Faculdade de Ciências da Saúde
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Browsing Faculdade de Ciências da Saúde by Subject "1,25-dihidroxivitamina D"
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- Deficiência de vitamina D e a pandemia por COVID-19Publication . Cunha, Marisa Aurora da; Silva, Raquel; Leal, FernandaAo longo dos últimos anos, a vitamina D tem sido muito estudada na influência no sistema imunitário, cancro, doenças respiratórias, infeções, entre outras, sendo que a sua deficiência tem sido associada ao aumento do risco de infeções do trato respiratório. A pandemia por COVID-19 tem tido um impacto gigante a nível mundial apresentando uma taxa de mortalidade elevada devido maioritariamente a síndromes respiratórios agudos severos e, por isso, tem estado também no foco de vários investigadores, nomeadamente a relação entre a vitamina D e a patogenicidade da COVID-19, já que a deficiência em vitamina D tem sido associada a casos mais severos da doença. Este trabalho tem como objetivo perceber o impacto da deficiência em vitamina D na pandemia por COVID-19. Tratou-se de um estudo de revisão da literatura nos últimos 6 anos, tendo-se recorrido à Pubmed, Scielo e Science Direct onde foram utilizadas as seguintes palavras-chave: “vitamin D”, “vitamin D deficiency”, “COVID-19”, “SARS-CoV-2”, “elderly”, “children”, “pregnancy”, “athletes”. Obtiveram-se 1684 publicações que foram posteriormente analisadas e selecionadas consoante os critérios de inclusão/exclusão. De entre os resultados obtidos na pesquisa, uma grande parte dos autores referem uma grande prevalência de deficiência em vitamina D por todo o mundo em geral, associando-a a várias patologias, inclusive à COVID-19. Por ser um assunto tão recente, e apesar de existirem já muitos estudos sobre o assunto, é possível verificar que ainda há muito por investigar quanto ao papel da vitamina D quer na COVID-19, quer noutro tipo de patologias, uma vez que os resultados se tornam controversos.
- A importância clínica da vitamina DPublication . Pinheiro, Tânia Marisa Macedo; Souto, Renata; Pimenta, AdrianaNos últimos anos, o papel fisiológico da vitamina D tem sido amplamente estudado. A sua ação primordial no metabolismo do cálcio é já bem conhecida, sendo esta uma das hormonas responsáveis pela manutenção dos níveis de cálcio sérico, através da promoção da absorção de cálcio e fósforo a partir do intestino e da reabsorção óssea de cálcio. No entanto, o interesse clínico na vitamina D não se restringe apenas ao metabolismo fosfocálcio, mas também se manifesta em várias outras condições médicas (diabetes, doenças cardiovasculares, esclerose múltipla, câncer, distúrbios psiquiátricos, doenças neuro-muscular). De facto, evidências recentes correlacionam níveis insuficientes de vitamina D, com um risco aumentado de desenvolvimento de outras doenças, não relacionadas com a componente óssea. A elevada prevalência de níveis inadequados de vitamina D é hoje em dia encarada como um problema de saúde pública que afeta vários países da Europa e os EUA. Por este motivo, e pelo conhecimento do crescente número de doenças associadas a esta deficiência, a medição exata dos níveis de vitamina D tem assumido elevada relevância na clínica. Desta forma, o número de análises para avaliação da quantidade de vitamina D para fins de diagnóstico aumentou significativamente. A concentração de 25- hidroxivitamina D (25(OH)D) é o parâmetro de rotina, mas a determinação de outros metabolitos, em particular a forma fisiologicamente ativa 1,25 dihidroxivitamina D (1,25(OH)2D) pode ser também de interesse clínico. No entanto, os níveis séricos de 25(OH)D são o melhor indicador do conteúdo corporal de vitamina D, uma vez que reflete a quantidade obtida a partir da ingestão e exposição à luz solar, assim como da conversão de vitamina D a partir de depósitos de gordura no fígado. As últimas orientações da Endocrine Society sugerem o rastreio do défice de vitamina D apenas em indivíduos em risco e não na população em geral. Nestes doentes, recomenda-se a medição da 25(OH)D sérica circulante, por um método analítico fiável. Ao longo dos anos, técnicas de quantificação de 25(OH)D e a 1,25(OH)D têm aumentado e evoluído. Estes métodos são baseados em ensaios de ligação competitiva por meio de imunoensaio e cromatografia líquida associados com espectrometria de massa, no entanto estes têm demonstrado vários desafios analíticos, sendo que as vantagens e desvantagens de cada método mudam constantemente com novos desenvolvimentos tecnológicos. Os imunoensaios continuam a ser o modo predominante de medição para 25(OH)D, embora os problemas com a recuperação equimolar dos metabolitos D2 e D3 permanecem um problema. O défice de vitamina D é definido por um valor de 25(OH)D inferior a 20 ng/mL (50 nmol/L). Em indivíduos em risco recomenda-se a ingestão de vitamina D na dieta, de acordo com a idade e situações especiais (gravidez, amamentação, obesidade e toma concomitante de alguns fármacos). Para o tratamento e prevenção do défice de vitamina D sugere-se a utilização de qualquer das isoformas de vitamina D (o colecalciferol ou vitamina D3 e o ergocalciferol ou vitamina D2, em dose dependente do grupo etário e das necessidades específicas.
- Vitamina D e o cancro oral: revisão narrativaPublication . Carneiro, Evaní; Medeiros, Rui; Palmeira, CarlosA vitamina D é uma pró-hormona adquirida por síntese endógena cutânea através da exposição a radiação ultravioleta ou pela dieta, cujo metabólito ativo, calcitriol, exerce ação fundamental na remodelação óssea, na regulação da homeostasia do cálcio e do fosfato, em conjunto com a paratormona (PTH). Atualmente, a carência de vitamina D tem alta prevalência em todo o mundo, sendo considerada um problema de saúde pública. Estudos representativos da população portuguesa demostraram que dois em cada três portugueses têm défice de vitamina D. A associação entre concentrações <20ng/mL de vitamina D e o desenvolvimento de diversas doenças, nomeadamente, as doenças ósseas, cardiovasculares, autoimunes, infecciosas e diabetes mellitus, foi validada cientificamente. Para além desta associação, evidências atuais têm relacionado este défice com o aumento de risco de desenvolvimento de cancro, incluindo o cancro oral. As neoplasias que afetam a cavidade oral, faringe, laringe, fossas nasais, seios perinatais e glândulas salivares são incluídas no grupo heterogéneo de entidades conhecidas como cancro de cabeça e pescoço. Essas neoplasias são a sexta causa mais comum de cancro em todo o mundo, com cerca de 650.000 novos casos e 350.000 mortes registadas anualmente, resultando num grande impacto socioeconómico, ao nível de perdas de vidas, morbilidade e custo na saúde. Estudos in vitro e in vivo demostraram que a vitamina D é capaz de exercer efeitos antineoplásico através da sua ligação a um recetor intracelular específico, o vitamin D receptor (VDR). Este receptor encontra-se ativo, nas células benignas e nas células malignas, em vários órgãos e tecidos de diversos sistemas do organismo, promovendo a transcrição de genes e a síntese de proteínas. Esta descoberta levou a um aumento do interesse clínico na potencial utilização da vitamina D como fator adjuvante na prevenção e no tratamento do cancro. O objetivo desta revisão narrativa foi analisar a literatura existente sobre os possíveis mecanismos pelos quais a vitamina D exerce seus efeitos biológicos na fisiopatologia do cancro oral, bem como as implicações na deficiência da vitamina D nesses pacientes, com base em evidências científicas e epidemiológicas atualizadas.