Repository logo
 
Loading...
Thumbnail Image
Publication

Os discursos de O Occidente, Revista Illustrada de Portugal e do Estrangeiro (1878 – 1915)

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
TD_Angela Dutra.pdf2.56 MBAdobe PDF Download

Abstract(s)

Esta pesquisa tem como objetivo estudar o discurso verbal de O Occidente, considerada a mais importante revista ilustrada do quarto final do século XIX português. Editada em Lisboa e com circulação em vários países, O Occidente ajudou a inserir Portugal na Europa oitocentista que se modernizava rapidamente. Por ser quase sempre lembrada por sua qualidade imagética, a intenção é desvendar, em seu texto escrito, as ideologias que defendeu para conseguir durar 37 anos, numa época em que os veículos de comunicação tinham vida quase sempre curta. A pretensão de O Occidente, desde o primeiro número, era ser apolítico, conforme a moda jornalística da época. Em tese, um semanário não sobreviveria tanto tempo sem, de alguma maneira, representar um ideário e refletir a realidade da sociedade que o abrigava. Como O Occidente conseguiu aliar o seu discurso aparentemente neutro ao sucesso comercial é a proposta desta pesquisa. O trabalho também questiona de que maneira um periódico com linguagem gráfica de vanguarda conciliou, sem ruídos, esta vanguarda imagética a um texto conservador. As metodologias utilizadas foram a análise do discurso e a dialética. Para analisar o discurso textual foi necessário ler e decupar as 1.315 edições da revista. Para identificar os possíveis discursos ocultos, usou-se a dialética, considerando que aos textos publicados são a tese; a leitura e a interpretação, a antítese e esta antítese, amalgamadas às pesquisas realizadas, a síntese ou a nova leitura de O Occidente. O estudo está separado em oito capítulos, além de uma introdução que também explica a metodologia, a conclusão e a bibliografia. O primeiro capítulo é sobre o ambiente jornalístico português da época e o estado da arte. O segundo fala da história de O Occidente e de seus principais colaboradores: além do proprietário Caetano Alberto, os jornalistas e escritores Guilherme D’Azevedo, Gervasio Lobato, João da Camara, João Prudencio e Antonio Cobeira. Os outros cinco examinam os assuntos mais explorados pela revista, embora não possam ser ainda considerados editorias independentes: “Chronica Occidental”, Política Nacional e Internacional, Cultura e Ciência, Nobreza e Fait Divers. A conclusão do trabalho prova que O Occidente defendeu posições que iam ao encontro do pensamento da elite de então, seu principal público-leitor. Claramente, a revista era colonialista e conservadora. Não tão claramente propagou outros discurso que representam com propriedade o fim do século XIX. Por exemplo, o começo do movimento feminista que as palavras oficiais de O Occidente enaltecem, enquanto os principais colunistas continuam pregando o tradicional papel feminino de mãe e dona de casa. Vários exemplos de contradição entre o discurso real e o oculto são encontrados na revista e identificados neste trabalho, provando que não apenas as imagens de qualidade atraíam os leitores. Textos redundantes, apesar de camuflados, serviram para espelhar o mundo de O Occidente e fornecer confiabilidade e conforto para aqueles que o liam.
This research seeks to study the verbal speech of O Occidente, considered the most important illustrated magazine in the quarter final of Portugal’s 19th century. Edited in Lisbon and available on various countries, O Occidente helped to insert Portugal in 800s Europe, which urbanized rapidly. For being ever remembered for its image quality, the intended effect is to unravel, in its written text, the ideas it defended in order to last 37 years, in an era where the media had a very short life-span. The aim of O Occidente since the beginning was to be certificated, according to the journalistic style back then. In theory, a seminar would not last very long without, in any way, representing an idea and reflecting a reality of the society that sheltered it. Like the O Occidente managed to ally its speech apparently neutral to commercial success, is the proposal of this research. The work also questions in that way a periodic with graphic language of joined, with no complaints, this vanguard image to a conservative text. The methods used were the speech’s analysis and the dialectics. To analyze the textual speech it has been necessary to read and adjust the 1.315 editions of the magazine. To identify any possible hidden speeches, dialectics were used, considering that the essays published are the thesis; the reading and the interpretation, the antithesis and this antithesis, limited to the research made, the synthesis or the new reading of O Occidente. The research is divided into eight chapters, regardless on an introduction that also explains the methodology, the conclusion and the biography. The first chapter is about the Portuguese journalistic atmosphere at the time and the state of art. The second talks about the history of O Occidente and its main collaborators: besides the owner Caetano Alberto, the journalists and writers Guilherme D’Azevedo, Gervasio Lobato, João da Camara, João Prudencio and Antonio Cobeira. The other five examine the most explored issues in the magazine, despite the fact these cannot be considered independent editorials; “Chronica Occidental”, National and International Politics, Culture and Science, Nobility and Fait Divers. The conclusion of the work proves that O Occidente defended positions that lead to an elite mentality of the time, its main public-reader. Clearly, the magazine was conservative and embracing colonialism. Not so crystal clear, this magazine also propagated other speeches that represented as property the end of the 19th century. For example, since the beginning of the feminist movement, that the official words of O Occidente stand out, whereas the principal columnist writers continue to portray the traditional role as a mother and house-wife. Various examples of contradiction between the real speech and the hidden one are found in the magazine as identified in this work, proving that not images attract readers. Redundant texts, despite being camouflaged, served to spread the world of O Occidente and supply trust and comfort for those reading it.
Ce travail de recherche a comme but d’étudier le discours verbal de la revue O Occidente, considérée l’oeuvre illustrée la plus importante de la fin du XIX siècle portugais. Editée à Lisbonne et avec une distribution dans plusieurs pays, O Occidente a contribué dans l’insertion du Portugal en Europe du XIX siècle qui se développait rapidement. A cause de sa qualité en image et d’être souvent considérée comme telle, l’intention c’est de révéler dans son texte écrit les idéologies qu’elle a soutenu pour durer trente-sept ans dans une époque dont les médias avaient une vie souvent très courte. L’objectif de O Occidente dès son premier numéro c’était d’être apolitique, d’après la coutume journalistique de l’époque. En thèse, un hebdomadaire n’aurait pas survécu si longtemps sans représenter un idéal et de réfléchir la réalité de la société de son temps. Le défi de cette recherche c’est de savoir comment O Occidente a réussi à rallier son discours manifestement neutre au succès commercial. Ce travail se demande aussi de quelle façon un hebdomadaire de langage graphique d’avant-garde a concilié, sans rumeurs, ces images de pointe à un texte conservateur. Les méthodologies utilisées ont été l’analyse du discours et de la dialectique. Pour l’analyse du discours textuel nous avons fait la lecture et la transcription des 1.315 éditions de la revue. Pour en identifier les possibles discours cachés, la dialectique a été utilisée en considérant que les textes publiés ce sont de thèses. C’était donc la lecture plus l’interprétation et l’antithèse. Et cette antithèse amalgamée aux recherches réalisées à la synthèse ou la nouvelle lecture de O Occidente. Cette recherche est préparée en huit chapitres avec l’introduction en expliquant la méthodologie, la conclusion et la bibliographie. Le premier chapitre aborde l’ambiance des médias au Portugal à l’époque et le traitement de l’art. Le deuxième chapitre étudie l’histoire de O Occidente et de ses principaux collaborateurs au-delà de son propriétaire Caetano Alberto, les journalistes, les écrivains Guilherme D’Azevedo, Gervasio Lobato, João da Camara, João Prudêncio et Antonio Cobeira. Les cinq chapitres restant y examinent les sujets les plus explorés par la revue, quoique ne pouvant pas être considérés comme étant des sections indépendantes tels: «Chronique Occidental», Politique Nationale et Internationale, Culture et Science, Noblesse et Faits Divers. La conclusion de ce travail prouve que O Occidente a soutenu la pensée à l’encontre de l’élite sur place, notamment son principal publique lecteur. La revue était clairement colonialiste et conservatrice. Sans être suffisamment claire elle a propagé d’autres discours qui représentaient avec propriété la fin du XIX siècle. Par exemple, le début du mouvement féministe que les dialogues officiels du O Occidente exalte pendant que les principaux collaborateurs continuent avec les discours du rôle de la femme au foyer. Plusieurs exemples contradictoires entre le discours réel et le discours caché ont été trouvés dans la revue et identifiés dans ce travail, en prouvant que pas seulement les images de qualité ont attiré les lecteurs. De textes redondants quoique déguisés, ont servi pour refléter le monde autour de O Occidente et y fournir de la fiabilité et du confort pour ceux qui les lisaient.
Esta pesquisa tiene como finalidad estudiar el discurso verbal de O Occidente, reconocida como la revista ilustrada más importante del cuarto final del siglo XIX português. Editada en Lisboa y com circulación en varios países, O Occidente ayudó a incluir Portugal en la Europa ochocentista que se modernizaba rápidamente. Como es recordada a menudo por su cualidad de utilizar imágenes, la intencion es deslindar, en su texto escrito, las ideologias que defendió para lograr perdurar 37 anos, en una época en la que los media tenían una vida casi siempre corta. La pretensión de O Occidente, desde su primera tirada, era ser considerada apolítica, como lo era la periodística de la época. En tesis, un taller no sobreviveria tanto tiempo sin, de alguna manera, representar un ideario y reflexionar sobre la realidad de la sociedad que lo involucraba. Cómo O Occidente conseguió aliar su discurso aparentemente neutro al éxito comercial es la propuesta de esta pesquisa. El trabajó también indaga el modo cómo un periódico com lenguaje gráfico de vanguardia consiguió compatibilizar, sin ruidos, esta vanguardia de imágenes a un texto conservador. Las metodologias utilizadas fueron el análisis del discurso y la dialéctica. Para analizar el discurso textual, fue necesario leer e dividir las 1.315 ediciones de la revista. Para ientificar los possíbles discursos ocultos, recurrió a la dialéctica, estimando que los textos publicados son la tesis; la lectura y la interpretacion, la antitesis, amalgamada a las pesquas realizadas, la síntese o la nueva lectura de O Occidente. El estudio está separado por ocho capitulos, además fr una introducction, que también explica la metodologia, la conclusión y la bibliografia. El primer capítulo es sobre el ambiente periodístico português de la época y el estado de arte. El segundo aborda la historia de O Occidente y de sus principales colaboradores: además de proprietário Caetano Alberto, los periodistas e escritores Guilherme D’ Azevedo, Gervasio Lobato, João da Camara, João Prudencio e Antonio Cobeira. Los otros cinco investigaron temas más explotados por la revista, aunque no puedan ser considerados todavia editoriales independientes: “Chronica Occidental, Politica Nacional e Internacional, Cultutra y Cienia, Nobleza y Fait Divers. La conclusión de lka investigación comprueba que O Occidente defendió posiciones qie iban al encuentro de la elite de entonces, su principal público-lector. Claramente, la revista era colonialista y conservadora. No tan evidente propagó otros discursos que representam com propriedad en final del siglo XIX. Por ejemplo, el comienzo del movimento femenista, que las palabras oficiales de O Occidente enlatecen, mientras que los principales columnistas siguen plegando el tradicional papel e madre e de ama de casa. Varios ejemplos de contradicción entre el discurso real y el oculto son encontrados en la revista e identificados en este trabajo, probando que no solo las imágenes de calidad cautivaban los lectores. Textos redundantes, aunque camuflados, sirvieron para reflectar el mundo de O Occidente y permitir confianza y comodidad para aquellos que o leían.

Description

Keywords

Discurso jornalístico Revista ilustrada Século XIX O Occidente Portugal Journalistic speech Illustrated magazine 19th century O Occidente PortugaI Discours journalistique Revue illustrée XIX siècle L’Occident Portugal Discurso periodístico Revista ilustrada Siglo XIX O Occidente Portugal

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue

Publisher

CC License