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- Controlo farmacológico da dorPublication . Afonso, Marina; Gonçalves, SérgioA IASP (International Association for the Study of Pain) define a dor como “uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a lesão tecidular residual ou potencial ou descrita em termos de tal lesão”. Clinicamente a dor é classificada em dois tipos principais: aguda ou crónica. A dor aguda é o sintoma mais frequente que leva as pessoas a recorrerem aos serviços médicos, ao passo que a dor crónica constitui um problema de saúde mais grave devido à sua elevada prevalência nos indivíduos, devido à dificuldade do seu tratamento e ainda porque esta persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem. Compreender os mecanismos que estão subjacentes à dor e as estruturas anatómicas responsáveis quer pela sua transdução, transmissão e modulação é de extrema importância na altura de decidir qual o tratamento a aplicar. O controlo da dor deve ser encarado como uma prioridade no âmbito da prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade quer devido ao facto da indispensável humanização dos cuidados de saúde quer devido ao facto das repercussões socioeconómicas da dor serem equiparadas às causadas pelas doenças cardiovasculares ou pelo cancro. Assim, o tratamento da dor passa pela utilização de fármacos “clássicos” nomeadamente os AINE’s (Anti-Inflamatórios Não Esteroides), Opioides, Antidepressivos, Anticonvulsivantes, Anestésicos Locais e Relaxantes Musculares. Por outro lado, está-se continuamente a investir na investigação de outras classes de fármacos que sejam mais eficazes e com menos efeitos secundários que os atuais. Algumas das novas classes são: canabinoides, fármacos que interagem com os canais TRPV1(Transient Receptor Potential Vanilloid type 1), bloqueadores dos canais de sódio e antagonistas do NGF (Nerve Growth Factor).
- Relevant factors for dental care in planning the response against COVID-19: a narrative reviewPublication . Aires, Thadeu Laranja; Teles, Ana Moura; Pina, CristinaO objetivo principal deste trabalho foi analisar, através de uma revisão bibliográfica atual, como diferentes fatores se correlacionam para fundamentar as medidas implementadas pelas autoridades de saúde em resposta à corrente pandemia, no contexto de saúde oral. A atual pandemia de COVID-19 causou já mais de 3 milhões de mortes, representando um desafio singular para a sociedade e os sistemas de saúde. O papel dos médicos dentistas durante a pandemia é o de prover o tratamento dentário essencial e prevenir a transmissão do vírus, que possui características que podem aumentar o risco de transmissão cruzada no consultório, pelos aerossóis produzidos em inúmeros tratamentos dentários. As Autoridades de saúde elaboraram protocolos para prevenir a contaminação cruzada do vírus em consultórios dentários, permitindo, assim, com a segurança devida e preventiva, que os pacientes continuem a receber tratamento dentário durante a pandemia.
- Follow up do evento seminário do programa de doutoramento de ciências da informação, especialização sistemas, tecnologias e gestão da informaçãoPublication . Gouveia, Luis BorgesGouveia, L. (2021). Follow up do evento seminário do programa de doutoramento de ciências da informação, especialização sistemas, tecnologias e gestão da informação. Julho. Relatório de Coordenação. Universidade Fernando Pessoa.
- Refugiados e retóricas nacionalistasPublication . Rocha, Bruno Filipe Castro; Toldy, Teresa MartinhoA vaga de migração humanitária para o continente europeu tem sido vista como um dos maiores desafios políticos para a União Europeia e os respetivos Estados-membros. O período de crise humanitária, correspondente ao grande exercício migratório da última década, ficou conhecido como uma crise de refugiados. O termo utilizado para descrever a emergência humanitária serve de preâmbulo para retratar a perceção europeia em relação ao significado desta emergência. Não só passou a ser debatido qual o grau de responsabilidade europeia, como imediatamente surgiu uma dualidade de retóricas, na qual se passou a defender, por um lado, tratar-se de uma vaga de migração económica, e de forma oposta, tratar-se de uma emergência humanitária. A opinião das sociedades europeias só converge na catalogação do problema como complexo. Através da utilização de uma retórica antagónica à crise, partidos e figuras políticas de extrema-direita emergiram como vozes defensoras de valores europeus e, consequentemente, nacionais, que consideram estar em risco por requerentes de asilo. A procura de preservar uma herança de valores europeus históricos provocou uma chamada de atenção para perceber qual é, de facto, a herança de valores históricos que precisa de ser preservada. A resposta obriga a um recuo na história europeia, nomeadamente a do século XX. Vítimas e agressores concentraram-se na Europa numa época que ficou marcada por regimes autoritários, que causaram, eles próprios, uma vaga de refugiados. O grande regime de tirania sobre grupos desassociados dos valores culturais do grupo dominante encontra-se no nazismo. A segregação institucional e o extermínio derivam de uma cultura de antissemitismo. Esta memória coletiva é atualmente colocada em causa, não apenas pela indiferença que voltou a surgir após a migração humanitária da última década, mas também pela permissividade concebida a partidos de extrema-direita. Não se passou apenas a assistir ao crescimento destes partidos. A corrente política mainstream passou a incorporar uma retórica que se alinha com ideias da extrema-direita. A narrativa nativista reemergiu, numa altura em que a herança coletiva europeia deveria sugerir o contrário. O debate sobre a necessidade ou não de redução dos elevados números de migração involuntária a que se assistiu em 2015 expôs o crescimento da islamofobia. Para além dos discursos e das práticas relativas refugiados e migração, uma crise humanitária prevalece.
- Fator de escolha de dentista em Portugal: preferência por género e idadePublication . Gomes, Ana Sofia Oliveira Andrade; Manso, M. ConceiçãoObjetivos: A medicina dentária em Portugal é, atualmente, uma profissão dominada por mulheres e jovens. O objetivo principal deste estudo foi estudar a preferência ao selecionar um médico dentista (MD), relativamente ao seu género e faixa etária para um adulto residente em Portugal ou para um menor sob a sua responsabilidade, avaliando a razão desta preferência. Complementar com o grau de preferência por MD de nacionalidade portuguesa ou não portuguesa. Materiais e métodos: Estudo transversal. Aprovação pela Comissão de Ética da Universidade Fernando Pessoa. População alvo: maiores de idade, residentes em Portugal que assentiram em participar. Amostra de conveniência com 456 participantes. Questionário online. Grau de preferência medido de 1 (baixa) a 10 (elevada preferência). Análise estatística descritiva e comparativa por aplicação de testes não paramétricos (IBM SPSS Statistics vs. 27, p<0,05). Resultados: O grau de preferência por MD mulheres é significativamente superior (média 5,1 vs. 4,8), por MD com idade ≥ 30 anos (5,4 vs. 4,5) e por MD portugueses (6,3 vs. 3,7). Quando existe razão específica, 8,6% opta por MD mulher e 6,8% por MD homem, 24,1% prefere MD ≥30anos e 3,7% <30 anos. Se a escolha é para um menor, 9% prefere MD mulher e 2% homem, 18,9% opta por MD ≥30anos e 4,6% prefere <30 anos. Conclusões: Para grande parte da amostra a preferência por MD por género e faixa etária revela-se indiferente. Ainda assim, foi encontrado um padrão de preferência por MD mulher, com 30 ou mais anos e de nacionalidade portuguesa.
- Medicina oral e inteligência artificial versus éticaPublication . Choquet, Raynald Xavier; Campelo, ÁlvaroO que é a ética? Através da filosofia e de alguns dos seus conceitos, propomo-nos retomar algumas das suas considerações que nos conduzem às portas da ética. Procuramos definir o caminho do pensamento que conduz a esta porta. Obviamente, o homem está no centro do debate e, em particular, a sua dignidade. A dignidade humana é definida através do estatuto particular que o homem ocupa em relação aos outros seres vivos, e é o garante de uma prática médica moderna. Quanto à inteligência artificial, a sua regulamentação e o seu objetivo (a substituição do homem pela máquina) é uma ciência nova que progride muito rapidamente. Ela induz, assim, a uma preocupação e, portanto, a uma reflexão, a fim de não ser apenas em benefício da tecnologia. A inteligência artificial permite, sem controlo, o verdadeiro conforto do paciente, os melhores cuidados? É pela filosofia e a montante da ética, e depois pela própria ética, que podem ser refletidos os conceitos que preservam o lugar do homem, da sua dignidade e, por consequência, do ato médico. Seguir o caminho filosófico, bifurcar pelos estatutos do ser vivo e depois pela ética, permite conservar no espírito os próprios fundamentos da medicina. A elevada consideração que o sector médico deve possuir pela dignidade humana, pelo bem-estar do paciente, não é negociável e, no entanto, a inteligência artificial poderia pô-la em risco.
- Relação entre a diabetes mellitus e a doença periodontal: revisão narrativaPublication . Anseur, Mustapha-Djawed; Bulhosa, José FriasDiabetes mellitus é um fator de risco para o desenvolvimento da gengivite e/ou periodontite, tanto nos diabéticos tipo 1 como nos diabéticos tipo 2. A doença periodontal, quando presente, pode agravar o controlo glicémico nestes doentes. O objetivo deste trabalho é rever de forma detalhada a literatura relativa à relação entre a diabetes mellitus e a doença periodontal, descrevendo os mecanismos através dos quais estas duas patologias se influenciam mutuamente. Realizou-se uma revisão narrativa da literatura na base de dados PubMed até dezembro 2020. Critérios para inclusão: artigos completos respondendo a palavras-chave em combinações, revisões e trabalhos listados em sites de referência (Pubmed) em língua inglês e português, estudos realizados sobre humanos e animais.
- Implicações da COVID-19 no estado de saúde oralPublication . Ribeiro, Isabel Patrícia Magalhães; Lopes, OtíliaNo contexto da pandemia por SARS-CoV-2, em 2020 foram implementadas medidas para uma gestão controlada da propagação de contágio, minimizando ao máximo o risco de transmissão do vírus. A Direção Geral da Saúde legislou normas e recomendações que conduziram à interrupção da atividade nos consultórios e clínicas de medicina dentária em março daquele ano, e à retoma daquela atividade dois meses depois. Em que, para além das precauções universais, recomendou-se a adoção de medidas que assegurem a proteção pelo contágio através de gotículas e aerossóis contaminados. Esta doença é de fácil e rápido contágio, visto que a sua principal via de transmissão é por contacto direto com gotículas salivares portadoras do vírus. Os resultados desta revisão revelaram que as principais alterações orais associadas á COVID-19 são os distúrbios do paladar, xerostomia e ulcerações. Diversas manifestações orais foram observadas, contudo, não há evidências suficientes que comprovem uma relação de causalidade com a infeção por COVID-19. As implicações da COVID-19 no estado de saúde oral assentam na privação no acesso aos cuidados de saúde oral na fase de mitigação da COVID-19, o subdiagnóstico das manifestações orais na fase inicial da pandemia, e atualmente, desconhece-se uma associação cientificamente consistente entre a COVID-19 e as manifestações orais da doença.
- Mascarar substratos escurecidos: influência da espessura e cor da cerâmica – revisão narrativaPublication . Salgueiro, Luciana Neves; Silva, LígiaO escurecimento dentário pode afetar significativamente a autoestima do paciente. Existem atualmente diferentes tratamentos para essa condição, sendo um deles o mascaramento através de laminados cerâmicos. Este é um procedimento recorrente por apresentar elevada previsibilidade, longevidade e excelentes resultados estéticos. Esta revisão bibliográfica pretende analisar de que forma diferentes parâmetros como espessura, cor e tipo de material cerâmico utilizado podem auxiliar o Médico Dentista a obter uma neutralização eficaz da descoloração, devolvendo harmonia ao sorriso. Foi executada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed/Medline e Cochrane. Quanto maior a espessura do laminado, maior é a sua capacidade de mascaramento, no entanto, mais invasivo é o preparo e menor se torna a sua estabilidade de cor ao longo do tempo. Atualmente, com recurso a agentes de cimentação de maior opacidade e com um preparo minimamente invasivo, é possível promover o mascaramento de substratos escurecidos.