ESS (DCETS) - Dissertações de Mestrado
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Browsing ESS (DCETS) - Dissertações de Mestrado by Author "Azevedo, Joana Raquel Ferreira Santos"
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- Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelhoPublication . Azevedo, Joana Raquel Ferreira Santos; Seixas, Adérito; Rodrigues, SandraIntrodução: O Senso de Posição Articular (SPA) dita a capacidade de compreender e reproduzir um ângulo articular, e é assegurado por mecanorrecetores cutâneos, articulares e musculares. Apesar de existir evidência de que a fadiga muscular aumenta o limiar de descarga do fuso neuromuscular, o efeito da fadiga no SPA do joelho ainda não é consensual. O objetivo desta investigação foi determinar o efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica na acuidade propriocetiva do joelho, especificamente no SPA. Metodologia: Participaram no estudo 60 indivíduos, 29 jogadores de futebol (JF) e 31 não-praticantes de desporto (NP). O SPA do joelho do membro dominante (MD) e não-dominante (MND) foi avaliado em cadeia cinética aberta e através de reposicionamento ativo, com centrais inerciais e uma câmara de vídeo. Os efeitos agudos da fadiga sobre o SPA do joelho foram analisados em ambos os grupos antes e imediatamente após uma tarefa repetida de levantar/sentar, para as amplitudes de 20º e 45º de flexão. A sobrecarga muscular crónica foi estimada nos JF analisando a variação do SPA do joelho ao longo da época, para as amplitudes de 20º e 45º (teste de extensão), e 45º e 100º (teste de flexão). Principais Resultados: O protocolo de fadiga afetou apenas o SPA do joelho dos NP no reposicionamento dos 45º do MD (p=0.034). A acuidade propriocetiva de JF é superior à de NP (p<0.001), com os JF a sobrestimar e os NP a subestimar as amplitudes-alvo. Em JF, não se verificaram diferenças entre MD e MND (p>0.005). Pelo contrário, em NP, na avaliação em repouso o MD apresentou uma acuidade significativamente superior, tanto na amplitude de 20º (p=0.046) como na de 45º (p=0.036), mas inferior após o protocolo de fadiga aos 45º (p=0.050). Nos NP não se registaram diferenças no SPA do joelho inerentes ao género. No entanto, em JF, após a fadiga, o SPA das JF femininas foi significativamente inferior ao dos JF masculinos, tanto no reposicionamento dos 20º (p=0.041) como dos 45º (p=0.046) do MD. O SPA do joelho de JF não variou ao longo da época (p>0.005). No teste de extensão, uma acuidade propriocetiva significativamente inferior foi observada na amplitude de 45º, apenas no MND (p=0.012). No teste de flexão, a acuidade propriocetiva foi significativamente inferior aos 45º em relação aos 100º, tanto no MD (p=0.004) como no MND (p=0.001). Conclusões: A fadiga não tem efeitos agudos no SPA do joelho de JF, mas diminui o de NP. A acuidade propriocetiva de JF é superior à de NP. Os JF e NP falham as amplitudes-alvo por sobrestimação e subestimação, respetivamente. Em JF, a dominância não influencia a acuidade propriocetiva do joelho, mas em NP, o membro dominante apresenta uma acuidade superior em repouso, mas inferior em fadiga. Em repouso, não existem diferenças no SPA do joelho inerentes ao género, no entanto, quando se encontra em fadiga, o membro dominante de JF femininas apresenta uma acuidade inferior à de JF masculinos. A sobrecarga muscular crónica não faz variar o SPA do joelho de JF ao longo de uma época. A acuidade propriocetiva é inferior nas amplitudes intermédias da amplitude de movimento do joelho.