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Abstract(s)
Todas as crianças deveriam ter a oportunidade de viver uma infância feliz, construindo assim o acesso a um desenvolvimento equilibrado. No entanto, a existência de certos condicionalismos vêm destruir essa possibilidade. Os maus tratos são disso um exemplo, causando sofrimento a estas crianças, que se vêem numa situação de desamparo tanto a nível afectivo, como na prestação dos cuidados essenciais para a sua sobrevivência. Torna-se assim pertinente a procura incessante de uma solução capaz de as proteger e as colocar numa situação mais favorável, para que de desenvolvam de forma adequada. A institucionalização, quando não se afigura possível outra solução, é frequentemente a opção seguida em muitos destes casos.
Com o objectivo de estudar as narrativas e o significado que a institucionalização tem nas suas vidas, realizou-se uma investigação que incidiu sobre um grupo de crianças institucionalizadas, da Fundação Stela e Oswaldo Bomfim. Este grupo foi constituído por 9 crianças (6 do sexo masculino e 3 do sexo feminino), com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos, retiradas do seio familiar, uma vez que este não oferecia as condições necessárias para o seu desenvolvimento adequado. Para a recolha de dados junto destas crianças, utilizou-se a entrevista qualitativa, uma vez que esta se apresentou como a forma mais eficaz para a obtenção de informação.
As teorias narrativas e a Folk Psychology, estiveram presentes ao longo deste trabalho, que para a sua implementação, recorreu às metodologias qualitativas, nomeadamente à Grounded Theory, revelando-se preciosos instrumentos de investigação, uma vez que auxiliaram na conclusão e obtensão dos resultados.
Através desta investigação concluiu-se que, apesar da existência de consequências negativas para além das positivas, esta problemática não é condição sine qua non para que haja um impacto negativo da vida em instituição. Para estas crianças a institucionalização na Fundação Bomfim revelou-se a solução mais adequada, tendo sido mais favorável do que permanecer junto dos progenitores irresponsáveis e incapazes de proporcionar às suas crianças, toda a protecção a que estas têm direito. Além disso, os próprios menores têm consciência destes benefícios, uma vez que reconhecem a importância que esta decisão teve para as suas vidas.
Description
Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa, como parte dos requisitos para obtenção do grau de licenciada em Psicologia, especialização em Psicologia Clínica