ESS (DCETS) - (DM) Terapêutica da Fala
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Browsing ESS (DCETS) - (DM) Terapêutica da Fala by advisor "Marinho, Susana"
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- O contributo do terapeuta da fala com crianças/adolescentes com MD no contexto escolar: perceções dos pais, docentes de educação especial e terapeutas da falaPublication . Neto, Maria Helena Moreira Rocha; Maia, Fátima; Marinho, SusanaAtualmente, o contexto escolar é um espaço criativo que permite vivências significativas e experiências de comunicação reais, propício à aprendizagem realizada pela criança/adolescente. Assim, esta investigação procura compreender o contributo do terapeuta da fala no contexto educativo com crianças/adolescentes com multideficiência (MD), na perceção dos pais, docentes de educação especial (EE) e terapeutas da fala (TFs). Assim sendo, desenvolveu-se um estudo qualitativo recorrendo-se à entrevista semi-estruturada, aplicada na forma semi-diretiva a cinco pais (1 pai e 4 mães), a cinco docentes de EE e a cinco TFs com experiência na MD. Todas as questões éticas foram averiguadas, sem esquecer o anonimato dos intervenientes e a confidencialidade das informações recolhidas. Os dados necessários foram recolhidos no período de junhojulho do presente ano e, de seguida, foram analisados com recurso à técnica de análise de conteúdo. Os resultados indicaram seis unidades de análise relacionadas com impacto da MD nas atividades do dia-a-dia/familiares, apoio fornecido pelo TF, comunicação do TF e o envolvimento do TF com a família, focos de intervenção, qualificação da atuação do TF e barreiras/constrangimentos/desafios da atuação do TF. Os resultados obtidos, parece existir um impacto significativo na dinâmica familiar, prendendo-se com questões laborais, acompanhamento aos apoios do filho, ao reajustamento da dinâmica familiar, gestão diária, às redes de apoio bem como das adaptações familiares. A participação e o envolvimento nas atividades e/ou nas AVDs encontram-se condicionadas dependendo do grau de funcionalidade de cada criança/adolescente. Verificou-se que há uma maior consciência de todos os participantes para a importância da comunicação, no entanto, ainda existem fragilidades ao nível do envolvimento e comunicação com os profissionais e com a família. Os terapeutas da fala reconhecem e tentam colocar o foco nas atividades, na funcionalidade, mas depois verifica-se tendencionalmente que o apoio é prestado de um modo mais individual, reconhecendo as fragilidades que existem relativamente ao trabalho de equipa e de articulação com outros contextos de vida, nomeadamente o familiar. Também pode estar relacionado com atitudes, crenças dos profissionais e da família, bem como na organização dos serviços que parece ser um desafio para a intervenção baseada nas rotinas da criança/adolescente. Pelos resultados alcançados também se concluí que ainda existe uma necessidade de formação para todos os intervenientes relacionados com a abordagem da MD.
- A perceção dos pais sobre a importância da introdução da alimentação no desenvolvimento da falaPublication . Silva, Cândida Olívia Barbosa da; Rocha, Joana; Marinho, SusanaA alimentação, mais concretamente a mastigação na infância, é importante para a fala. Em ambas as funções são recrutados os mesmos grupos musculares, tal como referem os estudos de Gomes, et alli., (2011) e Green, et alli., (2000). A escolha do método de alimentação a introduzir na criança (tradicional ou Baby Led Weaning ), que caberá em primeira instância aos pais, poderá ter um impacto sobre o funcionamento do sistema estomatognático, uma vez que definirá uma consistência alimentar concreta (Tanigute, 2005). Partindo destes pressupostos, foi realizado um estudo transversal cujos principais objetivos foram caracterizar o perfil de pais com crianças entre os 4 e os 18 meses e explorar a sua perceção sobre a importância da introdução da alimentação na fala. A amostra incluiu 297 pais de crianças com um desenvolvimento neurotípico e que tinham iniciado a introdução da alimentação complementar. Para a recolha de dados foi construído um questionário de autorresposta designado por Escala de Perceção dos Pais sobre a Importância da Alimentação na Fala (EPPIAF) que apresentou alta confiabilidade (α= .86) e foi disponibilizado em formato online. Na análise das diferenças entre grupos de pais relativamente aos valores da pontuação global da EPPIAF, não foram observadas diferenças significativas com exceção do item que diz respeito à exploração dos alimentos. Na análise das diferenças relativas às habilitações literárias observou-se que os pais com níveis superiores de escolaridade apresentam resultados superiores na EPPIAF. Ao analisar a associação entre o resultado global da EPPIAF e a situação profissional dos pais, não se verifica uma relação estatisticamente significativa. A experiência parental analisada com referência ao número de filhos, apresentou uma correlação negativa estatisticamente significativa com a pontuação global da EPPIAF, sendo que a um maior número de filhos parece corresponder uma menor importância atribuída à relação entre a alimentação e fala.
- Praxias orofaciais não-verbais nas perturbações dos sons da fala: prática de terapeutas da fala portuguesesPublication . Jesus, Fabiana Vieira; Rocha, Joana; Peixoto, Vânia; Marinho, SusanaA linguagem oral, comummente referida como fala, é, por norma, o meio preferencial e eficaz de comunicação no ser humano. Para que uma criança domine a fala é necessário que ela passe pelo desenvolvimento fonológico que se dá de forma gradual até atingir o nível de desenvolvimento do sistema fonológico equivalente ao de um adulto. Quando por algum motivo a criança não consegue acompanhar o desenvolvimento normativo surgem as perturbações dos sons da fala, que podem estar associadas a uma desorganização do sistema fonológico e caracterizam-se pela presença de substituições, omissões e ou distorções dos sons da fala. As perturbações dos sons da fala são das patologias mais atendida pelos terapeutas da fala e talvez por isso existam diversas abordagens de intervenção, uma delas, com recurso ao uso de praxias orofaciais não-verbais. Estas caracterizam-se pela realização de exercícios motores orais que não exigem a produção de sons da fala mas que, segundo alguns estudos, podem ser usados para ultrapassar dificuldades na produção dos mesmos. Partindo deste pressuposto, foi realizado um estudo quantitativo e transversal cujo objetivo principal é caracterizar o uso de terapia orofacial não-verbal por Terapeutas da Fala Portugueses na intervenção com Perturbação dos Sons da Fala e avaliar o conhecimento que sustenta o seu uso. Participaram no estudo 189 terapeutas da fala portugueses, que responderam a um questionário online. Após analisados os critérios de exclusão o número total de participantes foi de 172. O questionário, originalmente dos autores Thomas & Haipa (2015) foi devidamente traduzido e adaptado à realidade portuguesa. Através da análise dos resultados podemos dizer que 80,2% dos participantes dizem que as praxias orofaciais não-verbais são eficazes na intervenção das perturbações dos sons da fala. Quanto à aquisição de conhecimentos acerca desta abordagem, 89,6% dos respondentes diz ter adquirido o conhecimento durante a licenciatura e/ou em pós-graduações.