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- Saliva artificial em oncologiaPublication . Conceição, Luís Filipe Machado da; Sequeira, TeresaA saliva é um importante fluido biológico resultante de secreção de glândulas exócrinas: as glândulas salivares. Apresenta uma grande complexidade na sua constituição, e é responsável pela lubrificação e hidratação da cavidade oral, manutenção da integridade do esmalte, regulação da homeostase, início do processo digestivo e proteção da mucosa oral. A falta de saliva na cavidade oral provoca uma sensação de secura na boca denominada de xerostomia. Essa sensação pode estar ou não associada a uma hipofunção salivar e os sintomas associados permitem classificar a xerostomia consoante o seu grau de severidade. No tratamento do cancro da cabeça e do pescoço por radioterapia, a xerostomia surge como uma das complicações mais frequentes devido a uma hipofunção salivar, resultante da incidência de radiação nas glândulas salivares, a qual provoca uma alteração na composição e fluxo normais de saliva. O tratamento utilizado no caso de hipofunção salivar severa é a utilização de saliva artificial, cuja função é mimetizar o mais possível o comportamento da saliva natural. A xerostomia severa também pode ser diminuída se forem adotadas medidas de prevenção adequadas como uma higiene oral rigorosa, aplicação de radiação de forma a poupar as glândulas salivares, proteção de radiação e estimulantes da produção de saliva. A terapia genética e a terapia com células estaminais são tratamentos que se encontram em desenvolvimento e que poderão reverter casos de xerostomia severa, por restabelecimento da função salivar nas glândulas salivares.
- Microbioma oral humanoPublication . Silva, Joana Pinto Oliveira e; Magalhães, RicardoO microbioma oral humano é constituído por um vasto conjunto de microrganismos presentes na cavidade oral. Analisando a cavidade oral podemos verificar que nela existem mais de 700 espécies de bactérias responsáveis pelo domínio de parte do microbioma humano, tornando-a um importante local de estudo. É um dos habitats com maior diversidade no corpo humano onde esses microrganismos se apresentam de forma organizada e estruturada. Estes habitats estão intimamente relacionados com o desenvolvimento do sistema imunitário e com a proteção contra agentes patogénicos. O microbioma oral é único e específico em cada indivíduo, sofrendo variações em indivíduos diferentes. Na origem da diversidade do microbioma oral estão associados fatores como genética, dieta e localização geográfica, tendo também grande importância a localização anatómica e a idade do indivíduo. O Projeto Microbioma Humano surgiu com a finalidade de identificar diversos microrganismos presentes no ser humano, bem como compreender os principais fatores responsáveis pelas suas alterações. O estudo do microbioma oral tem sido possível graças a novas técnicas moleculares, que ajudaram a ultrapassar certas limitações de cultivo de determinas espécies bacterianas. O estudo do microbioma, das interações entre as comunidades microbianas e a sua relação com o hospedeiro são a chave para a prevenção de certas doenças orais infeciosas como a cárie dentária e a doença periodontal.
- Eficácia da anestesia em EndodontiaPublication . Sousa, Paulo Sérgio Santos Alves de; Guimarães, DuarteIntrodução: Em Endodontia, a anestesia local é o método de controlo de dor mais utilizado, no entanto vários estudos revelaram que as técnicas anestésicas convencionais apresentam uma eficácia reduzida em casos sintomáticos. Existem várias alternativas às técnicas e anestésicos convencionais, assim como anestesias suplementares que podem ser utilizadas para aumentar a profundidade da anestesia pulpar, e que devem fazer parte do arsenal clínico de modo a possibilitar um tratamento indolor ao paciente. Objetivo: O presente trabalho visou reunir e analisar bibliografia sobre anestesia local em Endodontia e fatores que podem influenciar a sua administração. Foram abordadas técnicas e anestésicos utilizados atualmente, assim como outros métodos estudados recentemente, sendo destacada a eficácia destes na anestesia de pacientes diagnosticados com pulpite irreversível. Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica no motor de busca Pubmed, tendo sido utilizadas as seguintes palavras chave: “Anesthesia”, “Local anesthesia”, “Anesthesia Technique”, “Anesthetic efficacy”, “Endodontics”, “Lidocaine”, “Articaine”, “Pulpitis”. Estabeleceu-se uma limitação temporal de 2005 a 2016, tendo sido incluídos 54 artigos com ênfase em estudos do tipo meta-análise, revisões bibliográficas e estudos clínicos controlados e randomizados. Conclusão: Em pacientes sintomáticos, de modo a controlar a dor pré-operatória, torna-se muitas vezes necessária a utilização de anestésicos de maior potência e de técnicas suplementares. Aconselham-se, por isso, técnicas como a injeção intraligamentar, intraóssea e infiltrações suplementares para assegurar a anestesia pulpar após técnicas primárias falhadas. Deve-se, ainda, ter em consideração a sensibilidade que alguns pacientes apresentam a determinados componentes presentes nos anestésicos locais, exigindo-se um especial cuidado na seleção e administração destes agentes.
- Pesquisa de novos fármacos hipnóticos alternativos às benzodiazepinasPublication . Cruz, Ana Filipa Moreira da; Capela, João Paulo SoaresA insónia é uma doença multifacetada que pode estar associada a vários fatores e patologias. Devido à sua elevada prevalência causa um forte impacto económico e social tornando-se dispendiosa quer para o doente quer para o sistema de saúde. Esta patologia afeta o desempenho diário do paciente dado que a qualidade do sono é comprometida. O tratamento farmacológico da insónia fundamenta-se, essencialmente, em fármacos cujo mecanismo de ação envolve os recetores GABAA. As benzodiazepinas, o principal grupo farmacológico utilizado para este fim, causa muitos efeitos adversos e obriga além disso, à interrupção gradual e controlada do tratamento devido à síndrome de abstinência. A realização desta dissertação tem como principal objetivo descrever e analisar a atual pesquisa de novos fármacos hipnóticos alternativos às benzodiazepinas. Para a realização deste trabalho de pesquisa bibliográfica, efetuou-se uma procura de artigos em vários motores de busca como “Pubmed”, “Science Direct”, “b-on”, “upToDate” bem como o “Google Académico”. A partir dos motores de busca, utilizaram-se as palavras-chave em inglês “insomnia”, “benzodiazepine”, “new hypnotic drugs”, “new orexine receptors antagonist”, “epilvanserin” e “melatonine receptors”. Neste trabalho, foram também incluídas informações contidas em livros científicos bem como em publicações de entidades oficiais sobre o tema em discussão. Os novos fármacos com potencial terapêutico para o tratamento desta patologia englobam os agonistas da melatonina, antagonistas 5HT2A e os antagonistas orexinérgicos. Atualmente apenas os agonistas da melatonina e os antagonistas da orexina é que podem ser usados na prática clínica. Todas estas alternativas apresentam diversas vantagens relativamente à terapêutica farmacológica standard usada para tratar a insónia. Contudo devido ao recente desenvolvimento destes fármacos, serão necessários mais estudos e ensaios clínicos para uma melhor compreensão da sua eficácia clínica no tratamento da insónia e de outras patologias.
- Importância da quiralidade e da estereoquímica na terapia antimicrobianaPublication . Magalhães, Joana Cristina Anacleto; Moutinho, CarlaA análise dos fármacos quirais justifica-se pelas diferenças a nível da toxicidade e da atividade biológica de dois enantiómeros, embora ambos apresentem características idênticas, como o mesmo ponto de ebulição, a densidade e a reatividade. Enquanto um enantiómero pode possuir uma atividade biológica benéfica, o outro pode ser inativo ou exercer outra atividade, capaz de resultar em efeitos adversos. A escolha entre estereoisómeros individuais ou misturas de estereoisómeros vai depender assim das vantagens terapêuticas associadas, dos possíveis efeitos adversos e dos custos de desenvolvimento. Verifica-se assim uma necessidade de avaliação contínua tanto dos novos fármacos quirais, como também dos já existentes no mercado. Este trabalho expõe a influência da isomeria em vários compostos utilizados na terapia antimicrobiana, nomeadamente os antibióticos, através da análise de diferentes misturas racémicas e dos seus enantiómeros.
- Esclerose múltipla: abordagem geral e terapêuticas atuaisPublication . Rodrigues, Patrícia da Costa; Soares, SandraA Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica autoimune, que atinge a bainha de mielina causando a sua degeneração. É uma doença inflamatória do sistema nervoso central (SNC), e a causa mais comum de incapacidade em jovens adultos, sendo complexa e de origem multifatorial. A sua incidência varia entre géneros, populações e distribuição geográfica, e é mais frequente em idades entre 20-40 anos, sendo pouco frequente em crianças e rara em idosos. É uma doença que tem revelado especial interesse uma vez que, quer no seu diagnóstico, quer no tratamento permaneçam ainda desafios para a comunidade médica e vários novos fármacos têm sido gradualmente, e de forma crescente, aprovados. No entanto, não existe ainda uma cura para EM. É uma doença que resulta num elevado consumo de recursos de saúde e implica custos bastante significativos, estimando-se que, só nos Estados Unidos a doença tenha um custo anual de 6,8 biliões de dólares. Atualmente existem várias opções de tratamento novas, incluindo vários fármacos de administração oral, evitando assim autoinjecções e internamento para medicação intravenosa. Apesar de a cura parecer ainda um pouco distante, espera-se que futuramente seja possível a administração de fármacos com capacidade de reestabelecer a bainha da mielina afetada e permitir uma melhor qualidade de vida aos portadores de EM.