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- Avaliação do zenith gengival numa população universitária: estudo transversalPublication . Castro, Diogo Ivan Martins; Costa, Liliana Gavinha; Ribeiro, Paulo Soares; Manso, M. ConceiçãoO objetivo do presente estudo é avaliar a prevalência da posição do zenith gengival dos 6 dentes anteriores, a altura do sorriso, a posição da margem gengival superior e a satisfação dos participantes com o seu sorriso. A população é constituída por pacientes universitários frequentadores das Clínicas Pedagógicas em Medicina Dentária - Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (FCS-UFP), tendo sido efetuado scanner intraoral e fotografias digitais. As fotografias foram realizadas com o rosto alinhado mantendo a linha bipupilar paralela ao plano horizontal, de modo que o contorno facial não seja distorcido. Já no scanner intraoral foram obtidas imagens em ficheiro STL, os quais através de software Adobe Photoshop e Exocad foram realizadas medições dos dentes de forma a averiguar posição do zenith gengival, altura do sorriso e posição da margem gengival superior. O estudo envolveu 139 participantes, sendo 52 são homens (37,4%) e 87 são mulheres (62,6%). Relativamente à nacionalidade, observou-se 57 participantes portugueses (41%), 51 italianos (36,7%), 26 franceses (18,7%) e 5 correspondem a outras nacionalidades (3,6%). A análise do zenith gengival revelou que a posição mais prevalente é central com 72%, seguindo-se da posição distal com 26,7% e posição mesial 1,2%. A posição da margem gengival superior mais comum foi situações diferentes entre os dois hemiarcadas. Quanto à altura do sorriso, o sorriso alto e médio foram os mais prevalentes com 48,2% e 45,3% dos participantes respetivamente. Podemos concluir que a posição do zenith mais prevalente foi a central; relativamente à posição da margem, os participantes apresentaram maioritariamente situações diferentes entre os dois hemiarcadas; e que a altura do sorriso mais prevalente é o sorriso alto.
- A relação entre a doença periodontal e a doença pulmonar obstrutiva crónica: uma revisão narrativaPublication . Ohayon, Tania; Rua, RuiA doença periodontal e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) são duas condições médicas distintas que têm conexões significativas com a saúde geral. A doença periodontal é uma inflamação crónica dos tecidos de suporte dos dentes, enquanto a DPOC é um grupo de doenças pulmonares progressivas caracterizadas pela obstrução das vias aéreas. Estudos demonstraram uma correlação entre essas duas condições, sugerindo que a presença de uma pode piorar o curso da outra. O objetivo principal desta tese é investigar uma possível associação entre estas patologias, explorando potenciais mecanismos subjacentes, fatores de risco em comum, e eventuais implicações clínicas. As bactérias encontradas nas infeções periodontais podem chegar aos pulmões por inalação, piorando os sintomas da DPOC. Além disso, substâncias inflamatórias libertas em resposta à infeção periodontal podem contribuir para a inflamação das vias aéreas na DPOC, exacerbando assim a obstrução pulmonar. Os pacientes com DPOC também tendem a ter uma higiene oral deficiente, o que pode contribuir para o desenvolvimento da doença periodontal. Por sua vez, a inflamação crónica associada à doença periodontal pode piorar a função pulmonar em pacientes com DPOC. Estudos epidemiológicos demonstraram que pacientes com DPOC apresentam risco aumentado de desenvolver doença periodontal e vice-versa. Os fatores como inflamação sistémica, tabagismo e suscetibilidade genética podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento destas patologias. A gestão de ambas as condições deve, portanto, ser holística, tendo em conta tanto a saúde oral como a saúde pulmonar. Os pacientes com DPOC devem ser incentivados a manter uma boa higiene oral, com visitas regulares ao dentista para deteção e tratamento precoce da doença periodontal. Da mesma forma, os pacientes com doença periodontal devem ser informados sobre os potenciais riscos para a saúde pulmonar e encorajados a adotar comportamentos saudáveis, como parar de fumar e controlar a inflamação. A relação entre doença periodontal e DPOC é complexa e multifatorial. Uma compreensão completa desta interação pode permitir que os profissionais de saúde implementem estratégias eficazes de prevenção e gestão para melhorar a saúde geral dos pacientes.
- Relação entre os níveis de vitamina D e a doença periodontal: uma revisão narrativaPublication . Benet, Juliette Pauline Marie Charlotte; Assunção, Amélia; Bulhosa, José FriasA doença periodontal, incluindo gengivite e periodontite, são condições inflamatórias do periodonto, principalmente causadas pelo acúmulo de placa bacteriana. A gengivite é uma forma inicial e reversível da doença, enquanto a periodontite pode resultar na destruição dos tecidos de suporte e perda dentária, se não tratada adequadamente. A vitamina D, essencial para o metabolismo do cálcio e fosfato, existe principalmente em duas formas: vitamina D2, derivada de fontes vegetais, e vitamina D3, sintetizada pela pele em resposta à exposição aos raios UVB e também obtida a partir da alimentação. Ambas as formas desempenham um papel crucial não apenas na saúde óssea, mas também no funcionamento adequado do sistema imunológico. O objetivo deste trabalho foi determinar a influência da vitamina D sobre os tecidos do periodonto, avaliando a proteção contra o desenvolvimento ou a progressão da doença periodontal. Pacientes com periodontite frequentemente apresentaram deficiência de vitamina D. A carência de vitamina D tem sido associada a uma maior inflamação gengival, perda óssea alveolar significativa e aumento da atividade osteoclástica. A vitamina D, ao exercer efeitos anti-inflamatórios e antimicrobianos, reduz a proliferação bacteriana e a inflamação gengival, fatores essenciais na progressão da periodontite. Por outro lado, níveis adequados de vitamina D favoreceram a regeneração dos tecidos periodontais e melhoraram os resultados dos tratamentos periodontais, tanto cirúrgicos quanto não cirúrgicos. Ademais, verificou-se que a vitamina D influencia positivamente a resposta imunológica inata e adaptativa. Polimorfismos genéticos relacionados com o recetor de vitamina D ou a sua proteína transportadora também foram identificados como fatores que podem influenciar a suscetibilidade individual à periodontite. Conclui-se que a vitamina D desempenha um papel protetor crucial na prevenção e tratamento das doenças periodontais, sendo a suplementação benéfica especialmente em pacientes com deficiência dessa vitamina. Isso evidencia a importância de uma abordagem multidisciplinar no manejo da doença periodontal.
- Lesões brancas na cavidade oral: a propósito de um caso clínicoPublication . Stratu, Vasile; Venda Nova, CarolinaO presente trabalho apresenta um caso clínico e uma revisão narrativa das lesões brancas da cavidade oral, com foco na diversidade das suas etiologias e nas adversidades diagnósticas e terapêuticas associadas. As lesões brancas orais, que incluem condições como a leucoplasia, o líquen plano e a candidíase, manifestam-se de forma usual como áreas esbranquiçadas na mucosa oral. Estas podem ser causadas por fatores genéticos, irritativos físicos, mecânicos e químicos, ou até ter origens microbianas. Em virtude da semelhança entre estas e lesões malignas, o diagnóstico objetivo é desafiador e, muitas vezes, implica não somente uma avaliação clínica em detalhe, como também a realização de biópsias e exames complementares. Este estudo também discorre sobre a importância do reconhecimento atempado destas lesões pelos profissionais de saúde, remetendo para a imprescindibilidade de uma estratégia diagnóstica rigorosa para evitar tratamentos inapropriados e consequências possivelmente graves. É apresentado um caso clínico que ilustra as dificuldades do diagnóstico e tratamento das lesões brancas orais. Conclui-se que é necessário uma avaliação bem realizada e uma gestão clínica informada. Com isto, o estudo reitera a importância de uma formação contínua para os profissionais de saúde oral no reconhecimento e no tratamento apropriado destas patologias, substancial para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas eficientes e a melhoria dos prognósticos dos doentes.
- Os efeitos dos cigarros eletrónicos na saúde oral: revisão sistemáticaPublication . Brakha, Ronel; Neves, Helena; Oliveira, Filipa Pinto deOs cigarros eletrónicos consistem numa bateria, um dispositivo de aquecimento elétrico e um líquido aerossol que o utilizador inala. Os líquidos são geralmente compostos por um solvente, como propilenoglicol e/ou glicerina, aromatizantes e nicotina. Estes dispositivos tornaram-se muito controversos e os seus potenciais riscos têm sido debatidos em muitas áreas, incluindo a saúde oral. Alguns estudos identificaram componentes potencialmente nocivos em produtos de cigarros eletrónicos, incluindo algumas substâncias consideradas cancerígenas, sugerindo que estes dispositivos podem causar problemas sistémicos e orais. Os vapores químicos produzidos pela vaporização podem prejudicar a saúde oral, podendo alterar ou danificar as células epiteliais, causar úlceras e até cancro oral. O objetivo deste estudo é, portanto, realizar uma revisão sistemática dos dados resultantes de estudos disponíveis sobre o impacto do uso do cigarro eletrónico na saúde oral. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed, SciELO e Cochrane usando as seguintes palavras-chave: electronic cigarettes, e-cigarette, electronic nicotine delivery systems, oral lesions e oral health. Os critérios de inclusão foram publicações escritas em inglês, publicadas entre 2013 e 2023, e com texto completo disponível. Os artigos resultantes da pesquisa foram avaliados através da leitura do resumo, tendo sido selecionados os artigos relevantes, seguida da avaliação e seleção através da leitura completa dos mesmos. Da pesquisa bibliográfica foram selecionados 19 estudos que avaliaram o impacto da utilização do cigarro eletrónico em vários aspetos da saúde oral. Com base nos estudos revistos é possível concluir que a utilização de cigarros eletrónicos pode estar associada ao aumento do risco para o desenvolvimento de doenças orais tais como doença periodontal, cáries, peri-implantite, bem como alterações ao nível da saliva e do microbioma oral. A literatura sugere que os utilizadores de cigarros eletrónicos podem sentir mais dor nas gengivas e sintomas orais do que os não fumadores.
- Influência da saúde oral nos transtornos cognitivos: uma revisão narrativaPublication . Otto, Cynthia Christelle; Assunção, AméliaUm transtorno cognitivo é definido pela diminuição das faculdades em uma ou mais áreas da cognição. As diferentes funções cognitivas afetadas podem ser: memória, atenção/concentração, funções executivas, aprendizagem, linguagem, perceção, praxia, função visual-espacial e cognição social. É um declínio progressivo que se manifesta com o tempo. São classificados segundo a sua gravidade e o seu impacto na vida quotidiana. Exemplos de patologias que causam distúrbios neurocognitivos são: Alzheimer, degeneração frontotemporal, doença de Huntington, doença do corpo de Lewy, doença de Parkinson, doença de Priões, demência vascular (devido a acidente vascular cerebral) e danos cerebrais causados por traumatismo craniano. A saúde oral está intimamente ligada à nossa saúde geral. Mais de 500 espécies de bactérias diferentes estão presentes em permanência na nossa boca. Estas bactérias podem ser comensais, sendo benéficas para o hospedeiro ou podem ser oportunistas, o que significa patogénicas, se as condições se alterarem. É importante garantir o controlo dessas últimas, pois elas podem atingir o sangue e chegar a diferentes órgãos. Se alcançarem o cérebro podem afetar as suas funções e saúde. Nos últimos anos, vários estudos têm ligado a higiene oral à saúde do cérebro. O objetivo desta tese é estudar a relação entre patologia oral ou a presença de determinadas espécies microbianas da mucosa oral e o desenvolvimento de transtornos cognitivos através de uma revisão da literatura recente, avaliando o impacto de uma boa higiene oral na saúde cerebral. Após esta revisão da literatura, é possível concluir que a saúde oral deficiente representa um fator de risco modificável para o surgimento de distúrbios neurocognitivos e que medidas de higiene oral podem diminuir esse risco. Porém, mais estudos sobre o assunto são necessários, para elucidar mecanismos envolvidos.
