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Prevalência de sobrecarga do Cuidador Informal do Idoso Dependente

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O envelhecimento é um fenómeno pessoal e de variabilidade individual, e que está associado a um conjunto de alterações biológicas, psicológicas e sociais que se acionam ao longo do ciclo vital, exigindo uma contínua adaptação e procura de equilíbrios (Martins, 2014). O Cuidador Informal (CI) é aquele que cuida mais proximamente, durante mais tempo colabora nas Atividades de Vida Diária (AVD’s) em que a pessoa necessita de ajuda, sendo que a mesma é não renumerada, independentemente da sua formação ou experiência de vida (Almeida, 2015). São parceiros no desempenho dos cuidados de saúde ao idoso dependente a curto e longo prazo, são responsáveis pelo bem-estar físico, emocional e social dos idosos que estejam a seu cargo, pelo que deve constituir uma prioridade nas políticas de saúde (Grácio, 2014). A sobrecarga do cuidador refere-se ás consequências físicas, psicológicas e sociais que resultam do ato de cuidar de um individuo dependente e da prestação ininterrupta de cuidados (Sequeira, 2012). Objetivo: Estimar a prevalência de sobrecarga física, emocional e social, dos CI residentes na região Norte de Portugal. Material e métodos: Estudo descritivo quantitativo e transversal. Amostra constituída por 90 CI de Idosos, da região Norte. Amostragem não probabilística por bola de neve. Recolha de dados efetuada por questionários sócio demográfica e Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI). Resultados: A amostra é constituída por 90 CIs de idosos dependentes. 83,3% (75) dos CIs são mulheres e 16,7 % (15) são homens. A média de idades é 48,2 anos (DP=11,4), sendo o mais jovem 21 anos e o mais velho 77 anos. A média de tempo de cuidados informais que a pessoa possui a função de CI é de 4,5 anos, sendo o máximo de 30 anos e o mínimo 1 ano. Em relação aos idosos dependentes, no Índice de Lawton & Brody, avalia o grau de dependência nas AIVD, conclui-se que 62,2% dos idosos (n=56) são dependentes totais, 20 % (n=18) ostenta dependência grave, 11,1% (n=10) apresenta dependência moderada e 6,7% dos idosos (n=6) são dependentes ligeiros. Na sobrecarga moderada, consideram-se as sub-escalas com médias entre os 25 e 50, identificaram-se 4 fatores negativos (SE - sobrecarga emocional, IVP - implicação na vida pessoal, SF- sobrecarga financeira e RE - reações a exigências). O fator IVP (M=47,4) com valor mais elevado da sobrecarga, os fatores SE (M= 37,5) e RF (M=33,9) e por fim o fator RE (M=31, 8). Como fatores positivos identificaram-se 2 fatores (MEC - mecanismo de eficácia e de controlo e SupFam - suporte familiar). Verifica-se o fator MEC (M=69,3) e o fator SupFam (M= 64,4), sendo que estes são invertidos. Na sobrecarga ligeira, as sub-escalas que apresentam valores 1 e 25, verifica-se a existência da sub-escala, de fator positivo (SPF - satisfação com o papel e com o familiar), com um valor de M=81,6, à semelhança dos fatores MEC e SupFam este também é invertido. Tendo em conta os pontos de corte do QASCI, verifica-se que a média de 33,5 pode ser categorizada como sobrecarga moderada. Conclusões: Como sobrecarga moderada teremos os fatores SE, IVP, SF, RE, MEC e SupFam. Nos resultados obtidos, o fator SPF, apresenta uma sobrecarga ligeira. No que concerne à Sobrecarga Total a amostra possuí sobrecarga moderada.

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Cuidador informal Idoso dependente Sobrecarga

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ASPESM

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