FCHS (DCPC) - Teses de Doutoramento
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing FCHS (DCPC) - Teses de Doutoramento by advisor "Cardoso, João Casqueira"
Now showing 1 - 6 of 6
Results Per Page
Sort Options
- Gestão preventiva de riscos psicossociais no trabalho em hospitais no quadro da União EuropeiaPublication . Coelho, João Manuel Aguiar; Cardoso, João CasqueiraOs riscos psicossociais são riscos emergentes de saúde ocupacional. Por risco emergente entende-se um risco novo, que está aumentar e cujos efeitos sobre a saúde dos trabalhadores estão a agravar-se. A Directiva-Quadro, de 1989 cria um paradigma novo de prevenção de riscos na União Europeia. A prevenção de riscos deixou de ser uma actividade puramente técnica para se assumir também como uma actividade de gestão. Isto inclui, nomeadamente, a tarefa de criar um sistema de gestão preventiva integrado no processo global de gestão. Nos hospitais portugueses, têm vindo a ser implementados sistemas de qualidade e a ser criadas estruturas e processos novos de Gestão de Risco. Nenhum hospital, porém, criou, até à data, um sistema de gestão preventiva de riscos psicossociais, apesar desta actividade ser legalmente obrigatória. As razões desta falha devem-se à organização complexa dos hospitais, à falta de conhecimentos e de competência específica dos gestores hospitalares neste âmbito e sobretudo ao facto de, até à presente data, não terem sido criados sistemas de gestão preventiva de riscos psicossociais especificamente desenhados para hospitais, nem em Portugal nem em qualquer outro Estado-Membro. O objectivo central deste estudo é o de identificar um sistema de gestão preventiva de riscos psicossociais em hospitais no quadro da União Europeia. O estudo foi desenvolvido com base numa investigação-acção efectuada num hospital empresarializado do Serviço Nacional de Saúde e com base na análise comparada de vários modelos de gestão preventiva desenvolvidos na última década na União Europeia. Os resultados apontam para a necessidade de ser criado um sistema de gestão preventiva estruturado em torno dos seguintes aspectos fundamentais: a) a prevenção de riscos deve ser uma actividade sistémica, sistemática e cíclica, baseada num processo faseado e num conjunto de métodos e técnicas específicas de prevenção; b) a prevenção deve estar a cargo do Serviço de Prevenção; c) dentro do Serviço de Prevenção, a responsabilidade da prevenção deve caber a um Psicólogo da Saúde Ocupacional; d) a estratégia de prevenção de riscos deve passar pela existência, em cada serviço hospitalar, de um elemento com formação avançada e responsabilidades específicas em gestão de risco (Gestor de Risco Local). Psychosocial risks are emerging risks to occupational health. By emerging risk we mean a new risk, or a risk which is increasing or whose effects on the health of workers are getting worse. The Framework Directive of 1989 creates a new paradigm of risk prevention in the European Union. The prevention of risks is no longer a purely technical activity. Rather, it has become a management activity. In Portuguese hospitals, quality systems have been implemented. Structures and new processes of Risk Management have been created. However, no hospital has, to date, a preventive psychosocial risk management system, although this activity is legally binding. The reasons for this failure is due to the complex organization of hospitals, lack of knowledge and skills specific to hospital managers in this area and, especially, to the fact that no preventive psychosocial risks management systems specifically designed for hospitals have been created to date, neither in Portugal nor in any other Member-State. The aim of this study is to identify a preventive psychosocial risk management system in hospitals within the prevention framework in the European Union. The study was developed based on a research-action carried out in a National Health Service hospital with an enterprise model of hospital management, and based on a comparative analysis of several models of preventive management developed over the last decade in the European Union. The results point to the need to set up a system of preventive management structured around the following key features: a) risk prevention must be a systemic, systematic and cyclical activity, based on a staged process and a set of specific methods and prevention techniques, b) prevention should be the responsibility of the Office of Prevention, c) within the Office of Prevention, the responsibility for prevention should be held by an Occupational Health Psychologist, d) the strategy of risk prevention must entail each hospital department (or 'risk area') having an employee with advanced training and specific responsibilities in risk management (Local Risk Manager). Les risques psychosociaux sont des risques émergents pour la santé au travail. Par risque émergent on entend un risque nouveau, ou un risque qui est en augmentation ou encore dont les effets sur la santé des travailleurs vont empirant. La directive cadre de 1989 crée un nouveau paradigme de la prévention des risques dans l'Union européenne. La prévention des risques n'a plus seulement un caractère simplement technique, mais elle est aussi considérée comme une activité de gestion. À ce titre, elle implique notamment la création d’un système de gestion préventive des risques, en tant que démarche globale de gestion de l’entreprise. Des systèmes qualité et des structures liées aux nouveaux processus de gestion des risques ont été mis en place dans les hôpitaux portugais. Cependant, aucun hôpital n'a, à ce jour, mis en oeuvre un système de gestion préventive des risques psychosociaux, alors même que cette tâche est imposée par les normes juridiques en vigueur. Les raisons de cet faille sont multiples: l'organisation complexe des hôpitaux, le manque de connaissances et de compétences spécifiques des directeurs d'hôpitaux dans ce domaine, et notamment le fait qu’aucun système de gestion préventive des risques psychosociaux spécifiquement conçu pour les hôpitaux n’ait encore vu le jour, que ce soit au Portugal ou dans un autre État membre de l’Union européenne. L'objectif de cette étude est de définir un système de gestion préventive des risques psychosociaux dans les hôpitaux dans le cadre de l'Union européenne. Cette étude a été élaborée à partir d’une recherche-action réalisée dans un hôpitalentreprise du sistème hospitalier intégré au Service National de Santé et sur la base d’une analyse comparée de divers modèles de gestion préventive développés au cours de la dernière décennie au sein de l'Union européenne. Les résultats soulignent la nécessité de mettre en place un système de gestion préventive qui s'articule autour des principales caractéristiques suivantes: a) la prévention des risques doit se faire à partir d’une approche systémique, systématique et cyclique, basée sur un processus par étapes et un ensemble de méthodes et techniques spécifiques; b) La prévention doit être de la responsabilité du Service de prévention ; c) au sein du Service de prévention, la responsabilité de la prévention doit incomber au psychologue de la santé au travail; d) la stratégie de prévention des risques doit passer par l’existence, au sein de chaque service hospitalier, d'une personne ayant une formation avancée et des responsabilités spécifiques en matière de gestion des risques (Gestionnaire de risque local).
- Girls as minorities: norms, social processes and practices and their impact on girls' sexual health in TanzaniaPublication . Mwolo, Martha Peter; Cardoso, João CasqueiraA vulnerabilidade dos raparigas às ameaças à sua saúde sexual é um assunto que não tem recebido a devida atenção até à data. O presente estudo foi estabelecido para investigar os processos sociais e práticas influenciando os comportamentos sexuais de risco, gravidezes indesejadas e transmissão de VIH junto das raparigas na Tanzânia. O estudo começou com extensa revisão da literatura científica para mapear a sexualidade adolescente e a saúde. O objetivo foi analisar os factores subjacentes aos comportamentos sexuais de risco, gravidezes indesejadas e transmissão de VIH junto das raparigas, e especificamente para identificar os significados sociais sobre género e sexualidade adolescente relevantes na sociedade mais ampla e avaliar as implicações na saúde das raparigas. A segunda parte é constituída por um estudo empírico, que foi realizado, principalmente em Dar-es-Salaam, com quatro organizações não governamentais. Clara tendências surgiram a partir do presente estudo para indicar que os comportamentos sexuais de risco, gravidezes indesejadas e transmissão de VIH junto das raparigas são intimamente relacionados com formas involuntárias ou parcialmente involuntárias de reprodução das relações de poder, significados sociais, códigos morais, com o estigma e o silêncio associados à sexualidade das raparigas e à sua saúde sexual no seio de instituições-chave, neste caso normas jurídicas (incluindo políticas) e as organizações não governamentais. Consequentemente, os comportamentos sexuais de meninas são ocultados, à medida em que se envolvem em relações sexuais discretas. Elas não podem usar os instrumentos disponíveis, as informações sobre a saúde sexual e os serviços oferecidos, por medo de deixar conhecer o facto de serem sexualmente activas. Embora possam ter já uma experiência da vida, ter na sua posse e/ou negociar o uso do preservativo é susceptível de prejudicar a sua respeitabilidade perante parceiros sexuais masculinos. Elas podem igualmente ser punidas pelos pais, tutores e professores, algo que não é necessariamente aplicável aos rapazes. O preservativo e uso do preservativo estão intimamente associados, para as raparigas, com a falta de confiança, com a infidelidade e com a promiscuidade. O estudo conclui que as normas jurídicas (incluindo políticas) e as organizações não governamentais não devem reforçar os significados sociais associados com a identidade de género e a sexualidade adolescente, ou outros elementos que colocam em risco a saúde das raparigas. Todos os esforços para proteger os direitos das raparigas relacionados com a saúde através de normas jurídicas e de políticas, incluindo a prevenção de comportamentos de risco sexual, gravidezes indesejadas e transmissão de VIH, tem que ter simultaneamente uma dimensão individual e uma dimensão coletiva.
- A inserção social dos repatriados açorianosPublication . Rodrigues, João Paulo Soares; Cardoso, João CasqueiraO objectivo do nosso estudo é analisar, no contexto do fenómeno do repatriamento, como se tem processado a inserção social dos nacionais portugueses repatriados para a Região Autónoma dos Açores. Do enquadramento teórico geral do âmbito das Ciências Sociais, seleccionámos problemáticas e eixos de análise focados: a questão da inserção e da exclusão social, o próprio fenómeno do repatriamento, e o debate sobre as opções de políticas públicas aplicadas ao mesmo fenómeno. Isso, para permitir um aprofundamento da compreensão do percurso dos cidadãos repatriados no que diz respeito à sua integração social nos Açores. A abordagem metodológica seguiu a tipicidade de estudo de caso exploratório, qualitativo, procurando efectuar um diagnóstico do processo de inserção social da população repatriada nos Açores. Aplicou-se a entrevista de carácter semi-directiva a noventa e dois repatriados, e aplicou-se um questionário a cem pessoas não repatriados e residentes nos Açores. Os resultados foram sumariados em grandes áreas temáticas, sublinhando os sucessos e fracassos no processo de inserção dos Açoreanos repatriados, bem como o esforço que o Governo e as instituições regionais têm dispensado para a atenuação de problemas sociais recorrentes no seio desta população.
- O lugar do serviço social na sociedade e na educação: discussão teórica e perspetivas práticasPublication . Abrunhosa, Nídia Maria de Morais Cardoso de Menezes; Cardoso, João CasqueiraA presente tese tem como objetivo construir reflexões em torno do lugar ocupado pelo Serviço Social na Sociedade e na Educação, procedendo para isso à análise do seu percurso evolutivo e da sua dimensão interventiva e investigativa bem como do trabalho que desenvolve no contexto educativo, articulando a Educação Inclusiva com a história da Educação em Portugal, destacando para isso a importância de práticas interdiciplinares e da dinâmica interativa escola-família-aluno-comunidade facilitadora da construção nas estruturas escolares do modelo de escola inclusiva e da efetiva cidadania, participação ativa e responsável de todos os seus intervenientes. Tendo em conta as contrariedades e características das sociedades contemporâneas, nomeadamente, a crise antropológica global liderada pelos mecanismos de liberalização dos mercados que privilegiam o fator técnico e económico em detrimento do fator humano, a democratização do ensino ou democratização da inclusão só será viável se a sociedade se fizer acompanhar de políticas educativas promotoras da inclusão, bem como da existência de apoios económicos que reduzam o risco de pobreza e de exclusão social. Igualmente importante são os espaços físicos, infraestruturas adequadas às necessidades dos seus alunos, não esquecendo as equipas técnicas compostas por assistentes sociais.
- Minorias étnicas e escola: problemas e soluções para a praxis dos docentesPublication . Vau, Maria Helena Ribeiro Gonçalves; Cardoso, João CasqueiraA multiculturalidade é uma característica cada vez mais presente nas sociedades actuais, vivendo-se num mundo complexo e plural. Actualmente, temos de aprender a viver e a conviver numa sociedade em que a diversidade étnica, linguística, cultural e social é uma realidade. Estamos em presença não apenas de diversidades individuais, mas de diversidades sistémicas, emergentes das sociedades pluralistas em que vivemos. Por isso a educação não pode esquecer esta realidade e deve estabelecer a necessidade de mudanças assim como o compromisso de planificar metodologias mais sensíveis para responder às crescentes perguntas da escola multicultural. Esta tese pretende analisar a forma como a Educação Multicultural é vista na escola pelos professores. O trabalho inicia com uma clarificação conceptual do valor da multiculturalidade e da interculturalidade para compreender as consequências educativas e o tipo de intervenção que requerem ambas. Uma descrição segue acerca das características mais desejáveis para conseguir a transição que supõe a escola multicultural. A atenção à diversidade cultural, apesar de estar reconhecida na legislação educativa actual, é todavia mais um desejo do que uma realidade. O professor não tem um adequado conhecimento das características dos alunos pertencentes a minorias étnicas e de como prestar-lhes a atenção educativa que necessitam. Neste trabalho apresentam-se os resultados de uma investigação sobre a opinião dos professores face à diversidade cultural na escola, realizada com professores de distintas formaturas, que responderam a um questionário usando uma escala de tipo Likert de 75 itens relacionadas com a diversidade cultural. A análise da informação recolhida através do inquérito por questionário permitiu-nos desocultar a forma como a diversidade é vivida nas nossas escolas, onde se pretende que seja implementado um processo de valorização das diferentes realidades sociais e culturais aí existentes. Os dados obtidos revelam que os professores enfrentam algumas dificuldades na sua vida profissional.Têm dificuldades em trabalhar com a diversidade étnico-cultural presente na escola e sentem que o Ministério da Educação não tem tratado suficientemente esta questão. Na formação inicial, os professores não são preparados para a multiculturalidade que temos hoje nas escolas e a Formação Contínua não tem respondido às necessidades dos professores nesta área. No geral, quer pelos dados obtidos quer pelo contacto com as pessoas aquando da aplicação dos instrumentos de pesquisa, é patente que as questões da Multiculturalidade, a Educação Intercultural, e as iniciativas realizadas ou projectadas pelo Ministério da Educação nesta área, não são do conhecimento da maioria da população escolar. Finalmente, propomos uma série de estratégias e atitudes que consideramos de importância capital para que a escola desenvolva um currículo intercultural que se estenda para além dela, até chegar a criar um marco de convivência social. Multiculturality is an increasing aspect of contemporary societies, in a world always more complex and plural. Each person must now learn to live and develop relationships with a society in which ethnic, linguistic, cultural and social diversity is a reality. This diversity is not only the result of individual differences, but also the product of a systemic diversity emerging from pluralistic present societies. For this reason, education cannot forget such a reality and must endeavour necessary changes, as well as plan methodologies more sensitive, in order to answer to the growing questions put by the multicultural school. This thesis intends to analyse the way by which Multicultural Education is seen by teachers at school. The work starts by a conceptual clarification of the value of multiculturality and interculturality, in order to understand the educational consequences and the type of intervention that both of them require. Then follows a description of the characteristics suggested in order to achieve the transition that the multicultural school needs. Albeit recognised in the current legislation on education, the attention to cultural diversity is however more a wish than a reality. Teachers do not have a adequate knowledge of the characteristics of the students belonging to ethnic minorities, and of how they can provide the educational care they look for. This work presents the results of a research on the opinion of teachers relating with cultural diversity at school. The research focuses on teachers of different teaching areas, that responded to a 75 items Likert type scale questionnaire related to cultural diversity. The analysis of information collected made it possible to identify the way diversity is lived at school, with the intention of implementing a process of valorisation of the different existing social and cultural realities. The data gathered reveals that teachers are facing several obstacles in their professional lives. They find it hard to work with the ethnic and cultural diversity at school and feel that the Ministry of Education does not deal enough with this issue. In their initial training, teachers are not prepared to the multiculturalism actually present in schools, and continuous training has not been responding to the current needs of teachers in this area. On the whole, and according to both the data obtained and the contacts with persons during the implmentation of research instruments, it appears clearly that the issues on multiculturality, intercultural education, as well as initiatives executed or planned by the Ministry of Education in this area, are not known by the generality of the school population. Finally, this research proposes a serie of strategies and behaviours considered as an important asset for the development in schools of an intercultural curriculum aiming at going beyond school itself, and reaching a stage of social conviviality. La multiculturalité est une caractéristique chaque fois plus présente dans les sociétés actuelles, dans un monde toujours plus complexe et pluriel. Chacun doit actuellement apprendre à vivre au sein d'une société où la diversité ethnique, linguistique et sociale est une réalité. Il s'agit là non seulement d'une diversité au plan individuel, mais aussi d'une diversité systémique résultant des sociétés pluralistes dans lesquelles nous vivons. Pour cette raison, l'éducation ne saurait oublier la nécessité de changements, ainsi que l'importance de planifier des méthodologies plus sensibles afin de répondre aux demandes croissante de l'école multiculturelle. Cette thèse vise à analyser la forme dont l'éducation multiculturelle est vue au sein des écoles, par les enseignants. Ce travail commence par une clarification conceptuelle de la valeur de la multiculturalité et de l'interculturalité, en vue de comprendre les conséquences éducatives et le type d'intervention que celles-ci requièrent. Suit une description des caractéristiques les plus souhaitables pour réussir la transition que suppose l'école multiculturelle. L'attention réservée à la diversité culturelle, bien que reconnue dans les textes législatifs, est toutefois plus un souhait qu'une réalité. Les enseignants n'ont pas une connaissance adéquate des caractéristiques des élèves provenant de minorités ethniques, ni des spécificités éducatives adaptées à leurs besoins. Ce travail présente les résultats d'une recherche sur l'opinion que les enseignants ont vis-à-vis de la diversité culturelle. La recherche a concerné les enseignants de divers domaines de l'enseignement, qui ont répondu à un questionnaire de 75 questions liées à la diversité culturelle et classées selon une graduation de type Likert. L'analyse de l'information recueillie à travers cette enquête par questionnaire a permis de montrer la façon dont la diversité est vécue au sein des écoles, en vue d'y appliquer un processus de valorisation des différentes réalités sociales et culturelles existantes. Les données obtenues révèlent que les enseignants sont confrontés à diverses difficultés dans leur vie professionnelle. Il leur est difficile de travailler en tenant compte de la diversité ethnique et culturelle présente dans les écoles, et ils sentent que le Ministère de l'Éducation n'aborde pas suffisamment cette question. Lors de leur formation initiale, les enseignants ne sont pas préparés à la multiculturalité présente aujourd'hui dans les écoles, et la formation continue n'a pas apporté de réponses aux besoins des enseignants dans ce domaine. De manière générale, autant par les données obtenues qu'au travers du contact direct avec les personnes durant l'application des instruments de recherche, un point apparait clairement : les question de la multiculturalité, de l'éducation multiculturelle, et les initiatives réalisées ou projetées par le Ministère de l'Éducation dans ce domaine ne sont pas connues de la majorité de la population scolaire. Finalement, nous proposons une série de stratégies et d'actions considérées comme d'importance capitale afin que l'école développe un cursus interculturel capable de la transcender, et d'arriver à créer une convivialité sociale durable.
- New public management and minorities — a study on Tanzania in a comparative perspectivePublication . Mallya, Emmanuel Joseph; Cardoso, João CasqueiraO setor público tem assistido a várias tentativas para avaliar o desempenho dos governos, como resultado da implementação das reformas administrativas diversas em diferentes partes do mundo. Um dos aspetos fulcrais destas reformas é o nível de qualidade dos serviços oferecidos, aspeto focado na noção de Nova Gestão Pública (abreviada NGP). Se os aspetos técnicos da NGP foram explorados, pouco tem sido feito para avaliar o seu impacto sobre as componentes mais vulneráveis da população. Este estudo explora o impacto das reformas que acompanham a NGP sobre grupos socialmente minorizados. O contexto estudado localiza-se essencialmente na Tanzânia, mas introduziu-se um elemento de comparação a realidade observada em Portugal. Usou-se essencialmente métodos qualitativos, e em particular questionários e entrevistas. Dados quantitativos foram igualmente recolhidos e analisados usando o programa Statistical Package for the Social Sciences. Os resultados revelaram que as reformas da NGP na Tanzânia e em Portugal melhoraram de forma modesta a qualidade da prestação de serviços à populações mais vulneráveis. Problemas de eficácia governativa demonstram que as melhorias são, na realidade, apenas marginais, especialmente na Tanzânia. Mais: os dados obtidos em na Tanzânia como em Portugal mostram que as reformas da NGP afetaram negativamente as minorias, entendidas como as populações mais vulneráveis nas sociedades estudadas. Na Tanzânia, os dados mostram que as comunidades pastorais e as mulheres foram prejudicadas mais do que beneficiadas pela NGP. Em Portugal, os estrangeiros residentes em Portugal foram igualmente negativamente afetados pelas reformas da NGP. Impõe-se, por isso, estudar medidas de retificação e ajustamento das reformas de NGP.
