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Abstract(s)
O auto-conceito refere-se, genericamente, à imagem que cada um tem de si próprio. Trata-se de uma construção realizada individualmente com base na forma como os outros observam o indivíduo, como ele se vê a si próprio em situações específicas e a avaliação que realiza do seu comportamento com base em valores do seu grupo normativo de referência. Partindo do pressuposto que o auto-conceito é uma construção igualmente influenciada pelos valores que são partilhados pelo grupo de referência do indivíduo, surge o presente estudo que procurou analisar a existência de correlações entre o auto-conceito de 35 crianças e jovens que estão na Protecção de Menores de Santarém e Leiria, testemunhas de violência (conflito) interparental. Os dados foram recolhidos através da escala Children’s Perception of Interparental Conflit (CPIC) adaptada para a população portuguesa por Sani (2003) e a escala Piers-Harris Children´s Self- Concept Scale (PHCSCS), adaptada para a população portuguesa por Veiga (1989). Os principais resultados correlacionais mostram a existência de diferenças estatisticamente significativas entre o auto-conceito e a percepção da violência interparental, sabendo que a dimensão Culpa foi aquela que, na análise de regressão linear simples, se apresentou mais explicativa (23%) da variância dos resultados. Foram igualmente encontradas, ao nível das análises diferenciais através dos testes t de Student e Anova One Way, diferenças estatisticamente significativas na percepção da violência interparental quando se tem em linha de conta o sexo dos inquiridos, a idade, o ano escolar e o seu nível sócio-económico. Os principais resultados permitiram reflectir sobre a relação entre o auto-conceito e as percepções que estas crianças vitimizadas possuem das violências interparentais de que são testemunhas silenciosas.
Description
Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos Requisitos para obtenção do grau de Licenciada em Psicologia, especialização em Psicologia Clínica