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Authors
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Abstract(s)
A presente investigação pretende dar a conhecer a importância do objecto fotográfico na
nossa sociedade. A fotografia converteu-se num dos meios priveligiados para assegurar
a coesão social do grupo e da família, onde a sua prática se transforma num ritual, a
contemplação das fotografias passou a fazer parte dos nossos hábitos, oferecendo-nos
assim um processo de rememoração. Tiramos fotografias e deixamos que nos retratem
com o objectivo de congelar o tempo, de marcar uma presença, ter a certeza que um dia
aquele momento ficará registado para sempre. O medo do desaparecimento e da morte,
instaura uma procura de algo que seja para sempre, no entanto, a fotografia é um
simples pedaço de papel, o que faz com que o tempo leve a imagem registada, a
degradação, o desvanecimento e manchas fazem parte da beleza material da fotografia.
Sendo a fotografia um objecto que fixa o momento, um objecto pequeno e fácil de
transportar, faz com que se torne um objecto de desejo, sendo esta considerada uma
presença – ausência, esta característica faz com se torne num objecto fetiche.
A fotografia veio abrir portas sobre a forma como olhamos o mundo e sobretudo como
nos olhamos a nós próprios. Este novo medium veio oferecer à população uma nova
visão de si próprio e de cada um, acreditando na fotografia como espelho da realidade.
A obsessão por um novo eu, a busca de uma nova identidade e a consciência de que
existimos fora de um simples reflexo de espelho, começou a fazer parte da história de
vida dos retratados. Transformar-se no que não se é, dar-se a conhecer através da
falsidade e de um duplo é algo que passou a ser um desejo fácil de se concretizar. The present research tries to bring light to the importance of the photographic object in
our society.
Photography has become a privileged vehicle to assure the social cohesion of groups
and family, where its practice transforms itself in a ritual, and the contemplation of
photographs becomes an habit, thus offering us a process of rememberance. We take
pictures and let ourselves be portraited in order to freeze time, to mark a presence, to be
sure that one day that moment will be forever registered. The fear of vanishment and
death, instigates a quest for something that will forever be, however, photography is but
a simple piece of paper, causing time to remove its fixed image, the degradation - the
vanishment and stains – make up the for the material beauty of photography.
Because a photograph is an object that fixates the moment, a small object and easily
carriable, makes it an object of desire, being simultaneously presence-absence, makes it
an object of fetish.
Photography has opened doors into the way we see the world, and most of all, about
how we see ourselves. This new medium has offered people a new vision of oneself and
each of us, believing in photography as the reality’s mirror.
The obsession for a new me, the search for a new identity and the consciousness that we
exist outside a simple mirror’s reflex, has started to become part of the portrated lifes
history.
To become what you´re not, to let yourself be know trough fakeness and the double is
something that has become an easy whish to accomplish.
Description
Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa, como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Mestre em Programação Cultural, Arte e Intervenção Social
Keywords
Fotografia Retrato Memória Fetiche Espelho Duplo Identidade Photography Portrait Memory Fetich Mirror Double Identity