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- Potenciais aplicações terapêuticas dos canabinoides em Medicina Dentária: uma revisão crítica da literaturaPublication . Sousa, Catharina Leonardo Novaes de; Carvalho, Márcia; Barbosa, CláudiaO uso terapêutico da canábis decorre da utilização de compostos químicos específicos encontrados na planta Cannabis sativa, conhecidos como canabinoides. Os canabinoides mais estudados atualmente são o delta-9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC) e o canabidiol (CBD), que possuem efeitos distintos no corpo humano. O crescente interesse na utilização de canabinoides para fins medicinais tem despertado atenção para suas possíveis aplicações na Medicina Dentária. Algumas das indicações terapêuticas atuais da canábis incluem espasticidade associada à esclerose múltipla ou lesões da medula espinhal, náuseas e vómitos resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada para tratamento da infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), estimulação do apetite em doentes oncológicos ou com a síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA), dor crónica associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso, síndrome de Gilles de la Tourette e epilepsia. Esta revisão crítica da literatura visa fornecer uma visão abrangente das potenciais aplicações terapêuticas dos canabinoides na medicina dentária, que incluem a higiene oral e prevenção da cárie dentária, terapia pulpar, terapia periodontal, analgesia orofacial, tratamento do cancro oral/cabeça e pescoço, e ansiedade associada à consulta de medicina dentária. Além disso, investiga os recetores canabinoides presentes na cavidade oral e apresenta as patentes relacionadas ao uso de canábis e/ou canabinoides na medicina dentária. No entanto, apesar do presente trabalho fornecer evidências promissoras sobre o potencial terapêutico dos canabinoides na medicina dentária, são necessários mais estudos clínicos robustos para validar as suas aplicações e determinar a segurança das mesmas.
- Fatores de risco para infecção relacionada à assistência à saúde em unidade de terapia intensiva neonatal no Estado do CearáPublication . Lima, Carmen Sulinete Suliano da Costa; Silva, Cláudia; Rocha, Hermano Alexandre LimaOBJETIVOS: Identificar os fatores determinantes para infecções relacionadas à assistência à saúde de início tardio em terapia intensiva neonatal. Descrever a sensibilidade das bactérias aos antimicrobianos e identificar multirresistência. Descrever as diferenças entre as infecções fúngicas e bacterianas. MÉTODOS: Estudo caso-controlo no Estado do Ceará, entre janeiro de 2013 a dezembro de 2017. Considerado caso o recém-nascido com infecção relacionada à assistência à saúde tardia e, controle, aquele sem infecção. Variáveis com valor de p ≤ 0,05 em análise regressiva bivariada foram incluídas em modelo logístico hierarquizado para multivariada. Valores de p<0,01 foram considerados significativos. Foram avaliadas as sensibilidades aos antimicrobianos e multirresistência, através da classificação: multirresistência; resistência estendida ou panresistência. Foram comparadas infecções fúngicas com bacterianas. RESULTADOS: Dos 1132 participantes, 427 (37,7%) tiveram infecções tardias, com 54 (12,6%) hemoculturas positivas. Dentre as bacterianas positivas, 26 (55,3%) foram Gram-negativas e 21 (44,7%) Gram-positivas; sete (14,9%) foram bactérias multirresistentes. Entre as multirresistentes, três foram Klebsiella pneumoniae, três Pseudomonas aeruginosa e um Staphylococcus epidermidis. A resistência das Gram-positivas à oxacilina foi de 47,5% e a susceptibilidade foi alta à vancomicina (97,5%), porém uma bactéria foi resistente aos dois antimicrobianos. Sete (13%) infecções confirmadas foram por fungos, predominando Candida parapsilosis (42,9%). Destas todos eram prematuros, 71,4% destes <1500g (53,2% nas bacterianas). Quanto ao uso de cateter central, todas as fúngicas utilizaram (93,6% das bacterianas) e o tempo de uso foi 33,3% maior. Usou-se nutrição parenteral em todas as fúngicas versus 74,5% das bacterianas, e o tempo 140,0% maior. Fatores de risco que permaneceram significativos: prematuro menor do que 30 semanas (OR=5,62; IC95% 1,83–17,28); uso de ventilação (OR=1,84; IC95% 1,26–2,68); uso de cateter venoso central (OR=2,48; IC95% 1,40–4,37) e tempo de internamento (OR=1,06; IC95% 1,05–1,07). Dentre os óbitos, 41 (55,4%) foram por infecções tardias. A letalidade entre as fúngicas foi de 28,6% versus 8,5% nas bacterianas. CONCLUSÃO: Os recém-nascidos com menos de 34 semanas de idade gestacional e peso inferior a 1500g são de alto risco para infecções, sendo fundamental a prevenção da prematuridade. Melhores práticas devem ser adotadas, como o uso racional de procedimentos e de antimicrobianos, para evitar infecções nosocomiais, óbitos e multirresistência bacteriana.