Departamento de Ciência Política e do Comportamento
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Departamento de Ciência Política e do Comportamento by advisor "Alves, Sónia"
Now showing 1 - 10 of 42
Results Per Page
Sort Options
- Adesão terapêutica e qualidade de vida: estudo exploratório em indivíduos com doença obstrutiva crónica e tuberculose pulmonarPublication . Roque, Ana Catarina dos Anjos; Alves, SóniaA Adesão possui um papel fundamental no controlo dos sintomas e evolução da doença. Todavia, a não adesão aos regimes terapêuticos é uma realidade ainda comum, podendo comprometer o tratamento, mas sobretudo, a vida dos doentes. Concomitantemente, é associado ao incumprimento terapêutico determinadas crenças e do indivíduo, quer em relação ao tratamento quer em relação à sua doença, podendo estas influenciar, de forma directa ou indirecta, no processo de Adesão, causando um impacto significativo na Qualidade de Vida (QDV) do doente. Assim, tendo em conta a possível associação entre estas variáveis, procuraremos avaliar o papel da Adesão Terapêutica na QDV nos indivíduos com DPOC e TB. O presente estudo, contempla uma amostra de conveniência de 35 sujeitos em regime de internamento, com DPOC (N=18) e TB (N=17). A amostra tem idades compreendidas entre os 25 e os 84 anos, sendo a sua média de 54 anos (M= 53,63; DP=15,090). Foi verificado que existe uma correlação inversamente significativa entre as Crenças específicas e a QDV Geral (r=-0,550; p=0,001). Relativamente à Adesão, esta encontra-se positiva e significativamente relacionada com os Domínios Psicológico, Relações Sociais e Ambiente da QDV. Deste modo, constatou-se neste estudo que a variável que melhor prediz a QDV são as Crenças específicas (R2=0,302; p=0,001). The Adherence has a key role in the control of the symptoms and in the progression of the disease. However, the non-adherence to the therapeutic regimes is still a reality and it may jeopardize the treatment, but especially the patients’ lives. At the same time, some individual beliefs are associated to the therapeutic failure, either regarding the treatment or the disease itself. These beliefs may influence, directly or indirectly, the process oh Adherence, causing a significant impact in the Quality of Life (QOL) of the patient. Therefore, taking into account the possible association between these variables, we will try to evaluate the role of the Therapeutic Adherence in the QOL of individuals with COPD and TB. This study contemplates a sample of convenience of 35 inpatients, with COPD (N=18) and TB (N=17). The sample is aged between 25 and 84 years old, being 54 years old its media (M= 53,63; DP=15,090). It was recognized that there is an inversely significant correlation between specific Beliefs and General QOL ( r=-0,550; p=0,001). Regarding the Adherence, this is positively and significantly related to the Psychological, Social Relations and Surroundings Domains of the QOL. Thus, it was found that the variables that best predict the QOL are the Specific Beliefs (R2=0,302; p=0,001).
- O adoecer na polineuropatia amiloidótica familiar: acontecimentos de vida, vulnerabilidade ao stress e factores psicopatológicosPublication . Cunha, Zélia Tatiana Silva; Alves, SóniaA polineurapatia amiloidótica familiar (PAF) mais conhecida por doença dos pezinhos apresenta um conjunto de repercussões físicas e psicológicas. O objectivo do presente trabalho é analisar a percepção de stress, a vulnerabilidade ao stress e a sintomatologia psicopatológica nos portadores assintomáticos e nos doentes com PAF. A amostra é constituída por 89 indivíduos com idades compreendidas entre os 19 e os 62 anos, divididos em portadores assintomáticos (n=53, 59,6%) e doentes (n=36, 40,4%). Os dados foram recolhidos individualmente na Unidade Clínica de Paramiloidose no Hospital de Santo António, tendo-se utilizado para o efeito um Questionário Sócio- Demográfico e Clínico, Life Experiencies Survey (LES) (Silva, Ribeiro, Cardoso & Ramos, 2003), a Escala de 23 Questões para Avaliar a Vulnerabilidade ao Stress (23 QVS) (Serra, 2000) e o Brief Symptom Inventory (BSI) (Canavarro, 1995). Não foram verificadas diferenças significativas entre o grupo de doentes e portadores assintomáticos ao nível da vulnerabilidade ao stress (t=-1,226; p=0,224). Em termos de sintomatologia psicopatológica, apenas os níveis de depressão (t=-2,215; p=0,023), ansiedade (t=-2,255; p=0,027), somatização (t=-2,403; p=0,018), índice geral de sintomas (t=-2,061; p=0,040) e total de sintomas positivos (t=-2,557; p=0,012) variam significativamente entre os dois grupos, sendo sempre superiores na amostra de doentes. Ao nível da percepção de stress, os resultados revelaram-se significativos apenas para o distress (t= -2,102; p=0,038) entre os grupos. Foram também discutidos os resultados obtidos, analisando-se as limitações apresentadas pelo estudo, as implicações do estudo para a prática, apresentando-se também sugestões para futuros estudos. The familial amyloidotic polyneuropathy (FAP) better known diseases of the feet has a set of physical and psychological repercussions. The purpose of this study is to analyze the perception of stress, vulnerability to stress and psychological symptoms in asymptomatic carriers and patients with FAP. The sample consists of 89 individuals aged between 19 and 62 years were divided into asymptomatic (n=53, 59,6%) and patients (n=36, 40,4%). Data were collected individually in Amyloidosis Clinical Unit at the Hospital de Santo António, having been used for this purpose a questionnaire Socio-Demographic and Clinical, Life Experience Survey (LES) (Silva, Ribeiro, Cardoso & Ramos, 2003), Scale 23 Questions about Vulnerability to Stress (23 QVS) (Serra, 2000) and the Brief Symptom Inventory (BSI) (Canavarro, 1995). No significant differences were found between the group of asymptomatic patients and the level of vulnerability to stress (t=-1,226, p=0,224). In terms of psychological symptoms, only the levels of depression (t=-2.215, p=0,023), anxiety (t=-2,255, p=0,027), somatization (t =-2,403, p=0,018), index of symptoms (t =- 2,061, p=0,040) and total positive symptoms (t=-2,557, p=0,012) varied significantly between the two groups, being always higher in the patient sample. At the level of perceived stress, the results show is only significant for distress (t =-2,102, p=0,038) between groups. We also discussed the results obtained by analyzing the limitations presented by the study, the study's implications for practice, also presenting suggestions for future studies.
- Agressividade e representações sobre a violência em jovens institucionalizadosPublication . Silva, Paula Alexandra L.; Alves, SóniaEste estudo pretende descrever e compreender os níveis de agressividade exteriorizados por 31 jovens em risco, entre os 12 e os 18 anos de idade (média=14,45 e dp=1,65), que se encontram com uma medida legal de acolhimento em instituição, nomeadamente no Porto. Procurou-se, ainda, saber se existe alguma relação ou interferência entre os comportamentos agressivos e as crenças elaboradas por estes jovens sobre a violência. Para a avaliação das variáveis dependentes (a agressividade e as crenças sobre a violência) foram administrados os respectivos instrumentos: Aggression Questionnaire (A.Q.) de Buss e Perry (1992), adaptado para a população portuguesa por Rego (2005), e a Escala de Crenças da Criança sobre a Violência (E.C.C.V.) de Sani (2003). No que diz respeito à agressividade, os resultados convergem com a literatura pesquisada, uma vez que se verificaram valores elevados de agressividade nos jovens participantes. Contudo, a nível das crianças sobre a violência não se obtiveram resultados que indicassem crenças significativamente disfuncionais relativamente ao conceito da violência. Estes dados corroboram a literatura e salientam o papel individual das crianças com seres pensantes e com opiniões vincadas sobre este tema. The purpose of this study is to describe and understand the levels of external aggressiveness in 31 at-risk youth, with ages between 12 and 18 (mean=14,45 and pd=1,65), who are legally bound to un institution in the city of Oporto. We sought to understand if there is any relation or interference between aggressive behavior and the youths´ beliefs about violence. For the evaluation of the dependent variables (aggressiveness and beliefs regarding violence) we used two instruments: Aggression Questionnaire (A.Q.) by Buss e Perry (1992), adapted for the portuguese population by Rego (2005), and the Escala de Crenças da Criança sobre a Violência (E.C.C.V.) by Sani (2003). In what regards aggressiveness, the results converge with the available literature, because there were found high levels of aggressiveness in the participants. However, we did not obtain results that indicated dysfunctional beliefs about the concept of violence. These data agree with the literature that emphasizes the individual role of children as thinking begins and with strong opinions about this subject.
- Análise biográfica de indivíduos com história de abuso de substânciasPublication . Nunes, Laura M.; Alves, SóniaO estudo exploratório e descritivo centra-se na análise de biogramas recolhidos junto de uma amostra de dez indivíduos com história de abuso de substâncias. A informação recolhida foi sujeita ao método de análise de conteúdo, na busca de uma melhor compreensão do fenómeno. As conclusões apontam para a existência de um padrão comum ao percurso de vida dos participantes. Em todos os sujeitos foi evidente a existência de défice na vinculação primária, com um tipo relacional despido de afectos, que se prolonga pela vida adulta. 90% dos indivíduos refere apresentar uma auto-percepção de ineficácia face aos estudos e manteve ou aumentou os consumos de outras substâncias após a terapia com metadona. Todos os participantes evidenciaram um funcionamento psicológico e um discurso, pobres, planos de afectos, despidos de projectos e de imaginário. 70% da amostra iniciou-se nas drogas na adolescência e por motivos hedonistas. 40% dos indivíduos sofreram pelo menos uma detenção e todos já participaram em acções de delito. Há também uma forma de pensamento adictivo com um processo de personificação e identificação com as drogas.
- Atividade profissional em psicólogos brasileiros: estudo exploratório sobre saúde e bem-estarPublication . Magalhães, Simone Maria da Cruz; Fonte, Carla; Alves, Sónia; Damásio, Bruno FigueiredoEsse é um estudo descritivo, de caráter correlacional, que procura caracterizar os níveis de bem-estar e stress em psicólogos brasileiros, a partir da análise das relações, com variáveis profissionais (área de atuação, situação profissional, anos de experiência) e das diferenças, com variáveis sociodemográficas (idade, gênero, estado civil, escolaridade). A amostra é composta por 104 participantes, sendo 99 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, com idades compreendidas entre 20 a 79 anos (M=43,61; DP= 13,52). Os instrumentos para a avaliação foram a Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF), Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) e o Questionário Sociodemográfico. Os resultados sugerem níveis positivos para o Bem-estar Psicológico (M=29,40; DP=4,03), Bem-estar Social (M=19,83; DP=4,41) e Bem-estar Emocional (M=14,24; DP=2,35); e níveis elevados de controle (M=21,45; DP=3,12) juntamente com apoio social (M=20,21; DP=3,12) seguido de baixa demanda psicológica (M=15,38;DP=2,08), resultados estes mostrando ser indicativos para baixo stress. A única variável profissional que não se relacionou em nenhuma subcategoria foi anos de experiencia, tanto área de atuação e situação profissional se destacaram nas relações com bem-estar social e apoio social. Foram encontradas diferenças em pelo menos alguma dimensão de bem-estar e stress, contudo, somente a variável escolaridade revelou diferença em todas as dimensões.
- Autoeficácia em psicologia clínica: perceção de autoeficácia de estagiários curriculares em psicologia em diferentes etapas da sua formaçãoPublication . Faustino, Elisabeth Albino; Alves, SóniaA autoeficácia é comumente definida como a perceção do sujeito acerca da sua competência para efetuar determinada tarefa e obter determinado desempenho (Bandura, 2002). Sendo o estágio curricular o primeiro contacto dos estudantes de Psicologia com a prática clínica, é importante que o aluno tenha a oportunidade de desenvolver durante esse período uma perceção positiva da sua competência enquanto novo psicólogo e, o treino de competências básicas poderá ter um papel importante nesse processo. Este estudo teve assim como objetivo analisar a perceção de autoeficácia de estagiários em psicologia clínica e da saúde em etapas diferentes da sua formação prática (inicio e fim do estágio curricular). Participaram na investigação um total de 39 alunos finalistas, pertencentes a dois grupos distintos, sendo que um dos grupos (n=25) foi avaliado no início do estágio e o outro (n=14) foi avaliado no seu término. A autoeficácia dos participantes em ambos os momentos foi avaliada através do Counselor Activity Self-Efficacy Scales (CASES, Lent, Hill & Hoffman, 2003), instrumento este que se encontra adaptado para a população portuguesa por Lamares e Conceição (2012). Os resultados mostram que os estagiários em fase final de estágio obtiveram resultados mais elevados nos níveis de autoeficácia percebidos relativamente à sua perceção de autoeficácia em competências de ajuda básicas, na gestão da sessão e na capacidade para lidar com as situações terapêuticas desafiantes, quando comparados com os alunos que se encontram a iniciar o estágio.
- Avaliação da eficácia de um programa de intervenção junto de mulheres alcoólicasPublication . Couto, Patrícia Moreira; Alves, SóniaO alcoolismo feminino é um fenómeno que nas últimas décadas tem vindo a aumentar consideravelmente, tornando-se numa temática atual de investigação, por ser considerado um problema de saúde pública, com grandes repercussões físicas, psicológicas, sociais, profissionais e familiares. Estes fatores também são determinantes no modo como a mulher bebe e aceita a sua problemática, bem como, no diagnóstico desta doença por parte dos técnicos de saúde, uma vez que, nas mulheres a procura de ajuda se apresenta muitas vezes associada a outros problemas que não o alcoolismo. De entre esses problemas, podem destacar-se os baixos níveis de autoestima, a vergonha social, a culpabilidade, e os altos níveis de ansiedade e depressão. Diversos autores defendem que é fundamental a intervenção na autoestima no decorrer do tratamento da mulher alcoólica, uma vez que, é considerada um fator que conduz aos consumos alcoólicos numa mulher, bem como, ao desenvolvimento de sintomatologia psicopatológica. Além de ser considerada um fator de risco, também é um fator protetor. É precisamente neste contexto que este estudo se insere, tendo como principal objetivo avaliar a eficácia de um programa de intervenção na autoestima de mulheres alcoólicas que se encontram internadas numa comunidade de inserção social. A metodologia utilizada é do tipo exploratório de investigação-ação. A amostra ficou constituída por 11 mulheres alcoólicas, as quais foram avaliadas em termos de autoestima (através da Escala de Autoestima de Rosenberg - EAR) e de sintomatologia psicopatológica (através do Inventário de Sintomas Psicopatológicos - BSI) ambos adaptados para a população portuguesa. O primeiro instrumento têm como objetivo avaliar a eficácia do programa de intervenção na autoestima e o segundo tem como objetivo avaliar a sintomatologia psicopatológica e associá-la á autoestima. O programa de intervenção é composto por 24 sessões, com periocidade semanal e visa promover/aumentar a autoestima com vista a diminuir a sintomatologia psicopatológica permitindo a manutenção da abstinência. Como objetivo secundário, este estudo pretende estudar qual a associação entre a perturbação emocional e a autoestima. Os resultados obtidos mostraram que o plano de intervenção foi eficaz, na medida em que nos diferentes momentos de avaliação a autoestima aumentou significativamente. No que toca a associação entre a autoestima e a perturbação emocional não existe qualquer relação.
- Avaliação da eficácia de um programa de promoção de práticas educativas parentais implementado na clínica pedagógica de psicologia da Universidade Fernando PessoaPublication . Villas-Boas, Sónia Ferreira; Alves, SóniaA formação parental apresenta-se como uma prática que pretende aumentar a consciência dos pais para a utilização das suas competências parentais, através de ações educativas de sensibilização, aprendizagem ou esclarecimento relativo a atitudes e praticas educativas parentais (Olivares, Mendez & Ros, 2005). A criação e a promoção de intervenções parentais ajudam no desenvolvimento da qualidade das interações, entre pais e filhos e no desenvolvimento de competências parentais e pessoais. Os programas de Práticas Educativas Parentais têm como objetivo a promoção da autoestima, do autoconceito, da comunicação entre pais e filhos e do treino de estratégias para modificar determinados comportamentos dos filhos. A colaboração das famílias nas intervenções familiares contribui para a promoção do desenvolvimento da criança, reduzindo fatores de risco (Mestre & Corassa, 2002; Silvares, 1995). Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo construir, implementar e avaliar a eficácia de um programa de Promoção de Práticas Educativas Parentais. Participaram 10 sujeitos adultos (5 pertencentes ao Grupo Experimental e 5 pertencentes ao Grupo de Controle) com idades compreendidas entre os 30 e os 52 anos (M =40,6), residentes em meio urbano (N=9). Os dados foram recolhidos através de um Questionário Sociodemográfico, e do EMBU-P (Escala de Perceção Materna sobre o Estilo Educativo Parental), versão portuguesa de Canavarro e Pereira (2007). Globalmente, os resultados evidenciam que não existem diferenças estatisticamente significativas entre o momento pré-intervenção e o momento pós- intervenção no que se refere às dimensões Suporte Emocional, Tentativa de Controlo e Rejeição, não nos permitindo, portanto, comprovar a eficácia do programa de Promoção de Práticas Educativas Parentais.
- Avaliação da eficácia de uma intervenção cognitivo-comportamental em grupo para adultos com perturbação de ansiedade: um estudo exploratório em contexto hospitalarPublication . Vasques, Nathalia Fernanda Ribeiro Prado; Alves, SóniaA investigação tem vindo a salientar a eficácia da intervenção cognitivo-comportamental em grupo na diminuição da sintomatologia ansiosa. Em sistemas de saúde primários e contextos hospitalares, a intervenção psicológica em grupo pode proporcionar uma poupança ao nível económico e de tempo, uma vez que, nestes contextos os recursos disponíveis para a terapia individual são reduzidos, diminuindo por vezes a eficácia da intervenção (Bieling et. al., 2006). Neste contexto, desenvolvemos um estudo de investigação-ação junto de participantes que recorreram a acompanhamento psicológico em contexto hospitalar e que apresentavam diagnóstico de ansiedade com os seguintes objetivos: (i) avaliar a eficácia de um programa de intervenção cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) junto de participantes de idade adulta com perturbação de ansiedade (intra-sujeitos); (ii) avaliar a eficácia de um programa de intervenção cognitivo-comportamental individual (TCCI) junto de participantes de idade adulta com perturbação de ansiedade (intra-sujeitos) e (iii) comparar a eficácia diferencial entre a intervenção cognitvo-comportamental em grupo (TCCG) e a intervenção cognitivo-comportamental individual (TCCI) junto de participantes de idade adulta com perturbação de ansiedade (inter-sujeitos). No estudo participaram 14 clientes de idade adulta, sendo que 7 integraram a intervenção cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) e 7 foram acompanhados em intervenção individual de orientação cognitivo-comportamental (TCCI). Todos os participantes foram avaliados antes da intervenção (1ª. sessão) e no final da mesma (8ª. sessão) através de uma escala para avaliação da ansiedade (Self Anxiety Scale, SAS, Zung, 1971) e de um inventário de avaliação psicopatológica (Symptom Checklist-90-Revised, SCL-90-R, Derrogatis, 1975). Da avaliação intra-sujeitos (comparação entre pré e pós-intervenção em ambos os grupos), verificamos que no grupo TCCG, na pós intervenção constatou-se, uma diminuição estatisticamente significativa da sintomatologia ansiosa, já no grupo TCCI, não foi verificada uma diminuição estatisticamente significativa da sintomatologia ansiosa. A avaliação inter-sujeitos (comparação entre TCCG e TCCI em ambos os momentos) permite concluir que no momento pré-intervenção, o grupo TCCG apresentava um nível mais elevado da sintomatologia ansiosa no que concerne o SCL-90-R, nomeadamente nos itens Ansiedade Fóbica e Psicoticismo comparativamente ao grupo TCCI, já no pós-intervenção não foi verificada diferenças estatisticamente significativas entre ambos os grupos TCCG e TCCI. Os resultados encontrados estão de acordo com a literatura consultada, permitindo-nos concluir que a intervenção cognitivo-comportamental em grupo é eficaz na redução da sintomatologia ansiosa e que parece revelar-se mais eficaz que a intervenção cognitivo-comportamental individual ao fim de 8 sessões.
- Bem-estar em psicólogos, satisfação e autonomia no trabalho: estudo exploratórioPublication . Araújo, Maria Berta; Alves, SóniaO trabalho tem uma grande importância na organização social e é susceptivel de criar resistências e conflitos. É um conceito polissémico que tem um papel fundamental na construção de identidades individuais e sociais. É suficientemente ambivalente, podendo ser compreendido de forma polarizada: entre a necessidade do prazer que suscita e o sofrimento que causa. As mudanças ocorridas no mundo laboral têm alterado substancialmente as relações pessoais, sociais, culturais e económicas e, consequentemente, os sentidos que lhe vão sendo atribuídos. Neste sentido, surgem questões ligadas com a saúde do trabalhador/a, nas suas várias dimensões, física, mental e social. Damos conta de uma investigação centrada na temática da saúde mental que, apesar de não possuir uma definição oficial, procura dar a conhecer o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional do sujeito, incluindo a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. Tendo, o papel atribuído, na atualidade, ao trabalho e à saúde mental dos trabalhadores, mais precisamente de psicólogos, pretendemos analisar a dimensão bem-estar e relacionala com alguns fatores psicossociais do trabalho, mais precisamente a Satisfação e Autonomia no Trabalho. Para isso, utilizamos a Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF) - versão Portuguesa, de forma a avaliar os níveis de bem-estar dos participantes, e ao inquérito de saúde e trabalho (INSAT, 2016), para avaliar a satisfação e autonomia profissional, na medida em que estas possuem um papel determinante e relevante na saúde e bem-estar do trabalhador. Como resultados do nosso estudo, verificamos que o construto bem-estar emocional, social e psicológico dos psicólogos está positivamente relacionado com o prazer/satisfação. Quanto à autonomia, verificamos que esta não se relaciona com o bemestar dos participantes, no entanto, relaciona-se com a satisfação no trabalho, o que indiretamente vai afetar o bem-estar.