FCS (DCM) - Dissertações de Mestrado
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Browsing FCS (DCM) - Dissertações de Mestrado by advisor "Assunção, Amélia"
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- Disbiose oral e doença periodontal em mulheres grávidas: revisão sistemáticaPublication . Azimi, Jade Jasmine; Assunção, AméliaNos seres humanos, a microbiota oral destaca-se por sua densidade e diversidade, abrangendo cerca de 700 espécies bacterianas. Cada indivíduo possui uma microbiota oral que lhe é própria. A composição dessa microbiota é influenciada por vários fatores, sejam eles ambientais, como a dieta, ou fisiológicos. Nas mulheres grávidas, observa-se um aumento no número de organismos bacterianos na cavidade oral. No entanto, esse aumento pode resultar em risco, pois um desequilíbrio na microbiota oral pode favorecer o surgimento de algumas condições patológicas, incluindo doença periodontal. Objetivo: Esclarecer a ligação entre o desenvolvimento da doença periodontal e as alterações na microbiota oral da mulher grávida. Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica sistemática através de diferentes bases de dados: PubMed, Google Scholar e ScienceDirect. Este trabalho foi submetido a uma estratégia de pesquisa seguindo o método PICO, tendo sido observados critérios de inclusão e exclusão, que possibilitaram a seleção de estudos relacionados com a associação entre a disbiose oral e a doença periodontal em mulheres grávidas. Resultados: A diversidade alfa da microbiota oral aumenta durante a gravidez, sendo também observado um aumento de bactérias patogénicas orais em mulheres grávidas, concomitante a uma deterioração da saúde gengival durante a gravidez. Conclusão: As mulheres grávidas têm maior probabilidade de sofrer gengivite durante a gravidez, o que parece estar relacionado com a ocorrência de disbiose oral. No entanto, esta revisão não permitiu concluir que a presença de disbiose conduza sistematicamente ao desenvolvimento de periodontite. É provável que a disbiose oral não seja o único fator determinante do desenvolvimento de gengivite nas mulheres grávidas, podendo participar outros fatores presentes no hospedeiro.
- Influência da osteoporose na osseointegração: revisão sistemáticaPublication . Cohen, Emma; Assunção, AméliaIntrodução: Múltiplas alterações sistémicas ocorrem durante o processo natural de envelhecimento. A osteoporose é uma doença crónica esquelética que causa perda de massa óssea e aumenta a fragilidade óssea, afetando a saúde oral e, particularmente, a osseointegração de implantes dentários. O sucesso da osseointegração depende do equilíbrio entre células osteoblásticas e osteoclásticas, sendo qualquer perturbação nesse processo um possível fator de risco para falha de implantes. Objetivo: Determinar se a osteoporose constitui um fator de risco para a sobrevivência de implantes dentários e avaliar o impacto da terapêutica com bifosfonatos (BP) na osseointegração. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática para avaliar a taxa de falha de implantes e a perda óssea marginal em pacientes com osteoporose. A pesquisa bibliográfica foi efetuada nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS, seguindo critérios rigorosos de inclusão e exclusão. Foram analisados 201 artigos, dos quais 16 foram incluídos na revisão. Resultados: A maioria dos artigos não encontrou uma correlação significativa entre a osteoporose e a falha de implantes. Apenas dois dos doze artigos relataram uma taxa de falha superior em pacientes osteoporóticos. Quanto à terapêutica com BP, apenas um dos quatro artigos analisados indicou uma associação entre a administração oral de BP e a ocorrência de osteonecrose da mandíbula (ONJ). No entanto, a forma intravenosa de BP foi mais frequentemente associada a esta complicação. Conclusão: Pacientes com osteoporose podem receber implantes dentários com taxas de sobrevivência semelhantes às de pacientes saudáveis. A terapia oral com BP não impede a colocação de implantes, embora exija precauções adicionais, como uma avaliação criteriosa e protocolos cirúrgicos específicos para minimizar riscos, especialmente o desenvolvimento de ONJ.
- Influência da saúde oral nos transtornos cognitivos: uma revisão narrativaPublication . Otto, Cynthia Christelle; Assunção, AméliaUm transtorno cognitivo é definido pela diminuição das faculdades em uma ou mais áreas da cognição. As diferentes funções cognitivas afetadas podem ser: memória, atenção/concentração, funções executivas, aprendizagem, linguagem, perceção, praxia, função visual-espacial e cognição social. É um declínio progressivo que se manifesta com o tempo. São classificados segundo a sua gravidade e o seu impacto na vida quotidiana. Exemplos de patologias que causam distúrbios neurocognitivos são: Alzheimer, degeneração frontotemporal, doença de Huntington, doença do corpo de Lewy, doença de Parkinson, doença de Priões, demência vascular (devido a acidente vascular cerebral) e danos cerebrais causados por traumatismo craniano. A saúde oral está intimamente ligada à nossa saúde geral. Mais de 500 espécies de bactérias diferentes estão presentes em permanência na nossa boca. Estas bactérias podem ser comensais, sendo benéficas para o hospedeiro ou podem ser oportunistas, o que significa patogénicas, se as condições se alterarem. É importante garantir o controlo dessas últimas, pois elas podem atingir o sangue e chegar a diferentes órgãos. Se alcançarem o cérebro podem afetar as suas funções e saúde. Nos últimos anos, vários estudos têm ligado a higiene oral à saúde do cérebro. O objetivo desta tese é estudar a relação entre patologia oral ou a presença de determinadas espécies microbianas da mucosa oral e o desenvolvimento de transtornos cognitivos através de uma revisão da literatura recente, avaliando o impacto de uma boa higiene oral na saúde cerebral. Após esta revisão da literatura, é possível concluir que a saúde oral deficiente representa um fator de risco modificável para o surgimento de distúrbios neurocognitivos e que medidas de higiene oral podem diminuir esse risco. Porém, mais estudos sobre o assunto são necessários, para elucidar mecanismos envolvidos.
- Influência dos tratamentos de quimioterapia e radioterapia na produção e qualidade da saliva: revisão sistemáticaPublication . Bettaïbi, Myriam; Assunção, AméliaIntrodução: O cancro é uma das principais causas de morte a nível mundial. Os tratamentos oncológicos, nomeadamente a radioterapia isolada ou em conjunto com a quimioterapia, têm impacto significativo na composição e função da saliva. Objetivos: Identificar alterações na composição e função salivar durante a radioterapia (isolada ou com quimioterapia) e o tempo necessário de recuperação após a terapia, apontando possíveis intervenções terapêuticas. Metodologia: Revisão sistemática segundo PRISMA. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, SciELO e MeSH, entre fevereiro e março de 2024. Foram incluídos estudos publicados entre 1990 e 2023, com critérios de inclusão/exclusão definidos. Resultados: De 2184 artigos identificados, 10 foram incluídos (2 estudos transversais, 6 estudos de coorte, 2 estudos interrupted time series). Todos os estudos demonstraram que a radioterapia, isoladamente ou com quimioterapia, afeta negativamente a quantidade e composição da saliva, interferindo com a qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: Os tratamentos com radioterapia (com ou sem quimioterapia) provocam redução do fluxo salivar e alterações na sua composição (pH, tampão, proteínas, mucinas, entre outros). Essas alterações estão associadas a complicações orais como xerostomia, infeções, disfagia e disgeusia. Algumas intervenções terapêuticas, como ácido hialurónico ou fármacos como pilocarpina e biperideno, mostraram-se promissoras, mas são necessários mais estudos para confirmação e padronização de protocolos.
- Relação entre os níveis de vitamina D e a doença periodontal: uma revisão narrativaPublication . Benet, Juliette Pauline Marie Charlotte; Assunção, Amélia; Bulhosa, José FriasA doença periodontal, incluindo gengivite e periodontite, são condições inflamatórias do periodonto, principalmente causadas pelo acúmulo de placa bacteriana. A gengivite é uma forma inicial e reversível da doença, enquanto a periodontite pode resultar na destruição dos tecidos de suporte e perda dentária, se não tratada adequadamente. A vitamina D, essencial para o metabolismo do cálcio e fosfato, existe principalmente em duas formas: vitamina D2, derivada de fontes vegetais, e vitamina D3, sintetizada pela pele em resposta à exposição aos raios UVB e também obtida a partir da alimentação. Ambas as formas desempenham um papel crucial não apenas na saúde óssea, mas também no funcionamento adequado do sistema imunológico. O objetivo deste trabalho foi determinar a influência da vitamina D sobre os tecidos do periodonto, avaliando a proteção contra o desenvolvimento ou a progressão da doença periodontal. Pacientes com periodontite frequentemente apresentaram deficiência de vitamina D. A carência de vitamina D tem sido associada a uma maior inflamação gengival, perda óssea alveolar significativa e aumento da atividade osteoclástica. A vitamina D, ao exercer efeitos anti-inflamatórios e antimicrobianos, reduz a proliferação bacteriana e a inflamação gengival, fatores essenciais na progressão da periodontite. Por outro lado, níveis adequados de vitamina D favoreceram a regeneração dos tecidos periodontais e melhoraram os resultados dos tratamentos periodontais, tanto cirúrgicos quanto não cirúrgicos. Ademais, verificou-se que a vitamina D influencia positivamente a resposta imunológica inata e adaptativa. Polimorfismos genéticos relacionados com o recetor de vitamina D ou a sua proteína transportadora também foram identificados como fatores que podem influenciar a suscetibilidade individual à periodontite. Conclui-se que a vitamina D desempenha um papel protetor crucial na prevenção e tratamento das doenças periodontais, sendo a suplementação benéfica especialmente em pacientes com deficiência dessa vitamina. Isso evidencia a importância de uma abordagem multidisciplinar no manejo da doença periodontal.