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- Personalidade autotélica e níveis de ansiedade, depressão e stress: estudo exploratório numa população jovem e adultaPublication . Santos, Joana Filipa Martins; Fonte, CarlaEm termos teóricos o flow e a personalidade autotélica têm como base a investigação de Csikszentmihalyi (1997, 1999, 2002). O autor definiu um indivíduo autotélico como alguém que faz alguma atividade pelo prazer de a realizar e não pelo benefício externo. O interesse pela personalidade autotélica e pelo flow tem aumentado ao longo dos tempos. Esta tese de mestrado remete-se a um estudo que pretende perceber a relação entre personalidade autotélica e níveis de ansiedade, de stress e da depressão. Nesta investigação participaram 455 indivíduos cujo as idades estão compreendidas entre os 17 e os 67 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário sociodemográfico, do Questionário da Personalidade Autotélica (QPA) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Trata-se da versão adaptada para português da escala que se destina a avaliar a ansiedade, a depressão e o stress. Em suma, os resultados revelam que quanto mais autotélico o indivíduo é, menores são os níveis ansiedade, depressão e stress. Tendo isto em conta, é possível concluir que a personalidade autotélica pode ser um fator de proteção da saúde mental.
- A face das emoções na pandemia: um estudo exploratório com recurso ao F-M FACS 3.0Publication . Alves, João Alberto Neves da Silva; Freitas-Magalhães, A.O reconhecimento das emoções é um aspeto de alta na relevância na comunicação entre indivíduos, tem uma elevada importância na vida social de qualquer pessoa visto que é quase impossível passarmos um dia sem comunicar com ninguém (Hybiner & Azevedo, 2021). As vantagens de um bom reconhecimento de emoções são imensas, tanto para melhorar o fator social como para nos conhecermos melhor para saber como reagir a certas circunstâncias. A pandemia afetou significativamente a forma como comunicamos, este estudo tem como finalidade verificar se a máscara impede a comunicação emocional, e se sim se é possível quantificar. Verificar se o género feminino, apesar de a literatura confirmar que apresenta vantagens emocionais em relação ao género masculino, consegue percecionar as emoções de uma forma mais correta que o género masculino. Como também verificar que emoções são mais afetadas com a máscara cirúrgica a esconder a face inferior. Para a realização deste estudo foi necessário recolher uma base de dados, na qual estavam representadas as 8 emoções básicas universais (alegria, tristeza, surpresa, medo, raiva, aversão, desprezo e dor). Depois da recolha da base de dados e autorizada pelo FEELab, foi necessária a criação de um questionário para recolher as respostas através do publico geral. Os participantes tiveram que olhar para um total de 48 questões em formato de segmentos estáticos (fotografias com uma emoção representada), 24 delas sem máscara e as outras 24 com máscara. Apenas havia uma resposta correta associada à emoção representada. Com a recolha de respostas realizada foi necessário analisar os resultados, o software utilizado para esta análise foi o “SPSS Statistics” (versão 27.0) Os resultados obtidos vão de encontro com a literatura, o sexo feminino teve um Índice Percentual de Acertos cerca de 4% superior ao do sexo masculino. Existem emoções que foram mais afetadas do que outras, mas não foi o caso da raiva, a qual apresentou um aumento no reconhecimento de cerca de 40% com a máscara cirúrgica a esconder a face inferior. A máscara a afetou o Índice Percentual de Acerto em cerca de 9%. A máscara provoca ruído comunicacional, e algumas emoções são mais afetadas do que outras, mas de uma forma geral não se apresenta como fator impeditivo para a comunicação social e emocional. Este presente estudo vem servir de rampa de lançamento para outros projetos relacionados com a temática emoções e pandemia.
- O papel da idade na felicidade, bem-estar e sentido de vida: um estudo exploratórioPublication . Coelho, Ana Catarina da Rocha; Fonte, CarlaA felicidade tem sido cientificamente analisada e discutida nos anos recentes tendo como caracterização um estado emocional positivo com sentimentos de bem-estar e prazer e pode ser ampliada através da realização de tarefas e objetivos que sejam agradáveis de se cumprir, uma vez que o significado atribuído à vida está naquilo que para o individuo tenha um significado, um motivo prazeroso para o mesmo (Csikszentmihalvi,1990 citado por Marques et al., 2021). De forma a reforçar os atributos que caracterizam esta temática, Martin Seligman desenvolveu o Modelo PERMA que tem como objetivo principal a compreensão do bem-estar, assim como as três dimensões pertencentes à felicidade: a vida significativa, a vida agradável e a vida comprometida (Ferreira et al., 2020; Seligman, 2011). O sentido de vida surge como interesse para a Psicologia através da compreensão daquilo que seria o sentido de vida, no decorrer dos conhecimentos e pressupostos relacionados com o existencialismo, estando inserido na felicidade e no bem-estar, sendo composto por duas perspetivas fundamentais: a presença de sentido de vida e a procura de sentido de vida (Damásio, 2013; Kraus et al., 2008; Krok, 2018). Alguma investigação tem sugerido a importância de se estudarem dimensões relevantes da felicidade e bem-estar e sentido de vida, onde se inclui a idade. Neste âmbito apresenta-se um estudo que pretende analisar a relação entre a felicidade, bem-estar e sentido de vida e a idade, analisando de que forma é que esta pode ter impacto na vida das pessoas. Participaram neste estudo 471 indivíduos, 133 do sexo masculino, os quais representam 28,2% da amostra total e 338 do sexo feminino, representativos de 71,8% do número total de participantes, tendo como idades compreendidas entre os 18 e os 86 anos. Os dados recolhidos foram recolhidos através dos seguintes instrumentos: um Questionário Sociodemográfico, o Inventário de Psicologia Positiva (IPP) adaptado para a população portuguesa por Ferreira et al. (2020) e o Questionário de Sentido de Vida (QSV) adaptado para a versão portuguesa por Portugal et al. (2017). Da análise dos resultados recolhidos, observou-se que a idade está correlacionada com a felicidade de uma forma positiva e significativa, constatando-se que quanto maior for a idade, maiores são os níveis de felicidade e bem-estar. No que diz respeito à idade e ao sentido de vida, verificou-se que existe uma correlação forte positiva entre a idade e as dimensões de sentido de vida, uma vez que com o avançar da idade as pessoas sentem-se mais satisfeitas com a vida que têm. É possível concluir este estudo vem realçar a importância da idade na felicidade, bem-estar e sentido de vida em cada indivíduo, sendo que esta investigação pode servir como impulsionador de modo a aprofundar mais esta temática e perceber de que forma é que os acontecimentos vividos nas diversas faixas etárias tem impacto na felicidade, bem-estar e sentido de vida e no desenvolvimento da saúde mental dos indivíduos.
- Expressão facial da emoção a tocar violino: estudo de caso sobre performance em dueto com codificação através do F-M FACS 4.0 e do FACEREADER 8.1Publication . Lima, Inês da Silva; Freitas-Magalhães, A.A música tem características específicas que induzem no individuo respostas ao nível fisiológico, neurológico e psico-emocional. Pode destacar-se outros efeitos psicológicos da música no indivíduo, como o fato de despertar qualquer tipo de emoções. A música também tem um importante papel de socialização. As emoções e as expressões faciais correspondentes são os portadores da socialização, reconhecendo as emoções dos outros, ou mesmo gerando expressões faciais que permitem que os outros nos percebam. O cérebro é o motor para aprender as emoções, e o rosto é o palco para sua visualização. A emoção enquanto processo neuropsificiológico e o desempenho musical são o gatilho para o desencadeamento do mesmo. Assim, este estudo de caso centra-se na exibição emocional na face enquanto desempenho em dueto com o violino, com recurso à codificação dos movimentos musculares, o que confere validade ecológica e holística ao contexto experimental, com o propósito de verificar a performance emocional involuntária, espontânea e subjetiva. No presente estudo de caso, com escolha intencional de quem investiga, o propósito é, em primeiro momento, codificar a expressão facial durante a performance com violino e em dueto, com recurso ao F-M FACS 4.0 (Freitas-Magalhães, 2021d) e ao FaceReader 8.1 (Noldus, 2020) e, em segundo momento, identificar as emoções básicas associadas, e com recurso ao ao F-M Atlas of Face 4.0 (Freitas-Magalhães, 2021a), ao FM EmoFACS 4.0 (Freitas-Magalhães, 2021d) e à F-M Periodic Table of 8 Basic Emotions 4.0 (Freitas-Magalhães, 2021a). Os resultados obtidos demonstram que a alegria representa 16.2% e a surpresa 6.6% da totalidade da expressividade emocional no desempenho em dueto com o violino. Os resultados sugerem também uma congruência do dueto, sendo que a violinista feminina é mais intensa na exibição da emocionalidade do que o violinista masculino. Assim, e concluindo, este estudo pode ser mais um passo na compreensão da expressão facial da emoção em contexto musical, particularmente, e no caso, com recurso ao violino e aos instrumentos de medida utilizados.