-se na temática das políticas de autonomia da escola pública portuguesa, particularmente na problemática da participação dos alunos na organização e gestão da escola, e tem como objetivo conhecer o modo como se constrói e se desenvolve a participação dos alunos do ensino secundário na escola objeto de análise. Procurámos conjugar a análise teórica da evolução dos modelos de administração escolar, no pós-25 de abril, com especial foco para o atual regime jurídico da autonomia, administração e gestão das escolas, implementado pelo DL n.º 75/2008, de 22 de abril, na redação dada pelo DL nº 137/2012, de 2 de julho e a forma como se constrói a participação dos alunos do ensino secundário nos órgãos de gestão e administração de uma escola secundária com 3º ciclo, sita em Viseu. Dada a existência de uma relação intrínseca entre democracia e educação, o nosso estudo foi alicerçado no ideário da "gestão democrática da escola", no que tange à participação dos alunos na tomada de decisões na vida organizativa da sua escola. Para tal, importa identificar os espaços formais e informais da participação discente na vida da escola e perceber de que forma as experiências participativas, no contexto da escola, podem contribuir para o exercício de uma verdadeira cidadania ativa. Embora a legislação atualmente em vigor promova a autonomia da escola e abra espaço à participação dos alunos, constatamos que as decisões na escola ainda estão centradas nos professores, caracterizando-se a participação dos alunos nesses órgãos, por uma participação formal e passiva (presencial), elegendo outras áreas de participação, tais como em atividades de complemento curricular e as promovidas pela AE. A nossa investigação permitiu-nos concluir que é importante a participação dos alunos na gestão e organização da escola, mas que essa participação não ocorre de forma espontânea. É necessário criar estratégias de motivação e de incentivo à participação dos alunos, através da criação de espaços de diálogo que potenciem a construção de uma verdadeira cultura de cidadania participativa dos alunos na escola. É fruto deste contexto que propomos a implementação do projeto "Dar voz aos Alunos".
- Porque não vou (mais) à escola?: do pai que apoia à mãe que acompanhaPublication . Sampaio, João Rui Duarte; Alves, Maria da Piedade Gonçalves LopesMuitos são os investigadores e estudiosos que, em todas as partes do mundo, se têm debruçado sobre a relação Escola–Família–Comunidade, tentando perceber os preditores que justificam, por exemplo, a indisciplina ou o (in)sucesso na sala de aula. Movidos pela curiosidade de 25 anos a trabalhar no sistema educativo, quisemos perceber o papel da mulher no que à educação formal dos filhos diz respeito. Empiricamente sabíamos que normalmente à mãe cabe mais esta tarefa de ser a Encarregada de Educação dos seus descendentes e quisemos perceber porquê. Que características concorrem para que a ela seja entregue esta “missão”? Igualmente quisemos saber se esta “missão” era solitária ou se o seu cônjuge coopera e de que forma. De uma parte teórica baseada na literatura existente através da qual procurámos perceber o(s) papel(éis) da mulher anterior e posteriormente ao 25 de abril de 1974 e da lenta integração legal dos Encarregados de Educação nas escolas, partimos para um trabalho de investigação assente nos alunos do AENelas e respetivos Encarregados de Educação. Colaboraram connosco 44 Encarregados de Educação de alunos do 9.º ano que, através das suas respostas, permitiram perceber que os novos tempos são, teoricamente, de partilha, porém, na prática, é ao elemento feminino da família que compete a assunção do cargo de Encarregado de Educação. Os respondentes inclinam-se (nas suas respostas) para a disponibilidade de tempo, contudo, coincidência ou não, a maioria trabalha e a minoria, quer de Encarregados quer de Encarregadas de Educação, tem habilitações literárias inferiores ao seu cônjuge ou companheira(o). Há aspetos incontornáveis que não deixam dúvidas: a função de EE é “vitalícia” e marcadamente “feminina”.