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O papel da qualidade do sono e do cronótipo na percepção da passagem do tempo: um estudo comparativo com estudantes universitários

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A experiência subjetiva do tempo refere-se à perceção individual da passagem do tempo, sendo essencial para o funcionamento cognitivo, a regulação emocional e a eficácia na tomada de decisões. Esta perceção é dinâmica e pode variar consoante o contexto, o estado emocional e fisiológico do individuo. É comum, por exemplo, sentir que o tempo passa mais depressa em situações agradáveis ou envolventes, e mais lentamente em momentos de tédio, stress ou fadiga. Entre os diversos fatores que podem influenciar a experiência subjetiva do tempo, o sono destaca-se como um dos mais relevantes, dado o seu impacto comprovado sobre a atenção, a memória e a perceção temporal. Assim, o presente estudo teve como objetivo estudar o papel da qualidade do sono e do cronótipo na experiência subjetiva do tempo. Participaram quarenta e sete participantes, com idades compreendidas entre os dezoito e vinte e nove anos. Em função dos resultados obtidos no Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e no Questionário de Matutinidade-Vespertinidade de Horne e Östberg, os participantes foram divididos em grupos quanto à qualidade do sono (boa qualidade e pobre qualidade) e quanto ao cronótipo (matutino, indiferente e vespertino), respetivamente. A avaliação da experiência subjetiva do tempo foi efetuada através da versão portuguesa do Questionário de Perceção da Passagem do Tempo, de Wittmann e Lehnhoff. Os resultados revelam que os participantes com uma pobre qualidade do sono apresentaram pontuações significativamente mais elevadas nas dimensões “Expansão do Tempo” e “Metáfora de Velocidade” no Questionário de Perceção da Passagem do tempo, evidenciando uma perceção subjetiva do tempo mais distorcida. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos relativamente à dimensão “Experiencia Temporal”. No que diz respeito ao cronótipo, não foram observadas diferenças significativas entre participantes matutinos, indiferentes e vespertinos em nenhuma das variáveis analisadas. Estes resultados destacam a importância de promover hábitos de sono saudáveis no contexto universitário, dado o seu impacto na perceção do tempo e, consequentemente, na autorregulação e desempenho académico.
The subjective experience of time refers to the individual's perception of the passage of time, and is essential for cognitive functioning, emotional regulation, and decision-making effectiveness. This perception is dynamic and can vary depending on the context, the emotional and physiological state of the individual. It is common, for example, to feel that time passes faster in pleasant or engaging situations, and more slowly in moments of boredom, stress or fatigue. Among the various factors that can influence the subjective experience of time, sleep stands out as one of the most relevant, given its proven impact on attention, memory and temporal perception. Thus, the present study aimed to study the role of sleep quality and chronotype in the subjective experience of time. Forty-seven participants participated, aged between eighteen and twenty-nine years. Based on the results obtained in the Pittsburgh Sleep Quality Index and in the Horne and Östberg Morning-Afternoon Questionnaire, the participants were divided into groups according to sleep quality (good quality and poor quality) and chronotype (morning, indifferent and afternoon), respectively. The evaluation of the subjective experience of time was carried out through the Portuguese version of the Questionnaire on the Perception of the Passage of Time, by Wittmann and Lehnhoff. The results reveal that participants with poor sleep quality had significantly higher scores in the "Time Expansion" and "Speed Metaphor" dimensions on the Time Passage Perception Questionnaire, evidencing a more distorted subjective perception of time. There were no statistically significant differences between the groups regarding the "Temporal Experience" dimension. About the chronotype, no significant differences were observed between morning, indifferent, and afternoon participants in any of the variables analyzed. These results highlight the importance of promoting healthy sleep habits in the university context, given its impact on time perception and, consequently, on self-regulation and academic performance.

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Keywords

Estimação do tempo Qualidade do sono Cronótipo Cognição Estudantes universitários Time estimation Sleep quality Chronotype Cognition College students

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