Departamento de Ciências da Nutrição
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Browsing Departamento de Ciências da Nutrição by Subject "Ácidos gordos polinsaturados"
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- Ácidos gordos polinsaturados no controlo e prevenção de doenças cardiovascularesPublication . Rocha, Rafaela Pereira; Pimenta, AdrianaIntrodução: Nos últimos anos tem sido observado um aumento de interesse por parte das comunidades científicas pelos ácidos gordos polinsaturados (PUFAs), especialmente pelos ácidos gordos ómega-3, designadamente, os ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) encontrados em peixes e em óleo de peixe. Este interesse está fortemente relacionado com os possíveis efeitos que estes exercem no controlo e na prevenção de doenças cardiovasculares (DCV). As evidências de que ingestões adequadas de fontes alimentares que contenham estes ácidos gordos (AG) ou a sua suplementação, têm sido numerosas em relação aos efeitos cardioprotetores, demonstrando uma relação inversa com a prevalência de doenças cardiovasculares. A fonte alimentar mais rica em ácidos gordos polinsaturados n-3 de cadeia longa são os peixes gordos e a necessidade do seu consumo deve ser melhor divulgada e também promovida junto da população. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica de estudos observacionais ou intervencionais e de artigos de revisão e/ou atualização que estabelecem relações entre os efeitos dos ácidos gordos polinsaturados nas doenças cardiovasculares. Métodos: A revisão da literatura foi feita através das bases de dados Pubmed e B-on e através do livro “Anatomia & Fisiologia” no período de tempo compreendido entre julho e setembro de 2015. Resultados: O aporte de 500 mg/dia dos ácidos eicosapentanóico (EPA) e docosahexanóico (DHA) leva a efeitos benéficos para o organismo humano, nomeadamente, ao nível das doenças cardiovasculares. A razão n-6/n-3 deve ser, preferencialmente, de 5:1 a 10:1. Como são ácidos essenciais, ou seja, ácidos que o ser humano não tem a capacidade metabólica de sintetizar, devem ser ingeridos através da alimentação. Os ácidos gordos n-3 produzem metabolitos anti-inflamatórios (eicosanoides) que levam à diminuição da pressão arterial, à diminuição do teor de triglicerídeos, à prevenção da agregação plaquetária, à diminuição do risco de tromboses, à prevenção de arritmias e à diminuição do risco de enfarte do miocárdio e de morte súbita. Conclusões: O consumo de ácidos gordos polinsaturados n-3 está relacionado com a diminuição do risco de doenças cardiovasculares e, consequentemente, com a diminuição do risco de morte por estas patologias. Os peixes gordos e os óleos de peixe são uma excelente fonte deste tipo de ácidos e são o alimento de excelência associado à prevenção destes problemas. Para que o aparecimento destas patologias seja evitado, recomenda-se o aporte de 500 mg/dia de EPA e DHA, sendo este valor facilmente atingido com o consumo de duas refeições de peixe por semana. No entanto, nos últimos anos têm surgido estudos que documentam um modesto benefício dos AG n-3 na prevenção de eventos cardíacos, enfarte do miocárdio, morte súbita cardíaca e morte por todas as causas em amostras de populações distintas. Não obstante, a suplementação de AG n-3, em indivíduos com historial de DCV, atua na diminuição do risco de enfarte do miocárdio e no risco de morte súbita cardíaca.
- Influence of polyunsaturated fatty acids on multiple sclerosis and use for treatmentPublication . Ribeiro, Sónia Augusta Oliveira; Guerra, Rita; Silva, CláudiaMuitos dos pacientes com esclerose múltipla usam terapias complementares alternativas como parte do tratamento e dos seus sintomas, entre estas a suplementação com ácidos gordos polinsaturados que é a mais comummente utilizada. O interesse no uso de ácidos gordos polinsaturados em pacientes com esclerose múltipla tem vindo a aumentar. O objetivo desta revisão foi perceber de que forma estes ácidos gordos podem influenciar a esclerose múltipla e qual a sua utilidade para o tratamento da mesma. Para a elaboração desta revisão foram realizadas duas pesquisas na PubMed usando as expressões de pesquisa “("polyunsaturated fatty acids") AND multiple sclerosis” e “[(("fatty acids" OR polyunsaturated OR unsaturated) AND multiple sclerosis AND (trial OR cohort OR prospective study)) NOT review]”. Foram incluídos ensaios clínicos, estudos realizados em animais e estudos de coorte, resultando num total de trinta artigos. Os resultados mais promissores sugerindo um efeito benéfico dos ácidos gordos polinsaturados na esclerose múltipla são os provenientes dos estudos realizados em animais, mas estes não podem ser diretamente extrapolados para os humanos. A maioria dos ensaios clínicos analisados, bem como os estudos de coorte, sugerem potenciais benefícios do uso destes ácidos gordos na esclerose múltipla, mas as intervenções usadas incluíram também outras substâncias, recomendações alimentares ou tratamentos farmacológicos. Esta revisão conclui que os ácidos gordos polinsaturados podem ter um impacto positivo na esclerose múltipla quando combinados com outras substâncias, dietas especiais ou tratamentos farmacológicos. No entanto, são necessários mais estudos para determinar o papel efetivo e exclusivo destes ácidos gordos na esclerose múltipla.