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- Influência da genética humana no desenvolvimento da cárie dentáriaPublication . Campello, Alberto Giacomo Antonio Turano; Ribeiro, Maria GilA cárie dentária é uma das doenças mais prevalentes em todo o mundo. Se não for tratada, pode desencadear dor, infeção e perda de dentes, afetando negativamente a qualidade de vida que está relacionada com a saúde oral. A etiologia desta doença é complexa, envolvendo aspetos biológicos, sociais, comportamentais e psicológicos. A produção e a composição da saliva, bem como as suas propriedades antibacterianas, o processo de formação do esmalte e a estrutura do dente, ou a resposta imunológica são fatores de risco biológicos comummente descritos na literatura. Uma vez que estes fatores estão, direta ou indiretamente, relacionados com proteínas específicas, o risco de desenvolvimento da doença pode ser influenciado por variações na sequência dos respetivos genes. Ao longo das últimas décadas têm sido descritas alterações em genes que codificam para proteínas funcionalmente diversas, a maioria das quais sendo polimorfismos de nucleótido único. Esta revisão narrativa analisa estes aspetos, que não só confirmam a natureza multifacetada da doença, como também contribuem para a sua compreensão. Adicionalmente, a importância dos estudos genéticos e epigenéticos para a elucidação da patogénese molecular da cárie dentária é assinalada, assim como o desafio respeitante à compreensão plena das interações moleculares subjacentes à doença, e a oportunidade de desenvolvimento de ferramentas complementares e mais precisas para o diagnóstico e prevenção da cárie dentária.
- Tratamentos não cirúrgicos de apneia obstrutiva do sono em crianças com síndrome de Down: revisão integrativaPublication . Custodio, Christianne de Alencar; Lameiro, JoanaA Síndrome de Down é o distúrbio cromossómico mais comum e afeta 1 a cada 700 nados vivos. Crianças com síndrome de Down têm uma grande prevalência de desenvolvimento de distúrbios respiratórios, dos quais a apneia obstrutiva do sono é a mais comum. A apneia obstrutiva do sono potencializa condições neurológicas que comprometem a cognição e a função, contribuindo para problemas comportamentais e de aprendizagem. Várias características craniofaciais são associadas ao estabelecimento da apneia obstrutiva do sono em crianças com Síndrome de Down, incluindo deficiência transversal maxilar, macroglossia relativa, hipoplasia da face média entre outros. Assim, o médico dentista, pela posição privilegiada que tem na avaliação da região orofacial, pode e deve, através da deteção de sinais e sintomas, contribuir para o diagnóstico o mais precocemente possível. O encaminhando para confirmação de diagnóstico e estabelecimento do tratamento adequado, bem como a colaboração no tratamento de casos menos graves, através da correção de problemas craniofaciais com aparelhos de expansão rápida da maxila, dispositivos de avanço mandibular e aparelhos fixos, são também da sua competência. Através de pesquisa da literatura dos últimos 5 anos, esta revisão integrativa teve como objetivo perceber em que medida os tratamentos não cirúrgicos são tolerados pelas crianças com Síndrome de Down, apresentando-se como uma alternativa a outros tratamentos mais invasivos. Com a análise dos artigos selecionados concluiu-se que, apesar dos poucos estudos em crianças sindrómicas, pode considerar-se que os tratamentos não cirúrgicos da apneia do sono em crianças são eficazes como adjuvantes do tratamento cirúrgico em casos graves. Além disso, podem também representar uma solução menos invasiva nos casos ligeiros, ao melhorarem a forma e a função das vias aéreas superiores. Apesar dos poucos estudos especificamente relacionados com a real utilização e tolerância dos aparelhos para tratamento não cirúrgico em crianças, a maioria dos estudos relata benefícios quanto ao seu uso, de onde podemos concluir que serão geralmente bem tolerados pela população pediátrica com Síndrome de Down.
- Avaliação satisfação dos pacientes reabilitados com prótese removível nas CPMD-UFPPublication . Chah, Aymane; Gavinha, Sandra; Barreira, SérgioA reabilitação oral por meio de próteses removíveis é uma prática integral na medicina dentária, essencial para restabelecer não apenas a função mastigatória e estética dos pacientes, mas também para elevar sua qualidade de vida. O estudo que nos propusemos realizar nas clínicas pedagógicas de medicina dentária da Universidade Fernando Pessoa (CPMD-UFP) pretendeu avaliar a satisfação dos pacientes reabilitados com estes dispositivos feitos por medida. Este indicador de satisfação será vital para avaliar a eficácia das reabilitações. O desenho do estudo envolve a aplicação de dois instrumentos: o Questionário satisfação protética (QSP) e um questionário sociodemográfico elaborado para uma melhor caracterização da amostra, que se pretende num mínimo de 50 indivíduos reabilitados com próteses removíveis e que frequentam as CPMD-UFP. O QSP é um meio validado para a população portuguesa por Rodrigues (2015) e avalia aspetos críticos como retenção, estabilidade, conforto, oclusão, estética e fonética. O questionário sociodemográfico permite a recolha de informação como idade, género, o nível de educação, o tipo de prótese com que o paciente está reabilitado e outras variáveis que podem influenciar a experiência do paciente com a prótese. O objetivo deste estudo é duplo: visa quantificar a satisfação dos pacientes com a sua prótese e analisar como essa satisfação se correlaciona com variáveis sociodemográficas e características específicas da prótese. Os critérios de inclusão para os participantes são: adultos com 18 anos ou mais, que estão reabilitados com próteses removíveis e que acedem participar livremente após os devidos esclarecimentos e consentimentos. Os critérios de exclusão são pacientes menores de 18 anos ou que livremente não deem a autorização para participação. Os resultados do estudo indicaram que a maioria dos pacientes expressou um alto nível de satisfação com suas próteses, particularmente em relação ao conforto e à funcionalidade. Cerca de 80% dos pacientes estavam "totalmente" ou "muito satisfeitos" com a capacidade de fala proporcionada pela prótese, com uma média de 1,60 numa escala de 1 a 5 (sendo 1 "totalmente satisfeito"). No entanto, a análise revelou variações na satisfação, influenciadas por fatores como idade, género e condição socioeconómica, sugerindo que essas variáveis impactam a perceção dos pacientes. Além disso, a oclusão foi identificada como o parâmetro com maior insatisfação, especialmente nas próteses mandibulares, apresentando uma média de 2,47 o que sugere ser uma área prioritária para melhorias. Ao entender melhor os determinantes da satisfação dos pacientes, os profissionais de odontologia poderão ajustar e otimizar os procedimentos de tratamento, visando atender melhor às expectativas dos pacientes. Este alinhamento entre a prática clínica e as necessidades do paciente elevará não apenas o padrão de atendimento, mas também contribuirá significativamente para a formação dos futuros profissionais por forma a elucidar sobre a importância da avaliação dos fatores em análise. Este projeto de investigação, pretende ser uma contribuição importante para a medicina dentária, tanto na prática clínica quanto no âmbito académico.