FCHS (DCPC) - Psicologia
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- Agressividade escolar e exposição à violência domésticaPublication . Nunes, Carla Alexandra Vilaça da Silva Margarido; Costa, AnaDeparamo-nos com várias situações que pela sua perseverança e pelos níveis de violência física e psicológica, constituem factores de risco que ameaçam gravemente o desenvolvimento psicológico e o bem-estar das crianças. O objectivo deste estudo será o de examinar a relação entre a agressividade existente nas escolas e a exposição à violência quer física quer emocional, no meio familiar. Para o efeito será realizado o presente estudo, no qual serão administrados dois questionários, um para avaliar a agressividade demonstrada pela criança em meio escolar e outro para verificar a existência ou ausência de um ambiente familiar violento. A amostra deste estudo compreende 117 alunos do 4º ano de escolaridade, tendo sido avaliadas a sua agressividade escolar através da Escala de Disrupção Escolar Professada pelo Aluno EDEP (Veiga, 1996), e a existência ou não de um ambiente familiar violento através da escala de Sinalização do Ambiente Natural Infantil (S.A.N.I.) (Sani, 2003). Os resultados foram posteriormente analisados no package estatístico SPSS, 11.01. O s resultados da Escala de Disrupção Escolar Professada pelo Aluno EDEP permitiram a divisão da nossa amostra em dois grupos, sendo o grupo I composto por 70 alunos considerados disciplinados e o grupo II composto por 47 alunos considerados indisciplinados. No grupo dos alunos indisciplinados verificamos haver uma maior frequência de sujeitos do sexo masculino. A análise da presença ou ausência de violência doméstica nos dois grupos foi efectuada comparando-se as médias de ambos nos resultados obtidos na escala de Sinalização do Ambiente Natural Infantil (S.A.N.I.). Os resultados dos estudos diferenciais apresentam diferenças estatisticamente significativas entre o grupo I e o grupo II, confirmando-se que o grupo dos alunos indisciplinados (grupo II), evidenciou experienciar mais situações de violência. Pretende-se com o presente estudo contribuir para o desenvolvimento de estratégias de prevenção nas escolas relativamente à violência e vitimação tentando desta forma romper com o “ciclo de violência” que se estende desde o meio familiar até à escola.
- Análise biográfica de indivíduos com história de abuso de substânciasPublication . Nunes, Laura M.; Alves, SóniaO estudo exploratório e descritivo centra-se na análise de biogramas recolhidos junto de uma amostra de dez indivíduos com história de abuso de substâncias. A informação recolhida foi sujeita ao método de análise de conteúdo, na busca de uma melhor compreensão do fenómeno. As conclusões apontam para a existência de um padrão comum ao percurso de vida dos participantes. Em todos os sujeitos foi evidente a existência de défice na vinculação primária, com um tipo relacional despido de afectos, que se prolonga pela vida adulta. 90% dos indivíduos refere apresentar uma auto-percepção de ineficácia face aos estudos e manteve ou aumentou os consumos de outras substâncias após a terapia com metadona. Todos os participantes evidenciaram um funcionamento psicológico e um discurso, pobres, planos de afectos, despidos de projectos e de imaginário. 70% da amostra iniciou-se nas drogas na adolescência e por motivos hedonistas. 40% dos indivíduos sofreram pelo menos uma detenção e todos já participaram em acções de delito. Há também uma forma de pensamento adictivo com um processo de personificação e identificação com as drogas.
- Análise de um processo de avaliação de desempenho: o caso da Sumolis (Viseu)Publication . Guerreiro, Susana Rodrigues Oliveira Lima; Santos, Nelson LimaA análise do trabalho e a avaliação de funções constituem a primeira fase do desenvolvimento de um processo de avaliação de desempenho. Este processo sistemático, através do qual as organizações avaliam a performance dos colaboradores, relativamente ao cargo que ocupam, permite também avaliar, de forma implícita, o funcionamento global da organização. Decidir o que avaliar - traços de personalidade, comportamentos ou resultados -, e como avaliar, com base num determinado método ou técnica, é decidido em função dos objectivos da avaliação. Este estudo tem como objectivo a análise de um processo de Avaliação de Desempenho (A.D.) numa empresa do centro do país, no que respeita à concepção do instrumento de avaliação, sua divulgação, formação dos avaliadores e comunicação dos resultados aos avaliados, bem como o estudo das opiniões dos colaboradores face à avaliação a que estão sujeitos. A amostra é constituída por 66 colaboradores, com sexo, idade, habilitações, antiguidade na empresa e nível de funções diversificados. A opinião dos colaboradores face à A.D. a que estão sujeitos constitui a variável dependente do estudo e as variáveis independentes são o sexo, a idade e as habilitações (variáveis de tipo individual) e ainda a antiguidade e o nível da função (variáveis de tipo organizacional). Os instrumentos utilizados englobam uma entrevista semi-directiva ao sub-director e uma entrevista directiva aos colaboradores, ambas pensadas e concebidas para a realização deste estudo. Os resultados obtidos permitem concluir que na empresa analisada a avaliação é vista meramente como um procedimento administrativo e unilateral, sem qualquer envolvimento e participação dos colaboradores, o que acaba por explicar a opinião negativa que os colaboradores têm relativamente à avaliação a que estão sujeitos.
- A ansiedade e o medo da morte nos profissionais de saúdePublication . Campelos, Isabel Cristina de Sousa Ferreira; Martins, José SoaresA morte faz parte da nossa vida, é universal e experienciada diferentemente por cada um de nós, podendo acarretar consequências psicológicas e sociais, nomeadamente ansiedade e medo da morte. Assim sendo, o estudo desta temática junto dos profissionais de saúde parece fazer sentido já que alguns estão diariamente expostos a situações de falecimentos e também porque se prevê a morte venha a ser um processo mais longo e com tendência crescente para acontecer nos hospitais. Há a ideia geral que os profissionais de saúde lidam negativamente com a morte e são, muitas vezes, os seus próprios medos acerca da morte que impedem estes profissionais de se relacionarem com doentes em fases terminais. Este estudo tem como objectivos perceber se enfermeiros(as) que mais frequente e directamente convivem com a morte sentem mais ansiedade e medo face à mesma e quais as variáveis sócio-demográficas e as perspectivas da morte que lhe poderão estar associadas. A amostra foi constituída por 79 sujeitos (31 do Instituto Português de Oncologia e 48 de outras instituições). Os instrumentos utilizados foram o Death Anxiety Questionnaire (DAQ) e as Escalas Breves sobre Diversas Perspectivas da Morte. Os resultados obtidos evidenciam que apesar de não existir diferenças significativas nos níveis de ansiedade de morte nos dois grupos, são os profissionais do sexo feminino que apresentam níveis mais altos de ansiedade. Relativamente às perspectivas da morte conclui-se que há diferenças significativas entre os vários grupos e que estas se correlacionam positivamente com a ansiedade face à morte, levando-nos a crer que os profissionais do IPO percepcionam mais a morte como sofrimento e solidão e como fracasso.
- Ansiedade na gravidez: estudo exploratório de possíveis determinantes da ansiedade em grávidas primíparas e multíparasPublication . Costa, Célia Cristina de Oliveira; Rolim, LuísaA gravidez e a maternidade ocuparam, desde sempre, um lugar central em todas as épocas e em quase todas as culturas, sendo a gravidez encarada, do ponto de vista biológico, como o estado normal de uma mulher fértil, representando para qualquer mulher um momento de transformações físicas e psicológicas. No presente trabalho pretende-se estudar a ansiedade na gravidez e algumas variáveis que poderão influenciar a ansiedade em primíparas e multíparas: os medos em relação ao "self", o desejo de gravidez, a dependência em relação a terceiros, os medos em relação ao bebé, os sentimentos maternais e a irritabilidade. Num primeiro momento, são abordados os aspectos teóricos (os aspectos fisiológicos e psicológicos da gravidez e, em particular, a ansiedade na gravidez). Num segundo momento são abordados os aspectos relativos ao estudo empírico. O estudo foi realizado com uma amostra de 60 mulheres grávidas (30 primíparas e 30 multíparas), provenientes do Hospital Distrital da Figueira da Foz, do Centro de Saúde da Figueira da Foz/Buarcos e da Maternidade Bissaya Barreto (Coimbra), nas quais se procurou analisar a influência da ansiedade-traço, dos medos em relação ao "self", do desejo de gravidez, da dependência em relação a terceiros, dos medos em relação ao bebé, dos sentimentos maternais e da irritabilidade na ansiedade-estado das mesmas. Para além disso, tentou-se também verificar se existiam diferenças significativas entre primíparas e multíparas em relação às variáveis já referenciadas. Os principais resultados obtidos apontam para a não existência de diferenças significativas entre primíparas e multíparas, para a influência da ansiedade-traço na ansiedade-estado das multíparas, não se verificando contudo essa influência no grupo das primíparas, e para a influência da irritabilidade sobre a ansiedade-eatdo de ambos os grupos. Quando consideradas as grávidas, no seu conjunto, observamos que quer a irritabilidade, quer os sentimentos maternais influenciam a ansiedade-estado experienciada.
- Ansiedade, depressão, stress e tabagismo: estudo comparativo em indivíduos fumadores e indivíduos não fumadoresPublication . Fernandes, Maria Manuela Pereira; Silva, IsabelO objectivo geral deste estudo é analisar se existem diferenças estatisticamente significativas entre os indivíduos fumadores e indivíduos não fumadores quanto aos níveis de ansiedade, depressão e stress. Pretende-se, ainda, avaliar se existe uma relação entre a dependência tabágica, ansiedade, depressão e stress em indivíduos fumadores, bem como analisar se os hábitos tabágicos (consumo tabágico associado à estimulação e à ansiedade) estão relacionados com estas três últimas variáveis psicológicas. Foi avaliada uma amostra do tipo não probabilística de conveniência de 120 indivíduos (N=120), sendo 60 sujeitos fumadores, e 60 sujeitos não fumadores, entre os 17 e os 74 anos (M=34,39; DP=12,641). A análise quantitativa dos dados sugere que não existem diferenças estatisticamente significativas nos valores médios dos dois grupos estudados relativamente aos níveis de ansiedade, depressão, stress e o valor total da escala. Verificou-se a existência de uma correlação significativa moderada entre o total da dependência, ansiedade e stress p<0,0001, quanto à depressão p<0,05, e valor total das Escalas de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21) p<0,0001. Constatou-se a existência de correlação significativa p<0,0001 entre a dependência e os hábitos de consumo tabágicos. Verificou-se a existência de correlações estatísticas significativas entre os valores totais dos hábitos tabágicos e a ansiedade, depressão, stress e o total da EADS-21 p<0,0001. Observou-se, uma correlação significativa moderada entre os hábitos tabágicos relativamente à Estimulação e ansiedade, depressão, stress, e os valores totais da EADS-21 p<0,0001. Finalmente, verificaram-se correlações significativas moderadas entre os valores de Ansiedade dos hábitos tabágicos, relativamente aos valores de ansiedade, depressão, stress, e os valores totais da EADS-21 p<0,0001. Os resultados do presente estudo sugerem a importância das variáveis estudadas, na intervenção psicológica da cessação tabágica.
- Apego à família, grupo de pares e condutas anti-sociais na adolescência: um estudo exploratório realizado na Escola Secundária António Nobre em Vila Nova de GaiaPublication . Curto, Paulo Jorge de Jesus; Martins, José SoaresApoiado nas teorias dos processos de socialização, o presente trabalho estuda a influência dos contextos de socialização, família e pares, na génese das condutas anti-sociais dos adolescentes.( Usando uma amostra de 100 indivíduos. Verificou-se que os pressupostos da Teoria do Controlo Social de Hirschi e da Teoria da Associação Diferencial de Sutherland foram, no essencial, comprovados pelos resultados deste estudo. No entanto, as correlações observadas indicam que, de facto, o grupo de pares é a principal fonte de influência no comportamento (delinquente) dos jovens. Enquanto, o apego à família revela fracas correlações com as condutas anti-sociais dos jovens observados. Mesmo assim, apesar dos resultados obtidos apontarem o grupo de pares (associação a pares desviados) como o preditor mais poderoso da delinquência individual, os mesmos resultados sugerem que o apego à família pode ser um factor importante na sua determinação.
- Autismo, uma abordagem da perspectiva actual: um estudo de casoPublication . Dinis, Sérgio José Marques; Fonseca, A. Fernandes daO autismo é uma perturbação do desenvolvimento que tem vindo, desde Kanner, a ser alvo de inúmeras investigações, quer pela sua amplitude e complexidade, quer pelo impacto que causa, no indivíduo que o possui e nas pessoas com ela relacionadas. É uma perturbação que se caracteriza essencialmente por défices na comunicação/linguagem e interacção social e comportamentos, actividades e interesses restritivos (APA, 2002). Tendo em conta os principais alvos da investigação de perturbações, isto é, a definição, diagnóstico, etiologia e tratamento, os objectivos do presente trabalho pretendem alcançar, primeiro uma visão actual da perturbação, através de uma revisão teórica exaustiva, dessas quatro temáticas, segundo, o estudo de um caso único, de uma criança com indícios da perturbação, colocando em paralelo o teórico e o prático. Este tipo de estudos singulares pertence à metodologia qualitativa e requer o uso de instrumentos de recolha de informação, como a entrevista e observação. Foram igualmente utilizados como instrumentos três escalas, tendo em conta as capacidades da criança: Escala de Comportamento Adaptativo-Escola (ECA-E:2); Childhood Autism Rating Scale; Conners´ Rating Scales-Revised; e o Inventário de Controle da Atenção.
- Auto-conceito de crianças expostas à violência interparentalPublication . Martins, Daniela Delfina Rato; Sani, Ana IsabelO auto-conceito refere-se, genericamente, à imagem que cada um tem de si próprio. Trata-se de uma construção realizada individualmente com base na forma como os outros observam o indivíduo, como ele se vê a si próprio em situações específicas e a avaliação que realiza do seu comportamento com base em valores do seu grupo normativo de referência. Partindo do pressuposto que o auto-conceito é uma construção igualmente influenciada pelos valores que são partilhados pelo grupo de referência do indivíduo, surge o presente estudo que procurou analisar a existência de correlações entre o auto-conceito de 35 crianças e jovens que estão na Protecção de Menores de Santarém e Leiria, testemunhas de violência (conflito) interparental. Os dados foram recolhidos através da escala Children’s Perception of Interparental Conflit (CPIC) adaptada para a população portuguesa por Sani (2003) e a escala Piers-Harris Children´s Self- Concept Scale (PHCSCS), adaptada para a população portuguesa por Veiga (1989). Os principais resultados correlacionais mostram a existência de diferenças estatisticamente significativas entre o auto-conceito e a percepção da violência interparental, sabendo que a dimensão Culpa foi aquela que, na análise de regressão linear simples, se apresentou mais explicativa (23%) da variância dos resultados. Foram igualmente encontradas, ao nível das análises diferenciais através dos testes t de Student e Anova One Way, diferenças estatisticamente significativas na percepção da violência interparental quando se tem em linha de conta o sexo dos inquiridos, a idade, o ano escolar e o seu nível sócio-económico. Os principais resultados permitiram reflectir sobre a relação entre o auto-conceito e as percepções que estas crianças vitimizadas possuem das violências interparentais de que são testemunhas silenciosas.
- A auto-estima em adultos frequentadores e não frequentadores de um curso de alfabetizaçãoPublication . Delgado, Vera Lúcia Moura; Costa, AnaO objectivo geral deste estudo é o de analisar a auto-estima em adultos que frequentam o curso de alfabetização e de adultos analfabetos e relacioná-la com as variáveis idade, género, escolarização e tempo de frequência no curso. A nossa amostra é constituída por 100 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 81 anos. A amostra divide-se em dois grupos, 50 indivíduos que frequentam o curso de alfabetização e 50 indivíduos analfabetos. Recolhemos dados através de um questionário sócio-demográfico (idade, género, profissão e escolaridade) e da escala de auto-estima de Rosenberg (RSES), a ambos os grupos, com o intuito de verificar a existência de diferenças estatisticamente significativas na auto-estima quando relacionada com as variáveis idade, género, escolarização e tempo de frequência no curso. Os resultados do nosso estudo indicam que existem diferenças estatisticamente significativas ao nível da auto-estima, quando relacionada com a variável alfabetização (p=0,038), sendo que o grupo de frequentadores do curso de alfabetização apresenta uma auto-estima mais elevada do que o grupo de analfabetos. Relativamente à variável tempo de frequência, também encontrámos diferenças estatisticamente significativas (p=0,047), ou seja, os indivíduos que frequentam o curso de alfabetização há mais tempo apresentam uma auto-estima mais elevada do que os indivíduos que o iniciaram. Com o presente estudo não encontrámos diferenças na auto-estima quando esta se relaciona com as variáveis género (p=0,190 para os homens e p= 0,135 para as mulheres) e idade (p=0,099).