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Advisor(s)
Abstract(s)
A aspirina, cuja substância ativa é o ácido acetilsalicílico, representa um dos
medicamentos mais utilizados em todo o mundo. Desde a Idade Média até aos dias de
hoje, têm vindo a ser descritas inúmeras propriedades terapêuticas nomeadamente:
analgésica, antipirética, anti-inflamatória, anti-plaquetária, entre outras.
No presente, para além do seu uso no alívio da dor ligeira a moderada, febre e
inflamação, a aspirina assume um importante papel na diminuição do risco de acidentes
cardiovasculares.
Entretanto, vários ensaios têm vindo a sugerir novos efeitos benéficos da aspirina.
Descobertas recentes demonstraram que a aspirina, administrada por vários anos, pode
reduzir, a longo prazo, o risco de alguns tipos de cancro, particularmente o cancro
colorretal.
Várias evidências apoiam a hipótese de que esse efeito é conseguido com doses baixas
de aspirina, as mesmas utilizadas na prevenção de eventos cardiovasculares,
posicionando a ação antiplaquetária da aspirina no centro de sua eficácia anti-tumoral.
Contudo, ainda não há dados suficientes sobre o risco/benefício e, como tal, ainda não
foram feitas recomendações definitivas relativamente ao seu uso, sendo portanto,
necessários novos estudos para que se possa definir qual a dose mínima efetiva, qual a
duração do tratamento, qual a idade para o iniciar e qual a população alvo em que o
benefício é superior ao risco.
Nesta revisão, irão ser abordados os conhecimentos atuais sobre o papel da aspirina na
prevenção do cancro, especialmente o cancro colorretal. Em particular, serão explorados
alguns dos possíveis mecanismos responsáveis por este efeito: uns dependentes das
prostaglandinas e da ciclooxigenase (COX), nomeadamente da COX-2, e outros
provavelmente independentes, destacando novos caminhos para pesquisas futuras. Aspirin, which active substance is the acetylsalicylic acid, is one of the most widely
used medications in the world. From the middle Ages to the present day, several
therapeutic properties have been described for this molecule, including: analgesic,
antipyretic, anti-inflammatory and anti-platelet action, among others.
At present, in addition to its use in the relief of mild to moderate pain, fever and
inflammation, aspirin plays an important role in reducing the risk of cardiovascular
events.
Interestingly, other beneficial effects of aspirin have been recently put forward. For
instance, new findings have demonstrated that aspirin intake, administered over several
years, may reduce the long term risk of certain types of cancer, particularly colorectal
cancer. Indeed, it has been argued that such effect may be achieved using small amounts
of aspirin (in proportions similar to ones used in the prevention of cardiovascular
events), placing the antiplatelet action of aspirin at the center of its anti-tumor efficacy.
However, much uncertainty remains concerning the risk/benefit of aspirin usage in
cancer prevention and, as such, no definitive recommendations have been made to date.
Consequently, further studies are crucially needed so that it can be defined the
minimum effective dose, duration of treatment, what age to start and what the target
population in which the benefit is greater than the risk.
In this review, it will be considered the current knowledge regarding the role of aspirin
in cancer prevention, with a special focus on colorectal cancer. In particular, it will be
explored some of the possible mechanisms responsible for this effect while highlighting
new paths for future research.
Description
Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas
Keywords
Aspirina Anti-tumoral Cancro colorretal Prevenção de cancro Aspirin Anti-tumor Colorectal cancer Cancer prevention