A Obra Nasce - Nº 08 (dez. 2014)
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- Génese e evolução dos modelos de estrutura verde urbana na estratégia de desenvolvimento das cidadesPublication . Quintas, Andreia V.A Estrutura Verde Urbana constitui um sistema de promoção dos elementos naturais nas paisagens urbanas, visando a sustentabilidade e qualidade de vida. Considerada uma estratégia fundamental de planeamento urbano, é implementada há já bastante tempo, tendo acompanhado o desenvolvimento das cidades, em resposta aos constantes desafios trazidos pela evolução das sociedades e culturas. Por todo o mundo, e ao longo da história, surgem diversos modelos de Estrutura Verde Urbana que, embora com distintas designações, conformações e objetivos, dependendo de cada paisagem urbana, tiveram em comum uma génese e, embora indiretamente, funcionalidades convergentes. Apresentam-se, aqui, os modelos mais relevantes de Estrutura Verde Urbana, surgidos em paralelo com a evolução das cidades, ajudando a compreender a história da relação do homem com o natural, mas também servindo de inspiração para novas estratégias de articulação dos elementos naturais com as necessidades humanas, face aos novos e constantes desafios de sustentabilidade emergentes.
- As dimensões da Arquitectura: uma perspectiva evolutiva e histórica da arquitecturaPublication . Cerveira Pinto, Manuel“As Dimensões da Arquitectura” é um percurso rápido pela História da Arquitectura, tendo sempre presente que o seu protagonista em todas as épocas é o espaço.
- Construir na emergência: a arquitetura portuguesa em momentos de crisePublication . Silva, IlídioNum país que recorrentemente se encontrou em momentos de escassez económica e agitação social, quais foram as opções arquitetónicas que deram voz a essa situação existencial? São as épocas críticas inerentemente propiciadoras de sobriedade, conservadorismo e tibieza técnica? De posturas nacionalistas ou internacionalistas? A história da arquitetura portuguesa demonstra-nos que existirão lógicas de reação, que talvez haja regularidades, mas dificilmente condenações deterministas.
- A cidade difusa e os instrumentos para o seu (re)conhecimento: o “atlas ecléctico” de Stefano BoeriPublication . Sucena-Garcia, SaraA cidade difusa é o contexto, no quadro da cidade contemporânea, de que parte o presente artigo. Apesar de comparável em certos aspectos a outras realidades urbanas mundiais, essa assume características estruturais específicas que lhe garantem uma localidade concreta, europeia, mesmo que não possa ser generalizável nesse espaço. É possível, então, descrever os seus atributos, sistematizando factos de incompreensão julgados caóticos, mas que assim se classificam – essencialmente – por recusa de ver a figura urbana que está diante dos olhos. A necessidade da sua conceptualização para, em consequência, definir um aparato técnico que lhe seja ajustado, é, contudo, condição para planear e intervir na nova realidade urbana. A noção de um “atlas ecléctico”, tal como descrito por Stefano Boeri (1997/2011) em vários textos, é pretexto para discorrer sobre a pertinência deste instrumento para o (re)conhecimento da cidade difusa, assim a legitimando como expressão urbana «plena».
- De Babel a DohaPublication . Tavares, AbelO crescimento e a dimensão espectáveis da população urbana para as duas próximas décadas, as fragilidades do modelo social-democracia capitalista neoliberal, a convergência da trajetória das alterações climáticas com a da pro- dução de gases com efeito de estufa e a mediatização das “catástrofes naturais” constituem um quadro crítico dos atuais modelos de desenvolvimento e crescimento urbano para o qual se começam a perfilar propostas em diversos âmbitos disciplinares. É sobre algumas destas propostas que nos debruçamos, por quanto podem indiciar tendências e/ou apontar caminhos e daí avançar com um contributo para o que designamos de “urbanismo prático”.
- The new ecological-architectural imperativePublication . Cunha, Hugo Rodrigues Ferreira da Silva; Faria, Luis Pinto deNo actual contexto do século XXI, amplamente integrado numa ‘Era Ecológica’ e alegadamente em plena ‘Época do Antropo-ceno’, cresce o consenso geral em torno da especificidade do momento de mudança que atravessamos e da necessidade de proceder a readaptações e desenvolver acções mais coadunáveis com uma nova realidade sócio-ecológica. Torna-se cada vez mais evidente que o fenómeno global das alterações climáticas e o corrente processo de urbanização planetária estão profundamente relacionados com o agravamento de cumulativos problemas ambientais, económicos e sociais que se conjugam numa profunda ‘crise ecosistémica’, no epicentro da qual surgem as cidades e, inevitavelmente, a Arquitectura. Hoje confrontada com profundos ‘desafios ecológicos’ – que afectam a sua própria ‘orgânica’ interna –, a Arquitectura procura libertar-se de preconceitos e readaptar-se a novas realidades, através de uma ‘metamorfose’ disciplinar que lhe permita evoluir novos modos de interpretação e acção – ‘ecologização’. Nesse sentido, enunciamos aqui a génese e os fundamentos de/para um novo imperativo ecológico-arquitectónico.
- Arquitectura orgânica – da metáfora à forma pelo digitalPublication . Santiago, PedroAssistimos hoje, como civilização, a uma mudança global profunda a várias escalas e níveis, uma enorme alteração do nosso mundo físico, tecnológico e cultural. Próximo do colapso, o planeta está a lidar com um desequilíbrio de forças e energias, com repercussões em todo o ecossistema e biomas. Algumas teses científicas defendem um ponto sem retorno, outras defendem um ciclo natural, não tão alarmante. No entanto, ambas concordam com a mudança, como um facto inegável. A consequência mais visível é o aquecimento global, ainda um tema controverso, mas mesmo assim já mensurado e testemunhado através de métodos científicos. Quando a temperatura média sofre mudanças, o efeito sobre os ecossistemas é enorme, alterando, portanto, a face do planeta tal como o conhecemos. Este trabalho estabelece e aponta uma possível posição do arquitecto face a essas mudanças de paradigma, recorrendo à tecnologia digital como uma forma de melhor compreender e desenhar com os princípios naturais, propondo o resultado do projecto, o nosso universo construí- do, como um organismo ecossistémico.