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- O papel do médico dentista no diagnóstico de cancro oral e orofaríngeo no Brasil: revisão narrativaPublication . Santos, Viviane de Abreu; Palmeira, CarlosO diagnóstico e tratamento de doenças bucais têm um papel fundamental na saúde da população brasileira. O médico Dentista desempenha um papel primordial nesse processo, pois é responsável por identificar, tratar ou encaminhar esse paciente a um profissional ou uma rede de apoio especializada para o tratamento do paciente em diversas patologias, incluindo o cancro oral. Nessa Revisão Narrativa abordaremos dados relevantes de índices estatísticos no contexto atual de cancro oral e orofaríngeo no país, as principais lesões potencialmente malignas, hábitos que influenciam a carcinogénese, sendo um dos principais agentes de prevenção e diagnóstico, pois nesse processo é capaz de identificar em sua inspeção visual e exame clínico, alterações na cavidade oral. Numa anamnese detalhada é possível identificar lesões potencialmente malignas e através de questionamento, identificar hábitos tabágicos, etilismo e exposição a agentes que podem levar a carcinogénese. A realização de biópsias é essencial para confirmar o diagnóstico de cancro oral e determinar o estágio da doença. A inteligência artificial é um auxílio de mais-valia no diagnóstico e tratamento de cancro no Brasil e no mundo. O atraso no início do tratamento está associado a menor índice de sobrevida e qualidade de vida dos pacientes com cancro. No Brasil, o prazo máximo estabelecido por lei para o início do tratamento oncológico após neoplasia maligna confirmada é de 60 dias, porém, o cumprimento desse prazo ainda não é uma realidade. Dados do Painel Oncológico indicam que 50% dos casos de cancro de boca diagnosticados em 2020 foram tratados em mais de 60 dias, variando de 37% na Região Sul e 55% na Região Norte. Mesmo com o aumento da qualidade de equipamentos e tecnologia, o diagnóstico precoce em estágios iniciais ainda não é uma realidade, mas é possível reduzir a incidência e mortalidade do cancro de boca e orofaringe por meio de medidas de prevenção primária e deteção precoce. É preciso capacitação dos profissionais de saúde para reconhecer os principais sinais e sintomas, procedimentos de diagnóstico em tempo oportuno, orientar e encaminhar esses pacientes para um tratamento adequado e uma rede de atenção à saúde organizada.
- Pandemia e pós-pandemia: estudo sobre a influência da crise económica e do desemprego na violência domésticaPublication . Gonçalves, Bruna Isabel Araújo; Cunha, PedroO presente estudo tem como principal objetivo compreender de que modo a crise económica e o desemprego podem ter influência no número de casos de violência doméstica. Apesar da pandemia e tudo o que está consigo relacionada ainda estar presente nos dias de hoje, compreende-se que, atualmente, a vida e as rotinas já voltaram, praticamente, ao normal e, por esse motivo, faz sentido falar, tanto de um período de COVID-19 como de um período já considerado “pós-pandemia”. No entanto, é fundamental compreender os fatores de risco que levam aos episódios de violência doméstica, de forma a intervir nos mesmos. Com a pandemia, muitos foram os que perderam os seus empregos e, de acordo com a literatura analisada, este parece ser um dos fatores que mais tem dado origem a episódios de violência doméstica. Com a pandemia, as pessoas passaram mais tempo juntas e fechadas em casa o que, em muitos dos casos, pode explicar a existência de violência em contexto doméstico. Num período de pós-pandemia, compreende-se que o atual conflito armado existente entre a Ucrânia e a Rússia impacta, de diferentes formas, a vida individual e em sociedade. O aumento da inflação e o desemprego é um dos fatores motivadores da crise económica que se está a viver, podendo estar na origem do aumento da violência doméstica. Com o presente estudo foi possível concluir que, segundo os profissionais inquiridos, a violência doméstica aumentou durante a pandemia do COVID-19, tendo-se mantido num período de pós-pandemia. As dificuldades económicas/financeiras tendem a ser um dos principais fatores desencadeadores dos episódios de violência no contexto doméstico.
- Violência doméstica em Portugal: experiências de burnout dos técnicos de apoio à vítimaPublication . Rocha, Hanna Caroline Macário Dias; Fernandes, Ângela; Cunha, PedroA violência doméstica é um fenômeno que transcende grupos religiosos, sociais, econômicos e culturais, e deve ser veementemente combatida. Em Portugal, o atendimento às vítimas deste fenómeno é realizado pelo Técnico de Apoio à Vítima (TAV), prestando apoio quer seja a nível psicológico, quer seja a nível jurídico ou a nível social, sendo regulamentado na legislação portuguesa. Deste modo, este estudo debruçou-se a descobrir como objetivo principal as estratégias que o Técnico de Apoio à Vítima utiliza para lidar com os episódios de Stress que podem levar ao Burnout, em sua atividade profissional. Como objetivos específicos, foi analisada a presença/ausência de sintomas de Stress e/ou Burnout no Técnico de Apoio à vítima (TAV), bem como identificadas e analisadas as estratégias utilizadas pelo TAV para lidar com os episódios de Stress e/ou Burnout. A metodologia utilizada foi a qualitativa, tendo sido utilizada para a recolha de dados uma entrevista semiestruturada aplicada a uma Técnica de Apoio à Vítima. Os resultados obtidos, na perspetiva da TAV no estudo, indicam diversos fatores significativos de stress que podem levar ao Burnout, como por exemplo o défice de condições necessárias para o desempenho da sua atividade profissional, a dificuldade em impor limites entre a atividade profissional e a vida pessoal da participante, e o impacto negativo que tudo isto tem no bem-estar da TAV. Para além disso, foram percebidas estratégias de coping de gestão emocional, como a ida ao ginásio para libertar a raiva, ter um tempo para si e ter um bom ambiente de trabalho com os colegas, foram algumas das estratégias utilizadas pela participante deste estudo.