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  • Diagnóstico de doença e literacia em saúde: que associações?
    Publication . Jólluskin, Gloria; Silva, Isabel; Carneiro, Vânia
    A literatura revela que indivíduos que sofrem de alguma doença apresentam valores mais baixos de literacia em saúde, comparativamente àqueles sem um diagnóstico médico. Seria expectável que, quando acompanhados a longo prazo pelo sistema de cuidados de saúde, beneficiassem de um eventual efeito promotor da literacia em saúde resultante desse envolvimento. O presente estudo transversal visa comparar pessoas com e sem diagnóstico médico de doença quanto à literacia em saúde. Foram estudados dois grupos: Grupo 1 - “sem doença”, constituído por 258 participantes, com idades entre os 18 e os 71 anos (M=33,36; DP=13,08), tendo a maioria o Ensino Superior (64,7%). Grupo 2 - “com doença”, composto por 57 participantes, com idades entre os 18 e os 78 anos (M=42,70; DP=17,55), tendo a maioria o Ensino Superior (61,5%). Administrou-se um questionário sociodemográfico e clínico e a Escala de Literacia em Saúde (ELS). Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos ao nível da literacia em saúde, que se revela frágil, em particular no domínio crítico. No grupo 2, quando controlada a idade e a escolaridade, não existe uma correlação estatisticamente significativa entre a duração da doença e o nível de literacia em saúde total. Os resultados parecem reforçar a ideia de que não existe, ao nível da literacia em saúde, um efeito protetor do contacto com os serviços de saúde.
  • Retrato da literacia em saúde funcional, comunicacional e crítica em mulheres emigrantes
    Publication . Carneiro, Vânia; Silva, Isabel; Jólluskin, Gloria
    O movimento migratório é um fenómeno com grande impacto ao nível das transformações socias, constituindo um desafio da saúde pública, na medida em que impele a uma atualização na formulação de políticas e programas que acautelem o acesso aos cuidados de saúde, com particular atenção à redução das desigualdades e eliminação de barreiras de acesso aos mesmos. Este estudo pretende descrever os níveis de Literacia em Saúde em mulheres portuguesas emigrantes. Estudou-se uma amostra de conveniência constituída por 99 mulheres, com idades entre os 18 e 75 anos (M=34,55; DP=10,11) e, maioritariamente, com níveis de escolaridade correspondentes aos Ensinos Secundário (43,4%) e Superior (36,3%). As participantes responderam a um questionário sociodemográfico e clínico e à Escala de Literacia em Saúde. Da amostra, 31,1% refere habitualmente ir acompanhada a consultas médicas/enfermagem, 21,2% sofre de alguma doença e 10,1% esteve internada no último ano. Quanto à perceção geral de saúde 50,5% das mulheres percecionam a sua saúde como sendo “boa”. Verificou-se que os níveis globais de Literacia em Saúde são medianos (M=65,2; DP=11,1). Ao nível da Literacia Comunicacional, as participantes revelam possuir boas competências (M=81,1%; DP=18,0), porém ao nível da Literacia Funcional estas são medianas (M=64,2; DP=12,1) e ao nível da Literacia Crítica são claramente fracas (M=34,0; DP=7,0). É, pois, importante desenvolver estratégias abrangentes de alfabetização em saúde a fim de reduzir as desigualdades em saúde.