FCS (DCN) - Trabalhos Complementares
Permanent URI for this collection
Browse
Recent Submissions
- Avaliação da composição nutricional de bebidas vegetais disponíveis no mercado portuguêsPublication . Vieira, Beatriz Filipa Sousa; Simões, CatarinaNos últimos anos, tem havido um aumento na procura por bebidas vegetais como alternativas aos laticínios, impulsionado por preocupações com a saúde, o meio ambiente e questões éticas. O mercado reflete a tendência global de maior adesão a padrões alimentares vegetarianos, com foco em produtos com menor impacto ambiental. Bebidas vegetais, como as de soja, amêndoa e aveia, são frequentemente escolhidas por indivíduos com intolerâncias alimentares ou alergias ao leite de vaca. Contudo, há variação nos perfis nutricionais dessas bebidas, destacando a importância de uma escolha informada pelos consumidores. Este estudo teve como objetivo avaliar a composição nutricional das bebidas vegetais disponíveis no mercado português, com foco na fortificação com vitaminas e minerais, além da presença de açúcares, óleo vegetal, proteína vegetal, acessulfame K, sucralose, maltodextrina e dextrose. Foi realizado um estudo transversal com a recolha de dados nutricionais de 340 bebidas vegetais disponíveis em Portugal entre 17 e 26 de junho de 2024. As informações foram recolhidas online e, quando necessário, nas lojas através de fotos. A informação recolhida incluiu a declaração nutricional obrigatória, fortificação com vitaminas e minerais, e adição de açúcares e outros aditivos. Das 340 bebidas analisadas, 51 eram de soja, 81 de aveia, 32 de arroz, 46 de amêndoa, 10 de coco, 64 de outras bases simples ou mistas, e 56 com sabores adicionados. Foi observado que as bebidas de soja possuem o maior teor de proteína (3,1g/100ml), enquanto as de arroz e as variedades com sabor adicionado apresentaram os maiores valores de hidratos de carbono e açúcares. Em termos de adições, 28,2% continham açúcares adicionados e 38,2% óleo vegetal. A fortificação com cálcio foi encontrada em 50,3% das bebidas, e a vitamina B12 em 40%, especialmente nas de soja. O estudo também revelou que edulcorantes como acessulfame K e sucralose, embora menores, presentes em cerca de 2-3% das amostras, aparecem principalmente nas variedades com sabor adicionado. As bebidas vegetais disponíveis no mercado português mostraram-se diversificadas em composição nutricional, aditivos e fortificações, destacando a importância de uma escolha informada.
- Ingestão alimentar, suplementação e composição corporal em atletas com deficiênciaPublication . Alves, Catarina Pereira; Silva, Maria RaquelObjetivos: Avaliar os hábitos alimentares e de treino e estudar a composição corporal de atletas com deficiência, de acordo com o sexo. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal numa amostra composta por 78 atletas com deficiência de ambos os sexos, recrutados através de clubes desportivos da zona norte de Portugal. A frequência alimentar foi avaliada a partir de um questionário validado para a população portuguesa. Foram também realizadas medições antropométricas (peso, estatura, perímetros). Resultados: A ingestão energética média foi de 3363,8 kcal/dia, sendo superior nos homens. Os homens consumiram mais hidratos de carbono, enquanto as mulheres consumiram mais gorduras e proteínas. Verificou-se discrepância na ingestão de micronutrientes e aminoácidos em relação às recomendações. A suplementação foi reportada por 33,3% dos atletas, com maior prevalência no sexo feminino. O IMC médio foi normoponderal (22,6 kg/m²). Os homens apresentaram perímetros corporais superiores. Conclusões: Os atletas com deficiência enfrentam desafios nutricionais significativos que comprometem o desempenho e a saúde. A individualização dos planos nutricionais é essencial, sendo necessário desenvolver programas educativos e formar profissionais especializados nesta área.
- Análise nutricional do fruto carpobrotus edulis: potencial aplicação na nutriçãoPublication . Marques, Carlota Rodrigues; Ferreira da Vinha, Ana; Silva, Carla Sousa eIntrodução: As plantas invasoras são, atualmente, uma das principais ameaças à biodiversidade global e Portugal possui um grave problema de invasão por estas espécies, as quais têm promovido a uma alteração dos ecossistemas nativos. Desta forma, torna-se imperativo estudá-las, não só na ótica botânica, mas também como recurso natural edível. Objetivos: Este estudo pretendeu valorizar os frutos de Carpobrotus edulis (L.), uma planta invasora da costa de Portugal, como fonte alimentar rica em nutrientes e compostos bioativos para consumo direto e/ou incorporação em matrizes alimentares. Metodologia: Para a análise centesimal (humidade, cinzas, proteína bruta, gordura total e hidratos de carbono) seguiram-se os protocolos da Associação de Químicos Analíticos Oficiais. O perfil de minerais foi realizado por absorção atómica de chama. Os ácidos gordos foram analisados por cromatografia gasosa acoplada com detetor de ionização de chama após conversão em ésteres metílicos de ácidos gordos. A determinação dos teores de compostos fenólicos e de flavonoides totais em diferentes extratos seguiu metodologias colorimétricas e a atividade antioxidante foi estudada recorrendo a duas metodologias analíticas correntes: método DPPH• e FRAP. Resultados: Os frutos de C. edulis contêm elevados teores de hidratos de carbono (60,5%), proteína total (22,8%) e cinzas (10,9%). Em contraste, foram observados teores baixos de gordura (4,5%). No que toca ao perfil mineral, os macroelementos maioritários presentes no fruto estudado foram o cálcio (12,44 mg/g), magnésio (2,98 mg/g) e potássio (1,24 mg/g), respetivamente. Da fração lipídica, o ácido linoleico (52,08%), o ácido oleico (17,51%) e o ácido palmítico (12,41%) foram os principais ácidos gordos encontrados nos frutos. O extrato hidroalcoólico obteve maior concentração de fenólicos totais (311,7 mg EAG/g) e de flavonoides totais (50,43 mg EC/g). Todos os extratos demonstraram elevado potencial antioxidante, no entanto, o extrato hidroalcoólico apresentou maior atividade (DPPH•: 95,89%; FRAP: 47,27%). Conclusões: O perfil centesimal e a presença de compostos bioativos associados às propriedades antioxidantes divulgadas nos frutos de C. edulis valorizam o seu potencial para aplicação em indústrias alimentares e nutracêuticas com benefícios para a saúde.
- Ingestão alimentar, suplementação e composição corporal em voleibolistasPublication . Aguiar, Diogo Ferreira; Silva, Maria RaquelObjetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a ingestão alimentar e a composição corporal de voleibolistas portugueses durante o período competitivo. Metodologia: O estudo incluiu 61 jogadores de voleibol durante a época de 2022/2023, através da aplicação de um questionário, que permitiu a recolha de dados sociodemográficos, do treino desportivo e clínicos. A composição corporal dos atletas foi avaliada por antropometria (peso e perímetros), bioimpedância elétrica (massa gorda, massa livre de gordura e água corporal total) e densidade mineral óssea, através de densitometria óssea por ultrassons. A ingestão nutricional foi avaliada através de um diário alimentar de três dias consecutivos, tendo os alimentos sido convertidos em nutrientes através do Food Processor Plus. Todos os participantes forneceram consentimento informado e o estudo foi previamente aprovado pela Comissão de Ética da Universidade Fernando Pessoa. Resultados: A composição corporal revelou que as mulheres apresentam maior percentagem de massa gorda (22,1%) em comparação aos homens (17,0%). Por outro lado, a densidade mineral óssea foi ligeiramente superior nos atletas do sexo masculino [3,06(0,29) g/cm³] do que nas atletas [2,56(0,20) g/cm³]. A ingestão energética média nas voleibolistas do sexo feminino foi de 2.257,2 kcal/dia, enquanto nos homens foi de 2.339,7 kcal/dia. No que se refere aos macronutrientes, a ingestão média de hidratos de carbono foi de 295 g/dia, a de proteínas foi de 111,7 g/dia e a de lípidos foi de 87,3 g/dia. Conclusão: Embora a ingestão de hidratos de carbono e proteínas tenha sido adequada, a de alguns micronutrientes foi reduzida, sendo necessária a intervenção nutricional para melhorar a saúde e o desempenho desportivo.
- Efeito da ingestão de chá Fitos 8 na glicemia pós-prandial de adultos não diabéticosPublication . Tavares, Sara Patrícia Maia; Neves, José Manuel; Costa, CéuObjetivo: Estudar o efeito do chá Fitos 8 nos níveis de glicemia pós-prandial, em adultos não diabéticos. Metodologia: Realizou-se um ensaio clínico com 22 participantes, em dois dias, com um período de washout de sete dias. Os participantes jejuaram, pelo menos, 8 horas antes de cada dia de ensaio. No primeiro dia, foi assinado pelos participantes o consentimento informado, preenchidos os inquéritos geral e alimentar e foram recolhidos dados antropométricos. Posteriormente, foi medida a glicemia pré-prandial, seguida da ingestão de uma refeição padrão e, por fim, foi medida a glicemia pós-prandial aos 30, 60, 90 e 120 minutos. No segundo dia, repetiu-se o protocolo, mas após a ingestão da refeição padrão, os participantes ingeriram 240 mL de chá Fitos 8. De seguida fizeram-se as medições da glicemia pós-prandial aos mesmos intervalos. Resultados: Verificou-se uma redução significativa nos níveis de glicose pós-prandial aos 30 e 120 minutos (p=0,036 e p<0,001, respetivamente) após a ingestão de chá Fitos 8. Houve também uma diminuição significativa dos valores médios da área abaixo da curva (p=0,002) e da concentração máxima (p=0,010). No entanto, a variação da concentração máxima não foi estatisticamente significativa (p=0,196). Foi ainda verificado que o sexo feminino e a faixa etária dos 36 aos 56 anos foram o grupo que mais beneficiaram com a ingestão do chá Fitos 8. Conclusão: Os resultados revelaram um possível efeito benéfico da ingestão de chá Fitos 8 no controlo glicémico.
- Disponibilidade energética e ciclo circadiano em atletasPublication . Fernandes, Cláudia Isabel Coelho; Silva, Maria RaquelA baixa disponibilidade de energia (DE) é considerada a causa subjacente de uma série de más adaptações em atletas, incluindo função fisiológica prejudicada, baixa densidade mineral óssea (DMO) e disfunção hormonal. A 'Deficiência Relativa de Energia no Desporto’ (RED-S) advém como uma consequência da baixa disponibilidade energética (DE). A síndrome da (RED-S) é uma entidade clínica caracterizada por baixa disponibilidade de energia, que pode afetar negativamente a saúde e o desempenho de atletas masculinos e femininos, incluindo função menstrual, imunidade, taxa metabólica, saúde óssea, saúde cardiovascular, com consequências psicológicas. O objetivo deste trabalho foi estudar a disponibilidade energética e quais as consequências que dela advêm na saúde e desempenho dos atletas, bem como identificar os mecanismos fisiológicos subjacentes que controlam o relógio circadiano destes indivíduos e a sua capacidade de se adaptarem às condições externas diárias. Realizou-se uma revisão da literatura nos últimos 5 anos, através da pesquisa nas plataformas PubMed e Scopus, no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2024. Os atletas precisam ser avaliados e educados individualmente por profissionais de saúde apropriados sobre a DE e as possíveis consequências para a saúde associadas à baixa DE. Entende-se que as intervenções nutricionais selecionadas são uma maneira eficaz de melhorar a sincronização dos relógios biológicos, se o horário das refeições e do sono forem adequadamente respeitados. Pesquisas futuras são necessárias para poder avaliar a capacidade dessas intervenções nutricionais para apoiar o melhor desempenho do atleta.
- Gut-muscle axis and the development of sarcopenia and frailty: overview on the current evidencePublication . Pinho, Bruna Gabriela Morais; Sousa, Ana Sofia; Simões, CatarinaIntroduction: Aging comprehends physiological and metabolic changes, and, in this process, elderly individuals are more susceptible to develop sarcopenia and frailty. These two conditions that exert a negative impact on the skeletal muscle mass and are mediated by the gut-muscle axis. Aim: To present an update overview on the current evidence regarding the gut-muscle axis hypothesis and the association with the development of sarcopenia and frailty. Results: The occurrence of sarcopenia and frailty comprehends pathogenesis mechanisms related with gut microbiota changes that promote the impairment on the muscle mass. The identification of bacteria species of the gut microbiota is important for establish a profile of the microbiota composition that are present in sarcopenic and/or frailty individuals. Conclusion: There is evidence of a gut-muscle axis in which the muscle quantity and quality is, to a certain extent, mediated by the gut microbiota.
- Efeito da ingestão de kombucha na glicemia pós-prandial de adultos não diabéticosPublication . Bento, Diana Sofia Moreira; Neves, José Manuel; Costa, CéuObjetivo: Avaliar o impacto do consumo de Kombucha nos níveis de glicemia pós-prandial em adultos não diabéticos. Metodologia: Este estudo teve a participação de 22 adultos saudáveis, com idades entre os 20 e 60 anos. O estudo foi conduzido em dois dias distintos, separados por uma semana. No primeiro dia, após 12 horas de jejum, os participantes assinaram o consentimento informado, preencheram um inquérito geral e um inquérito alimentar e foram feitas avaliações antropométricas. De seguida, mediu-se a glicemia em jejum após o que os participantes consumiram uma refeição rica em hidratos de carbono. Imediatamente a seguir, procedeu-se à medição da glicemia pós-prandial aos 30, 60, 90 e 120 minutos após a refeição. No segundo dia, o procedimento foi idêntico, porém os participantes ingeriram 240 mL de Kombucha logo após a ingestão da refeição. Foi utilizado o teste t-student para amostras pareadas para verificar os níveis de glicemia pós-prandial em diferentes moimentos e o teste t-student para amostras independentes para diferenciar entre os diferentes grupos (idade e sexo). Resultados: Não foram observadas diferenças significativas nos parâmetros antropométricos entre os dias de intervenção. A glicemia em jejum foi semelhante nos dois dias, sem alterações significativas (p > 0,05). O consumo de Kombucha reduziu significativamente a glicemia pós-prandial aos 30 minutos (p=0,006), a variação máxima da glicemia (p=0,031) e a área abaixo da curva glicémica (p=0,009). Os homens apresentaram maior redução na glicemia pós-prandial em comparação às mulheres, especialmente na faixa etária mais jovem (20-35 anos). Não houve diferenças significativas nas respostas glicémicas entre as faixas etárias no grupo feminino. Conclusões: O consumo de Kombucha demonstrou um efeito positivo no controle da glicemia pós-prandial em adultos não diabéticos, com maior impacto observado entre os homens mais jovens. Esses resultados sugerem o potencial da Kombucha como adjuvante na regulação da glicemia. No entanto, realça-se a necessidade de realizar estudos adicionais com amostras maiores para validar estes resultados e explorar melhor o potencial da Kombucha como ferramenta de intervenção nutricional para o controlo do metabolismo da glicose.
- Intuitive eating and nutritional healthPublication . Oliveira, Ana Rafaela Rodrigues; Mendes, Joana; Sousa, Ana SofiaAim: The main purpose of this work was to understand and define what intuitive eating is and to summarize the possible associations between this approach, health (both physical and psychological), and nutrition. Methodology: A literature review was conducted using the PubMed database and combining different search terms, such as: “(intuitive eating”) AND (“weight” or obes* or “nutritional status”)”. Articles published from 2004 onward were included, excluding those that did not focus on intuitive eating. Results: A total of 167 articles were included in this review. Intuitive eating encourages individuals to rely and trust on their internal hunger and satiety cues rather than follow externally defined and generally inflexible eating patterns, thereby promoting a more positive relation with food and the body. Studies suggest that this approach may offer a more sustainable way to manage weight maintenance and health compared to traditional methods. Scientific evidence indicates that this approach is associated with a lower body mass index, greater satisfaction with body image, better eating habits, and reduced risk of developing eating disorder. Conclusions: The practice of intuitive eating shows potential benefits for an individual’s physical and psychological health. However, further studies are needed to address the various limitations reported by current scientific evidence and to assess the long-term impacts of this approach, particularly on physical health, in diverse populations.
- Algas marinhas como prebióticosPublication . Rego, Pedro Candeias Fial Simões; Pimenta, Adriana; Souto, RenataObjetivo: Estudar o efeito prebiótico das algas marinhas nos humanos. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura, onde se procurou os efeitos prebióticos das algas marinhas, bem como dos seus compostos bioativos. Foi utilizada a base de dados PubMed para a recolha de informação e foram selecionados artigos referentes aos últimos dez anos. As palavras-chave aplicadas foram “seaweeds AND prebiotics”, “seaweeds AND nutrition”, “seaweeds AND microbiota”, “macroalgae AND prebiotics”. Resultados: As algas marinhas, ao incluírem inúmeros compostos bioativos, são consideradas benéficas para a saúde. Estudos comprovaram o efeito prebiótico dos polissacarídeos provenientes das algas, pois são responsáveis por modular a microbiota intestinal, contribuindo com efeitos benéficos no sistema digestivo do ser humano. Conclusão: A composição das algas marinhas apresenta benefícios significativos na microflora intestinal. O efeito prebiótico dos seus componentes foi comprovado, no entanto, novas pesquisas devem ser direcionadas ao impacto da ingestão da alga inteira, de modo a confirmar a sua eficácia e segurança.