FCHS (DCPC) - Psicologia
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Browsing FCHS (DCPC) - Psicologia by advisor "Gomes, Inês"
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- A fluência verbal na doença de ParkinsonPublication . Santos, Joana Ramalhão Ferreira dos; Gomes, InêsA fluência verbal é uma tarefa cognitiva complexa que envolve processos linguísticos, mnésicos e executivos que, de forma directa ou indirecta, dependem do bom funcionamento do lobo frontal e das regiões subcorticais a ele associadas. Como a Doença de Parkinson (DP) implica um comprometimento destas regiões, observa-se uma diminuição de desempenho nas tarefas de fluência verbal. Desta forma, tais tarefas têm-se revelado boas indicadoras de disfunção cerebral e, mais especificamente, têm-se mostrado sensíveis a alterações da doença e bons preditores de demência. O presente estudo tem como objectivo geral avaliar se a fluência verbal na Doença de Parkinson se encontra diminuída em estádios iniciais da doença (estádios II e III na Escala de Hoehn & Yahr). Concretamente, participaram 40 sujeitos, metade com DP e a outra metade sem DP. Nenhum dos participantes apresentava defeito cognitivo, nem diferiam quanto a níveis de ansiedade e depressão. A avaliação da fluência verbal foi feita através de três provas de fluência verbal semântica (animais, nomes de pessoas e artigos de comer) e três provas de fluência verbal fonémica (letras P, R e M). Os resultados observados evidenciaram que os sujeitos com DP apresentaram uma fluência verbal total inferior aos sujeitos sem doença. Contudo, quer para a fluência verbal fonémica, quer para a fluência verbal semântica, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos. Relativamente às repetições, os sujeitos com DP proferiram-nas em maior número, comparativamente com os sujeitos sem DP, sendo as diferenças significativas apenas para a tarefa de fluência verbal fonémica. No que diz respeito ao grupo com DP, não se verificaram diferenças significativas entre os estádios II e III nas provas de fluência verbal. No seu conjunto, os resultados obtidos sugerem que nos estádios iniciais de DP, e na ausência de demência, não se verificam efectivas alterações a nível da fluência verbal, tornando-se necessária a condução de futuros estudos para elucidar melhor esta questão.