Publication
Sentido na vida e felicidade: um estudo sobre o papel da parentalidade
datacite.subject.fos | Ciências Sociais::Psicologia | |
dc.contributor.advisor | Fonte, Carla | |
dc.contributor.author | Soares, Lyvia Castro Chalfun de Matos | |
dc.date.accessioned | 2025-10-13T15:31:44Z | |
dc.date.available | 2025-10-13T15:31:44Z | |
dc.date.issued | 2025-10-13 | |
dc.description.abstract | Introdução: O sentido na vida e a felicidade são eixos estruturantes da experiência subjetiva de florescimento humano, conforme proposto pelo modelo PERMA de Seligman (2012). A parentalidade constitui uma das experiências mais significativas e potencialmente estruturantes da identidade pessoal, podendo modular a vivência do sentido na vida e da felicidade ao longo do ciclo vital. Neste contexto, a presente investigação teve como objetivo principal comparar os níveis de sentido na vida e felicidade entre adultos com e sem filhos, considerando também o papel de variáveis sociodemográficas como idade, sexo, estado civil, habilitações literárias e número de filhos. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, correlacional e transversal, com delineamento não experimental. A amostra foi constituída por 467 adultos, dos quais 204 eram pais e 263 não pais, com idades entre 18 e 86 anos (M = 38,88; DP = 13,98). Os instrumentos utilizados foram o Questionário do Sentido de Vida (QSV) e o Inventário de Psicoterapia Positiva (IPP), além de um questionário sociodemográfico. Resultados: Os pais apresentaram níveis significativamente mais elevados de presença de sentido e de vida comprometida, bem como níveis mais baixos de procura de sentido. Verificaram-se correlações positivas entre presença de sentido e as dimensões vida significativa e vida agradável no grupo dos pais, e entre presença de sentido e todas as dimensões avaliadas de felicidade no grupo dos não pais. No grupo parental, a procura de sentido apresentou correlações negativas com as dimensões de felicidade, enquanto entre os não pais não se verificaram associações estatisticamente significativas. A idade correlacionou-se positivamente com a presença de sentido e negativamente com a procura de sentido entre os pais, padrão não observado no grupo dos não pais. As mães relataram níveis significativamente mais elevados de vida comprometida do que os pais, e o número de filhos associou-se positivamente à presença de sentido e à dedicação existencial. Discussão: Os resultados sugerem que a parentalidade se associa a uma experiência mais integrada e estruturada de sentido na vida e de felicidade eudaimónica, sustentada no compromisso com metas relacionais, propósito de vida e realização pessoal. Em contrapartida, os adultos sem filhos demonstraram maior ambição e tendência à procura ativa de sentido, indicando uma construção existencial mais dinâmica, possivelmente centrada em objetivos pessoais e desenvolvimento individual. As variáveis sociodemográficas analisadas revelaram efeitos diferenciados sobre os níveis de sentido e de felicidade, com efeito particularmente expressivo entre os pais. Conclusão: O presente estudo reforça a compreensão da parentalidade como uma via relevante para a construção de sentido na vida e de felicidade eudaimónica. A presença de sentido mostrou-se central na vivência de felicidade subjetiva, tanto em adultos com filhos como sem filhos, sublinhando a importância de fomentar experiências existenciais com valor pessoal e vínculos afetivos duradouros ao longo da vida adulta. | por |
dc.description.abstract | Introduction: Meaning in life and happiness are core components of the subjective experience of human flourishing, as proposed by Seligman’s (2012) PERMA model. Parenthood represents one of the most meaningful and potentially identity-shaping life experiences and may influence the perception of meaning in life and happiness throughout the lifespan. In this context, the present study aimed to compare levels of meaning in life and happiness between adults with and without children, while also considering the role of sociodemographic variables such as age, sex, marital status, educational attainment, and number of children. Method: This was a quantitative, descriptive, correlational, and cross-sectional study with a non-experimental design. The sample consisted of 467 adults, of whom 204 were parents and 263 were non-parents, aged between 18 and 86 years (M = 38.88; SD = 13.98). Data were collected using the Portuguese versions of the Meaning in Life Questionnaire (MLQ) and the Positive Psychotherapy Inventory (PPI), in addition to a sociodemographic questionnaire. Results: Parents reported significantly higher levels of presence of meaning and of engaged life, and lower levels of search for meaning. Positive correlations were found between presence of meaning and both meaningful and pleasant life in the parent group, and between presence of meaning and all happiness dimensions in the non-parent group. In the parent group, search for meaning showed negative correlations with happiness dimensions, while among non-parents no statistically significant associations were found. Age was positively correlated with presence of meaning and negatively correlated with search for meaning among parents—a pattern not observed among non-parents. Mothers reported significantly higher levels of engaged life than fathers, and number of children was positively associated with presence of meaning and existential commitment. Discussion: Findings suggest that parenthood is associated with a more integrated and structured experience of meaning in life and eudaimonic happiness, grounded in relational commitment, life purpose, and personal fulfilment. In contrast, childless adults demonstrated greater ambition and a tendency towards active search for meaning, suggesting a more dynamic existential construction process, possibly centred on personal goals and individual development. Sociodemographic variables revealed differentiated effects on levels of meaning and happiness, with particularly marked impacts among parents. Conclusion: This study reinforces the understanding of parenthood as a relevant pathway to the construction of meaning in life and eudaimonic happiness. Presence of meaning emerged as a central element in the experience of subjective happiness, both among parents and non-parents, underscoring the importance of fostering personally meaningful experiences and enduring affective bonds throughout adult life. | eng |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10284/14662 | |
dc.language.iso | por | |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ | |
dc.subject | Sentido na vida | |
dc.subject | Felicidade | |
dc.subject | Parentalidade | |
dc.subject | Psicologia positiva | |
dc.subject | Bem-estar subjetivo | |
dc.subject | Meaning in life | |
dc.subject | Happiness | |
dc.subject | Parenthood | |
dc.subject | Positive psychology | |
dc.subject | Subjective wellbeing | |
dc.title | Sentido na vida e felicidade: um estudo sobre o papel da parentalidade | por |
dc.title.alternative | Meaning in life and happiness: a study on the role of parenthood | eng |
dc.type | master thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
thesis.degree.name | Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde |
Files
Original bundle
1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
- Name:
- DM_42202.pdf
- Size:
- 1.01 MB
- Format:
- Adobe Portable Document Format
- Description:
- Dissertação de mestrado_42202
License bundle
1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
- Name:
- license.txt
- Size:
- 4.03 KB
- Format:
- Item-specific license agreed upon to submission
- Description: