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- O stress e as estratégias de coping em órgãos de polícia criminalPublication . Costa, Adriana Sofia Nogueira; Martins, José Soares; Cardoso, JorgeO stress é considerado uma problemática recorrente na nossa sociedade, principalmente em contextos profissionais, como nos órgãos de investigação criminal. Sabe-se que o stress pode influenciar de uma forma significativa a qualidade de vida de um individuo, nomeadamente quando recorre a estratégias de coping desajustadas. Assim, esta dissertação tem como objetivo identificar quais as fontes que causam maiores níveis de stress aos profissionais de investigação criminal, através do questionário EFSCP. Através do questionário Brief COPE teve-se como objetivo perceber quais as estratégias de coping que são utilizadas para lidar com as situações indutora de stress. Foi, também, aplicada uma análise estatística para verificar se existem diferenças nas respostas entre os inspetores da PJ e os polícias de investigação criminal da GNR. Esta investigação teve como amostra 90 profissionais, dos quais 68 são profissionais que pertencem à investigação criminal da GNR e os restantes 22 são inspetores da PJ. A maior parte dos participantes são do sexo masculino (87,80%) e estão inseridos na faixa etária dos 37-46 anos de idade (64,4%). Com a observação dos dados, verificou-se que a fonte apontada como a mais stressante foi a “Gestão interna” (90,10%) seguindo da dimensão “Reconhecimento” (75,50%). A dimensão “Ambiguidade e incerteza” foi apontada como a fonte que causa menos stress (62,30%). No que diz respeito às estratégias de coping, 84 dos profissionais dos órgãos de polícia criminal apontaram como estratégia mais assumida o “Coping ativo”; seguindo-se da escala “Planear”, em que 80 dos participantes assumem utilizar esta estratégia. A estratégia que se verificou que foi menos utilizada foi o “Uso de substâncias” (1,10%). Com estes dados podemos compreender a realidade destes profissionais e procurar trabalhar cada vez mais em prol da sua qualidade de vida.
- Genética e Psicologia: relações no âmbito do cancro da mamaPublication . Pereira, Ana Filipa Silva; Meneses, RuteA expansão da área da genética nos últimos anos contribuiu para uma maior e melhor compreensão dos mecanismos genéticos subjacentes a determinadas doenças, através do uso de testes genéticos, assim como para o reconhecimento das suas implicações nos indivíduos. No entanto, todo este processo, desde testagem genética até às estratégias preventivas (quando necessário), poderá despoletar um forte impacto emocional e psicossocial nos sujeitos, não só pelo acesso a novas informações importantes sobre a saúde, como pela testagem em si e pelas decisões para a gestão da saúde que serão tomadas. Apesar da escassez de informação associada a esta temática, atualmente já se encontra alguma literatura sobre o impacto psicossocial associado à identificação de mutações genéticas deletérias (como o caso das associadas ao cancro hereditário da mama, mais concretamente, as BRCA 1 e 2) apontando para uma experiência marcada por ansiedade, medo, preocupação, depressão, incerteza entre outros. Acredita-se que esta sintomatologia diminui a qualidade de vida dos sujeitos, assim como o seu bem-estar. A presente dissertação é constituída por quatro artigos, nomeadamente dois de revisão sistemática da literatura e dois empíricos. Para que se consiga intervir neste âmbito, contribuindo para um maior conhecimento deste tema foram delineados os seguintes objetivos: identificar o perfil psicossocial de indivíduos com mutação genética (sintomáticos ou assintomáticos) e explorar a relação entre as características psicossociais e clínicas da amostra. Recorreu-se a uma amostra de conveniência, composta por 62 utentes inscritos na Consulta de Risco, Oncogenética e Psico-Oncologia do Hospital de São João, no Porto. Para a recolha de dados foi administrado um Questionário Sociodemográfico e Clínico e três instrumentos: a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref) e a Escala de Bem-Estar Pessoal (BEP). Globalmente, os resultados apontam que a amostra em estudo demonstrou indicadores de sintomatologia leve no que respeita à ansiedade. Contudo, não apresentava indicadores de depressão, afeto negativo, qualidade de vida (QdV) e bem-estar pessoal (BEP) que devam ser alvo de atenção clínica, mesmo na presença de doença oncológica. Quanto à duração do diagnóstico de mutação e a existência de outras patologias, apenas a QdV e o BEP demonstraram resultados significativos, ainda que não sejam verificados em todos os grupos. No que respeita aos acompanhamentos psicológicos/psiquiátricos aquando da avaliação, todas as variáveis em análise apresentaram relações estatisticamente significativas. A presente dissertação procura, deste modo, constituir mais um contributo para o aumento do conhecimento nesta área, promovendo a importância do papel da Psicologia nas consultas de aconselhamento genético, bem como em todo o processo associado às mutações genéticas, direcionado para a criação de estratégias de avaliação e intervenção junto desta população.
- Autoestima e vinculação amorosa em vítimas de violência íntimaPublication . Almeida, Eliana Carla Vaz; Caridade, SóniaA violência nas relações íntimas tem vindo a ser amplamente estudada, sendo atualmente considerada como uma pandemia a nível mundial, podendo afetar a vítima nas mais diversas áreas da sua vida, repercutindo-se seja na sua saúde física e mental. O presente estudo teve como principal objetivo caracterizar a autoestima e a vinculação amorosa em indivíduos que admitiram sofrer violência no âmbito das suas relações amorosas. Para tal foram administrados o questionário sobre Vivências Amorosas Abusivas (QVAA), a escala de autoestima de Rosenberg (EAR) e o questionário de Vinculação Amorosa (QVA). Participaram no estudo um total de 85 participantes com uma média de idades de 23.35 (D.P.=4.96). Em termos de resultados foram apurados indicadores de vitimação (27.1%) superiores aos de agressão (20%). Nas análises de associação, os participantes não vítimas (M= 24.1%) revelaram valores mais elevados de autoestima, comparativamente com as vítimas (M= 22.01%) e as vítimas revelaram uma maior tendência para experienciar uma vinculação ambivalente face ao seu companheiro amoroso. Este estudo permitiu destacar a importância e a necessidade de trabalhar com os indivíduos a autoestima e a forma como desempenham o seu papel dentro de uma relação íntima, enquanto estratégia promotora de relacionamentos saudáveis.
- Eficácia de técnicas invasivas na dor, ansiedade, depressão e qualidade de vidaPublication . Moreira, Cátia Patrícia Alves Barros; Meneses, RuteA dor crónica, tem-se revelado, nos dias de hoje, um problema de saúde pública que atinge cada vez mais pessoas, afectando todas as áreas do seu dia a dia, podendo causar sintomatologia ansiosa e/ ou depressiva, bem como deterioração da qualidade de vida (QDV). Neste sentido, os objetivos principais da presente dissertação de mestrado são: sistematizar o conhecimento acerca das repercussões que as técnicas invasivas para o tratamento da dor crónica podem ter na ansiedade, depressão e QDV; e analisar as repercussões que as técnicas: microcompressão do balão do gânglio do trigémeo (MCBGT), epiduroscopia e neuromodulação (estimulação cerebral profunda (DBS) e neuroestimulação medular (NEE)), têm na dor, afeto negativo e QDV. Em relação ao primeiro obejtivo, realizou-se uma revisão sistemática baseada no PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) (Liberati et al., 2009), com recurso à base de dados Pubmed, tendo a pesquisa sido feita até ao dia 19 de Setembro de 2017 inclusive. Para a concretização do segundo obejtivo, recorreu-se a quatro amostras de conveniência: a amostra correspondente à MCBGT constituída por 8 adultos (6 mulheres e 2 homens), com idades entre os 41 e 81 anos (M=64,8; DP=12,4); outra amostra submetida a epiduroscopia que engloba 21 adultos (10 mulheres e 11 homens), com idades entre os 37 e 61 (M=49,6; DP=7,4); a amostra submetida à DBS composta por 19 adultos (4 mulheres e 15 homens), de idades entre os 42 e 78 anos ((M=59,8; DP=9,2); e por fim, a amostra submetida à NEE que contou com 18 adultos (8 mulheres e 10 homens), com idades entre os 33-74 anos (M=48,5; DP=9,4). Todos os adultos mantinham acompanhamento na Unidade de Dor Crónica do Hospital de São João do Porto, mais precisamente, na Consulta de Dor Crónica, até o dia 31 de Maio de 2017, pelo que se utilizaram os seguintes instrumentos de avaliação: Ficha de Dados Sociodemográficos e Clínicos, Inventário Resumido da Dor (BPI), SF-36 e Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). Do ponto de vista teórico, o presente estudo revela-se um contributo para o estado atual do conhecimento sobre as repercussões do tratamento da dor, com recurso às quatro técnicas em análise. Do ponto de vista prático, esta investigação sugere que as todas as técnicas são, globalmente, eficazes ao nível do alívio da dor e QDV. Em relação à ansiedade e depressão, três das técnicas (MCBGT, à DBS e à NEE) revelaram um efeito considerável sobre tais variáveis, contrariamente à epiduroscopia. Em suma, apesar do tratamento da dor crónica, com recurso à técnicas em estudo, revelar efeitos positivos nas variáveis psicológicas, torna-se necessário mais investigações neste âmbito para reforçar tais resultados.