FCHS (DCPC) - Psicologia
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Browsing FCHS (DCPC) - Psicologia by advisor "Fonte, Carla"
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- Bullying em contexto escolar: narrativas e significados em adolescentes e pré-adolescentesPublication . Ferreira, Elisabete Maria da Silva; Fonte, CarlaNa presente investigação debruçamo-nos sobre um tema que tem vindo a ser alvo de atenção em meio escolar: o bullying. Apresenta-se como um tema actual e sobre o qual é necessário aprofundar o conhecimento científico. Desenvolvemos assim uma investigação de carácter qualitativo, com o principal objectivo de entender os significados partilhados por estes alunos, face a episódios de vitimação e agressão. Utilizamos para conseguir este objectivo a entrevista semi-estruturada, uma vez que pretendíamos explorar, sempre que possível, as respostas dadas às perguntas que eram formuladas e que fossem importantes para a compreensão desta problemática. O presente estudo foi realizado com os alunos, do 3º ciclo (7º ano de escolaridade), de uma escola EB 2,3 da zona norte de Portugal. Para análise dos resultados tivemos como base a grounded analysis, uma vez que esta orientação permite mergulhar nos dados e traçar uma linha orientadora em termos de significados. Conseguimos reunir seis significados partilhados por estes jovens e que são a aprendizagem – de comportamentos e reacções; atribuição – da forma como reagem às situações; estratégias – utilizadas para resolver os problemas com que se deparam; competências – a nível de soluções apresentadas para situações do contexto escolar; ambivalência – manifestada relativamente aos pais e aos próprios colegas e, por fim, a desilusão – expressa relativamente à escola e às pessoas que a compõe. Em conclusão, estes resultados mostram que os alunos partilham significados idênticos. No final deste trabalho, com base nos dados recolhidos são discutidas algumas implicações para a prática.
- O impacto da vida em instituição: narrativas e significados em crianças vítimas de maus tratosPublication . Gonçalves, Liliana Patrícia da Costa Monteiro; Fonte, CarlaTodas as crianças deveriam ter a oportunidade de viver uma infância feliz, construindo assim o acesso a um desenvolvimento equilibrado. No entanto, a existência de certos condicionalismos vêm destruir essa possibilidade. Os maus tratos são disso um exemplo, causando sofrimento a estas crianças, que se vêem numa situação de desamparo tanto a nível afectivo, como na prestação dos cuidados essenciais para a sua sobrevivência. Torna-se assim pertinente a procura incessante de uma solução capaz de as proteger e as colocar numa situação mais favorável, para que de desenvolvam de forma adequada. A institucionalização, quando não se afigura possível outra solução, é frequentemente a opção seguida em muitos destes casos. Com o objectivo de estudar as narrativas e o significado que a institucionalização tem nas suas vidas, realizou-se uma investigação que incidiu sobre um grupo de crianças institucionalizadas, da Fundação Stela e Oswaldo Bomfim. Este grupo foi constituído por 9 crianças (6 do sexo masculino e 3 do sexo feminino), com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos, retiradas do seio familiar, uma vez que este não oferecia as condições necessárias para o seu desenvolvimento adequado. Para a recolha de dados junto destas crianças, utilizou-se a entrevista qualitativa, uma vez que esta se apresentou como a forma mais eficaz para a obtenção de informação. As teorias narrativas e a Folk Psychology, estiveram presentes ao longo deste trabalho, que para a sua implementação, recorreu às metodologias qualitativas, nomeadamente à Grounded Theory, revelando-se preciosos instrumentos de investigação, uma vez que auxiliaram na conclusão e obtensão dos resultados. Através desta investigação concluiu-se que, apesar da existência de consequências negativas para além das positivas, esta problemática não é condição sine qua non para que haja um impacto negativo da vida em instituição. Para estas crianças a institucionalização na Fundação Bomfim revelou-se a solução mais adequada, tendo sido mais favorável do que permanecer junto dos progenitores irresponsáveis e incapazes de proporcionar às suas crianças, toda a protecção a que estas têm direito. Além disso, os próprios menores têm consciência destes benefícios, uma vez que reconhecem a importância que esta decisão teve para as suas vidas.