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- Conceitos e práticas para a cibersegurança como atividade do dia-a-diaPublication . Gouveia, Luis BorgesVivemos um tempo em que o mundo digital se interliga com o nosso mundo físico, o analógico. Num contexto em que as fronteiras entre estes dois mundos se fundem e em que a nossa atividade quer de trabalho ou de lazer, é cada vez mais uma fusão e um híbrido do físico e do digital. Neste contexto, tal como nos preocupamos com fechar portas e guardar e acautelar os nossos bens, temos que o fazer também no contexto digital. Mais ainda, proteger a informação que nos pode identificar ou que implique com as nossas atividades mais relevantes. No digital, em face das suas diferenças para o analógico, temos de entender conceitos e diferenças para as que habitualmente são as nossas práticas de segurança, de modo a estabelecer níveis mínimos de segurança também no mundo digital (cibersegurança). Deste modo é proposta a partilha de um conjunto de conceitos sobre o tema da cibersegurança e de boas práticas que importa assegurar de modo a mitigar os riscos existentes, face à crescente sofisticação de ameaças com que temos de lidar. E sim, a inteligência artificial também neste contexto tem um papel a desempenhar.
- Impacto da educação em saúde: promoção do autoexame e sensibilização para o cancro oral – estudo pilotoPublication . Lopes, Joana Guerner; Lopes, Otília; Bulhosa, José FriasA presente investigação tem como objetivo avaliar o impacto da educação face ao autoexame da cavidade oral, na promoção da literacia em saúde e na sensibilização da população infantojuvenil, em relação ao cancro oral. Este estudo piloto compara a aquisição e aplicação prática do conhecimento entre duas sessões de aprendizagem, abordando temas, como fatores de risco, sinais e sintomas de alerta, prevenção, importância do diagnóstico precoce, bem como de visitas regulares ao médico dentista. Foi realizado um estudo observacional longitudinal, a partir de duas Sessões de Aprendizagem, na Escola Básica Agra do Amial, para alunos de 2º e 3º ano, com a aplicação de um questionário, de modo a avaliar o conhecimento sobre o Cancro Oral e o Autoexame, antes e depois da intervenção educativa, garantindo a confidencialidade e anonimato dos participantes. No total, 41 artigos foram utilizados para fundamentação do estudo, cuja pesquisa bibliográfica foi efetuada na base de dados PubMed® e SciELO®. A análise estatística foi, posteriormente, realizada, de acordo com o software SPSS, na versão 29.0. Foi incluída uma amostra de 38 participantes, com idades compreendidas entre 7 e 10 anos, distribuídos quase equitativamente entre os géneros. A análise dos questionários, aplicados antes e depois da palestra educativa, revelou uma melhoria significativa no conhecimento e nas práticas preventivas dos participantes. Após as intervenções, todos os alunos reconheceram a importância das visitas semestrais ao médico dentista (100%), sendo que 84,2% passaram a dirigir-se ao dentista e 86,8% consideraram que se deve ir para realização de check-ups e não só em caso de dor ou desconforto num dente; 76,3% compreenderam que, desde que detetado precocemente, o cancro pode ter cura. Além disso, verificou-se um aumento na consciencialização sobre a possibilidade do seu surgimento na cavidade oral (94,7%), bem como da sua prevenção, para 84,2%, reconhecendo uma combinação de medidas para o efeito (39,5%); 23,7% dos alunos identificaram, corretamente, um conjunto de sinais e sintomas da doença. Neste seguimento, 76,3% afirmaram conhecer o autoexame e compreender a necessidade de o realizar regularmente, passando a ser uma rotina mensal para 54,5%, ainda que 76,3% dos alunos tenha considerado, corretamente, uma prática trimestral, suficiente; 31,6% provaram, também, uma boa aquisição de competências, mencionando que o autoexame deve incluir a inspeção de todas as estruturas anatómicas da cabeça e pescoço.
- Risco de cancro da cabeça e pescoço associado a manifestações orais da doença de Crohn: revisão sistemáticaPublication . Santejo, Lisa Vieira; Costa, Céu; Castro, Ana RitaA doença de Crohn é descrita como uma doença inflamatória intestinal que afeta o trato gastrointestinal. As manifestações orais são frequentemente os primeiros sintomas desta patologia, que incluem úlceras aftosas, vermelhidão, edema e dor e surgem, principalmente, na mucosa, lábios e língua. Estas alterações podem evoluir para lesões que estão frequentemente associadas ao cancro de cabeça e pescoço. O objetivo desta revisão sistemática é analisar se existe um risco aumentado do cancro de cabeça e pescoço associado às manifestações orais da doença de Crohn. A identificação e seleção dos artigos foram realizadas com base em critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. Foram incluídos artigos publicados entre 2000 e março de 2024, escritos em inglês, francês ou português que relatam estudos em humanos e que respondam à questão PICO. Excluíram-se artigos que relatem estudos em animais ou in vitro, artigos escritos em outros idiomas e os que não estavam relacionados com o tema principal. As bases de dados utilizadas foram a PubMed, a Web of Science e a Biblioteca Virtual em Saúde. Assim, foram incluídos sete artigos que preenchiam os critérios definidos sendo três estudos de Coorte, dois estudos de casos controlo e dois relatos de caso. Pela análise dos artigos, os doentes com doença de Crohn e manifestações orais parecem apresentar um risco mais elevado de desenvolver cancro da cabeça e do pescoço. Contudo, não existem trabalhos publicados suficientes que demonstrem claramente esta relação. Os trabalhos estudados referem que esta relação está principalmente associada ao grau de inflamação crónica, aos tratamentos imunossupressores e às manifestações orais. Em especial, os sintomas orais são sinais de alerta importantes e necessitam de uma atenção clínica específica para evitar a sua progressão para tumores malignos.
- Prematuridade, defeitos de desenvolvimento de esmalte e cárie dentária em pacientes pediátricos: estudo de investigaçãoPublication . Pinto, Maria Inês Lucas Ferreira dos Santos; Silva, Cátia Carvalho; Manso, M. Conceição; Azevedo, Joana FerreiraObjetivos: Investigar, através dos registos clínicos dos pacientes pediátricos das Clínicas Pedagógicas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa, a prevalência de defeitos de desenvolvimento de esmalte (DDE) e de cárie dentária, tendo em conta a idade gestacional (nascimento prematuro vs. termo). Analisaram-se também o impacto do baixo peso ao nascimento, tipo de parto e medicação durante a gravidez na ocorrência de DDE, bem como a relação entre fatores como amamentação, patologias otorrinolaringológicas, hábitos de higiene oral e presença de DDE com o desenvolvimento de cárie dentária. Métodos: Estudo observacional, transversal, baseado na análise de 191 registos clínicos. Utilizaram-se métodos estatísticos bivariados e multivariados para avaliação dos fatores de risco, com recurso ao IBM SPSS Statistics v.29.0. Resultados: A prevalência de DDE foi de 53,9%, com maior ocorrência nas crianças nascidas pré-termo (90,2% vs. 36,9%, p<0,001). A hipomineralização incisivo-molar foi o DDE mais frequente. O baixo peso ao nascimento (OR=4,380), parto pré-termo (OR=15,660) e tipo de parto com ventosa (OR=5,417) foram fatores de risco significativos para DDE. A presença de DDE aumentou significativamente o risco de cárie dentária (OR=3,760, p=0,002). Conclusão: A prematuridade revelou ser um fator de risco determinante para DDE e cárie dentária, destacando-se a importância de acompanhamento médico-dentário precoce e contínuo em crianças prematuras, com vista à prevenção e mitigação de complicações orais.