FCT (DCEA) - Mestrado Integrado em Arquitetura e Urbanismo
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- Além da visão: o papel dos sentidos para humanizar a arquiteturaPublication . Reis, Pedro Nuno Moreira; Félix, DanielA arquitetura tem sido um campo em permanente evolução, espelhando as culturas e ideologias dos contextos socioculturais em que se insere. Na contemporaneidade, tornou-se acessível à maioria da população graças à globalização, mas enfrenta um desafio primordial: a excessiva disseminação e internacionalização resultou em inúmeras obras concebidas com uma abordagem meramente visual, descurando a experiência espacial dos seus ocupantes. Esta rutura advém de múltiplos fatores, entre eles, uma mudança nas ideologias dos arquitetos, que passaram a privilegiar cada vez mais a criação de projetos para contemplação, em detrimento de espaços centrados no ser humano. Este afastamento surge, em parte, porque, embora as dimensões sensoriais e percetivas fossem fundamentais na história da arquitetura, foram progressivamente substituídas por considerações económicas e exigências técnicas à medida que as sociedades se modernizaram. Atualmente, as obras arquitetónicas são frequentemente concebidas como entidades autónomas, desprovidas da riqueza sensorial que estabelece a simbiose entre o espaço e o seu utilizador. Assim, o ato de projetar transcende a pura objetividade, pois os edifícios devem ser, acima de tudo, espaços vivos que criam laços profundos entre os indivíduos e o ambiente envolvente. É urgente colmatar esta dicotomia entre o espaço construído e a vivência do ocupante, pois só assim será possível compreender o profundo impacto que a arquitetura exerce no bem-estar físico e psicológico, transformando edifícios em verdadeiros catalisadores de qualidade de vida. Esta dissertação procura explorar como os vários elementos da linguagem arquitetónica podem ser estrategicamente articulados pelo arquiteto, em função dos significados que ambiciona materializar nos espaços que concebe.
- Alojamento temporário pós-catástrofe: princípios e boas práticas de implementaçãoPublication . Rocha, Beatriz Gomes Ribeiro da; Félix, DanielNas últimas décadas, os fenómenos naturais têm aumentado significativamente, originando cenários de desastre que afetam pessoas em diversas partes do mundo. Uma das consequências mais imediatas e visíveis destes eventos é a destruição parcial ou total das habitações, deixando milhares de pessoas desalojadas e em situação de vulnerabilidade extrema. As situações de crise resultantes de fluxos migratórios, guerras e outros fatores, têm igualmente desencadeado situações de emergência e carência de soluções de alojamento. Nestas circunstâncias, o alojamento temporário assume-se como uma das respostas para garantir abrigo, proteção e dignidade, funcionando como elemento estruturante para a recuperação do quotidiano das populações afetadas. Apesar da sua importância, os alojamentos temporários têm revelado varias limitações. Muitas das soluções implementadas baseiam-se em estruturas estandardizadas e de produção em massa, concebidas com lógicas militarizadas. Este tipo de abordagem, embora eficiente na resposta imediata, ignora fatores culturais, sociais e ambientais, resultando em espaços desumanizados, pouco adaptáveis e frequentemente rejeitados pelas comunidades. Além disso a ausência de planeamento para o seu destino final contribuem para o desperdício de recursos e para impactos ambientais significativos. A presente dissertação analisa de forma crítica estes desafios, identificando os principais problemas associados às soluções de alojamento temporário habitualmente adotadas e ilustrando as suas consequências na vida das populações deslocadas. Paralelamente, explora alternativas que privilegiam a sustentabilidade, a eficiência de recursos e a integração cultural, apresentando estratégias que incluem a reutilização, a reconversão e a aplicação de princípios de economia circular. Estas abordagens permitem não apenas responder à emergência, mas também criar soluções mais duradouras, que podem ser integradas nos processos de reconstrução e desenvolvimento comunitário.
- Análise arquitetônica comparativa entre as obras de José Carlos Loureiro: a Casa J. Carlos Loureiro e a Casa-Atelier Júlio ResendePublication . Lima, Ágata Bujes de; Ferreira, João CastroEsta dissertação, intitulada "Análise Arquitetônica Comparativa Entre As Obras De José Carlos Loureiro: a Casa J. Carlos Loureiro e a Casa-Atelier Júlio Resende" desenvolve-se no âmbito do curso de Mestrado Integrado em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Fernando Pessoa e busca analisar os princípios de projeto em duas obras representativas do arquiteto José Carlos Loureiro: a Casa do Arquiteto (1949) e a Casa-Atelier Júlio Resende (1962), ambas localizadas no município de Gondomar, distrito do Porto, norte de Portugal. Embora tenham sido concebidas em um intervalo temporal relativamente próximo, com programas e contextos locais análogos, as obras adotam abordagens distintas: uma incorporando referências internacionais e cosmopolitas, e a outra, evidenciando características da arquitetura tradicional portuguesa. Nesse sentido, a pesquisa propõe, por meio de uma análise comparativa, examinar os fatores que levaram Loureiro a adotar tais estratégias projetuais em um contexto aparentemente homogêneo. A metodologia adotada inclui uma fundamentação teórica voltada para o contexto histórico da época, enquadrando as obras nesse panorama, além do redesenho das peças desenhadas originais, visitas aos edifícios e aplicação de conceitos teóricos de análise arquitetônica no processo de análise comparativa. O objetivo desta dissertação, portanto, é analisar as semelhanças e diferenças entre as obras, explorando simultaneamente a relação entre as escolhas de Loureiro e o contexto histórico e arquitetônico da época, a fim de compreender a dualidade presente em seus projetos e as diferentes influências que moldaram suas decisões.
- Aplicação da arquitetura bioclimática em habitações de interesse social: caso de estudo – condomínio fechado ARMONIA, Valledupar, ColômbiaPublication . Vargas Muegues, Juan Daniel; Silva, Hugo Machado daThis dissertation aims to explore the application of bioclimatic architecture in social housing. The aim is to understand the whole employment of this strategy, selected a project that has it in use, in order to analyze the methods and strategies that ensure the quality of life of the beneficiary families and reduce the environmental impact. This research aims not only to analyse the execution of architectural works, but also to contribute to social development and the improvement of the quality of life of communities benefited by social housing projects. For this purpose, it seeks to identify and apply methods and strategies that provide maximum comfort in terms of materials, design and meeting social needs, aiming at making housing accessible to all families. One of the central themes of this dissertation is the perception of the quality of materials and the design of dwellings. Many times, the idea of social housing is associated to low quality constructions or simple design. Socially, we have verified this reality all over the world, in projects that do not take into account sustainability and bioclimatic architecture. Throughout this thesis, two examples of social housing projects that do not apply these principles will be presented, and a third one that uses bioclimatic architecture as one of its fundamental pillars. The aim of this research is to break with the prejudice generated by society and to present solutions to improve social projects anywhere in the world by applying bioclimatic architecture, an interesting and necessary methodology for the present and future of civil construction. Through the analysis of a pioneer project in social housing that follows the principles of bioclimatic architecture, it is intended to understand how it is possible to apply and improve this sustainable methodology, thus contributing to the social development of communities around the world.
- A arquitectura do Estado Novo no Porto e o movimento modernoPublication . Gonçalves, David Manuel Domingues; Cerveira Pinto, ManuelA presente tese de mestrado tem como objecto de estudo o património edificado sob a vigência do Estado Novo na cidade do Porto. Estes equipamentos constituem uma presença marcante no universo da arquitectura do século passado. Da quantidade e qualidade do investimento feito e tutelado pelo Ministério das Obras Públicas e também de diversos projectos privados, resultou um conjunto de obras que justifica uma análise historiográfica, contextualizada no âmbito quer da campanha de obras públicas, promovida pelo regime, quer da arquitectura vulgarmente designada por “Português Suave”. Partindo de um retrato global da evolução da arquitectura portuguesa desde as primeiras influências da Arquitectura Moderna, passando por uma reflexão sobre a realidade social, sustenta-se este trabalho em quatro pontos. Primeiro, sintetiza-se o enquadramento histórico a nível nacional. Aborda-se a transformação social e económica desde o início do Séc. XX e o papel dos Arquitectos no decurso do Estado Novo. Em segundo, desenvolve-se a contextualização do Poder e as influências do regime político que usa a arquitectura como meio de propaganda, para enaltecer os valores da nacionalidade, muito à semelhança de outros regimes europeus da época. Apresentam-se caracterizações formais e tipológicas dessa expressão artística desenvolvida, bem como os seus principais autores. Em terceiro, aborda-se o impacto oposicionista do Movimento Moderno, com especial enfoque no Congresso de 1948, a partir do qual assistimos ao gradual declínio desta arquitectura de Estado. Por último, são analisadas as correntes estéticas predominantes e adoptadas na cidade do Porto, antes do aparecimento do Estado Novo, os motivos que ditaram a mudança e os significados que lhe foram associados. Apresenta-se o enquadramento possível da presença e influência da arquitectura do Estado Novo na cidade. Claramente com menos projecção do que na Capital, mas num contexto com algumas particularidades impostas quer pelos aspectos sociais e vivenciais da cidade, quer pela própria morfologia urbana, serem bastante distintas. A Arquitectura do Estado Novo no Porto e o Movimento Moderno Subjacente, estará sempre presente, tanto um conceito amplo e multifacetado de modernismo que teimou em predominar, como uma visão dinâmica e plural do regime chefiado por Salazar.
- A arquitetura na valorização de espaços vitivinícolas: projeto de enoturismo na Quinta de AgrelosPublication . Bouça, Sérgio Renato da Silva; Faria, Luís Pinto deEm Portugal, a vitivinicultura constitui-se como um setor de relevância económica, social e cultural inquestionável, afirmando-se como uma atividade em constante evolução, na qual a arquitetura contemporânea se pode afirmar como instrumento estratégico para a requalificação de infraestruturas produtivas, a salvaguarda e valorização da paisagem vitícola e a consolidação de práticas de enoturismo sustentável. Parte-se do pressuposto de que a disciplina da arquitetura não se limita a dar resposta a requisitos programáticos de carácter funcional e técnico inerentes à produção vitivinícola, podendo antes configurar-se como agente ativo na construção e afirmação da identidade territorial, na racionalização de recursos construtivos e energéticos e na promoção de experiências imersivas e qualificadas para os visitantes. A presente dissertação propõe-se investigar de forma crítica a inter-relação entre arquitetura, processos produtivos vitivinícolas e práticas de enoturismo, procurando aferir de que modo o espaço arquitetónico concebido pode influenciar a eficiência produtiva, a qualidade enológica, as condições de armazenamento e maturação, bem como a experiência do visitante em todas as fases do ciclo produtivo. Os resultados da investigação serão operacionalizados através do desenvolvimento de uma proposta de intervenção arquitetónica para uma unidade de vinificação de vinho verde, a localizar na Quinta de Agrelos, freguesia de Sande e S. Lourenço do Douro, concelho de Marco de Canaveses, dotada de programas complementares de enoturismo e hospitalidade. Esta proposta assume-se como caso de estudo aplicado, visando testar soluções projetuais que articulem a funcionalidade operacional, a integração morfológica e paisagística, a sustentabilidade ambiental e a qualificação da experiência enoturística, em alinhamento com os princípios de arquitetura bioclimática e os referenciais normativos da construção de baixo impacto. A reflexão crítica incide, ainda, sobre a dimensão da sustentabilidade, transversal a toda a investigação, atendendo aos desafios contemporâneos de mitigação dos impactos ecológicos da construção, da eficiência energética e da resiliência face às diretivas europeias para edifícios NZEB (Nearly Zero Energy Buildings). Em síntese, pretende-se contribuir para uma reflexão aprofundada sobre o papel da arquitetura na cadeia de valor vitivinícola e na dinamização do enoturismo, demonstrando de que forma o projeto arquitetónico, enquanto síntese entre forma, função e contexto, pode gerar valor económico, social, cultural e ambiental nos territórios de vocação vitivinícola.
- A arquitetura que não distorce a paisagem: integração da sustentabilidade ao projeto de arquiteturaPublication . Moutinho, Ana Rita Bastos Oliveira Trigo; Valente, LuísaA paisagem é um conceito que sempre existiu, mas que, ao longo do tempo, e com o desenvolvimento da Humanidade, se foi adaptando aos diferentes contextos. O desenvolvimento acelerado do mundo, à escala global, levou a que o conceito evoluísse e houvesse a necessidade de o representar a três dimensões, através de filme e fotografia. Atualmente, a paisagem natural define-se por um espaço físico constituída por elementos naturais. Tem em si uma grande importância, pois torna-se no local onde o Ser Humano se consegue instalar, viver e experienciar diferentes sensações. A arquitetura passa então a ser um elemento presente na paisagem com mais frequência, representando as ações executadas pelo Ser Humano. Consequentemente, é necessário que haja um equilíbrio entre a arquitetura e o meio natural, para que o impacto negativo seja diminuído e as características naturais do espaço se mantenham presentes. A arquitetura, inserida na paisagem natural, evidencia pontos positivos, como a proteção do meio natural, através de infraestruturas que possibilitam a visita ao local em segurança. Contudo, também pode significar pontos negativos, como a destruição excessiva de biodiversidade, quando o projeto não tem em consideração o que o rodeia. A sustentabilidade foca-se na proteção dos ecossistemas e criação de melhores condições para as gerações futuras. Este termo assume uma pluralidade de significados, podendo ser aplicado a nível económico, político, cultural ou social. Tem ainda um valor acrescido, uma vez que representa um equilíbrio essencial, destacando possíveis problemas associados ao Ser humano, quando este intervém num meio natural. No que se refere à metodologia, foi aplicada uma abordagem (qualitativa) de estudo de caso. Assim, foram selecionados e analisados oito projetos, nacionais e internacionais inseridos numa paisagem natural, aos quais foi aplicada uma matriz focada nos vários conceitos estudados. Todos estes são exemplo da arquitetura que não distorce a paisagem. Analisando o seu impacto visual na paisagem, respeito pelos recursos naturais e pelo impacto da solução construtiva dos projetos, concluímos que a integração entre a arquitetura e a natureza torna-se cada vez mais, um elemento fundamental na vida urbana, proporcionando um maior contacto com o meio ambiente e melhor qualidade de vida para aqueles que o habitam.
- Artur Andrade na Aboinha: tempo e transformaçõesPublication . Viana, Ana Beatriz Soares; Silva, IlídioEsta dissertação analisa os projetos de Artur Andrade para o lugar da Aboinha, em Gondomar, acompanhando as suas diferentes fases de transformação, a casa inicial de segunda habitação do arquiteto, em 1954, e a adaptação a Estalagem Santiago em 1967, mas também as suas alterações posteriores a partir de 1991. O estudo sobre o enquadramento biográfico do autor e o contexto do Movimento Moderno em Portugal, indispensáveis para situar o caso de estudo e interpretar coerentemente as opções projetuais do arquiteto, distinguindo-as das alterações subsequentes. A investigação centra-se na reconstituição rigorosa das fases de 1954 e 1967, conjugando processos de obra, desenhos, memórias descritivas, registos fotográficos e bibliografia especializada. O projeto inicial revela uma obra alinhada com os princípios funcionalistas, nomeadamente os cincos pontos para a arquitetura moderna definidos por Le Corbusier, sendo até possível fazer uma aproximação à Villa Savoye, assim como influências brasileiras, dado o seu carácter curvilíneo e as semelhanças próximas à Casa de Vidro de Lina Bo Bardi. A adaptação de 1967, motivada pelo novo programa turístico, introduz um corpo de maior escala e infraestruturas, marcando uma inflexão tardo-moderna na trajetória de Andrade, talvez com inspirações inglesas, ainda que indiretas. A remodelação de 1991, já não conduzida pelo arquiteto, acentua a descaracterização do conjunto, dificultando a leitura do projeto inicial e revelando as tensões entre conservação, mudança de uso e viabilidade funcional. Os resultados destacam a importância arquitetónica desta obra múltipla no panorama moderno português e a sua utilidade para compreender a evolução de Artur Andrade, da adesão entusiástica ao Movimento Moderno à abertura a linguagens tardo-modernas. Metodologicamente, o trabalho demonstra o valor da reconstituição gráfica crítica para colmatar lacunas documentais em obras muito transformadas, permitindo fixar uma interpretação fundamentada do objeto. Perante a iminência de novas alterações, esta dissertação fixa uma leitura que poderá apoiar estudos futuros sobre a obra de Artur Andrade e informar estratégias de preservação do património moderno, frequentemente sujeito a sucessivas adaptações.
- A casa em Portugal: análise do uso da habitação em tempos de pandemiaPublication . Costa, Pedro Cláudio Vaz da; Oliveira, AvelinoA pandemia COVID-19 impôs mudanças significativas na vida das pessoas, nomeadamente na maneira como as habitações foram utilizadas durante os períodos de confinamento, forçando-as a redefinir o papel do lar. Durante a pandemia, as medidas de isolamento social obrigaram as pessoas a permanecerem fechadas em casa, o que levou a uma reflexão sobre como a casa, originalmente concebida como um refúgio seguro, se transformou num espaço de confinamento, onde o convívio familiar se misturou com o trabalho, o estudo e a ausência de vida social. As restrições de movimento e o aumento significativo do tempo passado em casa impulsionaram uma reavaliação do espaço habitacional, com um foco acentuado na funcionalidade e no bem-estar dos residentes. No final, este trabalho forneceu uma visão de como os portugueses utilizaram as suas habitações durante a pandemia, destacando a importância das adaptações realizadas, as mudanças nos padrões de trabalho e estudo, bem como os desafios enfrentados. Os modelos tipológicos aplicados ofereceram uma abordagem sistemática para categorizar esses comportamentos, contribuindo para uma compreensão mais completa da experiência das pessoas durante esse período desafiador.
- As casas de Alcino Soutinho: estudo das habitações unifamiliares entre 1963 a 2003Publication . Moreira, Ana Rita; Faria, Luís Pinto deNa presente dissertação de mestrado analisa-se a obra de Alcino Soutinho. A ênfase é dada às habitações unifamiliares construídas e projetadas pelo arquiteto, ao longo da sua vida profissional - desde 1963 a 2003. O objetivo do trabalho é procurar compreender a evolução do pensamento do arquiteto enquadrando o seu percurso no contexto político, social, cultural e o próprio meio que o rodeava. Para tal, optou-se por elaborar uma análise da vida e obra de Alcino Soutinho, acrescentando para além dos parâmetros mais frequentes que têm sido analisados sobre o arquiteto, aspetos sobre o lado pessoal conciliado com a sua identidade como arquiteto. Desde a fase de estudante na Escola de Belas Artes do Porto, viajante, participante, professor, arquiteto, designer e artista - Soutinho foi tudo isto. Neste trabalho é trazido esse lado, o lado para além da academia e da profissão - o lado pessoal, porque Soutinho, é indissociável disso. De seguida será feita a análise individual às treze habitações unifamiliares construídas e projetadas por Alcino Soutinho - desde a sua primeira Habitação Unifamiliar em Matosinhos de 1963, à última, em Afife, de 2003. Essa análise é efetuada com recurso a fichas individuais e entrevistas a proprietários. No seguimento do trabalho, existirá um capítulo, dedicado à análise particular de três casos de estudo que procuram ilustrar a teoria apresentada: Alcino Soutinho como arquiteto e homem terá vivido distintos momentos e as influências da vida pessoal em conjunto com o meio, ambiente social, político e económico terão repercussões na sua arquitetura, conseguindo-se, deste modo, identificar três períodos da arquitetura de Alcino Soutinho a partir das habitações unifamiliares. A Habitação Unifamiliar em Matosinhos (1963), Habitação Unifamiliar em Ofir (1984) e Habitação Unifamiliar em Afife (2003) são as habitações que ilustram as três fases da arquitetura de Alcino Soutinho. Nas conclusões destaca-se o enorme envolvimento do arquiteto com a sua obra, e a relação entre a arte de projetar espaços com qualidade e em simultâneo o seu interesse pelos métodos construtivos assumido na sua forma de fazer e pensar arquitetura, em três períodos temáticos distintos, mas com indicadores comuns.
