Departamento de Ciências da Nutrição
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Browsing Departamento de Ciências da Nutrição by Subject "Ácidos gordos"
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- Análise nutricional do fruto carpobrotus edulis: potencial aplicação na nutriçãoPublication . Marques, Carlota Rodrigues; Ferreira da Vinha, Ana; Silva, Carla Sousa eIntrodução: As plantas invasoras são, atualmente, uma das principais ameaças à biodiversidade global e Portugal possui um grave problema de invasão por estas espécies, as quais têm promovido a uma alteração dos ecossistemas nativos. Desta forma, torna-se imperativo estudá-las, não só na ótica botânica, mas também como recurso natural edível. Objetivos: Este estudo pretendeu valorizar os frutos de Carpobrotus edulis (L.), uma planta invasora da costa de Portugal, como fonte alimentar rica em nutrientes e compostos bioativos para consumo direto e/ou incorporação em matrizes alimentares. Metodologia: Para a análise centesimal (humidade, cinzas, proteína bruta, gordura total e hidratos de carbono) seguiram-se os protocolos da Associação de Químicos Analíticos Oficiais. O perfil de minerais foi realizado por absorção atómica de chama. Os ácidos gordos foram analisados por cromatografia gasosa acoplada com detetor de ionização de chama após conversão em ésteres metílicos de ácidos gordos. A determinação dos teores de compostos fenólicos e de flavonoides totais em diferentes extratos seguiu metodologias colorimétricas e a atividade antioxidante foi estudada recorrendo a duas metodologias analíticas correntes: método DPPH• e FRAP. Resultados: Os frutos de C. edulis contêm elevados teores de hidratos de carbono (60,5%), proteína total (22,8%) e cinzas (10,9%). Em contraste, foram observados teores baixos de gordura (4,5%). No que toca ao perfil mineral, os macroelementos maioritários presentes no fruto estudado foram o cálcio (12,44 mg/g), magnésio (2,98 mg/g) e potássio (1,24 mg/g), respetivamente. Da fração lipídica, o ácido linoleico (52,08%), o ácido oleico (17,51%) e o ácido palmítico (12,41%) foram os principais ácidos gordos encontrados nos frutos. O extrato hidroalcoólico obteve maior concentração de fenólicos totais (311,7 mg EAG/g) e de flavonoides totais (50,43 mg EC/g). Todos os extratos demonstraram elevado potencial antioxidante, no entanto, o extrato hidroalcoólico apresentou maior atividade (DPPH•: 95,89%; FRAP: 47,27%). Conclusões: O perfil centesimal e a presença de compostos bioativos associados às propriedades antioxidantes divulgadas nos frutos de C. edulis valorizam o seu potencial para aplicação em indústrias alimentares e nutracêuticas com benefícios para a saúde.
- Influence of polyunsaturated fatty acids on multiple sclerosis and use for treatmentPublication . Ribeiro, Sónia Augusta Oliveira; Guerra, Rita; Silva, CláudiaMuitos dos pacientes com esclerose múltipla usam terapias complementares alternativas como parte do tratamento e dos seus sintomas, entre estas a suplementação com ácidos gordos polinsaturados que é a mais comummente utilizada. O interesse no uso de ácidos gordos polinsaturados em pacientes com esclerose múltipla tem vindo a aumentar. O objetivo desta revisão foi perceber de que forma estes ácidos gordos podem influenciar a esclerose múltipla e qual a sua utilidade para o tratamento da mesma. Para a elaboração desta revisão foram realizadas duas pesquisas na PubMed usando as expressões de pesquisa “("polyunsaturated fatty acids") AND multiple sclerosis” e “[(("fatty acids" OR polyunsaturated OR unsaturated) AND multiple sclerosis AND (trial OR cohort OR prospective study)) NOT review]”. Foram incluídos ensaios clínicos, estudos realizados em animais e estudos de coorte, resultando num total de trinta artigos. Os resultados mais promissores sugerindo um efeito benéfico dos ácidos gordos polinsaturados na esclerose múltipla são os provenientes dos estudos realizados em animais, mas estes não podem ser diretamente extrapolados para os humanos. A maioria dos ensaios clínicos analisados, bem como os estudos de coorte, sugerem potenciais benefícios do uso destes ácidos gordos na esclerose múltipla, mas as intervenções usadas incluíram também outras substâncias, recomendações alimentares ou tratamentos farmacológicos. Esta revisão conclui que os ácidos gordos polinsaturados podem ter um impacto positivo na esclerose múltipla quando combinados com outras substâncias, dietas especiais ou tratamentos farmacológicos. No entanto, são necessários mais estudos para determinar o papel efetivo e exclusivo destes ácidos gordos na esclerose múltipla.