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O Almofariz, ícone da profissão farmacêutica: principais traços da sua evolução

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Um farmacêutico que não se queira limitar a ser um técnico que exerce rotineiramente a sua profissão irá encontrar mais-valias em ter na sua formação intelectual algum conhecimento aprofundado sobre a história da farmácia. Caminha-se actualmente para uma especialização cada vez maior, o que se traduz numa maior capacidade de executar correctamente uma função única para a qual a especialização é dirigida, mas isto vai implicar uma incapacidade de adaptação a novas situações e a novas questões, que saiam um pouco do âmbito da dita especialização. Se, para algumas profissões, é suficiente e até óptima esta situação, para outras isso revela-se limitante e eticamente reprovável. O Farmacêutico tem sido, desde há largos anos, um profissional de saúde em quem a população confia. É, em muitos locais, o técnico de saúde mais próximo da população, havendo um acesso imediato da população ao aconselhamento por parte deste, ao contrário do que sucede, por exemplo, em relação ao acesso a consultas médicas, que com frequência têm um tempo de espera para atendimento de semanas, meses, e às vezes mesmo anos. Numa farmácia comunitária é frequente surgirem situações muito diversas, desde problemas que terão de ser encaminhados para outros profissionais de saúde a problemas que um farmacêutico atento poderá auxiliar a resolver. Para tal necessita de ter uma formação académica sólida, que lhe dê as bases científicas para compreender o mecanismo de acção dos medicamentos, as incompatibilidades e possíveis reacções adversas que surjam, bem como para as tentar evitar, mas tal não será suficiente. Para saber responder às solicitações do dia-a-dia, o farmacêutico necessita também de espírito prático, para resolver os problemas na altura necessária, e de bom senso (muitas vezes chamado de “senso comum”, mas não me parece que seja tão comum assim), além da experiência que vai acumulando, que facilita a resolução de muitas situações. Obviamente que um maior conhecimento sobre os almofarizes e a sua história não será essencial nem está directamente relacionado com o correcto exercício farmacêutico, mas sendo o almofariz “o instrumento” que tem acompanhado o farmacêutico desde sempre, estando intrinsecamente associado à sua imagem, a sua apreciação não nos deixa esquecer a importância e a dignidade da profissão ao longo dos tempos, dando maior ânimo para uma posição ética e deontologicamente correcta, sobretudo nos momentos de transição em que por vezes o espírito comercial se tenta sobrepor aos outros aspectos da farmácia comunitária. A utilização do almofariz, em particular do almofariz metálico, acompanhou a humanidade desde a antiguidade remota até aos nossos dias (Jordi González e Bosch Figueroa, 2002). Apesar da enorme evolução científica e tecnológica que as ciências farmacêuticas sofreram ao longo dos tempos, o almofariz permaneceu sempre como um instrumento essencial e omnipresente nas farmácias, desde as velhas boticas até às actuais farmácias comunitárias, necessário para a execução de funções fundamentais para a manipulação dos medicamentos. Daremos especial destaque ao uso do almofariz de bronze pela importância que foi tendo ao longo da história da farmácia. Assim, o almofariz é considerado um objecto de grande importância, não só pelo aspecto sentimental que apresenta para a profissão farmacêutica, como também como testemunho mudo da arte farmacêutica (Jordi González e Bosch Figueroa, 2002). É ainda considerado como um objecto artístico de grande valor pelos peritos em arte, como se pode verificar pela sua presença frequente em antiquários, leilões, casas-museu e colecções privadas.

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Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa para obtenção do grau Licenciado em Ciências Farmacêuticas

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