Dependência de smartphone, perceção de saúde e sintomatologia psicopatológica em adultos portugueses

Leal, João Paulo Ferreira

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Dependência de smartphone, perceção de saúde e sintomatologia psicopatológica em adultos portugueses

2025-10-24Master thesis

datacite.subject.fos	Ciências Sociais::Psicologia
dc.contributor.advisor	Meneses, Rute
dc.contributor.advisor	Alves, Sónia
dc.contributor.author	Leal, João Paulo Ferreira
dc.date.accessioned	2025-11-25T11:11:07Z
dc.date.available	2025-11-25T11:11:07Z
dc.date.issued	2025-10-24
dc.description.abstract	Sob um desenho de investigação transversal, quantitativo, descritivo e correlacional, este estudo examinou a relação entre dependência de smartphone (DS), a saúde percebida e os sintomas psicopatológicos, bem como o papel de características individuais e contextuais associadas à DS, numa amostra portuguesa (N = 122; 68,9% mulheres; M = 30,89 anos, DP = 10,99), recrutada por amostragem de conveniência não probabilística online, com técnica de bola de neve. Os critérios de inclusão abrangeram participantes com 18 ou mais anos de idade, com acesso à Internet, capazes de fornecer assentimento informado de forma livre e esclarecida. O protocolo incluiu um questionário sociodemográfico com variáveis clínicas e comportamentais, bem como três instrumentos validados: o Smartphone Addiction Inventory (SPAI), o Questionário do Estado de Saúde-8 (SF-8) e as Escalas de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Foram realizadas análises descritivas e testes estatísticos não paramétricos para identificar diferenças, associações e correlações entre as variáveis. Os resultados indicaram que 59,8% dos participantes utilizavam o smartphone durante 3 a 5 horas por dia. Um limiar crítico situado entre 5 e 6 horas diárias associou-se a um aumento nas pontuações do SPAI. Análises estatísticas revelaram uma associação positiva entre o tempo de uso e DS, com níveis significativamente mais elevados entre utilizadores que relataram mais de 6 horas de uso diário. A idade não se associou diretamente à DS, mas os jovens adultos apresentaram pontuações mais elevadas, sobretudo nas subescalas de Comportamento Compulsivo e Limitação Funcional. Não se observaram diferenças significativas entre os sexos nas pontuações totais. No entanto, uma subanálise com base numa estratificação por gravidade revelou uma maior prevalência de casos graves entre mulheres jovens (18–25 anos), sugerindo uma interação entre idade, sexo e severidade da dependência. Não foram encontradas associações estatisticamente robustas entre DS e variáveis como escolaridade, estado civil, área de residência ou ocupação. Foram reportados impactos físicos (dores musculoesqueléticas, distúrbios do sono ou do descanso) e psicossociais (problemas relacionais, dificuldades de atenção ou concentração), sendo estes últimos os mais relevantes do ponto de vista estatístico. Foram identificadas correlações estatisticamente significativas entre as pontuações do SPAI, do Componente Mental do SF-8 e dos sintomas avaliados pela EADS-21. A depressão revelou-se a variável com associação mais robusta à DS, superando a ansiedade e o stresse. Conclui-se que a DS está intrinsecamente associada à saúde mental, destacando-se o comportamento compulsivo como fator central e a depressão como o correlato psicopatológico mais significativo, sugerindo-se intervenções direcionadas. Entre as limitações, destacam-se o recrutamento não probabilístico e a composição demográfica da amostra, fatores que condicionaram a generalização dos resultados.	por
dc.description.abstract	This study employed a cross-sectional, quantitative, descriptive, and correlational research design to examine the relationship between smartphone dependence (abbreviated as DS in the Portuguese version), perceived health status, and psychopathological symptoms, as well as the role of individual and contextual characteristics associated with DS, in a Portuguese sample (N = 122; 68.9% women; M = 30.89 years, SD = 10.99), recruited through online non-probabilistic convenience sampling, using the snowball technique. Inclusion criteria required participants aged 18 or older, with internet access, and the capacity to provide free and informed consent. The assessment protocol consisted a sociodemographic questionnaire asssessing clinical and behavioral variables, as well as three validated instruments: the Smartphone Addiction Inventory (SPAI), the Questionário do Estado de Saúde-8 (SF-8), and the Escalas de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Descriptive analyses and non-parametric statistical tests were conducted to identify differences, associations, and correlations among the variables. Results showed that 59.8% of participants reported using their smartphones for 3 to 5 hours daily. A critical threshold of smartphone use between 5 and 6 hours per day was associated with higher SPAI scores. Statistical analyses revealed a positive association between time of use and DS, with significantly higher levels observed among users reporting more than 6 hours of daily use. Age was not directly associated with DS, but young adults showed higher scores, particularly in the Compulsive Behavior and Functional Impairment subscales. No significant differences were observed between sexes in total scores. However, a subanalysis based on a severity stratification revealed a higher prevalence of severe cases among young women (18–25 years), suggesting an interaction between age, sex, and dependence severity. No statistically robust associations were found between DS and variables such as education level, marital status, residential area, or occupation. Physical impacts (musculoskeletal pain, sleep or rest disturbances) and psychosocial effects (relational problems, attention or concentration difficulties) were reported, with psychosocial effects showing statistically more relevant. Statistically, significant correlations were identified between SPAI scores, the SF-8 Mental Component, and symptoms assessed by the EADS-21. Depression emerged as the variable most strongly associated with DS, surpassing both anxiety and stress. The findings suggest that DS is intrinsically linked to mental health, with compulsive behavior standing out as a key factor and depression as the most significant psychopathological correlate, suggesting targeted interventions. Limitations include non-probabilistic recruitment and the sample’s demographic composition, both of which limited the generalizability of the findings.	eng
dc.identifier.tid	204030129
dc.identifier.uri	http://hdl.handle.net/10284/14772
dc.language.iso	por
dc.rights.uri	http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
dc.subject	Adição tecnológica
dc.subject	Dependência de smartphone
dc.subject	Uso problemático de smartphone
dc.subject	Estado de saúde percebido
dc.subject	Sintomatologia psicopatológica
dc.subject	Technology addiction
dc.subject	Smartphone dependence
dc.subject	Problematic smartphone use
dc.subject	Perceived health status
dc.subject	Psychopathological symptomatology
dc.title	Dependência de smartphone, perceção de saúde e sintomatologia psicopatológica em adultos portugueses	por
dc.title.alternative	Smartphone dependence, health perception and psychopathological symptomatology in Portuguese adults	eng
dc.type	master thesis
dspace.entity.type	Publication
thesis.degree.name	Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde