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- A utilização dos antibióticos locais como adjuvante no tratamento da periodontite crónica: revisão narrativaPublication . Ménascé, Laura Sarah; Falcão, Artur; Martins, Filipe AugustoA periodontite crónica é uma infeção bacteriana que afeta tecidos de suporte dos dentes. É causada por uma acumulação de placa bacteriana nos dentes e gengivas, levando à inflamação desses tecidos e consequente perda de inserção. Atualmente, a raspagem e alisamento radicular (RAR) é um tratamento importante na periodontite. No entanto, devido de profundidade de bolsa aumentada e às vezes anatomia complexa do dente, a RAR sozinha não pode remover todos os patógenos presentes. Portanto, nalguns casos clínicos, a RAR pode ter um melhor efeito terapêutico se for combinado com o uso de antibióticos, o que pode reduzir o número de baterias responsáveis pela infeção e impedir a progressão da doença. A abordagem tradicional para administrar antibióticos no tratamento da periodontite crónica é administrar de forma sistémica. De acordo com os artigos científicos, a aplicação local de antibióticos (metronidazol) parece ser uma boa solução para o tratamento da periodontite porque tem muitas vantagens, como altas concentrações farmacologicamente ativas nos locais-alvo. No entanto, este método de tratamento deve ser usado com cautela, pois pode apresentar riscos de efeitos colaterais e resistência a antibióticos. A administração local de medicamentos deve funcionar como alternativa ou adjuvante ao tratamento convencional e não isoladamente. O objetivo desta revisão narrativa com critérios sistematizados é estudar os diferentes tipos de antibióticos locais existentes (modo de administração: liberação controlada), bem como protocolos de tratamento e resultados clínicos. Isso pode incluir uma análise de estudos existentes, uma meta-análise ou até mesmo a realização de um ensaio clínico para avaliar a eficácia de um novo antibiótico local e enfatizando as diferenças de eficácia entre os antibióticos. Esta revisão enfoca a segurança e eficácia da administração local de antibióticos em comparação com a administração sistémica e discute as recomendações clínicas atuais.
- Utilização e incorporação de cannabis e/ou seus componentes em formulações farmacêuticasPublication . Pinto, Diana Filipa Gonçalves; Catita, José; Lopes, Carla MartinsA utilização terapêutica da planta Cannabis sativa L. remonta há mais de 5000 anos, tendo sido considerada como uma das plantas fundamentais na medicina tradicional. Com a evolução da ciência e do conhecimento, a utilização de produtos obtidos a partir desta planta deixou de ser relevante e passou a ser proibida, existindo apenas na sociedade como uma forma de droga de abuso. Nas últimas décadas, o mundo ocidental recuperou o interesse científico e terapêutico na canábis e seus derivados/componentes e incorporou-os na prática clínica. Em 1988, foi descoberto o recetor canabinoide do tipo 1 no cérebro e, em 1992, o primeiro endocanabinoide, a anandamida. Estas duas descobertas foram importantes para reforçar o interesse científico e terapêutico da planta Cannabis sativa L. Em Portugal, o uso desta planta ou de partes dela, ou mesmo dos seus extratos (e.g., o óleo extraído e canabinoides), para fins medicinais está permitido desde junho de 2018 e, noutros países, como o Canadá, desde 2001. O Canadá foi o primeiro país a cultivar a canábis para fins medicinais e a permitir a sua utilização terapêutica. Em Portugal, a prescrição de produtos à base da planta de canábis para fins medicinais é feita mediante receita médica especial, estando reservada aos casos em que se determine que os tratamentos convencionais autorizados não estão a produzir os efeitos esperados ou provocam efeitos adversos de relevância, e a sua dispensa é exclusiva a farmácias.
- Ligação entre a doença de Alzheimer e as doenças periodontais: uma revisão narrativaPublication . Chatti, Inès Gragueb; Bulhosa, José FriasA doença de Alzheimer, um distúrbio neurodegenerativo progressivo, é caracterizada pela degeneração das células cerebrais, resultando em uma deterioração gradual das funções cognitivas. Sua etiologia é multifatorial e complexa, envolvendo uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando entre 60 e 80% de todos os diagnósticos de distúrbios neurocognitivos, e sua prevalência aumenta significativamente com a idade. Paralelamente, as doenças periodontais, como a gengivite e a periodontite, estão entre os distúrbios mais comuns da saúde oral em todo o mundo, e sua prevalência também aumenta com a idade. Essas condições inflamatórias afetam os tecidos de suporte dos dentes, resultando em uma destruição progressiva das gengivas e do osso alveolar. Estudos demonstraram que a periodontite está associada a um risco aumentado de complicações sistémicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias. Pesquisas recentes sugerem uma possível correlação entre o desequilíbrio da flora bacteriana oral e a doença de Alzheimer. Supõe-se que uma invasão de bactérias periodontais e seus produtos no tecido cerebral possa desempenhar um papel no desenvolvimento e na progressão da doença de Alzheimer. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar se as doenças periodontais terão uma ligação com o desenvolvimento da doença de Alzheimer, além de avaliar se a doença de Alzheimer representará um fator de risco para o provável desenvolvimento de periodontite na população em geral.