Browsing by Issue Date, starting with "2024-10-10"
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- Avaliação do zenith gengival numa população universitária: estudo transversalPublication . Castro, Diogo Ivan Martins; Costa, Liliana Gavinha; Ribeiro, Paulo Soares; Manso, M. ConceiçãoO objetivo do presente estudo é avaliar a prevalência da posição do zenith gengival dos 6 dentes anteriores, a altura do sorriso, a posição da margem gengival superior e a satisfação dos participantes com o seu sorriso. A população é constituída por pacientes universitários frequentadores das Clínicas Pedagógicas em Medicina Dentária - Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (FCS-UFP), tendo sido efetuado scanner intraoral e fotografias digitais. As fotografias foram realizadas com o rosto alinhado mantendo a linha bipupilar paralela ao plano horizontal, de modo que o contorno facial não seja distorcido. Já no scanner intraoral foram obtidas imagens em ficheiro STL, os quais através de software Adobe Photoshop e Exocad foram realizadas medições dos dentes de forma a averiguar posição do zenith gengival, altura do sorriso e posição da margem gengival superior. O estudo envolveu 139 participantes, sendo 52 são homens (37,4%) e 87 são mulheres (62,6%). Relativamente à nacionalidade, observou-se 57 participantes portugueses (41%), 51 italianos (36,7%), 26 franceses (18,7%) e 5 correspondem a outras nacionalidades (3,6%). A análise do zenith gengival revelou que a posição mais prevalente é central com 72%, seguindo-se da posição distal com 26,7% e posição mesial 1,2%. A posição da margem gengival superior mais comum foi situações diferentes entre os dois hemiarcadas. Quanto à altura do sorriso, o sorriso alto e médio foram os mais prevalentes com 48,2% e 45,3% dos participantes respetivamente. Podemos concluir que a posição do zenith mais prevalente foi a central; relativamente à posição da margem, os participantes apresentaram maioritariamente situações diferentes entre os dois hemiarcadas; e que a altura do sorriso mais prevalente é o sorriso alto.
- A relação entre a doença periodontal e a doença pulmonar obstrutiva crónica: uma revisão narrativaPublication . Ohayon, Tania; Rua, RuiA doença periodontal e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) são duas condições médicas distintas que têm conexões significativas com a saúde geral. A doença periodontal é uma inflamação crónica dos tecidos de suporte dos dentes, enquanto a DPOC é um grupo de doenças pulmonares progressivas caracterizadas pela obstrução das vias aéreas. Estudos demonstraram uma correlação entre essas duas condições, sugerindo que a presença de uma pode piorar o curso da outra. O objetivo principal desta tese é investigar uma possível associação entre estas patologias, explorando potenciais mecanismos subjacentes, fatores de risco em comum, e eventuais implicações clínicas. As bactérias encontradas nas infeções periodontais podem chegar aos pulmões por inalação, piorando os sintomas da DPOC. Além disso, substâncias inflamatórias libertas em resposta à infeção periodontal podem contribuir para a inflamação das vias aéreas na DPOC, exacerbando assim a obstrução pulmonar. Os pacientes com DPOC também tendem a ter uma higiene oral deficiente, o que pode contribuir para o desenvolvimento da doença periodontal. Por sua vez, a inflamação crónica associada à doença periodontal pode piorar a função pulmonar em pacientes com DPOC. Estudos epidemiológicos demonstraram que pacientes com DPOC apresentam risco aumentado de desenvolver doença periodontal e vice-versa. Os fatores como inflamação sistémica, tabagismo e suscetibilidade genética podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento destas patologias. A gestão de ambas as condições deve, portanto, ser holística, tendo em conta tanto a saúde oral como a saúde pulmonar. Os pacientes com DPOC devem ser incentivados a manter uma boa higiene oral, com visitas regulares ao dentista para deteção e tratamento precoce da doença periodontal. Da mesma forma, os pacientes com doença periodontal devem ser informados sobre os potenciais riscos para a saúde pulmonar e encorajados a adotar comportamentos saudáveis, como parar de fumar e controlar a inflamação. A relação entre doença periodontal e DPOC é complexa e multifatorial. Uma compreensão completa desta interação pode permitir que os profissionais de saúde implementem estratégias eficazes de prevenção e gestão para melhorar a saúde geral dos pacientes.
- Relação entre os níveis de vitamina D e a doença periodontal: uma revisão narrativaPublication . Benet, Juliette Pauline Marie Charlotte; Assunção, Amélia; Bulhosa, José FriasA doença periodontal, incluindo gengivite e periodontite, são condições inflamatórias do periodonto, principalmente causadas pelo acúmulo de placa bacteriana. A gengivite é uma forma inicial e reversível da doença, enquanto a periodontite pode resultar na destruição dos tecidos de suporte e perda dentária, se não tratada adequadamente. A vitamina D, essencial para o metabolismo do cálcio e fosfato, existe principalmente em duas formas: vitamina D2, derivada de fontes vegetais, e vitamina D3, sintetizada pela pele em resposta à exposição aos raios UVB e também obtida a partir da alimentação. Ambas as formas desempenham um papel crucial não apenas na saúde óssea, mas também no funcionamento adequado do sistema imunológico. O objetivo deste trabalho foi determinar a influência da vitamina D sobre os tecidos do periodonto, avaliando a proteção contra o desenvolvimento ou a progressão da doença periodontal. Pacientes com periodontite frequentemente apresentaram deficiência de vitamina D. A carência de vitamina D tem sido associada a uma maior inflamação gengival, perda óssea alveolar significativa e aumento da atividade osteoclástica. A vitamina D, ao exercer efeitos anti-inflamatórios e antimicrobianos, reduz a proliferação bacteriana e a inflamação gengival, fatores essenciais na progressão da periodontite. Por outro lado, níveis adequados de vitamina D favoreceram a regeneração dos tecidos periodontais e melhoraram os resultados dos tratamentos periodontais, tanto cirúrgicos quanto não cirúrgicos. Ademais, verificou-se que a vitamina D influencia positivamente a resposta imunológica inata e adaptativa. Polimorfismos genéticos relacionados com o recetor de vitamina D ou a sua proteína transportadora também foram identificados como fatores que podem influenciar a suscetibilidade individual à periodontite. Conclui-se que a vitamina D desempenha um papel protetor crucial na prevenção e tratamento das doenças periodontais, sendo a suplementação benéfica especialmente em pacientes com deficiência dessa vitamina. Isso evidencia a importância de uma abordagem multidisciplinar no manejo da doença periodontal.
- Lesões brancas na cavidade oral: a propósito de um caso clínicoPublication . Stratu, Vasile; Venda Nova, CarolinaO presente trabalho apresenta um caso clínico e uma revisão narrativa das lesões brancas da cavidade oral, com foco na diversidade das suas etiologias e nas adversidades diagnósticas e terapêuticas associadas. As lesões brancas orais, que incluem condições como a leucoplasia, o líquen plano e a candidíase, manifestam-se de forma usual como áreas esbranquiçadas na mucosa oral. Estas podem ser causadas por fatores genéticos, irritativos físicos, mecânicos e químicos, ou até ter origens microbianas. Em virtude da semelhança entre estas e lesões malignas, o diagnóstico objetivo é desafiador e, muitas vezes, implica não somente uma avaliação clínica em detalhe, como também a realização de biópsias e exames complementares. Este estudo também discorre sobre a importância do reconhecimento atempado destas lesões pelos profissionais de saúde, remetendo para a imprescindibilidade de uma estratégia diagnóstica rigorosa para evitar tratamentos inapropriados e consequências possivelmente graves. É apresentado um caso clínico que ilustra as dificuldades do diagnóstico e tratamento das lesões brancas orais. Conclui-se que é necessário uma avaliação bem realizada e uma gestão clínica informada. Com isto, o estudo reitera a importância de uma formação contínua para os profissionais de saúde oral no reconhecimento e no tratamento apropriado destas patologias, substancial para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas eficientes e a melhoria dos prognósticos dos doentes.