FCS (MIMED) - Mestrado Integrado em Medicina Dentária
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Browsing FCS (MIMED) - Mestrado Integrado em Medicina Dentária by advisor "Azevedo, Joana Ferreira"
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- Amamentação no desenvolvimento da saúde oral infantil: estudo observacional transversalPublication . Dias, Cláudia Rodrigues; Silva, Cátia Carvalho; Azevedo, Joana FerreiraObjetivo: O principal objetivo deste trabalho de investigação consistiu em caracterizar o conhecimento das mães sobre a amamentação e a sua importância para a saúde oral do bebé. Paralelamente, pretendeu-se perceber a influência de algumas características sociodemográficas das mães no nível de conhecimentos apresentado sobre a temática em questão. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal mediante a aplicação de um questionário online composto por 36 perguntas, numa clínica de Medicina Dentária no norte do país. Foram incluídas mães com um ou mais filhos, excluindo as mães que estavam grávidas pela primeira vez. Recorreu-se ao software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), na versão 29.0, para realizar a análise estatística. Resultados: A amostra deste estudo foi constituída por 88 mães, maioritariamente na faixa etária de 30-49 anos (86,4%), a maioria tinha dois filhos (51,1%), sendo que os filhos encontravam-se principalmente na faixa etária de 1-12 anos (90,9%). A grande maioria das mães (90,9%) reconheceu a relação entre a amamentação e a saúde oral dos bebés e 96,6% das mães estavam cientes de que a amamentação está associada à redução da mortalidade e morbilidade infantil. Além disso, 85,2% das mães reconheceram que a amamentação ajuda no desenvolvimento cognitivo e 97,7% considerou o leite materno como a forma mais adequada de alimentação nos primeiros seis meses de vida. A maioria das participantes (73,9%) afirmou que os bebés realizam um maior esforço para obter leite pela amamentação em comparação ao uso de biberão e 61,4% indicou que o primeiro contacto com a amamentação deveria ocorrer nos primeiros 15 minutos após o nascimento. No que diz respeito à recomendação da OMS para a amamentação exclusiva, 88,6% das mães reportaram estar cientes, no entanto apenas 81,8% selecionou uma duração de seis meses, e 81,8% defendeu que a amamentação por mais de doze meses é benéfica. As perceções variaram conforme a idade das mães, a idade dos filhos e o número de filhos. Conclusão: Foi verificado, nesta investigação, que as mães demonstraram um bom conhecimento sobre os benefícios da amamentação, alinhado com as recomendações da OMS. No entanto, fatores como a idade das mães e dos filhos, além do número de filhos, influenciam as práticas de amamentação. Os resultados deste estudo sublinham a necessidade de reforçar a educação e o apoio às mães e às suas famílias sobre a amamentação e de implementar políticas públicas que incentivem essa prática, sendo que os odontopediatras desempenham um papel vital fornecendo orientação e suporte especializado desde os primeiros meses de vida das crianças, promovendo uma saúde oral adequada.
- Anquiloglossia: implicações anatómicas e funcionais na cavidade oralPublication . Silva, Daniela Freitas; Macho, Viviana; Azevedo, Joana FerreiraIntrodução: A anquiloglossia é uma condição anatómica e funcional caracterizada pela restrição dos movimentos da língua devido à presença de um freio lingual encurtado, que limita sua mobilidade e flexibilidade. Esse encurtamento pode resultar de fatores genéticos, condições sindrómicas ou como consequência de intervenções cirúrgicas prévias. O diagnóstico e tratamento da anquiloglossia, especialmente em pacientes pediátricos, são de relevância particular, pois esta condição exerce impactos significativos sobre o desenvolvimento craniofacial e orofacial. Objetivos: Esclarecer a influência da anquiloglossia nas funções orais essenciais, como amamentação, deglutição e mastigação, com o objetivo de investigar suas implicações na vida de pacientes pediátricos, principalmente no que diz respeito ao crescimento e desenvolvimento adequados da cavidade oral. Material e Métodos: A metodologia foi realizada através de uma pesquisa nas bases de dados PubMed e Scielo. Foram utilizadas as seguintes combinações dos termos de pesquisa com o marcador boleano “AND” e “OR”: “lingual frenulum”, “tongue frenulum”, “ankyloglossia”, “breastfeeding”, “pediatric dentistry”, “occlusion”, “tongue mobility”, “swallowing”, “baby” e “newborns”. De acordo com os resultados da pesquisa foram selecionados 61 artigos. Resultados: Estudos mostraram que um freio lingual curto é um fator que pode comprometer a eficácia da amamentação. Essas dificuldades não apenas afetam o vínculo materno-infantil, mas podem resultar em desmame precoce e na introdução de alimentação artificial, que pode ser prejudicial ao desenvolvimento craniofacial ideal. A influência da anquiloglossia sobre o desenvolvimento dos músculos e das funções mastigatórias também merece destaque. Entretanto, quando o aleitamento natural é substituído por alimentação artificial, o padrão de uso muscular é alterado, promovendo uma contração exacerbada dos músculos bucinador e orbicular da boca. Essa adaptação para o aleitamento artificial aumenta o risco de compressão maxilar e outras alterações estruturais que podem impactar negativamente o desenvolvimento facial. A anquiloglossia também modifica a mecânica da mastigação, que se torna anteriorizada e predominantemente unilateral. Essa adaptação pode conduzir a maloclusões dentárias, como mordida cruzada anterior e posterior e mordida aberta. Adicionalmente, a limitação da mobilidade lingual leva a adaptações respiratórias, como a respiração oral, que pode comprometer o desenvolvimento facial e causar alterações posturais e fonéticas a longo prazo. Conclusões: A anquiloglossia contribui para um desenvolvimento craniofacial desequilibrado, com consequências que se estendem para o crescimento das vias aéreas e até para o padrão respiratório, influenciando a postura e a função fonética. Evidências científicas demonstraram, portanto, que a anquiloglossia interfere nas funções fundamentais de amamentação, deglutição e mastigação, com consequências que não se restringem à função oral, mas que também afetam o desenvolvimento craniofacial integral.
- Ansiedade na consulta de odontopediatria nas clínicas pedagógicas de medicina dentária UFP: estudo observacional transversalPublication . Teixeira, Leonor Stanislau Moreira Martins; Silva, Cátia Carvalho; Manso, M. Conceição; Azevedo, Joana FerreiraObjetivo: Avaliar os níveis de ansiedade dentária e o comportamento das crianças atendidas nas Clínicas Pedagógicas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa, em diferentes momentos da consulta, analisando a influência de variáveis sociodemográficas, do horário da consulta, experiências negativas prévias, necessidade de administração de anestésico ou de utilização de isolamento absoluto e a tipologia do tratamento médico-dentário realizado. Compreender qual a perceção que os responsáveis legais têm relativamente à ansiedade dentária das crianças. Materiais e métodos: Estudo observacional transversal, com uma amostra de 57 crianças entre os 3 e os 16 anos, e respetivos responsáveis legais. Foram aplicadas as escalas CFSS-DS, Venham Picture Test (VPT) e Escala de Frankl. Os dados foram analisados com testes não paramétricos, com nível de significância de 0,05. Resultados: A maioria das crianças apresentou baixos níveis de ansiedade. Apenas a idade demonstrou associação significativa com níveis mais elevados de ansiedade dentária, sendo que crianças mais novas revelaram mais ansiedade. Não foram encontradas diferenças estatísticas relevantes em função do género, horário da consulta, anestesia, isolamento absoluto, tipo de tratamento ou experiências negativas prévias. O comportamento das crianças melhorou ligeiramente após a consulta. A maioria dos responsáveis não percecionou alterações comportamentais associadas à ansiedade. Conclusões: Os níveis de ansiedade nas crianças foram globalmente baixos. A idade revelou-se o único fator com influência estatística. A identificação precoce da ansiedade dentária permite a adoção de estratégias comportamentais personalizadas, contribuindo para uma melhor experiência na consulta odontopediátrica.
- Conhecimento materno sobre hábitos de sucção não nutritiva no CHTMAD: estudo observacional transversalPublication . Oliveira, Bárbara Alves; Silva, Cátia Carvalho; Abreu, Isabel; Azevedo, Joana FerreiraObjetivo: Analisar os conhecimentos e as atitudes das grávidas que já são mães e que são acompanhadas no serviço de ginecologia e obstetrícia do centro hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, relativamente aos hábitos de sucção não nutritiva, nomeadamente, investigar a influência de algumas características sociodemográficas como a idade, nível de escolaridade e número de filhos em relação ao conhecimento sobre estes hábitos. Adicionalmente, pretendeu-se avaliar se as grávidas, durante a gestação, receberam informações de profissionais de saúde sobre os hábitos de sucção não nutritiva. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal com uma amostra de conveniência, entre 3 de janeiro e 4 de março de 2024 no serviço de ginecologia e obstetrícia do centro hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Foram estipulados critérios de inclusão e de exclusão para a seleção das participantes. A avaliação do nível de conhecimentos sobre hábitos de sucção não nutritiva foi realizada mediante a aplicação de um questionário online, disponibilizado na sala de espera do serviço de ginecologia e obstetrícia do hospital, constituído por 26 questões sobre hábitos de sucção não nutritiva. Foi realizada uma análise de dados descritiva e inferencial utilizando o software IBM SPSS Statistics, Vs.29.0 e considerado um nível de significância de 0,05. Resultados: O estudo incluiu 455 gestantes. A maioria das participantes tinha entre 26 e 35 anos, com nível de escolaridade predominante entre o 10º e o 12º ano e a maior parte relatou ter apenas um filho. Foi verificado que a idade materna não estava associada de uma forma significativa a um maior nível de conhecimento das mães mais velhas relativamente aos HSNN. Relativamente ao nível de escolaridade, as mães com maior nível de escolaridade demonstraram um nível de conhecimentos mais adequado, em relação à importância da chupeta no desenvolvimento do reflexo de sucção em bebés prematuros, ao uso de reforço positivo no desmame dos vários hábitos de sucção e ao conhecimento sobre as características ideais de uma chupeta. Conclusões: Os resultados desta investigação indicam que, embora o conhecimento das mães sobre hábitos de sucção não nutritiva seja geralmente adequado, variáveis como idade, escolaridade e número de filhos não influenciam significativamente a perceção desses hábitos. Apesar das orientações de profissionais de saúde, a educação sobre hábitos de sucção não nutritiva deve ser ampliada. É essencial que a transmissão de informações sobre hábitos de sucção não nutritiva ocorra, sobretudo, nas consultas pré-natais, nomeadamente, na consulta de medicina dentária da grávida, ou noutras especialidades que realizem o acompanhamento materno, desde que a informação transmitida assente nas melhores práticas baseadas na evidência científica mais atual.
- Papel dos cuidadores no controlo comportamental da criança em consulta de odontopediatria: revisão narrativaPublication . Andrade, Joana Magalhães de Azevedo Moreira; Macho, Viviana; Azevedo, Joana FerreiraA ansiedade em Odontopediatria é uma sensação comum que pode afetar negativamente a experiência das crianças na consulta e, consequentemente, prejudicar os tratamentos dentários. A perceção das crianças relativamente às consultas no médico dentista é influenciada significativamente pelos pais ou cuidadores. De forma a garantir tratamentos eficazes e diminuir a ansiedade na consulta, é fundamental entender o papel dos pais ou cuidadores neste contexto. O objetivo deste trabalho foi responder à questão “Qual o papel dos cuidadores no controlo comportamental da criança em consulta de Odontopediatria?”. Foi realizada uma revisão da literatura para compreender a importância dos pais ou cuidadores e quais as estratégias de controlo de comportamento que estes podem ter/usar de forma a facilitar a visita da criança à consulta odontopediátrica. O comportamento, a atitude e a comunicação dos cuidadores são elementos fundamentais para moldar a experiência da criança. Deste modo, quando os pais demonstram confiança e tranquilidade, as crianças tendem a sentir-se mais seguras e menos ansiosas. Através desta revisão verificou-se que existem algumas estratégias que os pais ou cuidadores podem executar antes da consulta dentária tais como a leitura de livros ou até as mais recentes aplicações para smartphones. Além destas, também as técnicas de controlo comportamental no consultório são de extrema importância para que a criança se sinta menos ansiosa. O médico dentista tem um papel fundamental na educação dos pais ou cuidadores. Quando estes são informados sobre as práticas recomendadas em Odontopediatria, as consultas tendem a correr de uma forma mais favorável pois estes podem adotar estratégias que reduzam a ansiedade das suas crianças.
- Prematuridade, defeitos de desenvolvimento de esmalte e cárie dentária em pacientes pediátricos: estudo de investigaçãoPublication . Pinto, Maria Inês Lucas Ferreira dos Santos; Silva, Cátia Carvalho; Manso, M. Conceição; Azevedo, Joana FerreiraObjetivos: Investigar, através dos registos clínicos dos pacientes pediátricos das Clínicas Pedagógicas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa, a prevalência de defeitos de desenvolvimento de esmalte (DDE) e de cárie dentária, tendo em conta a idade gestacional (nascimento prematuro vs. termo). Analisaram-se também o impacto do baixo peso ao nascimento, tipo de parto e medicação durante a gravidez na ocorrência de DDE, bem como a relação entre fatores como amamentação, patologias otorrinolaringológicas, hábitos de higiene oral e presença de DDE com o desenvolvimento de cárie dentária. Métodos: Estudo observacional, transversal, baseado na análise de 191 registos clínicos. Utilizaram-se métodos estatísticos bivariados e multivariados para avaliação dos fatores de risco, com recurso ao IBM SPSS Statistics v.29.0. Resultados: A prevalência de DDE foi de 53,9%, com maior ocorrência nas crianças nascidas pré-termo (90,2% vs. 36,9%, p<0,001). A hipomineralização incisivo-molar foi o DDE mais frequente. O baixo peso ao nascimento (OR=4,380), parto pré-termo (OR=15,660) e tipo de parto com ventosa (OR=5,417) foram fatores de risco significativos para DDE. A presença de DDE aumentou significativamente o risco de cárie dentária (OR=3,760, p=0,002). Conclusão: A prematuridade revelou ser um fator de risco determinante para DDE e cárie dentária, destacando-se a importância de acompanhamento médico-dentário precoce e contínuo em crianças prematuras, com vista à prevenção e mitigação de complicações orais.