FCHS (DCPC) - Ciência Política e Relações Internacionais
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Browsing FCHS (DCPC) - Ciência Política e Relações Internacionais by advisor "Campelo, Álvaro"
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- A história e transição democrática de TaiwanPublication . Costa, José Miguel Ribeiro; Campelo, ÁlvaroEste projeto analisa a história política de Taiwan, desde os seus primeiros Povos indígenas até a sua consolidação como uma das democracias mais desenvolvidas da atualidade. Abordando os diversos períodos de domínio externo – desde as primeiras potências colonizadoras, passando pela administração da Dinastia Qing e o domínio japonês – bem como o impacto dessas ocupações na formação da identidade nacional taiwanesa. Até ao período pós-Segunda Guerra Mundial, quando Taiwan se tornou refúgio do governo nacionalista da República da China, após a derrota na guerra civil chinesa frente ao Partido Comunista. O regime liderado por Chiang Kai-shek impôs uma longa ditadura sob a ilha, marcada por repressão, censura e a imposição cultural do modelo chinês continental. No entanto, a partir das décadas de 1980 e 1990, Taiwan passou por um processo gradual de abertura política que culminou na realização de eleições diretas e na construção de uma democracia consolidada. O trabalho discute também o atual contexto geopolítico da região do Indo-Pacífico, destacando o papel estratégico de Taiwan no comércio internacional e no momento de transição tecnológica que a economia a nível mundial atravessa. A crescente tensão com a República Popular da China é analisada, assim como a posição ambígua dos Estados Unidos diante de um possível conflito. A democracia taiwanesa foi construída com base na resistência popular, na valorização das liberdades civis e na autodeterminação do povo da ilha. Taiwan representa um caso único de transição democrática no Leste Asiático e a sua história é essencial para compreender os desafios contemporâneos do atual sistema internacional.
- Imigração a nível europeu, português e o porquê de já não ser um tema tabu no contexto políticoPublication . Dias, Diogo Palma Silva; Campelo, ÁlvaroEste projeto aborda a imigração em contextos europeu e português, combinando uma análise histórica, institucional, política e mediática. Começamos por recordar que, apesar de longa e multifacetada, a história migratória europeia adquiriu complexidade no pós-industrial, pós-Segunda Guerra Mundial e após a integração no espaço Schengen e nas crises de refugiados, em especial a de 2015. Em Portugal, o país transitou de origem de emigrantes para destino de imigrantes, um processo impulsionado pela Revolução dos Cravos, pelos retornados das ex-colónias e pela adesão à União Europeia. Os fluxos migratórios vindos dos PALOP, do Brasil, da Europa de Leste e de regiões asiáticas conferiram ao país um perfil cada vez mais multicultural. A análise destaca os desafios reais que enfrentam os imigrantes em Portugal: precariedade laboral em setores de pouca proteção, dificuldades no reconhecimento de qualificações, segregação habitacional, barreiras linguísticas, resultados educativos abaixo do esperado e discriminação racial. Esses fatores coexistem com uma burocracia complexa que ainda dificulta a inclusão plena, apesar de o país contar com políticas de integração consideradas progressistas, como regularizações extraordinárias, iniciativas linguísticas e o Plano Nacional para a Integração de Migrantes. Uma parte crucial do trabalho centra-se na politização da imigração, mostrando como o tema se transformou num eixo central do discurso político. A emergência do Chega, com um discurso securitário e identitário, e a resposta adaptativa dos partidos socialistas e sociais-democratas ilustram a disputa entre narrativas de exclusão e de inclusão. Os media, fragmentados e polarizados, criaram ecossistemas informativos onde o tema é apresentado ora como ameaça, ora como oportunidade, reforçando “bolhas” ideológicas e dificultando o diálogo democrático. O projeto conclui que a imigração deixou de ser tabu e passou a ser objeto de debate político permanente, marcado por tensões entre tradição e mudança, medo e esperança. No entanto, oferece também caminhos positivos: através de políticas baseadas em evidência, respeito pelos direitos humanos e narrativas de acolhimento, é possível transformar a imigração num motor de desenvolvimento, coesão social e renovação cultural num mundo globalizado.
- União Europeia em transição: o grande desafio demográfico do século XXIPublication . Pinto, Gonçalo Alberto Oliveira; Campelo, ÁlvaroEste trabalho analisa o grande desafio demográfico que a União Europeia enfrenta atualmente, marcado pelo envelhecimento da população, pela queda das taxas de natalidade e pelo aumento dos fluxos migratórios. Os primeiros fatores colocam pressão sobre os sistemas de pensões, saúde e serviços públicos, porque há cada vez menos pessoas em idade ativa para sustentar economicamente uma população mais envelhecida. Neste contexto, a imigração surge como uma resposta importante: pode compensar a falta de mão de obra jovem, trazer dinamismo económico e renovar a sociedade. Mas só resulta se acompanhada de políticas eficazes de integração que assegurem acesso ao trabalho, educação e participação cívica. O texto compara abordagens nacionais, mostrando a Alemanha como exemplo de acolhimento e integração planeados, a Polónia como um caso de mudança ao receber milhões de ucranianos, a Hungria como exemplo dos riscos de fechar fronteiras, e a Itália como caso de receção sem integração suficiente. Conclui que nem abrir nem fechar portas resolve os problemas, por si só. É preciso combinar imigração com integração, apoio à natalidade, inovação e políticas sociais para transformar o desafio demográfico numa oportunidade de desenvolvimento sustentável para a Europa.
