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- O consumo de conteúdos digitais em vídeo por parte das crianças: a perspetiva dos paisPublication . Pinto, Rita Catarina Lopes; Cardoso, Paulo RibeiroO aumento exponencial no consumo de conteúdos digitais em vídeo por parte das crianças, em plataformas como o YouTube e TikTok, gerou preocupações quanto às atitudes dos pais em relação a esses conteúdos. Esta dissertação de mestrado explora as atitudes parentais em relação a conteúdos digitais em vídeo, investigando como essas atitudes afetam a autorização dos pais para que os seus filhos acedam a tais conteúdos, bem como a sua disposição em recomendá-los a outros e intenção de comprar produtos promovidos nesses vídeos. A pesquisa concentrou-se em pais de crianças com idades entre 3 e 12 anos, residentes em Portugal. Utilizou-se uma abordagem quantitativa, tendo como instrumento de pesquisa o inquérito por questionário. Os resultados revelaram que os pais tendem a adotar uma posição neutra em relação à influência positiva e negativa dos conteúdos consumidos pelos seus filhos e têm a mesma a posição em relação à concordância sobre o visionamento destes conteúdos. Porém, a intenção de recomendar esses conteúdos a outros e de adquirir produtos mencionados nos vídeos é negativa. Os resultados deste estudo contribuem para um entendimento mais profundo da dinâmica entre pais, crianças e conteúdos digitais, num contexto em que a geração Alfa cresce em um mundo cada vez mais digital. Esse conhecimento é fundamental para garantir a segurança e a qualidade dos conteúdos disponíveis para crianças, bem como para promover uma compreensão mais sólida das complexas interações entre pais e tecnologia na criação de filhos.
- A sustentabilidade do geoturismo na Amazônia Setentrional: estudo de caso do município de Mucajaí, Estado de Roraima, BrasilPublication . Veras, Ana Sibelonia Saldanha; Dinis, Maria Alzira Pimenta; Barros, NelsonA região de Mucajaí, Roraima, Brasil, objeto desta tese, oferece paisagens naturais associadas a fascinantes morfologias, como afloramentos de rochas, minerais e cursos hídricos, relevantes no âmbito do conhecimento das geociências. Importa, ainda, salientar as consideráveis populações indígenas locais, como principais atores e beneficiários do geoturismo, e seu papel na preservação e desenvolvimento sustentável da região em estudo. Nesse sentido, a presente tese de doutoramento tem como objetivo contribuir para o estudo e sistematização em ambiente local, com foco nas condicionantes ambientais e interação entre o cidadão e comunidade acadêmica, para o uso de um geoturismo sustentável. O fulcro deste estudo insere-se na herança paisagística da região central de Mucajaí com destaque para os aspectos geológico-geomorfológicos que promovem a potencialidade latente dessa região para o geoturismo. No delineamento metodológico, aplicou-se pesquisa de caráter descritivo e exploratório, com estudo de caso fundamentado em revisão bibliográfica e trabalhos de campo, visando à compreensão e interpretação ambiental da região alvo desta tese. Isto por meio da base conceitual da geodiversidade e a sua aplicabilidade ao geoturismo como atividade sustentável. Para alcançar o núcleo deste trabalho, esta tese compõe-se de sete capítulos resultantes de publicações internacionais indexadas, pretendendo realçar a identidade interpretativa e a integridade dos recursos ambientais para a atividade do geoturismo em uma região distante, como é o caso dessa porção territorial da Amazônia setentrional no Brasil. As pesquisas publicadas reiteram contribuições significativas para a área estudada. O primeiro capítulo, Sustentabilidade da paisagem: contribuição da região de Mucajaí- Roraima, Brasil, refere-se à paisagem como importante contribuição para medir e interpretar o bem-estar humano no consumo sustentável ambiental, constituindo um enorme desafio para os gestores públicos no desenvolvimento de um bom planejamento e ao despertar o compromisso dos cidadãos da região em análise. Insere-se ainda na ótica do Desenvolvimento Sustentável, especificamente nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 12 e 15, i.e., além de preservar a natureza, apoiar iniciativas de interpretação no meio rural como alternativa sustentável para a vida dos munícipes. O segundo capítulo, Praia da Rufina e Desenvolvimento Sustentável: o papel da mulher em Mucajaí, Roraima, Brasil, traz a descrição das ações vivenciadas por mulheres na atividade turística sob o viés da Agenda 2030 e ODS 1 a 5, 8 e 11, identificando a cultura da sustentabilidade ambiental e empoderamento da mulher, em busca da prosperidade frente ao pacto global. Apresenta-se uma experiência única, de relevância ecológica sobre o ecossistema fluvial, liderada por mulheres que utilizam o patrimônio geológico para conduzir geoturistas ao lazer, banhos e práticas sustentáveis em águas perenes e rios de água doce. Os visitantes são conduzidos em barcos aos melhores lugares de apreciação da flora e fauna, destacando-se a importância da preservação do patrimônio geológico e geomorfológico. Quanto ao terceiro capítulo, A Trilha Davi em Mucajaí, Roraima, Brasil: uma experiência para (re)conectar e proteger a natureza, reveste-se de uma ferramenta valiosa para a conservação do ambiente e apresenta o geoturismo. Neste trabalho, discute-se em escala local a natureza, vinculada à Agenda 2030 e aos ODS 1, 3, 4, 5, 8 e 10, que repercutem na prosperidade dos cidadãos em harmonia com o ODS 15, vida na Terra sustentável, com descrição da trilha como fenômeno geocientífico conservado e de atração geoturística que permite o contato com o ecossistema. Aplicou-se o conceito de capacidade de carga como ferramenta útil de planejamento ancorado no princípio da caminhada, ação recreativa e lazer, motivando o comprometimento do geoturista com o ecossistema, bem como contribui com práticas de educação ambiental no universo amazônico. O quarto capítulo, Percepção de sustentabilidade de ecossistemas lóticos e lênticos na bacia amazônica pela lente de uma comunidade local, identifica a percepção e atitudes de uma comunidade local da Bacia Amazônica sobre os ecossistemas lótico e lêntico, como parte da Agenda 2030 composta pelos ODS a serem alcançados: um conjunto de metas desafiadoras na salvaguarda do ecossistema hídrico. É assim importante enfatizar que esta pesquisa consubstancia o ser humano como principal responsável no sucesso da proteção dos recursos hídricos, sinônimo de vida do planeta. Assim, diante das inúmeras vantagens, o desafio é receber a devida atenção das autoridades, com investimento do setor público e privado e a capacitação para gestores, incluindo o geoturismo, destacando o potencial hídrico. O capítulo quinto, Rodovia BR-174, geoturismo e conflitos socioambientais nas regiões remotas do Norte da Amazônia, dedica-se à socioanálise do modal terrestre que liga o estado brasileiro de Roraima, o mais setentrional que integra a tríplice fronteira com a Venezuela e Guiana, às demais regiões do Brasil. Inaugurada em 1977, a Rodovia BR- 174 trouxe melhorias significativas às populações e promoveu estratégia geopolítica. Aborda ainda a adoção das recomendações da Agenda 2030 e metas dos ODS 12, 13, 15 ao 17, i.e., dimensão ambiental para apoiar e estimular cidadãos a uma boa gestão, ancorada no planejamento para utilizar o modal como um relevante corredor de movimento contínuo e distribuição de pessoas aos municípios. Logo, a interpretação dos recursos abióticos contribui para o uso do Geoturismo como atividade econômica sustentável. Quanto ao capítulo sexto, apoia-se na publicação Construindo pontes entre povos indígenas e a atividade geoturística: o caso da etnorregião da Raposa em Roraima, Brasil, que aborda as etnias indígenas Macuxi e Yanomami em etnoregiões de Roraima. Os Yanomami vivem em áreas remotas protegidas e defendem a floresta com base na cosmovisão dos elementos naturais para garantir a conservação da geodiversidade, do ambiente ecológico e de sua cultura. Já o turismo praticado é respaldado pelas técnicas de artesanatos e agricultura dominadas pelos Macuxi, que conhecem os melhores lugares para visitação geoturística. Dessa forma, comprova-se em plano de visitação que a atividade turística é sustentável. Os indígenas, orientados nos ODS 1, 15 e 17, e com apoio de parcerias, promovem a inclusão e vida na terra, assim como o uso da geodiversidade. O capítulo sétimo está sustentado pela publicação Constrangimentos sociais do geoturismo e instrumentos de proteção numa perspectiva de sustentabilidade, a pesquisa discute os constrangimentos sociais do geoturismo e os instrumentos de proteção em regiões dominadas por formações rochosas classificadas como patrimônio natural, assumidas como veículos importantes na salvaguarda dos sítios geológicos. Trata-se de pesquisa sobre regulamentos ambientais e administrativos, i.e., instrumentos coletados de sítios oficiais do governo disponíveis na Internet, empresas, condutores locais e substrato geológico, e.g., geoformas para identificar condicionantes alicerçadas e duráveis para o ambiente. Consideram-se os critérios de sustentabilidade não apenas como a melhor maneira das empresas atuarem, especialmente as pequenas e médias, mas também como o fortalecimento da instituição de turismo do município de Mucajaí, Roraima, Brasil. Todos os capítulos são descritos e interligados, conforme as morfologias mais representativas na porção central de Mucajaí. Nesse sentido, geossítios notáveis são úteis ao cidadão e didáticos do ponto de vista científico para o geoturismo. Desse modo, a descrição que a geodiversidade oferece não é apenas um diferencial, mas também oportunidade para a formatar geoprodutos para uso e proteção sob o manto da Agenda 2030. Ademais, os ODS são metas de aplicação no contexto global, destacando-se uma região remota como a Amazônia setentrional, com uma atividade de geoturismo que protege e amplia as oportunidades de preservação do patrimônio. No desenvolvimento do conjunto metodológico, i.e., relativo aos trabalhos de campo como observação e descrição de atrativo para gerar o conhecimento científico, contou-se com o apoio de técnicos (as), acadêmicos (as), empresários (as) e proprietários(as) de áreas rurais para a coleta dos elementos essenciais da pesquisa, sendo notória a importância dada pelos munícipes ao estudo. É imperioso sublinhar a comunicação indispensável da contribuição desta tese para o conhecimento acerca da geodiversidade nesta região remota do Brasil, e esta precisa ser avaliada, gerenciada, valorizada e interpretada pelo geoturismo. O público dessa atividade é composto de acadêmicos (as), empresas turísticas, associações e sociedade em geral, ao despertarem para um maior domínio e enobrecendo-se os atrativos da natureza com conhecimento científico em prol do geoturismo, baseando-se nas condicionantes e recursos geológicos e geomorfológicos. Portanto, a compreensão para a elaboração de argumentos convincentes é um fio condutor de um processo mais aprofundado sobre a atividade do geoturismo e um progresso para essa região longínqua do Brasil, nos princípios sustentáveis a serem conduzidos por seus residentes e populações autóctones no delineamento de novas alternativas. Dessa forma, os resultados podem contribuir para que os líderes regionais melhor identifiquem as necessidades da região e implementem atividade de geoturismo com práticas sustentáveis para salvaguardar a região da pressão antrópica.