| Name: | Description: | Size: | Format: | |
|---|---|---|---|---|
| 1.54 MB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
O cloreto de sódio, vulgarmente designado como sal, é um condimento utilizado há
cerca de dez mil anos, na conservação de alimentos.
Atualmente, o consumo de sal pelas sociedades ocidentalizadas é elevado, porque este
composto passou a ser usado para melhorar o sabor dos alimentos. Dessa forma a
população é exposta a quantidades elevadas de cloreto de sódio logo após os primeiros
meses de vida, quando inicia uma dieta sólida, sendo que este padrão de consumo se
mantém, em regra, ao longo da vida do indivíduo. Apesar dos esforços da comunidade
científica em alertar para a relação entre o excessivo consumo de sal, a hipertensão e
certas doenças crónicas, ainda não há uma alteração satisfatória nas mudanças
comportamentais, governamentais e na indústria alimentar na redução de sal nos
alimentos processados.
Como forma de prevenção primária a Organização Mundial de Saúde (OMS)
recomenda que a ingestão diária de sal seja inferior a 5 g/dia para a população em geral
e 1 a 3 g/dia para hipertensos.
Dados recentes apontam o pão e os cereais como responsáveis por 18% da ingestão de
sal diária. O conteúdo em sal nestes produtos resulta da adição do mesmo durante a sua
preparação, pelo que a redução da sua quantidade é possível e pode contribuir para uma
considerável diminuição do consumo diário de sal sem grande alteração no regime
alimentar. Nesse sentido, as autoridades responsáveis, têm adotado medidas no sentido
de os fabricantes implementarem programas específicos de redução de sal nos seus
produtos. No caso concreto dos cereais de pequeno-almoço, produtos de consumo
frequente por todas as faixas etárias, com especial incidência nas crianças, essas
estratégias passam pela redução programada e progressiva de sal nos produtos já
comercializados e pelo lançamento de novas formulações com um baixo teor em sal.
Como meta para 2017 a Food Standards Agency estabeleceu um valor médio alvo de
0,59 g sal /100 g cereal e um valor máximo de 1,0 g de sal /100 g cereal. O objetivo deste trabalho é avaliar a contribuição do consumo de cereais de pequeno
almoço para a ingestão diária de sal e efetuar uma análise dos programas/diretrizes
referentes à sua redução nestes produtos. Será efetuada uma recolha bibliográfica que
permita elaborar uma revisão crítica da literatura publicada sobre as evidências e as
controvérsias em torno deste assunto. Sodium chloride, commonly known as salt, is a spice used for about ten thousand years
in food preservation.
Currently, salt intake by westernized societies is high because salt is commonly used to
enhance food flavour. Therefore, population is exposed to high amounts of sodium
chloride soon after the first months of life, when initiating a solid diet and this
consumption pattern is usually maintained throughout life. Despite the efforts of the
scientific community to advertise between the relationship of an excessive salt intake
and hypertension as well as several other chronic diseases, there are still no significant
changes in population behaviour, in legislation applied to processed foods and in food
industry commitments to reduce salt content in food.
As a primary prevention measurement the World Health Organization (WHO)
recommends that daily intake of salt must be lower than 5 g/day for the general
population and 1-3 g/day for hypertension patients.
Recent data suggests that bread and cereals are responsible for 18% of the daily salt
intake. The salt content in these products is due entirely to salt added during
preparation. Reducing salt level is therefore possible and can contribute to a
considerable decrease of salt intake without significant changes on dietary habits. To
achieve this goal, regulatory authorities have adopted measures to ensure that
manufacturers implement specific programs to reduce salt in their products. Regarding
breakfast cereals, products eaten by consumers of all age groups with special focus on
children, these salt reduction strategies include a stepwise planned and gradual decrease
of salt in products already in the market and the development of new products with a
low salt content. As a target for 2017 the Food Standards Agency has set an average
target 0.59 g of salt / 100 g of product, and a maximum value of 1.0 g salt / 100 g cereal.
The objective of this study is to assess the contribution of the consumption of breakfast
cereals to the daily intake of salt and make an analysis of the programs / guidelines for
salt reduction in these products. A literature collection was made to develop a critical review of published literature based on the evidence and the controversies surrounding
this issue.
Description
Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas
Keywords
Cereais-pequeno almoço Sal Doenças cardiovasculares Estratégia de redução de sal Breakfast-cereal Salt Cardiovascular disease Salt reduction strategy
