Repository logo
 
Publication

Equilíbrio impossível: a necessidade do artifício e o mito da natureza

dc.contributor.authorCancelliere, Francescopor
dc.contributor.otherdir. Álvaro Monteiropor
dc.date.accessioned2008-09-22T13:15:07Zpor
dc.date.accessioned2011-10-06T14:45:38Z
dc.date.available2008-09-22T13:15:07Zpor
dc.date.available2011-10-06T14:45:38Z
dc.date.issued2007por
dc.description.abstractReflectir sobre o conceito de equilíbrio no âmbito das disciplinas da arquitectura e do urbanismo remete necessariamente a considerações sobre o carácter de artifício dos fenomenos urbano e arquitectónico analisados: construir casas ou cidades, actividade especificamente humana enquanto transcende a simples urgência de protecção e de abrigo para entrar no domínio das associações semânticas, configurase inevitavelmente como uma intervenção perturbadora de estados anteriores supostamente “equilibrados”. a história das cidades, de acordo com os dados que as descobertas arqueológicas colocam hoje à disposição da nossa capacidade interpretativa, coincide com o aparecimento de outro fenómeno especificamente humano, o da escrita, e confunde-se portanto com a história cultural da humanidade, dos seus mítos e das suas narrativas. A modificação artificial do meio-ambiente, no sentido de adaptá-lo a exigências humanas de diferente ordem, prática ou simbólica, ou ambas, acompanha-se com o desenvolvimento de conceitos e teorías sobre o próprio significado da intervenção humana no mundo físico e sobre a avaliação de todas as suas consequências. os diferentes aspectos e conotações da relação entre “artifício”, entendido como resultado consciente da manipulação de recursos naturais por parte do homem no sentido de satisfazer exigências materias e simbólicas, e “natureza”, embora este conceito possa assumir conotações variáveis e, em alguns casos, até opostas, de acordo com o período histórico e a localização geográfica, apresentam- se portanto como categorias críticas recorrentes, quase inevitaveis, em grande parte da produção teórica ocidental sobre a arquitectura e a cidade. Uma reflexão actualizada sobre as possiveis conotações da relação, harmónica ou conflitual, entre artifício e natureza, devería portanto constituir uma premissa indispensável para orientar as actividades de projecto arquitectónico e urbano. A reflection about the idea of equilibrium in architecture and urbanism involves necessarily some considerations about relationship between artifice and nature: building houses and cities, a specifically human activity when thought not only as a simple response to the urgency of protection, but as a significant activity, is an action that influences and perturb existing, equilibrated situations. in urban history, according to archaeological studies, the development of stable settlements corresponds to both agricultural development and invention of writing; urban history thus corresponds to the possibility of transmitting and fixing cultural history, with its myths and narrations, as well as with the development of organized strategy of modification and controlling of nature for economic purposes. Artificial modification of the environment, for both practical and symbolic purposes, appears to be a necessary principle for architecture and urbanism and is accompanied by a development of theories and concepts about the deep signification of the human intervention on the physical world and a reflection about its impact and consequences. all the distinct aspects of the relationship between artifice, as intentional modification of natural environment through the human action for both symbolic and practical purposes, and nature, though this concept should be object of a deeper reflection according to the different and variable value it had along cultural history, appear to be fundamental critical categories in western theoretical architectonic literature. a contemporary evaluation of the possible connotation and consequences of the relationship, either harmonic or conflictive, between artifice and nature, should therefore be considered an unavoidable starting point in order to rethink the principles of architectonic and urban design.por
dc.identifier.citationA obra nasce: revista de Arquitectura da Universidade Fernando Pessoa. Porto. ISSN 1645-8729. 4 (Fev. 2007) 15-24.por
dc.identifier.issn1645-8729por
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10284/732por
dc.language.isoporpor
dc.publisherEdições Universidade Fernando Pessoapor
dc.relation.ispartofseriesA obra nasce: revista de Arquitectura da Universidade Fernando Pessoapor
dc.relation.ispartofseries4por
dc.subjectArquitecturapor
dc.subjectUrbanismopor
dc.subjectHistóriapor
dc.subjectNaturezapor
dc.subjectAmbientepor
dc.subjectArchitecturepor
dc.subjectUrbanismpor
dc.subjectHistorypor
dc.subjectNaturepor
dc.subjectEnvironmentpor
dc.titleEquilíbrio impossível: a necessidade do artifício e o mito da naturezapor
dc.typejournal article
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typearticlepor

Files

Original bundle
Now showing 1 - 1 of 1
Loading...
Thumbnail Image
Name:
15-24Pages from aObraNasce04-2.pdf
Size:
86.77 KB
Format:
Adobe Portable Document Format
License bundle
Now showing 1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
Name:
license.txt
Size:
1.83 KB
Format:
Plain Text
Description: